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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“El Príncipe” – Episódio 13 - Final de 1ª Temporada

Série Espanhola na RTP2

(6ª feira – 09/09/16)

 

“Fé Cega”

 

Bem, quem está com uma fé cega de que irão prosseguir com a 2ª temporada, sou eu!

No final do episódio treze, fim da 1ª temporada, surgiu a palavra anunciadora: “Continua”.

Aguardemos por 2ª feira e teremos a confirmação da continuidade da temporada seguinte. Faz todo o sentido que prossiga a série, agora que, inclusive, em Espanha, já concluíram a temporada dois.

 

cena final in. www.estrelladigital.es.jpg

 

E lembramos o mote que perpassava no enredo, como se de um aforismo se tratasse: “Aqui no Príncipe dizemos que tudo acaba em água salgada – em lágrimas ou no fundo do mar!”

 

E “Abdu” que supostamente já fora atirado e devolvido pelo mar, afinal acabou morto em terra, pelo pretendente a cunhado, Javier Morey, que não teve alternativa, receoso que aquele carregasse o telemóvel, acionando a bomba, ainda não totalmente desativada, que, explodindo, levaria pelos ares os passageiros do autocarro.

Conforme fora planeado pelo Akrab, de forma ainda mais insidiosa e trágica, pois era previsto que essa explosão ocorresse no autocarro, mas quando ele já estivesse no ferry-boat e este navegasse a meio do Estreito de Gibraltar.

Imagine-se o desastre que seria!

(Lembro que Akrab é nome da organização terrorista e significa escorpião, lacrau, “anecral”, como se diz na minha terra!)

 

E quem se desfez em lágrimas, foi Fátima, a única que conseguira tirá-lo do autocarro, chamá-lo à “razão”, através do sentimento paternal escondido em quase todos os homens, ao dizer-lhe que a namorada, Sara, assassinada por Harim, estava grávida.

Só assim conseguiu dissuadi-lo alargar a pistola, pena ele ser tão teimoso com o maldito do telemóvel, que agora servem para tudo e para nada, que ninguém passa sem eles e, há bem pouco tempo, ninguém sabia o que seriam ou sequer poderiam vir a existir, que eram ficção científica.

Mas, lágrimas amargas, mais amaras que as de Petra… derramou a irmã, inglória a sua luta, os seus sacrifícios e quem a consolou foi Khaled.

Que o Destino é fatal e cruel.

Khaled, o vilão, o xeque que comanda o acionamento dessas bombas atrozes, fica como herói perante a nossa mocinha heroína e o verdadeiro herói, Javier, assenta-lhe o ónus de assassino cruel e desumano, aos olhares chorosos e inconsoláveis de Fátima. 

 

E ficou tudo em aberto.

A boda que não se realizou. Virá a realizar-se ainda?´

 

E será que a presença de Khaled, no porto, naquela hora e naquele momento, passará completamente despercebida à heroína e ao irmão Faruq?!

Não será intrigante essa presença, quando ele deveria estar na boda?

 

E essa presença também não será notada pelos policiais?

 

A fuga da mocinha e do herói, montados não num corcel branco, mas num carro vermelho, de não sei quantos cavalos, a fuga por Marrocos também não se concretizou. Que ambos a interromperam, de comum acordo, respondendo aos pedidos insistentes de Fran, para que Morey regressasse ao trabalho para abortarem mais um atentado terrorista.

E Fátima também não podia ficar indiferente à hipótese de salvação do irmão, presumível fautor desse atentado.

E assim abortaram eles a sua fuga.

Reencontrar-se-ão no futuro?!

 

E como se chegou a este ponto da morte de Abdu, sabendo que essa ocorrência aconteceu no final do episódio?!

 

Os mentores dos atentados, um denominado Didi e Khaled, que também já sabemos ser um dos chefões, programaram uma viagem turística para “Abdu”, Abdessalam Ben Barek, partindo de Tânger, num autocarro sugestivamente designado “Al Andalus”, com passagem por Ceuta.

Muralhas de Ceuta in. wikipedia.org.jpg

 

Aí, num ferry, prosseguiriam para Algeciras para uma excursão turística e histórica, pelo sul de Espanha - a Península, precisamente seguindo a rota do famigerado título encabeçado na camioneta de turismo.

Na travessia de barco, no Estreito, o “mártir” faria explodir a bomba que se encontrava na bagageira do autocarro, na sua mala de viagem, por debaixo de uma camisa branca, imaculada. Assim ganharia entrada direta para o Paraíso, simultaneamente enviando centenas de infiéis para as profundezas do demo.

 

Mas as voltas previstas foram trocadas.

O que ocorreu?!

 

Entre os passageiros do autocarro, pessoas de origens culturais variadas, seguia um senhor idoso, deduzo que antigo Professor de História, com a sua jovem neta, moça adolescente, no banco ao lado daquele em que seguia “Abdu”.

Já em Ceuta, o velhote lembrou-se que precisava da sua insulina, não se recordando se a teria ou não trazido.

Parando o autocarro, ainda antes da chegada ao porto, acedeu à bagageira para verificar na sua mala de viagem, mas, providencialmente, enganou-se e abriu a célebre mala de Abdessalam, e, destapando a camisa, deparou-se com a bomba.

Ficou estupefacto, mas conseguiu manter o sangue frio.

Voltando à porta do autocarro, aonde já não entrou, bem tentou que a neta querida saísse, desculpando-se que se esquecera do remédio e que precisava de o ir comprar a uma farmácia, para poderem prosseguir viagem para a Península e que precisava da ajuda da neta para o acompanhar.

E que, posteriormente, iriam ter ao autocarro já no porto.

Mas a moça, Sílvia, teimosia de jovem, deslumbramento da viagem, inexperiência na leitura da ansiedade e angústia do velho, egoísmo juvenil, não quis saber, não acedeu ao pedido do avô para que o acompanhasse e saísse, deixou-se ficar no seu lugar, o autocarro continuou viagem direito ao embarque e o ancião ficou na berma da estrada.

Mas no seu pleno discernimento, Matias, é este o seu nome, telefonou à polícia, avisando do sucedido e, posteriormente, já na esquadra, esclareceu devidamente a situação a Mati, tão carinhosa e afável, a Fran e Quílez.

E estes providenciaram as medidas a tomar, socorreram-se da ajuda do senhor e da neta, que ficara no autocarro e via telemóvel, já disse que servem para tudo, para o bem e para o mal, conseguiram desenvolver uma série de ações, que não vou explicar aqui, que não há como ver, indo descambar nas ocorrências finais que relatei anteriormente.

 

E, para finalizar, só lhe posso dizer que, caso continuem a transmitir a segunda série, o que faz todo o sentido, não deixe de a visualizar.

Se gosta de séries com ação, dinâmica, enredo policial e romanesco, suspense, intriga e romance, intérpretes interessantes, personagens contrastadas e contrastantes, atualidade, sedução, algum humor, então, não perca!

 

Até amanhã, ao 1º episódio da 2ª temporada!

 

 

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