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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

As Últimas Séries Europeias da RTP2

O Passado: “A Herança”

E o Presente: “Uma Aldeia Francesa”

 

Bem, volto novamente a falar de séries. Das últimas que têm passado na RTP2. Que resolveu apostar, e bem, nas Europeias, reforço esta ideia. Ajudam-nos a perceber melhor os meandros em que se cosem as tramas narrativas de países que fazem parte da nossa História comum, ao longo de séculos e, agora, entrosados na Causa Europeia, para o bem e para o mal, diga-se.

 

Depois de, na altura do septuagésimo aniversário do final da II Grande Guerra, terem apresentado excelentes documentários sobre o Reich, que correlacionei com o drama atual dos Refugiados; de terem apresentado e reforçado a visualização da “Família Krupp”, com um papelão relevantíssimo nas Guerras Europeias, desde a segunda metade do século XIX, cruciais na I e II Grandes Guerras; dão-nos a conhecer uma série francesa, pelos vistos bastante premiada, que nos revelará uma outra perspetiva da Guerra e da respetiva ocupação do território francês, durante a última (?) Grande Guerra, de 1940 a 1945.

 

Então, será suposto que, neste post, aborde, que conte alguma coisa sobre o 2º episódio de “Uma Aldeia Francesa”, que terá sido transmitido ontem.

Pois, perdoem-me as minhas leitoras e leitores, mas não tive a possibilidade de acompanhar a narrativa televisiva. E como eu não sou de gravar ou de rever o que já passou...

 

Elenco herança   In. scandilo.us.  jpg

 

Volto ao que prometera ontem, isto é, falar, ou melhor, documentar algo sobre “A Herança”. Que isto não pode ser “rei morto, rei, posto”.

Que apesar de esta série dinamarquesa não ter sido das minhas preferidas, contudo os atores e atrizes merecem que fale um pouco mais deles e delas, nomeadamente identificando ator – atriz / personagem. Algo que só abordei no início e de forma incompleta.

Apresentando também algumas imagens dos Artistas, obtidas a partir da net, que o meu poder fotográfico não chega a tão longe, nem a perto, que é uma competência que preciso desenvolver.

 

Eis então:

Frederik, papel desempenhado por Carsten Bjornlund.

Gro, desempenho de Trine Dyrholm.

Veronika Gronnegaard, papel desempenhado por Kirsten Olesen.

Signe Larsen, papel de Marie Bach Hansen.

Emil, papel de Mikkel Boe Folsgaard.

 

Veronika e filhos. In. vulturehound.co.uk..jpg

  

Thomas Konrad, desempenhado por Jesper Christensen

Andreas Beggensen – ator Kenneth M. Christensen

John Larsen, um desempenho de Jens Jorn Spottag

Lise Larsen, desempenhada por Annette Katzmann

Lone Ramsboll, a atriz Kirsten Lehfeldt

Solveig Riis Gronnegaard, atriz Lene Maria Christensen

Hannah Gronnegaard Karla Lokke

Villads Gronnegaard Victor Stoltenberg Nielsen

Robert Eliassen, em desempenho de Trond Espen Seim

Kim Peter Hesse Overgaard

Katja, desempenho de Maria Carmen Lindegaard.

 

(E desculpem-me os atores que omito, mas são nomes complicadíssimos! Todos eles. E já estou saturado.

Diga-se, sem ofensa, que, com estes nomes, ninguém os vai fixar! Difíceis de escrever, que na nossa língua, de matriz latina, não temos sequer algumas sinalefas. Imagino como será a respetiva leitura. A propósito, o dinamarquês é uma língua eslava ou germânica?

Interessante que haja três atores com o sobrenome Christensen.)

 

Nesta transmissão da série, começaram por repetir os episódios da primeira temporada, dez, como se compreende, sob todos os aspetos. Por um lado, entende-se melhor o enredo, por outro, faz-se render o peixe, ação que Gro não conseguiu concretizar, relativamente ao célebre “Peixe”, que ela pretendia autenticar como obra da consagrada artista de vanguarda, Verónica, a Matriarca daquela família disfuncional, que apenas apareceu no 1º episódio, mas que marcou presença espiritual em todo o enredo.

Pois, como vimos no 17º Episódio global, 7º da segunda temporada, os irmãos, juntamente com Melody, também irmanada na “Família Gronnegaard”, foram depositar os restos das coleções da Matriarca Veronika, num aterro sanitário.

E retornaram todos, os cinco, ao Solar e Casa Matriarcal. Só os vimos de costas a regressarem, sinal implícito de que se iam despedir de nós, espetadores, na 2ª temporada, mas deixando-nos aberta a possibilidade de continuação do enredo, mal chegassem ao Solar, para onde se deslocavam a pé e em grupo.

Aguardemos, que segundo pesquisei, uma 3ª temporada avizinha-se, se não entre nós, pelo menos lá para o Reino da Dinamarca!

 

Ao apresentarem estas narrativas das séries, bom seria que lições daí fossem retiradas, pelos erros inúteis que elas mostram da Humanidade, que, para o Bem e para o Mal, nelas e através delas se espelha.

 

Deixo também o link para o site da wikipédia sobre a série, intitulada no mundo anglo-saxónico como “The Legacy”  - "Arvingerne", no original.

Aí também farão o favor de encontrar as nomenclaturas de quem dirigiu, a autoria, os guionistas e, desculpem-me, mas não tenho já paciência para escrevinhar nomes tão complicados!

 

Et, Au Revoir!

Adios!

 

“Uma Aldeia Francesa” – Nova Série Europeia na RTP2

“Un Village Français”

Temporada 1 – Episódio 1

(29 – 03 – 2016)

 

Estreou uma nova série na RTP 2.

Um série francesa, de 2009, com seis temporadas, e sete anos de atraso, centrando-se nos anos de ocupação alemã da França, a partir de 1940.

Promete!

 

Un village français in. coulisses - tv.fr. jpg

 

A ação decorre em Villeneuve, uma subprefeitura francesa, fictícia, do departamento do "Jura", no Franco Condado (La Franche Comté), perto de Besançon. Mui cerca da linha de demarcação imposta pelos invasores alemães, em 1940.

 

Linha de demarcação In.cinemaenlimousin.jpg

 

Os alemães já chegaram!”

Isto assim dito até parece que os franceses esperavam com ansiedade gente amiga e da mesma Família, para alguma “party”!

