A carranca lembra-lhe alguma cara conhecida?!
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Aqui está ela, prontinha para ser degustada:
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E aqui, já se foi...
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O que achei da degustação?!
Não sei se alguma vez já tinha provado. Não me lembro!
Em termos de gosto, achei alguma semelhança com o sabor da romã.
Menos acentuado no travo. Mais leve. Menos doce. Macio, na textura e consistência. Bastante agradável e fresco. Percepção de saciedade, satisfação.
Aroma? Na verdade, não equacionei essa perspectiva.
Irei observar em futuras provas.
Então, vai repetir?!
Sim. Independentemente de tudo, comprei duas grandes, quase um kg cada uma e o produtor ofereceu-me uma pequena.
Logo, iremos repetir.
Futuramente, comprarei ?
Não sei. O futuro não nos pertence.
Depois, surge numa estação em que temos muitos frutos nossos.
Para além do mais, não sei se não será cara. Comprei a 10 euros/Kg.
O vendedor tinha um grande stock. Pouco negócio. O mercado estava fraco. O dia estava de imensa chuva. Desejei-lhe boas vendas.
Iremos provar as duas que temos.
A ver se ainda observo mais características.
Sobre o tempo. Hoje, o dia está muito mais agradável. Esperemos que continue sem chuva nem vento.
E sobre Pitayas...
É super interessante haver produção no Alentejo!
Provavelmente em estufa. Outra dúvida a esclarecer.
Bom Outono. Boas provas dos bons frutos outonais.
Mercado Municipal de Portalegre
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2 compradas, as maiores. Quase 2Kg. 17 euros, 10 euros o kilo.
A mais pequena, oferta.
Agora, falta a degustação.
(Sábado de imensa chuva.)
Antologia Poética:
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Solidão
Dá-me a mão
Retira-me da solidão
Preenche o meu coração
Que pela tristeza é trespassado como por um arpão
Decifra os meus enigmas como Esfinge
Fornece-me felicidade como se exige
Preenche o vazio que me tinge
Corrói o âmago amargo que me atinge
Batalha contra este coração de pedra
Sem ter em conta a Convenção de Genebra
Mostra-me que eu tenho valor
E que sou merecedor do calor do amor
In. pag. 9
Será que Portugal é assim uma espécie de “Galo de Barcelos”?!
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Que canta mesmo depois de morto e assado, na mesa do Senhor Doutor Juiz?!
Não sei!
Eleições Presidenciais: os candidatos não são mais que as mães. São pelo menos tantos quanto elas. (Não há por ali irmãos, embora alguns sejam muito parecidos e queiram apenas aproveitar o colo da Dona República, usufruindo das benesses, “promoções” que os atos eleitorais sempre proporcionam.)
Os cartazes já proliferam! (Ainda não tiraram os “fora de portas” das autárquicas e já inundam as praças de novos cartazes.) Algumas carantonhas repetem-se, outras ressurgem das fantasias de tempos passados.
Também ressuscitam as sondagens. As manipulações da opinião pública continuam. Nada de novo! Os mesmos discos riscados. Reaparecem figuras de museus de cera, a defenderam os seus protegidos. Como se nós precisássemos de saber quem é quem. Como se não soubéssemos quem é cera do defunto.
Quem escolher?!
É caso para dizer: venha o diabo e escolha!
Imagem: Galo de Barcelos numa Rua 5 de Outubro, ligando a Sé à Praça! Numa Cidade de Portugal, que pode ser qualquer uma. Que Cidade não tem uma Rua 5 de Outubro?! É a República, à procura de um Presidente!
Sé: clero, Praça: povo. Falta a nobreza. Que está no carácter de cada um. Coisa difícil de ver, ou nem por isso – nalguns casos é por demais evidente; mais difícil de avaliar. Mas será por aí, que tentaremos escolher.
Saúde e Paz, que tanta falta faz!
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A propósito de “Almoço dos Primos”, de 18/10/25 e de comentário de José, de “Cheia”, a quem agradeço.
*** * ***
«Sáfara, s.f.(de sáfaro). 1. Terreno desértico e pedregoso; terreno sáfaro. 2. O m. q. safra. … …
Sáfaro. adj. m. (do Ár. çahrã ou çakhra?). 1. Agreste; inculto; bravio; rude. … …
Safra, s.f. (do Ár.). … 2. Boas searas; colheita. …»
In. Lexicoteca – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa – Círculo de Leitores – Tomo II – 1985 - p. 1048
***
O comentário de “Cheia” suscitou-me a pesquisa. A Lexicoteca é um espaço onde gosto de me informar e aprender. Os excertos inicialmente apresentados explicam os significados das três palavras relacionadas.
