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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Hortas Urbanas: Que importância?!

Será que as Hortas Urbanas têm alguma importância num contexto sócio-económico e cultural?!

 

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ou será que elas são apenas um escape para um segmento populacional mais ou menos desenraízado no contexto urbano ou suburbano em que se insere?!

Será que este modelo de intervenção cultural, de raízes campestres, mas intervindo num espaço citadino e urbano, será apenas passageiro? Reflexo de um tempo de crise e como tal associado a estratos populacionais mais desfavorecidos?

Mais questões poderão ser levantadas…

 

À partida, quero expressar que sou defensor da sua existência.

Mais, reforço que deverão ser incentivadas as pessoas interessadas nesta prática, apoiadas pelas instituições que o possam fazer, promovendo e definindo práticas de uso de terras camarárias para esta finalidade.

 

Nesta ação de cultivo de terrenos abandonados no espaço urbano, penso que ganham todos os intervenientes.

 

Ganham os agricultores urbanos, pois produzem alimentos para si próprios, para familiares e também amigos, pois normalmente quem amanha a terra tem esta característica de personalidade: o prazer de oferecer o que obteve da sua produção. O gosto da dádiva!

Em princípio, os produtos obtidos serão de melhor qualidade, dado que quem produz nestas situações gosta de ter algum cuidado no processo produtivo, evitando, ou pelo menos não exagerando, nos pesticidas.

Possibilita uma saudável ocupação dos tempos livres, de forma construtiva, em contacto com a natureza.

Promove também a interação, o convívio entre os vários participantes nestas tarefas, que muitas vezes se ajudam entre si e com as respetivas famílias.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ganha a Sociedade globalmente.

Os terrenos são limpos de mato e sujidade, evitando o abandono, a negligência, sem que para isso as entidades autárquicas tenham que intervir.

Evitam-se e previnem-se hipotéticos fogos.

Favorece-se a infiltração das águas pluviais, retendo-as, deste modo não escorrendo tão repentinamente quando chove e infiltrando-se o líquido nos solos. Abastece os aquíferos e evita também a erosão.

Diminui-se o circuito de distribuição e todo o gasto energético inerente, pois produtor e consumidor estão no mesmo elo da cadeia produtiva.

Mas o comércio também ganha com esta prática, com esta moda, digamos.

Nas grandes cadeias de supermercados prolifera periodicamente toda a gama de artigos necessários a estas atividades. Desde as sementes e plantas até aos sistemas de rega e recolha da produção, numa parafernália imensa de objetos mais ou menos engenhosos, de modo a ajudar, facilitar e promover a ação do agro urbano.

E algo que normalmente não valorizamos devidamente. Com o plantio de árvores, arbustos e hortícolas, há uma permanente produção de oxigénio, que nos é indispensável à vida.

São um modelo de intervenção cívica, num contexto de urbes em que, muitas vezes, os laços de Cidadania se foram perdendo.

São uma forma de ocupar as pessoas construtivamente, sabendo nós que o trabalho é uma excelente forma de terapia. E que faz imensa falta a muito boa gente que vegeta por aí sem fazer nem querer fazer nada de construtivo!

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

E qual o papel que as entidades autárquicas ou outras podem desempenhar?

Devem ajudar, incentivar, apoiar. Promover, divulgar!

Como? Disponibilizando terrenos, água, conhecimentos, informação… E, porque não, também formação?!

Criando feiras e/ou locais de venda, facilitando o escoamento da produção, que poderá ser excedentária.

Uma outra forma de promover, divulgar e incentivar seria organizando uma espécie de Concurso entre produtores e respetivas hortas, como se faz noutros ramos de atividade. Algo que teria que ser bem estruturado, auscultando previamente os possíveis interessados.

 

E outras Entidades como poderão intervir?!

Por ex. Escolas.

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As Hortas que visitámos situam-se a norte da Escola Secundária António Gedeão, confinando com a mesma.