 

Promete, esta série, que nos traz alguns atores já nossos conhecidos de outros seriados, nomeadamente de “Les Engrenages / Um Crime, Um Castigo”. A célebre advogada “Joséphine”, a atriz Audrey Fleurot e o “capitão mosqueteiro, Gilou”, o ator Thierry Godard. Para além de pelo menos outra atriz, Emmanuelle Bach, que desempenhava o papel de jornalista numa série sobre os bastidores do poder político, “Les Hommes de l’ombre”.

 

Inicia-se com bons augúrios, pois traz-nos o nascimento de um menino. Por momentos ainda pensei que fosse da “nossa querida capitã, Laure Berthaud”, que, como nos lembraremos, ficara grávida no final da última temporada. Não tendo continuado o seriado, pelo que, quando e se alguma vez houver continuação, já a criança terá nascido.

 

O menino que nasceu nesta nova série é filho de uma espanhola, fugida da Espanha franquista(?), que após dar à luz, lhe disse: “Te quiero, Te quiero...” O médico francês, que lhe perguntara que nome queria dar ao bebé, ao ouvir essas palavras, julgou ser o nome a atribuir-lhe e o menino chamar-se-á Tequiero!

 

Lembra-me um célebre texto de Marcel Pagnol, apresentado no livro de Francês do antigo 3º ano (anos sessenta), atual 7ºano de escolaridade, que tanto me intrigava na altura e só bem mais tarde compreendi. Quando, no primeiro dia de aulas, o Professor lhe perguntava o nome, ele respondia “Je suis Pagnol”. Esta frase escrita percebe-se, mas quando dita oralmente pelo próprio, à data e certamente para quem ouvia, soaria “Je sui’spanhol”. E o mestre perceberia que Pagnol se dizia espanhol! E tudo isto dava uma grande confusão no texto, que eu só mais tarde entenderia, pela diferença entre texto escrito e oralidade. Mas, naqueles primeiros anos de Língua Francesa era difícil entender esses cambiantes.

(Estou a lembrar-me de factos de há algumas dezenas de anos e também de cor. Quando tiver acesso ao livro tentarei transcrever esse excerto!)

 

Mas não é disso que trata a Série.

 

Mas já sabemos como eu trato estas narrativas sempre de forma muito enviesada...

Vamos a ver se tenho oportunidade de visualizar o seriado e escrever alguns textos!

 

Deixo um link com os elementos sobre a Série, a partir da wikipédia, para quem quiser ter uma ideia mais aprofundada do respetivo conteúdo.

Personagens

Les Personnages

 

Também tentarei, ainda, colocar um post sobre a “Herança”, logo que tenha oportunidade.

 

Até Breve! 

 

Temporada 1 - Episódio 6

Temporada 3 - Episódio 11

Temporada 4

Temporada 4 - Episódios 7, 8 e 9

5ª Temporada

Temporada 5 - Episódio 9

 

Temporada-7-Tópicos

 

A. P. P. - Associação Portuguesa de Poetas - 31º aniversário!

Parabéns!

Parabéns à Associação Portuguesa de Poetas.

Parabéns a todos os Associados.

Parabéns à Direção atual e a todos os antigos dirigentes, que foram conduzindo os Destinos da APP nestes trinta e um anos.

Parabéns aos seus Fundadores. Destacando, sem desprimor por ninguém, o seu fundador e sócio número um: Luís Filipe Soares.

Parabéns a todos os que têm contribuído para que esta Associação tenha chegado ao trigésimo primeiro aniversário cheia de vitalidade.

Saudosas Lembranças de todos os Associados que já nos deixaram.

Especiais e gratas Memórias de Pessoas que marcaram indelevelmente o cariz desta Associação e que a acompanharão ainda, mas numa outra dimensão.

Também e sem desvalorizar ninguém e tanta gente se tem destacado nesta Associação, mas cumpre-me relembrar com Saudade a Poetisa Maria Ivone Vairinho!

A todos os meus sinceros e renovados Parabéns.

Aceitem todos esta minha humilde Homenagem de Agradecimento!

31º ANIVERSÁRIO A. P. P. .JPG

 Francisco Carita Mata.

“A Herança” – Série Dinamarquesa - T 2 – Ep. 7 - (17º Episódio)

Arvingerne” / “The Legacy

 (28/03/16 – 2ª Feira, de Páscoa)

 

Pela boca morre o “Peixe” ou como Gro não conseguiu fazer render o dito.

Nem ver os seus dotes artísticos reconhecidos pelos irmãos!

 

Em episódios anteriores, Gro fora fazendo dinheiro à custa de parciais “falsificações” das peças da Mãe.

“Falsificações”, apenas parcialmente, porque todas aquelas peças tinham sido produzidas, ainda que isoladamente, por Veronika. Gro limitou-se a juntá-las, enquadrando-as numa certa perspetiva pessoal, soltando, de certo modo, a sua própria veia de artista. E, ninguém como ela trabalhara tão de perto com a mãe, presenciando o seu processo criativo. Nada do que ela fez foi virgem no contexto da Arte, que esse comportamento foi ato corrente entre os Clássicos e mesmo com outros artistas, de que Salvador Dali é um exemplo paradigmático.

De outras peças produziu mais que um exemplar, que vendeu para diferentes países. E foi sempre por uma boa causa: obter dinheiro para conseguir libertar o irmão Emil, do presídio no paraíso tailandês.

Ao todo, terão sido quatro, as supostas falsificações.

 

E vem este assunto a propósito, porque Emil e Frederik, também já a viver no Solar, se puseram a esgaravatar no celeiro onde funcionava a arrecadação das peças sobresselentes da Artista, todos os restos de coleção e, a partir, precisamente das peças isoladas que foram encontrando, intuíram que a célebre Obra-Prima, intitulada latinamente “Corpus”, fora afinal fabricada postumamente à morte de Veronika e, portanto, falsificada. Por Gro.

Disso deram conhecimento a Signe, sempre acompanhada por Melody, e ficaram os três muito apreensivos, preparando-se para enfrentarem Gro, mal ela chegasse, o que não tardaria. Melody, cada vez mais da Família, que Isa, a mãe biológica, terá abalado de vez e o pai Tomás está preso a uma cama de hospital, paralisado, sem se conseguir mexer, e a alimentar-se por uma sonda. Melody, repito, limitou-se a chorar, mas de fome que, de legislação artística não percebe nada, e fomita e algum desleixo, apesar de tantos cuidadores, que até Frederik dela cuida, é do que ela padece, de falta de cuidados parentais, apesar de tantos pais e mães adotivas.

 

E Gro chegou ao local do crime. Melhor, ao lugar ou palco das suas encenações artísticas.