A ideia que eu tinha de “Safra” era a de terreno inculto, bravio, pedregoso, coberto de mato.
(José apresentou-me uma imagem diversa da palavra, mais associada a searas.)
O terreno da “Tapada das Safras” é tipicamente o das “safras / sáfaras”. Granítico, pedregoso, pouco cultivo terá alguma vez tido, dado que as rochas pouco espaço deixariam para lavrar. Lavoura pobre, certamente, centeios, que seria o que essas terras dariam.
Terrenos comuns nestes concelhos do Norte Alentejano: Nisa, Crato…
Muitos afloramentos rochosos de granito, nalguns locais, de carácter monumental. Na minha Aldeia, também são dominantes. Já apresentei postais sobre esses rochedos que são verdadeiros monumentos naturais.
Entre as rochas desenvolve-se o mato: codessos, giestas, urzes, tojos, gilbardeiras, silvas, estevas, margaças, pegamassas, madressilvas, lentiscos, troviscos, aroeiras, carrascos…
Na “Tapada das Safras” persistem alguns excertos desse matagal primitivo. Observei um resto de codessal, rasteiro, mas verdejante, apesar da secura e longevidade deste verão, em pleno Outubro!
(Não fotografei. Mas tirei foto de uma “Despedida de Verão”. Há muitas disseminadas pela propriedade. Terão sido plantadas propositadamente, espalhadas pelo território, junto às pedras, nos canteiros, junto às casas. Ideia interessante. Estas plantas, embora exóticas e tóxicas, são vulgares no nosso Alentejo Norte. São muito comuns nos jardins, nos hortejos antigos. Pela sua beleza e pela sua resistência ao nosso clima destemperado, de verões secos e quentes. Iluminam os espaços com a sua cor rosa desmaiada e perfume adocicado!)
Ainda sobre as “safras”…
Em miúdo e adolescente, guardei muita vez ovelhas, em terrenos com safras: Tapadas da Baganha, do Sabugueiro, do Engenheiro Matias, da Ribeira da Vargem…
E o que as ovelhas gostavam dos codessos, das sementes das giestas…
Mais vale tarde que nunca! (II)
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Estes convívios valem sempre a pena.
Embora muitas pessoas se ausentem pela “lei da vida”, e por isso mesmo, valoriza-se o facto de podermos conviver, com quem pode comparecer, enquanto isso é possível.
Se as ausências perenes nos incomodam, em contraponto observamos a evolução dos convivas mais jovens. Ainda há pouco, digamos assim, eram crianças; agora, adultos, constituintes de novas famílias, com filhotes já crescidos. São esperança de renovação, de futuro, de que os laços familiares prosseguem, de que o mundo e a vida continuarão. Assim a saúde os acompanhe e a nossa vivência em paz se mantenha.
Se lembramos os que partiram, em contraponto, observamos os que conhecemos desde pequenos, acompanhámos na escola, adolescentes, felicitámos nos matrimónios. Atualmente, adultos profissionais, que nos prestam serviços; com filhos já crescidos, marca identitária de ascendentes, prontos a darem continuidade a laços familiares eternamente renováveis.
Será bom que estes almoços prossigam. Apesar do trabalho que implicam. A Prima Bela que o diga. Observei como ela tentou passar a “chama olímpica” à Prima Marisa. Que, por enquanto, não aceitou. Mas que é uma pessoa bem capaz de desempenhar cabalmente as funções, no futuro. Tem todas as condições e qualidades para tal. Assim a Vida lhe permita!
*** *** ***
Mas, dir-me-á o/a Caro/a Leitor/a:
Ainda não nos disse a ementa do almoço, onde se realizou, quanto custou…
Bem verdade! Mas julgo que o convívio entre familiares, não sendo o motivo único que nos congrega, é um fator determinante para a materialização destes almoços.
A ementa?!
Entradas variadas e dois pratos principais: de peixe e de carne. Bacalhau com natas e espinafres, e bochechas de porco preto, no forno. Sobremesas variadas e tradicionais: mousse de chocolate, leite creme, sericaia e mais outras iguarias, de que não me lembro os nomes.
Gostámos e ficámos satisfeitos. As bebidas eram à discrição, não havia limitações, o que sempre agrada ao pessoal. Vinho tinto e branco, cerveja, água. E uma novidade, este ano, os digestivos, a pedido de várias famílias, como se costuma dizer. Aguardente velha, moscatel, que foi o que bebi e uma terceira alternativa, de que me não lembro. (Isto de escrever passado algum tempo, é no que dá!)