Será que na Escola não poderiam ou não serão até já desenvolvidas atividades de intercâmbio?! Visitas de estudo, workshops, troca, partilha de conhecimentos e saberes. Estruturação de ações no âmbito de disciplinas ligadas à Natureza: Ciências Naturais, Geografia?! Ou integradas no contexto da Cidadania: Formação Cívica, Educação para a Cidadania?! Ou outras...

Ou atividades interdisciplinares. Trabalhos de Projeto, por ex.

Note-se que não sei se atualmente ainda existem as Disciplinas mencionadas!

Nas hortas visitadas criaram, nas “divisões/partilhas” de terrenos, um caminho entre sebes de canas entrançadas, que servem de divisórias. Pois esse caminho pedonal é utilizado diariamente por estudantes na ida e vinda das atividade escolares.

Foto de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Mas e para finalizar.

Realce-se que, embora a intervenção de outras entidades possa ser importante, este movimento tem muito de espontâneo e autónomo! Pelo que convirá ter sempre essa característica em conta nas atitudes e intervenções hipoteticamente a serem feitas!

 

Foto original de D. A. P. L. Junho 2015.jpg

 

Ver também: hortas-urbanas

 

Hortas Urbanas!

HORTAS URBANAS

 

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015 jpg

Portugal é um país de tradições rurais muito fortes.

 

As correntes migratórias internas, dos anos sessenta e setenta do século XX, engrossaram o crescimento populacional dos grandes centros, com especial realce para a Grande Lisboa e Grande Porto, e juntamente com a emigração, maioritariamente para a Europa Comunitária, levaram ao despovoamento dos campos, Êxodo Rural.

 

Este processo continuou, assistindo-se simultaneamente, a uma crescente litoralização do País.

 

Tem havido igualmente movimentos de imigração, de proveniência africana: cabo-verdianos, ainda antes de 1974 e igualmente das outras ex-colónias, acompanhando nomeadamente a descolonização, a partir de 1975. Mais tarde, continuados com as guerras civis nesses territórios, também designados ex-províncias ultramarinas.  

 

Posteriormente, ocorreram outros movimentos migratórios, tanto internos como externos, com especial destaque para a imigração de diversas origens, especialmente após a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, em 1986. Mas estes, face ao assunto em epígrafe, têm um cariz ligeiramente diferente.

 

Frisa-se, pois, que as populações suburbanas e urbanas com origem nas ex-colónias africanas ou nas zonas rurais do Continente têm uma matriz cultural muito arreigada às suas origens campestres e há ainda um forte apego ao chamamento da terra de origem, em que a vida no campo está muito presente na memória coletiva e individual.

 

Essa chama que nos liga ao Campo manifesta-se de múltiplas e variadas formas, de que os Grupos Culturais, sobre que já tenho “postado”, são um exemplo.

 28ª-encontro-de-cantares-alentejanos

 

Mas o mais relevante sinal desse apego expressa-se, de uma forma ainda mais materializada, na ação concreta de amanhar a terra.

Esse gosto por mexer, por trabalhar a terra, é ainda bem presente e vivo em algumas das populações das nossas zonas suburbanas.

Muitos não gostam, a maioria não sabe, perdeu esse saber, mesmo quando ainda em jovem tenha feito algum desse trabalho no campo.

Mas ainda há alguns que resistem, que persistem e guardaram esse conhecimento, praticando-o.

Que o documentam, o põem em prática num labor diário, no arranjo de leiras, taludes, veigas e vales, quintais e pequenas parcelas de terreno de que se vão “apropriando” de usufruto, pelos mais diversos espaços abandonados e desaproveitados das nossas urbes.

Outros aprenderam, pois vê-se também gente que de novo se interessa por esse mester.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

É olharmos à nossa volta quando viajamos, seja de carro particular ou, com mais atenção e pormenor, nos transportes públicos, e vemos os milharais, os feijoais, os granais, os batatais destes novos agricultores, das horas livres, de part-time, de fim-de-semana ou dos fins de tarde.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Este é um fenómeno cultural que nos últimos anos tem ganho maior visibilidade, pois a extensão do espaço cultivado aumentou e processa-se nos mais diversos e inusitados locais, espalhando-se, que eu conheça, tanto na Margem Sul, como na margem norte do Tejo e muito especificamente por toda a cidade de Lisboa.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

São as HORTAS URBANAS!