Confrontada pelos irmãos, primeiramente negou, mas acabou por confessar, que a sua expressão facial foi logo uma revelação. Justificou-se com a libertação de Emil, acusou Frederik de quase a ter morto. (...)

Mais uma vez estão nas mãos de Signe, que não quer ser envolvida, nem acusada de falsária. Que até já vendera essa célebre Obra-Prima ao sapientíssimo Kim. Com o dinheiro obtido, investira novamente na agricultura: o seu Sonho. (Mas ela tem lá direito a sonhar, com aqueles irmãos de permeio? Só pesadelos!)

Através de Leone, sua advogada, diligenciou para que Kim lhe vendesse novamente a Obra, oferecendo-lhe mais dinheiro.

Mas é evidente que o especialista não quis. Com essa Obra única na sua posse, na sua Fundação, vai lá agora desfazer-se dela, nem pensar!

 

E Signe fica entre a espada e a parede.

Irá ela denunciar a meia-irmã ou não?

O que acha, caríssima leitora e caríssimo leitor?!

 

Façamos um hiato.

Como já constatámos, Frederik também assentou arraiais na Casa.

Separado da mulher, Solveig, que o abandonou, deduzo que já se terão divorciado também, perdeu a custódia dos filhos.

Mas neste episódio assistimos à visita de Villads e Hannah, ao pai, Frederik, acompanhados da mãe que os trouxe.

Encontro muito desejado, mas igualmente algo constrangedor para todos. Esse constrangimento observou-se muito especialmente no miúdo e na mãe, que, entretanto, após ter entrosado o filho nas brincadeiras do pai e do tio Emil, se ausentou, regressando ao final da tarde a buscá-los.

Emil faz habitualmente bem estas interligações, dadas as suas caraterísticas pessoais. Frederik revela sempre alguma tensão. Brincaram à “Casa na Árvore”, como já faziam em crianças com o progenitor, Carl Gronnegaard.

 

Vieram encontrar os elementos do núcleo principal da Família, na situação constrangedora da falsificação das obras de arte, como sabemos.

Mas se alguém se apercebeu teria sido, talvez, e friso, talvez, a rapariga, Hannah, que foi à arrecadação, a ver da tia Gro, andava esta naquela azáfama de esconder o “Peixe”.

Mas a miúda estava principalmente preocupada com a saúde mental do pai.

 

E, pós este excerto, voltamos à hipotética ação de denúncia de Gro, por parte de Signe.

 

É evidente que esta não vai denunciar a irmã, irmã, ainda que só pela metade materna.

Só que, e mais uma vez, diz que não a quer na sua cave a vasculhar as coisas dela!

O que acham, Gro irá nessa?!

 

Fazem mais um pacto familiar, encobrindo as falcatruas de Gro.

(E questiono, em futuros episódios, quiçá na terceira temporada, serão elas descobertas?

Robert também sabe e foi colaborante ativo. E Leone, sabe? Thomas também praticamente sabe, mas também coadjuvou ao confirmar verbalmente que vira Veronika a trabalhar na aclamada Obra-Prima! E o pai Tomás está numa situação tão periclitante!)

 

Está uma equipa constituída, de sete elementos. Não sei para que modalidade desportiva dará. Andebol?

A propósito, de John não me pareceu saber nada neste 17º episódio; de Andreas também não e Martin ficou estatelado no chão com o murro de John e, provavelmente, nunca mais se levantou.

 

E para completarem a falsidade e serem todos co-autores, Emil e Frederik entretiveram-se a reconstituir a Obra, a fotografá-la e a desenharem os respetivos esboços, em papel da época e com os lápis da Mãe, para serem formal e devidamente entregues ao grande especialista Kim, que fazia questão de os ter, para acompanharem documentalmente a peça, certificando-a ainda mais e atribuindo-lhe ainda maior valor comercial e artístico.

“Et, voilá! C’est fait le Chef-d’oeuvre!”

 

Contemplando Obras no Aterro in. pinterest.com

 

Mas os irmãos, Emil e Frederik, bem como Signe, não queriam compactuar com os procedimentos de Gro. E, para evitarem futuras tentações, resolveram desfazer-se do material restante na arrecadação, restos de coleção, levando-os para um aterro sanitário.

(Daqui a séculos, futuras civilizações, com sistemas ultra especialíssimos, que atualmente nem vislumbramos, descobri-los-ão soterrados e ficarão intrigadíssimas com tais obras de arte!)

Por enquanto, apenas vemos os quatro irmãos, acompanhados de Melody, também considerada irmã, ao colo de Signe, mãe subsituta, a contemplarem os restos da coleção, no fundo do aterro.

E, a regressarem, juntos novamente, ao Solar!

“O Grupo dos Cinco - A Família Gronnegaard!”

Final de Temporada?

Inferência para a terceira?!

 

“A Herança” – Série Dinamarquesa - T 2 – Ep. 6 - (16º Episódio)

Arvingerne” / “The Legacy”

 (25/03/16 – 6ª Feira)

The Legacy In. amazon.com

Retornando ao referido no último post, quem herdou o lado artístico da Matriarca Veronika foi Gro. Após a “descoberta” da célebre Obra, em que Signe está representada, de 1989, ano em que a Mãe “abandonou” a Filha, intitulada pelos peritos (Robert e Kim) como “Corpus”, Gro já delineou uma outra, a partir dos restos de coleção da Mãe: uma cabeça de peixe, com uns galhos na boca. Robert já se prepara para a certificar e atestar, preocupado inclusive com o nome a dar-lhe.

 

Então, e as medidas implementadas por Signe no sentido de ter alguma privacidade e independência no Solar?!

Acha que ela conseguiu?! Tiveram os resultados esperados?

 

Tomas Gro Emil In. dailymail.co.uk.jpg

 

Conhecendo as peças que constituem aquele jogo desconjuntado, de personagens destrambelhadas, já se vê que Signe não conseguiu alcançar os objetivos pretendidos.

Não só continuam a invadir-lhe a Casa, a torto-e-a-direito, como lhe tomam conta da própria Vida, fazem asneiras como crianças traquinas e ainda Signe assume a responsabilidade pelas parvoíces daquelas prendas.

Thomas, pai de Gro e de Melody, supostamente pessoa adulta é o mais irresponsável de todos. Não toma conta de si mesmo, nem da filha bebé, deixa Isa tomar álcool, e conduzir sob esse efeito e age com Emil, como se fossem dois adolescentes retardados, à descoberta do tempo perdido.