Onde se realizou? Na “Tapada das Safras”! Em Alpalhão - Alentejo, no concelho de Nisa, em paisagem bem peculiar, típica destes concelhos do Norte do Alto Alentejo.
(Ilustro com uma foto de uma Rosa de Alexandria, que há algumas roseiras espalhadas pela propriedade.)
A propósito, sabe o que são “Safras”?!
Quanto custou o almoço?! Já não me lembro!
Mais vale tarde, que nunca! (I)
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O subtítulo do postal faz todo o sentido, por duas razões.
A temática refere-se ao designado “Almoço dos Primos”, ocorrido em 18/10/2025. Só hoje, 29/10/2025, escrevo e publico sobre o acontecido.
Por outro lado, já não participávamos nestes almoços desde 2016!
Justifica-se, portanto, a máxima tradicional. Mais vale fazer o que é devido, ainda que tarde. Pior é não fazer!
Em 2015, fomos comensais. Sobre a ocorrência, escrevi um postal. Em 2016, também participamos. Até a Prima Mariazinha, que vem do Algarve, teve a amabilidade de ler o texto, de 2015, para todos, por sugestão de Ti Bia. (Nesses anos, o almoço foi em Cabeço de Vide.)
Estes almoços regulares, designados de “Almoço dos Primos”, são comuns em várias famílias alargadas. É este tipo de almoço-convívio que a Família Proença – Pereira – Velez realiza anualmente, para aí, talvez, desde os anos oitenta. Eu tenho participado desde início dos anos noventa.
A organização dos mesmos tem sido supervisionada, nos últimos anos, pelos Primos Bela e Tó, coadjuvados pela Tia Bia. Nos primórdios em que participámos, era o Primo Abílio que organizava. Aliás, julgo saber que fora o grande mentor – impulsionador destes eventos, enquanto foi vivo.
A lei da Vida e da Morte sobrepõe-se a tudo. E esse é o lado mais problemático destas situações. A constatação dos que se ausentaram. Os que nos faltam. Já são tantos! De muitos não saberemos o nome. Nas famílias alargadas, somos muitos e ao longo de várias dezenas de anos, afastados em variadas localidades, territórios e até países, não é possível conhecermo-nos todos. Mas de cada um dos mais chegados, cada um de nós sabe o seu respetivo nome. Quem esteve presente lembrar-se-á dos seus mais queridos que já partiram. Deles terá guardadas saudosas memórias. Boas, más(?!) A saudade, a nostalgia preenche-nos o coração.
Nós deixámos de participar precisamente na sequência da doença, 2017, e posterior falecimento, do Cunhado Manuel, em 2018.
Depois veio a célebre Pandemia, que nos fechou a todos, em nós mesmos também, em 2020. Todos nos lembramos, ou já esquecemos?!
Muita gente se ausentou também. Quem não conhece alguém, familiar, amigo, que tenha partido nessa avalanche, que assolou o mundo?! Felizmente nós estamos cá para contar. Ainda…
Mas nós continuámos não participando nos convívios-almoços, quando foram retomados, não sei bem quando, nem quem retomou essa iniciativa. (Os lutos nem toda a gente os faz do mesmo modo.)
E sobre ausências, não esqueceremos - julgo que seremos unânimes – o Primo Quilito. As circunstâncias e enquadramentos, mais realçam a situação de ausência.
E nós, família nuclear, a minha amável Sogra, Dona Maria do Rosário.
A amabilidade estendia-se até ao pagamento dos almoços de filhos, filha, respetivos cônjuges e netas!
Mas estes almoços-convívios têm a sua componente de alegria, esperança. Aliás, é essa a sua especial faceta. Por isso se realizam.
Juntam-se as famílias nucleares, alargadas a diversos parentes, ramos de consanguinidade, em convívio salutar.
Materializando esse desiderato, compartilhámos com a nossa afilhada Filipa e namorado, João.
(E, por agora, ficamos por aqui. Desenvolverei o assunto noutro postal.
Apesar da relutância que tenho em colocar fotos de pessoas, ilustro o postal com uma. Compreende-se!
Mas não é de minha autoria.)
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Ontem, 26/10/2025, domingo, decorreu “Momentos de Poesia”, no Hotel José Régio, Portalegre. (Fora o fim de semana da icónica BAJA de Portalegre.)
