“El Príncipe” – Episódio 9
(2ª feira – 05/09/16)
“La noche más larga”
“A noite mais longa”
Questões que levantei na narração do episódio oito:
- Fátima vai ou não colaborar com o CNI?
- E retoma o namoro com Javier?
- E qual o papel de Khaled?
- E Morey vai continuar a trabalhar com o CNI?
- E Quilez e Fran, como se vão entender?
- E como se aguentará, ou não, Quilez com o remorso?
- E qual a função real de Omar?
- Recrutará ou não o jovem desamparado Driss?!
(…)
E vou tentar responder a algumas questões levantadas na última análise, sobre o oitavo episódio.
Se Fátima vai colaborar com o C.N.I.?
Claro que vai. Convencida por Morey, que entre ambos há toda uma química que já não os permite separar. Nem séculos de desentendimentos e convenções estereotipadas, nem o medo de represálias do irmão tradicionalista e belicoso, talvez apenas o possível desgosto provocado à mãe e ao pai, a fizesse recuar. E há sempre, e também, a secreta esperança de encontrar vivo o irmão “Abdu”.
Fátima acedeu a colaborar e foi uma longa noite, título do episódio, em que Morey, Javier, lhe esteve a ensinar como clonar o telemóvel de Omar, o recrutador, no Centro Cívico, de jovens para o Paraíso!
Clonagem que será efetuada numa próxima reunião a realizar na manhã seguinte, pelas nove horas, no Centro Cívico, a que Omar também comparecerá.
Reunião supostamente convocada superiormente sobre um pedido de subsídio efetuado e que contará com a presença de uma técnica superior da União Europeia, que se deslocará propositadamente a Ceuta, para analisar a candidatura proposta.
Nem mais nem menos que Carvajal, a técnica do CNI, que está a substituir Morey.
Se Fátima retoma o namoro com Javier?
Esse enlevo e ligação está por demais destinado.
E ninguém foge ao Destino!
Com o que já referimos anteriormente, constata-se que Morey vai continuar a trabalhar no CNI. Nem o Centro poderia passar sem ele, dados todos os conhecimentos que obteve. Nem ele sem o trabalho.
E lembremos o que lhe disse o pai, no episódio anterior, quando ele, hipoteticamente despedido, foi visitar o progenitor, aproveitando a ida a Madrid.
Aquele, viúvo desde os seis anos de Morey, lamentou que este poucas vezes o visitasse.
Não lhe passou despercebido que o filho não estaria bem, insistiu se seria alguma mulher…
“… a vida, sozinho, custa mais…”
Se seria o trabalho…
“… se não fazes alguma coisa depressa, esse trabalho vai levar-te à condenação!”
Um pouco mais tarde, entregar-lhe-ia o anel que ele próprio ofereceu à esposa, quando nasceu Javier.
“- Para dares à Mãe dos teus filhos!”
E foi nesse anel que Morey pegou, nas vezes que abriu a gaveta das papeladas confidenciais, nessa noite mais longa.
Virá a ofertá-lo a Fátima?
(…)
E nessa noite de ausência de Fátima, no apartamento de Morey, muito procurada ela foi. Pelo irmão Faruq, insistentemente, e pelo namorado Khaled.
Que estava no hospital com um miúdo do Centro Cívico, lhes dissera.
Faruq, raposa matreira, não se deixou convencer e, após contactos e mais contactos, dirigiu-se ao hospital onde constatou ausência de suposto doente, cujo pai também já apalpara. Um coitado, transido de medo e subserviência, face ao barão local da droga.
Aproveitando uma momentânea ligação do telemóvel da irmã, Faruq, juntamente com o guarda-costas, plantou-se no apartamento de Morey, ou não fora ele especialista no crime.
Valeu aos amados também a vigilância do CNI e respetiva agente Carvajal.
E, na manhã seguinte, também os do Centro providenciaram uma proverbial saída dos amantes, sem se terem amado nessa longa noite, frise-se.
Fátima não podia faltar à reunião.
E, providencialmente, nessa manhã, um corpanzil, supostamente bêbedo, surgiu na rua a interpelar o guarda-costas que ficara de plantão à entrada do prédio, por ordem do patrão Faruq.
Que queria os cem euros que o outro lhe devia e torna e deixa, envolveram-se à pancada, aproveitando o casalinho para sair e comparecer na reunião.
E a reunião realizou-se e Fátima conseguiu o pretendido, na sequência de variadas peripécias, que só vendo!
Teve a ajuda e colaboração providencial de Fran, que acedeu ao pedido e ordem de Morey, para estar presente nessa reunião e cujo papel foi marcante para o desfecho pretendido.
E com essa falsificação no telemóvel de Omar puderam aceder a múltiplas e preocupantes informações!
Outra questão levantada referia-se ao relacionamento entre Fran e Quilez, após aquele ter conhecimento que fora o filho deste, Jota, que matara o seu filho, Alberto.
Foram cenas marcantes, que envolveram ambos os policiais, o delinquente Jota, a mãe deste e mulher de Quilez, que desconhecia que fora o filho que matara Alberto!
E relevante também, trágica(?), a despedida de Raquel, mulher de Fran, que abalará para Málaga, desconhecedora de todas as novas descobertas, que o marido não conseguiu contar-lhe a verdade.
Compareceram todos, Quilez, inclusive, que Fran o foi buscar em momento providencial, quando aquele se preparava para meter um balázio na boca.
“…
- Não te passe pela cabeça matares-te. Era demasiado fácil!
…”
(Fácil, no sentido de enfrentar o remorso, a culpa e as agruras da vida e aturar um filho mimado, desobediente e aprendiz de criminoso…
Que tarde demais o pai lhe deu uns tabefes!)
E sobre jovens perdidos…
Omar recebeu ordens de preparar Driss para o sacrifício, que o chefão chegará amanhã, que será hoje, na apresentação do décimo episódio.
E ainda no nono, Fátima e Morey, no carro, falavam na cabana, na montanha coberta de neve.
(Não será a cabana do J. Cid, que essa é junto à praia.)
Cada um tem as suas bizarrias. E a de Morey envolve neve, que Fátima nunca viu!
“- É branca, brilhante e, quando lhe tocas, queima.” Contou Morey.
E beijaram-se.
E Faruq, feito bisbilhoteiro, a ver!
E muita coisa fica por contar!