Tinha que dar bronca. Isa a conduzir, na tentativa de parar, enervada e bêbeda, espetou o carro de Emil no avião estacionado no átrio da Casa. Tomás teve que ser hospitalizado, meteu bombeiros e polícias, mas quem ficou como responsável e encobriu os factos, foi Signe.

Signe herdou o Solar, e aquela família desconjuntada, como os galhos que Gro colocou na boca do peixe, talvez a próxima obra de Veronika, “descoberta” por Gro, atestada por Robert e “comercializada” nos circuitos da “Alta Cultura”, por Kim.

E assim prossegue a saga desta Família.

Signe a tomar conta deles todos, mesmo das asneiras. Sem privacidade, quase sem vida própria, a casa devassada e novamente ocupada, indo ela viver para a barraca de Tomás, que este, convalescendo, foi ocupar o quarto de Veronika, por sugestão de Gro, que mexe os cordelinhos institucionais da Família.

 

Frederik está fora de toda esta trama.

Continua isolado e cada vez mais só.

Robert, entretanto, contou a Solveig do ataque de loucura que ele teve na Tailândia, em que estrangulara Gro, quase a matando, e para ela ter cuidado com os filhos.

Solveig matutou no assunto, proibiu-o de visitá-os, e deu-lhe conhecimento que se vai divorciar.

No final, vê-lo-emos, finalmente, a chegar ao Solar, estava Emil a consertar o automóvel e, muito pesaroso, quase a chorar, abraçado ao irmão e a queixar-se de que a mulher o proibira de ver os filhos.

Retornou ao Solar, a Gronnegaarden, porto de abrigo de todos aqueles náufragos, apesar de todos os contratempos e contrariedades, face ao espaço e tempo em que nele terá sido menos feliz!

Mas o Solar é um espaço referencial para todos eles, memória de um tempo mais ou menos gratificante para todos, como habitualmente é a Infância, sempre imbuída de algum sentido de segurança e felicidade, indispensáveis a qualquer Ser Humano!

 

Quem vemos nesta fase é Melody. Anda e ciranda de colo em colo, de braço em braço, de mão em mão, tal qual as “Pombinhas da Katrina”!

 

Isa resolveu fugir daquele ambiente, gente sempre em movimento e altercação, perturbante para uma pessoa frágil como ela. E levou a filha.

Sorte, Emil e Signe terem-se apercebido e impedido que ela levasse a criança.

Pois que seria da menina entregue aos cuidados daquela rapariga?!

E quem fica a tomar conta da miúda, cada vez mais engraçadinha?!

Signe, pois claro!

“A Herança” – Série Dinamarquesa T 2 – Ep. 4 e 5 (14º e 15º Episódios)

“Arvingerne” / “The Legacy”

 

 (22 e 23/03/16 – 3ª e 4ª Feira)

 

Depois de dois dias sem publicar, fiz como que uma espécie de luto, volto à Série!

 

Signe in. independent.co.uk.jpg

 

Mas, já estou como Signe. Farto daquela Família!

Que viver naquela e com aquela família é um verdadeiro pesadelo!

Diz ela: “Vivo com uma família que estraga tudo e não quer saber de mim!”

Os que fazendo parte daquela família alargada, ali vivem naquela Casa, Solar Gronnegaard, vive cada um a seu jeito, não querendo saber nada de Signe. Basicamente todos se aproveitam dela, da Casa, cirandando por ali, nos seus interesses, sem cuidar dos dela.

Thomas, sempre numa boa, tudo bem, que a passa ajuda muito, teve o desplante de semear cannabis por entre o cânhamo industrial. A fiscalização que, nestes aspetos é rigorosa, mandou cortar tudo e queimar. Lá se foi a produção agrícola. E Signe, que projetara ser agricultora, vê os seus sonhos serem consumidos pelo fogo.

 

O namoro com Martin, com um papel também relevante no Clube de Andebol, em que John é treinador, também se foi abaixo com o estatelamento de Martin, socado pelo Mister, pai da moça.

 

Decididamente a rapariga vai ficar para Tia!

 

Animal mitochondrion diagram In. wikipedia.png

 

Mas ela tem sangue de Verónica e, certamente, as respetivas mitocôndrias.

 

Tenta vender a Casa, prioritariamente a Frederik, cada vez mais alienado, vivendo isolado na casa de campo, com vista para braço de mar ou lago, que não observo sinais de marés. Abandonado pela mulher e filho, que é impossível viver com ele, dedica-se à pesca e abate de árvores centenárias. Acompanha-o a filha Hannah, mas mesmo esta será expulsa pelo pai, cada vez mais em perigo, para si mesmo e para os que o rodeiam.

Frederik não quer comprar.

Gro também não, exalta-se também com Signe, mas acaba por lhe oferecer um empréstimo de 200 mil, para ela continuar com o negócio agrícola e os seus Sonhos!

Signe não aceita.

 

Todavia, face aos fracassos: na venda do solar, no pretendido abandono da família alargada, na impossibilidade de voltar, ainda que temporariamente, à família de adoção, e a uma noite mal dormida no carro, à beira do porto, Signe retorna à sua Casa. O Solar Gronnegaard, seu, por Direito Familiar!

 

Começa por convidar a sair, melhor, expulsa o bando de artistas que Thomas, em mais uma das suas ideias luminosas dos anos sessenta, para aí levara, para formarem uma casa ou família comunitária, que não me lembro bem do termo exato.

Depois decide reunir todos os familiares que ali vivem: Tomás, Emil, Leone, Gro e Isa, entretanto também retornada com Melody.

E decide aceitar o empréstimo de Gro, impondo condições. E define regras e normas de conduta aos irmãos e Thomas, que são os que mais coabitam os espaços e deles usufruem.

Restringe e confina cada um deles a espaços específicos na Casa, proíbe-os de circularem livremente pela sua própria parte da Casa, fechando inclusivamente uma das entradas ao 1º andar.

Impõe-lhes uma renda pela utilização dos locais que lhes destinou, pois, de facto, tudo é sua propriedade. Aos que terão mais dificuldades financeiras, define-lhes trabalho na Casa, que há muito que fazer.

Ou seja, assumiu as rédeas da sua própria propriedade, de que eles usufruíam a seu bel prazer, sem pensarem nela.

Assumiu o Poder. Da sua própria Vida e Destino.

Interiorizou o papel de Matriarca, da matriarca Veronika, que, neste aspeto de Educação, deixara os filhos cada um para seu lado. Custa-me dizer, mas a palavra exata será que ela falhou na educação dos filhos, mais dedicada ao seu lado artístico.

Signe tomou esse papel de Educadora.

Impôs limites, regras, normas. Definiu quem manda ali. Quem é quem!