“Momentos de Poesia” não é menos emblemático da Cidade. Poesia e Poetas é um elemento cultural da Cidade de Régio. Quisera a Cidade valorizar-se, enaltecendo/valorizando a Poesia e os seus Poetas. Que não quer propriamente aproveitar esse recurso cultural de que dispõe. Desde logo e à partida, Régio.
Tanta gente que gosta de “Dizer Poesia” de José Régio. E tantos que já se foram!
(Já abordei este tema várias vezes.)
Escrevendo sobre “Momentos de Poesia” não posso deixar de lamentar a pouca divulgação de que beneficia, tanto à priori, como à posteriori. Não importa. As sessões decorrem bem, com os Amadores das artes poéticas, musicais, canto, fado…
Gratidão a quem organiza, a quem cede a sala, o espaço, enaltecendo por demais Régio, em local tão evocativo e valorizador da Cidade.
Estivemos cerca de trinta participantes, a grande maioria participativos, dizendo, lendo, cantando.
O Grupo Coral faz as honras da casa, abrindo e encerrando a sessão artística, cantando o hino de “Momentos de Poesia” – “Poesia é o nosso ideal”.
Funciona também como uma “Escola de exercício poético”. Quase todos “Dizem Poesia”, maioritariamente de outros Poetas, alguns também de sua autoria. Trazem-nos Poetas e Poetisas consagrados/as, também de alguns nossos conhecidos, já ausentes, que muito estimamos.
Escutámos, “Dizendo Poesia”, Susana, Madalena, Dulce, Rosário, Abílio, Mariana, Luísa, Deolinda. Isabel, à maneira, xaile nos ombros, cantou o fado. Abílio também cantou. (O Sr. José participa no coro, na organização do evento, mas não costuma dizer poesia. Talvez um dia!)
(Desculpem-me o tratamento familiar, na primeira pessoa, sem sobrenomes, mas não sei de todos. Esta crónica também não é exaustiva e pormenorizada, nem pretende sê-lo, dadas as minhas muitas limitações técnicas e pessoais.)
(Estranhei ausência de Professor João Banheiro que costuma ser ensaiador do Grupo.)
Achei significativa a leitura de poema de José Branquinho, que conheci pessoalmente em “Momentos de Poesia”, em homenagem que lhe foi prestada, ainda no salão da Biblioteca Municipal. Poema lido, por Rosário, a partir de um dos livros que ofereci, em sessão anterior. É bom partilharmos os livros e o Branquinho merece. Obrigado!
Também ouvimos Poesia de Poetas consagrados: Régio, Florbela, Aquilino…
A crónica não segue textualmente a cronologia dos acontecimentos, que Drª Deolinda organiza, entremeando Poesia, Canto e os diversos Participantes, de modo harmónico e heterogéneo.
Também participou Gonçalo Mota dizendo dois poemas seus. (Sendo relativamente jovem, já editou dois livros, que tentarei dar a conhecer no blogue. É de Arronches e estudou na ESMS.)
Adelino Baptista disse também dois poemas de sua autoria. José Carita Monteiro também leu dois poemas, mas frisou não ser poeta.
Realço - sem menosprezo por nenhum dos demais - a presença de um jovem, julgo ter ali estado pela primeira vez, de nome Tiago, que interpretou dois poemas seus. Um deles “Poeta Acidental”! Esperemos que apareça mais vezes. Dá gosto ver e ouvir a Poesia rimando com Juventude! Também frequentou a ESMS.
Silvina disse um poema que escreveu no próprio dia de “Momentos”. Frisou que Tiago é cinturão negro, certamente será aluno na sua Escola.
Francisco disse dois poemas. “Isto da Covid”, na sequência de “Bicho Papão”, de José Régio, que Abílio Mourato dissera. E “Guardei minha tristeza”.
O Grupo Coral interpretou Poema sobre as “Cores e os sentimentos a elas associados”, numa performance delineada com base em lenços coloridos. Muitíssimo interessante. (Julgo que autoria é de José Duro. Mas como sou um bocadinho duro de ouvido, não tenho a certeza. Pesquisei, mas não consegui confirmar. Agradeço que me confirmem, por favor.)
Este foi o resumo que consegui sobre o evento. Agradeço a atenção e peço desculpa pelas lacunas. Sugestionem nos comentários, SFF.
Até próximos “Momentos”, previsivelmente em Novembro. E Tertúlias?!
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Momentos de partilha de Arte:
Poesia, Música, Canto, Fado, Arte de Dizer...
Simpatia, Alegria, Boa Disposição...
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