E, pelo menos aparentemente, todos aceitaram.

Isa até a elogiou: “És fantástica!”

 

No final, Robert regressou novamente cheio de amor por Gro.

Seguindo o seu conselho, fora a Hamburgo visitar os filhos, falar com a mulher Cláudia, mas voltou. Decidido a comprar um apartamento em comum, com quartos para os filhos os visitarem.

Por enquanto, regressaram ainda ao apartamento de Gro, em Copenhague, desejosos de renovarem os votos de amor eterno.

 

Mas quem tinham à espera, no corredor do andar?

 

Hannah, sobrinha de Gro, filha de Solveig e Frederik, que fora expulsa por este e de que não sabiam o paradeiro.

Aflita com o comportamento do pai, recorre à única ajuda, que julga possível.

A tia Gro, de certo modo também a Matriarca daquela Família!

 

Nota final:

Hoje decidi ilustrar o post com uma imagem diferente.

E o que será?!

Poderá ser o protótipo de uma nova instalação de Veronika, ainda não “descoberta” por Gro; também poderá ser o esboço de um berço ou porta bebés para Melody, mas também não.

E o que é?

É o desenho de uma “mitocôndria”, de que sabemos Signe será portadora das de Veronika.

E, hoje, ficamos por aqui, aguardando o desenrolar de próximos episódios, que não me admira que Signe ainda agarre a veia artística da Mãe biológica!

 

“A Herança” – Série Dinamarquesa T 2 – Ep. 3 (13º Episódio)

“Arvingerne” / “The Legacy

the legacy in. theeurotvplace.com

 

 (21/03/16 – 2ª Feira)

 

O episódio de ontem foi dramático e assustador.

 

Porque as condições daqueles prisioneiros são inumanas, terríficas. E, neste ponto, julgo que os guionistas também pretendem acentuar uma questão de denúncia, de uma clara e aviltante violação dos Direitos Humanos.

 

Também foi aterrador aquele excerto em que Frederik se lançou à irmã e quase a estrangulou.

Já antes fora assustadora a sua atitude com o procurador e o advogado, quando naquela reunião, enquadrada numa receção aparentemente cheia de nove horas, mas apenas de pura hipocrisia e falsidade, Frederik se passara, perante a verdadeira chantagem, disfarçada de lábia cheia de finura, em que o procurador procurava extorquir, disfarçadamente, mais dinheiro. Realmente seria difícil manter a calma, para mais para Frederik sempre destrambelhado.

Já anteriormente manifestara esse destrambelho, na visita ao irmão. (E em que condições se processam aquelas visitas!)

E eu que supusera que a leitura daquelas trocas de mensagens ente Emil e Solveig não o haviam perturbado. Que nada! Resolvera ir à Tailândia precisamente para se vingar!

 

Mas sendo inteligente como é e também profundamente apegado aos irmãos, especialmente aquele irmão, Emil, a quem o Pai, Carl, recomendara que o protegesse, em sua substituição, antes de se suicidar.

Todas estas situações marcam tragicamente Frederik, o perturbam, tornando-o um perigo para si mesmo, mais ainda para os outros que o rodeiam, como se viu.

(Neste ator, igualmente para os outros, realce-se o extraordinário desempenho do personagem, pessoa em permanente tensão.

Transparece nele, personagem, um forte recalcamento de pulsões primitivas. Que o ator muito bem evidencia.)

Mas, arrependido, tenso e perturbado como sempre, resolveu ir procurar o Governador, certamente daquela Província, sabendo que ele desenvolvia uma luta contra a corrupção, nomeadamente no respeitante ao Procurador e à Polícia.

E, interrompendo uma sua visita a uma Escola, arriscando-se a ser também preso ou mesmo morto, arrojou-se aos seus pés, tal qual faziam os antigos suplicantes em tempos ancestrais na nossa cultura ocidental, antes da constituição dos Estados de Direito e da consagração dos Direitos Humanos. E lhe rogou insistente e emotivamente que se dignasse ler o relatório que apresentava sobre o “julgamento” e prisão do irmão Emil.

E o Procurador leu e levou consigo para ler com mais atenção.

E, ao outro dia, o advogado, surpreendidíssimo, os informou que o procurador alterara a decisão judicial e que Emil seria libertado no dia seguinte, que podiam ir buscá-lo.

 

E foi Gro. Frederik não se atreveu!

 

E, nos entretantos, como correram as situações no Reino da Dinamarca?!

 

Bem e mal!

 

Bem, porque Signe lá vai dando conta do recado de agricultora.

Também diria que ainda dá em artista, tem veia de Veronika. Observe-se aquela instalação dos espantalhos nos campos de cânhamo. Num determinado campo visual e num certo contexto, pode ser considerada uma verdadeira “instalação artística”! Tal Mãe, tal filha! (Filha fica com letra minúscula, porque, artisticamente, Signe ainda não se compara com Veronika!)

Cumulativamente, a avaliação da Obra que ela adquirira foi um verdadeiro sucesso.

Para mais estando ela própria lá representada.

Todos ficaram agradavelmente surpreendidos com o impacto forte da peça.

“Pode mesmo ser a Obra-Prima dela!” Afirmou Kim.

A avaliadora valorizou-a de pelo menos novecentas mil coroas!

“Fizeste um negócio da China!”, lhe disse a advogada, Leone.

Também de amores as coisas estão a encaminhar-se bem e poderiam ter ido melhor.

Não fora...

 

Então o que correu mal?!

Estava Signe numa boa com o pretendente, julgo que se chama Martin, mas não tenho a certeza, quando chegou um intruso, indesejado.

Henrik, pai de Isa, veio com a própria, buscar a neta Melody e, apesar dos esforços de Signe e de Thomas, entretanto chegado, aquele conseguiu levá-la, melhor, roubá-la, para ser educada em família “normal”!

 

E por aqui ficamos. Que sobre normalidade e patologia há milhares de páginas escritas.

 

(Para mais informações:Ep. 12)

Hoje, Dia 21 de Março de 2016

Hoje, dia 21 de Março, é suposto ser um “Dia Especial”.

 

Para além do início da Primavera, data esta não convencional, determinada pela posição aparente do Sol face à Terra, Equinócio da Primavera; as outras Comemorações são associadas convencionalmente a este facto anterior.

E essas datas comemorativas são: o “Dia da Árvore” e o “Dia da Poesia”!

 

Bem, quanto à Primavera ela deu um ar da respetiva graça, de manhã. Em Almada, esteve sol, mas, de tarde, levantou-se uma verdadeira trovoada. Contradisse o aforismo referente a Março: “Março, marçagão, de manhã, inverno; à tarde, verão!”

Nalgumas zonas do Alentejo, de manhã, chovia. De tarde, não sei, que ainda não consultei o “boletim meteorológico”.

 

Quanto à Árvore, não consegui nenhuma este ano, que o local de troca de produtos para reciclagem, por árvores, ocorreu na Costa da Caparica. Fora dos meus circuitos habituais. Não plantei ainda nenhuma nesta Primavera. Que também só agora começou.

 

Quanto à Poesia, estarão a ocorrer eventos comemorativos, na ridente Cidade de Régio, para os quais reportei neste post.

 

Quanto à Inspiração relacionada com estes temas, apenas uma simples quadra, inspirada noutra que já publiquei no ano passado.

 

 

Primavera

 

Na planura, tapeçaria de flores

Aves trovam hinos de beleza

Madrigais de aromas e cores

Exulta, alegre, a Natureza!

 

21/03/2016

 

De modo que este post nº 340 materializa-se nesta simplicidade textual, para além dos links, em que assinalo trabalhos referentes às temáticas abordadas.

Klique, S.F.F.!

Infelizmente não tenho, por agora, nenhuma foto sugestiva. Estive para pedir emprestado a "Rumo ao Sul", mas...

Tarde de CANTE no Feijó!

Saudades do Alentejo

 

Cante - Cultura - Cidadania!

 

Conforme divulguei em post de 16 de Março, realizou-se ontem, “Dia do Pai”, o espetáculo comemorativo do 30º Aniversário de “Associação Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó”, no CRF – Clube Recreativo do Feijó.

Uma comemoração aniversariante, em Dia também muito especial.

 

E, a propósito do Dia e da sua significação, e, no concernente ao Cante, se lhe atribuíssemos uma filiação, quem seria o Pai? Do Cante, diga-se. E supostamente tendo Pai, também terá Mãe. E quem será a Mãe?

Pois, penso não haver muita dúvida.

O Pai é o Alentejo! E a Mãe, pois, a Mãe é a Saudade! Não é o Cante irmão do Fado?! Atualmente até irmanados e perfilhados internacionalmente pela UNESCO, dando-lhes reconhecimento e foro de Cidadania Mundial.

O Pai do Cante é o “Alentejo” que, do dito, o espalhou também pela Grande Lisboa, com especial incidência na Margem Sul, e muito particularmente em Almada, Feijó!

 

Foto original DAPL Rosas no Feijó 2015.jpg

 

Alentejo que é sempre Aquém – Tejo! Geográfica e sentimentalmente e no plano identitário!

E de Identidade e de Sentimentos falamos, quando nos reportamos ao Cante.

E são sempre os Sentimentos que passam e perpassam e nos repassam de emoção, por vezes contendo as lágrimas, mas embargados por ela, quando escutamos as canções ou modas como são designadas, numa Sessão de Cante, num ambiente quente como o que se viveu na tarde passada, terminando já à noitinha. Que os Cantadores também sentem, e de que maneira! São os que mais sentem, ou não cantariam com a Alma e o Coração, como fazem!

Que até o tempo também sentiu, ouviu, escutando, aquelas vozes telúricas, se emocionou e não conteve as lágrimas. As ruas do Feijó estavam molhadas de comoção!

 

A Emoção, a Saudade, sempre a Saudade, a Nostalgia de tempos que muitos de nós vivenciaram mais pelas imagens e recordações das gentes que amámos, que, hoje, apenas lembramos, com Afeto, com Amor, com Saudade. Muito especialmente num dia dedicado aos Pais, que todos os dias o são!

Embora muitos de nós, ainda, tenhamos percorrido, trilhado, aqueles lugares, aqueles tempos, quanto mais não fosse, enquanto pastores, mesmo a tempo parcial.

Mas o Cante não é só Nostalgia. É também Alegria. Modas e cantares de trabalho e de festa!

 

Pelo Clube passaram as Cores do nosso Alentejo. A garridice das papoilas, o amarelo das searas da nossa memória.

Évora, Cidade, capital do Alto Alentejo, esteve bem presente, nas canções e no Grupo representativo. Misto. Etnográfico, compondo trajares e modas, de modos de vida que os nossos Pais e Mães usaram: pelicos, safões, calças de serrobeco, traje de mondadeira...

Palavras sábias do Mestre: “...É urgente dialogarmos com os novos Grupos...”

 

Sons místicos! Sons míticos! Ancestrais, quase religiosos, panteístas, quando o coro se empolga, transborda de sentimento, nos transporta a tempos de outros tempos, sem tempo, nem memória, porque intemporais, universais, comuns a toda a Humanidade, daí a categorização, quer se note ou não a sua importância...

 

E de Afetos e Sentimentos ainda falamos: de Amizade, Companheirismo, Camaradagem, nestes encontros de grupos corais, na troca de prendas e galhardetes, intercâmbio de modas. Nos agradecimentos a quem ajuda, a quem trabalha, que muito trabalho dá organizar estes eventos. Na felicitação ao Aniversariante. Momentos bonitos!

Até de apadrinhamento, à boa moda alentejana, diria portuguesa, também falamos. Que os Grupos Corais das Paivas e da Amadora apadrinharam, há trinta anos, o “Grupo de Cante do Feijó”! (Que, na minha modesta e irrelevante opinião, de leigo no assunto, a designação do Grupo precisaria de ser menos extensa...)

Estes dois Grupos não são etnográficos, pelo que trajam todos os elementos com o mesmo tipo de vestuário. O Grupo das Paivas tem a particularidade de se designar de “Operário”.

Sendo estes Grupos formados no contexto das migrações do Alentejo para a Grande Lisboa, a partir dos anos cinquenta do século XX, refletirão a composição sócio profissional inerente à zona onde estão sediados e aos locais de trabalho dos seus componentes.

Há certamente estudos feitos sobre o assunto.

(Em todos os Grupos também se nota uma caraterística comum, que é o nível etário elevado dos seus componentes.

Aliás, a assistência também é maioritariamente composta por cidadãos na 3ª idade ou próximos da mesma!)

 

Os Grupos, todos, etnográficos ou não, nos trouxeram lindas modas, em que também entoaram loas ao Amor, à Paixão, aos amores e desamores, à sublimação dos amores...

Às paisagens do nosso saudoso Alentejo, à neve que também cai na planície, quem não viu os campos transtaganos cobertos de neve, não tem uma experiência completa e inolvidável do mesmo... às flores, rosas, metáforas da Mulher. Recomendações e cuidados a ter na ida à fonte...

Foto original DAPL 2015 Fonte do Salto. Aldeia da Mata. jpg

 

A Poesia, sempre! Cada moda é sempre um Poema carregado de significações sentimentais. Por vezes mais particularmente. Num singelo e comovente Poema dedicado aos Pais. Noutro, peculiar, sobre “...a ceifeira de aço...”!

Na dedicatória e evocação de Poeta (Fialho de Almeida).

 

No confronto entre “ponto” e “alto”, no troar harmónico do coro, ecoando nas planuras de searas ondulantes, marulhando nos mares da “Charneca em flor!”.

 

E, para o final, o Grupo Anfitrião reservou-nos dois Grupos de Música Tradicional.

“Grupo de Trovas Campestres”, de Faro. (Há quem designe, sendo do Algarve, que os Algarvios são “Alentejanos destrambelhados”, cito.)

Quatro Artistas, trouxeram-nos a Alegria do Alentejo, sediada no Algarve!

Cantaram um “Hino ao Mineiro”, uma evocação sul-americana, reportando-nos para o Chile, de Allende?! (Merecia da assistência um outro escutar, mas já havia algum “destrambelhamento” entre o público, desculpa-se-lhes, que até se portaram muito bem, houve momentos de absoluto e cerimonial silêncio durante os outros cantares.)

Encerrou o “Grupo Comtradições”, da Cova da Piedade, com muita e muita Alegria!

E já muita gente dançava! Dançava!

Que para os participantes ainda haveria jantar.

E que bem que cheirava!

Cheiros de um tempo de outros tempos.

Cheiros que o tempo guarda!

 

Parabéns a todos os Participantes!

Parabéns a todos os Organizadores! E Colaboradores!

A todos os que trabalham na sombra para que estes Eventos sejam organizados e nos deleitem e emocionem com a sua Qualidade Artística.

Felicitações especiais ao Grupo Anfitrião e Aniversariante: “Associação Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó – Almada”!

(Grupo, além de Coral, também Etnográfico, documentando um memorial de trajares transtaganos, nas nossas recordações de infância e juventude.

Grupo que, aliás, teve a honra de abrir a Sessão com o brilhantismo que lhe é inerente e as vozes portentosas de que dispõe, também elas carregadas e emocionadas de Sentimentos!)

 

Foto original DAPL Almada Ginjal 2015.jpg

 

E, diga-me lá, se teve a simpatia de me ler até aqui, se Almada é ou não a Capital do Cante?

(Nota Final: Que acrescento, hoje, dia 21, Dia também tão especial.

As Fotos são originais de D.A.P.L. e reportam-se ao "meu Alentejo", que é sempre "Aquém - Tejo"!)

 

 

“A Herança” – Série Dinamarquesa - Temporada 2 – Episódio 2 (12º Episódio)

“Arvingerne” / “The Legacy”

A Herança

(18/03/16 – 6ª Feira)

 

"Família Gronnengaard

Especial "Dia Do Pai!"

 

Antes de começar numa abordagem a algumas ideias fundamentais do episódio, quero informar do seguinte.

Na 6 ª feira, constatei na programação da RTP2, que, ao referirem-se ao episódio dessa noite o etiquetavam como Temporada 2, Episódio 2. Eu não me apercebi dessa mudança de temporada, embora tivesse havido referência àquele hiato de “Um ano depois...”.

Logo, na 5ª feira, o episódio que numerei como 11º, é o 1º da Temporada 2.

O de 6ª feira é o segundo da segunda temporada. Mas vou ainda numerá-lo também como décimo segundo.

 

família. in. series2see.com

 

E vou narrar os acontecimentos principais, relativamente ao meu ponto de vista, que, como já explicitei anteriormente, é um foco de análise sempre parcelar, parcial, por vezes enviesada, conscientemente incompleta... para além de outras limitações que, agora, não me ocorrerão. Subjetiva, também!

 

O título do seriado continua o supracitado, não me apercebi de qualquer mudança.

Todavia, estando a questão da herança sempre presente na narrativa, esse aspeto vai-se desvanecendo simultaneamente que avança o enredo.

Não fora o título “Família ...” ser um estereotipo no “batismo” de dezenas de séries e filmes, eu atrever-me-ia a designar, melhor, subintitular, esta série, pelo menos a partir desta 2ª temporada, como “A Família Gronnengaard”.

 

E, neste episódio, o conceito de Família esteve sempre bem presente.

Conceito de Família no contexto e modo de funcionamento das famílias atuais. O modelo de família nuclear, tradicional, tentam Frederik e Solveig estruturar e manter. Com dificuldades, muitas dificuldades na 1ª temporada, agravadas com aquela cena do irmão “entrar”, “biblicamente” falando, na cunhada. Mas o disfuncionamento já existia antes desse facto.

Nesta 2ª temporada parecem muito entrosados. Frederik aparenta muito melhor aspeto, está muito mais descontraído, mais calmo, mais solto. Mais à vontade com todos, nomeadamente com os filhos. Moram numa casa de campo, mas também perto do mar ou de um braço de rio, ou canal. Lembremo-nos que a Dinamarca é formada por várias ilhas relativamente próximas.

Essa vivência no campo, longe do bulício da cidade, estar-lhe-á a fazer bem. Não sabemos se continuou ou não a fazer terapia, mas melhor, está, é evidente.

 

Mas ele, como todos os outros, se integra ou vive na órbita da “Família Gronnengaard”.

Um conceito de família alargada, disfuncional é certo, já no tempo de Veronika.

Neste início de temporada foi essa família alargada contemplada com mais um rebento, Melody.

Filha de mãe ausente, e doente mentalmente, Isa; de um pai babado, Thomas, extremoso, mas muito ocupado ultimamente, e com outra namorada, Leone, também integrante dessa grande família. Com duas mães substitutas, Gro, a “Grande-Mãe” e Signe, a madrinha, agora mãe de filha de outra mãe, ela que não quis assumir uma maternidade biológica com o namorado Andreas. (Sabemos, agora, que ele, Andreas, tão obcecado andava por ser Pai, hoje é 19 de Março, que até já se adiantou com a fisioterapeuta do clube, Mette, para esse papel. Não festeja é ainda neste ano, ela só está de meses...)

E a criança, Melody, anda sempre nesta roda-viva, de uns para outros, que é tudo gente muito ocupada. Signe, mesmo assim, paradoxalmente e, por ironia do destino, é a mais presente.

Emil, ausente fisicamente, porque preso nos calabouços tenebrosos da Tailândia, (reparei melhor, neste episódio, que os presos estão acorrentados nas pernas), como disse, Emil, embora ausente, está bem presente nas preocupações dos irmãos, muito acentuadamente em Gro, naquele seu instinto maternal.

Soube, agora, nós já soubéramos anteriormente, que o irmão foi acusado de traficante e que o castigo, que pensavam ser apenas uma multa, seria de prisão de vários anos.

Ela desdobra-se toda para conseguir a libertação do irmão, abandona uma reunião importante que coordenava, delega noutra pessoa essa função; vai falar com a advogada que contratara e, face ao não resultado obtido, despede-a; chateia o irmão Frederik para este lhe arranjar outro advogado melhor; este consegue um amigo, que, por favor, acede a analisar a situação, mas este lhe dá a mesma opinião da advogada recentemente despedida.

Finalmente e, após muita insistência e rogos, consegue que Frederik aceda a analisar o processo. Afinal ele é advogado de gabarito, apesar de ter jurado não querer nada com o irmão “traidor”, que lhe “comera” a mulher! (Comer é forma de falar que, a moça está bem vivinha da silva e Emil não é antropófago!)

Mas após analisar e verificar que no relatório policial constava a acusação de que Emil tinha oitenta charros, (oitenta!), ele pediu à irmã para saber que roupa ele trazia no dia em que fora preso.

E ela continuou no seu propósito, e conseguiu telefonar ao irmão e saber a password do seu e-mail e a hipótese de, no facebook do amigo Neil, haver alguma foto dele desse fatídico dia.

E, na posse desses dados, juntamente com Frederik, analisaram as fotos e a roupa e os bolsos da dita. E o irmão face ao tamanho de cada bolso e dos charros, que ele também conhecia, que Thomas os industriava nesses meandros, deduziu que era impossível Emil trazer na sua posse oitenta charros, mesmo que tivesse os bolsos todos completamente cheios. E esse seria o argumento a utilizar para rebater na polícia. E deu este trunfo à irmã, que partiria brevemente para a Tailândia, para aí analisar a situação com os advogados.

Mais tarde, já noite, e na posse da palavra passe, entrou, não biblicamente falando, no facebook do irmão e leu a respetiva correspondência, e aí achou a conversa entre ele e a sua mulher, agradecendo-lhe o que ela por ele fizera, pois, como sabemos, Solveig é que deu o dinheiro a Emil para ele viajar novamente para a Tailândia, para vender o empreendimento turístico.

Fiquei expectante sobre qual seria a respetiva reação, temi que estrambelhasse novamente, que voltasse àquele estado neurótico em que andara, mas não, manteve uma postura muito calma e tomou uma decisão muito racional, vindo ao de cima aquela função paternal que sempre tivera com o irmão mais novo e que o Pai, Carl, lhe recomendara.

Acordou a mulher, Solveig, por momentos pensei que faria algum disparate, despediu-se, deu recomendações aos filhos e informou que ia ter com Gro, que acompanharia à Tailândia.

E foi vê-los a encontrarem-se, e abraçarem-se, já no aeroporto, puxando as bagagens a caminho do avião. Para a Tailândia, mas não para Phuket! (E assim terminou este episódio. Veremos os resultados que obterão. Mas foi uma decisão sábia. E, mais uma vez, o conceito de Família a funcionar!)

E, lembrar, mais uma vez que todos os dias são “Dias de Pai”, mas, hoje, convencionou-se dedicar-lhes muito especialmente este Dia!

 

E, ficamos por aqui de enredo da série?!

 

Até poderíamos ficar e teríamos ficado com “chave de ouro”, lembrando este Dia!

Mas não!

 

Ainda referimos que Signe anda numa azáfama com a sua cultura do cânhamo, que precisa de ser regada, será verão, e teve que improvisar um aspersor com a ajuda de “Pai Tomás”, que faz papel de ambos os progenitores com a filha Melody.

Que a cultura, além da rega, ainda precisa de ser financiada e que o banco não lhe concedeu esse empréstimo, porque na Dinamarca ainda não perceberam as potencialidades do cânhamo como cultura industrial, sustentável e não poluente.

Que terá perdido Andreas, apesar de se amarem, mas ele com a pressa de ser Pai, que se aproximava Março, terá esquecido Signe, que não o esqueceu. Quem não a teria esquecido, palavras do próprio, teria sido um dos adjuntos do Pai de Signe, John, que continua arrastando a asa à jovem, que, por enquanto, parece não corresponder. Mas nunca se sabe, isto de enredo novelístico tem que conter romance, e o rapaz mostra-se persistente. “Ficas extremamente sensual, quando falas do cânhamo”, piropo que lhe ofertou o moço. (Piropo não é legalmente condenável naquele Reino, Estado muito liberal! E o cânhamo, quando usado com outros fins não industriais, também tem o efeito de soltar as pessoas e os afetos, que o diga Tomás, sempre a enroscar-se com Leone, que até Signe os encontrou naquele preparo!)

 

Ainda de Pai falamos, que nem a propósito. Quem chegou à trama da novela foi o pai de Isa, Henrik.

Signe, mais uma vez ela, telefonara-lhe, a saber de Isa, e ele foi ao Solar, no intuito de ajudar na criação da neta. Mas perante aquele panorama, ver Tomás a fumar um charro na presença de Melody, passou-se. Queria levar-lhe a criança e foi uma cena caricata ver Tomás a fugir com a menina na sacola, vestido com uma espécie de saia, também faz papel de mãe, e o avô da bebé, a correr atrás dele.

Explicaria que não podia ver tal coisa. Um Pai a tomar uma passa, que fora a partir do vício de fumar erva, que a filha se perdera e ele a perdera, que ela sofria de uma psicose induzida por cannabis!

Fosse qual a sua razão para o seu comportamento, foi corrido do Solar, por Gro, entretanto chegada, e ameaçado de polícia, caso ali torne.

 

E ainda de Família e de Afetos: maternais, filiais, fraternais, paternais, falamos; quando lembramos a partida de Gro e de Frederik para a Tailândia.

Para libertarem o irmão Emil.

 

E, Emil, naquela prisão atroz, mesmo sofrendo, ao ver outro preso em pior estado que o seu, com ele partilha a manta que da Embaixada lhe enviaram e lhe dá, um a um, dia a dia, os comprimidos de penicilina, também daí mandados.

Faz papel de irmão, também de pai, também de mãe, de amigo, de samaritano.

E lembra e conta ao prisioneiro a sua história e de como o irmão mais velho, Frederik, também dele cuidou, fazendo também de PAI, que praticamente Emil não conheceu!

 

 

 

 

 

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