 

A tão propalada “Crise” também terá tido efeitos sobre este fenómeno urbano?

A mediatização deste facto também terá contribuído para o seu propagar?

O merchandising, o comércio, o marketing, associados a todas as ações campesinas, mas transpostas para um modelo urbano, também o incentivou e simultaneamente é um seu reflexo?

 

Todas estas situações poderão ter ajudado ao crescer deste interesse pelas atividades agro-urbanas. Que, pelos vistos, vieram para ficar!

E que, para além de terem alargado o seu espaço geográfico, também alastraram a diversos estratos populacionais, mesmo àqueles à partida desligados ou desenraizados dessa ancestralidade cultural, por já serem nativos do espaço urbano há várias gerações.

E que, sendo citadinos e urbanos, usam o próprio espaço dos prédios, como varandas, marquises, terraços… E lá cultivam as suas alfaces, os pepinos e tomates, ervas de cheiros e malaguetas…

 

Quem imagino estará satisfeito com este pulsar de vida agrícola dentro da Cidade será o arquiteto Ribeiro Telles, há muito defensor desta prática.

 

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Bem, a “postagem” de hoje é precisamente sobre esta temática e é documentada com fotos gerais e específicas de algumas Hortas Urbanas da Margem Sul, localizadas num vale de uma freguesia do concelho de Almada.

Demos uma vista geral ao espaço global, por onde se distribuem as Hortas e visitámos, com bastante atenção, uma delas, que é um verdadeiro Jardim!

O seu “proprietário”, na casa dos setenta, algarvio, mas tendo trabalhado em Lisboa, pessoa simpatiquíssima, fez questão de nos mostrar o resultado do seu labor diário, num espaço de poucos metros quadrados, mas onde tem os mais diversos produtos hortícolas e insistiu para que voltássemos, para levarmos umas alfaces…

 

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Bem e, por hoje, e sobre Hortas Urbanas não vou escrever mais.

 

Ainda ficam mais alguns aspetos que aprofundarei noutro(s) post(s).

 

Desenlace final da 5ª temporada da série “Crime e Castigo”

Desenlace final da 5ª Temporada de “Les Engrenages”

Comentários

 

três mosqueteiros mouv.fr.jpg

 

 

Ocorreu ontem o desenlace final da 5ª temporada da série “Les Engrenages”, intitulada na versão portuguesa “Crime e Castigo”.

 

E foi um final emocionantíssimo e trágico, mantendo-nos ligados ao televisor até ao apresentar do genérico. E, depois, ficámos como que anestesiados… passados de perplexidade e angústia!

 

A menina de oito anos que fora raptada, apesar da ameaça física de um xis/ato apontado à garganta, pela desvairada da chefe do gang, OZ, conseguiu salvar-se.

E, isso, graças à intervenção experiente e maternal da heroína da trama, a nossa Laure, que conseguiu convencer a chefe do gang a soltar a menina. Foram minutos de alta tensão, a criança com a arma branca apontada à garganta e Laure a falar, a pedir a sua libertação, com calma mas também firmeza, à agressora, que acabou por ceder, libertando a criança.

Ao mesmo tempo recuava na direção do rio Sena, preparando-se para saltar, o que fez.

Mas arrastando com ela também a nossa capitã, que tentou segurá-la, imaginando que ela se quereria suicidar.

Nesse arrastamento, a louca, com a arma branca que segurava e ameaçara a criança raptada, deu uma facada, em Laure!... Em Laure! E, onde?! Precisamente na barriga, na barriga, onde ela carrega o seu fruto mais precioso.

O filho/a a quem ela já tanto quer, idealizando até formar casal com Gilou.

 

Pois imagine-se o efeito. Grande tensão nos espetadores e nos colegas polícias. Todos no hospital, para onde foi transportada, sujeita a observações.

Diagnóstico médico: … tudo em aberto, não se sabe se se salva… e, nesta apresentação, o médico quis dirigir-se ao pai… Quem é o pai?!

A mãe e o bébé corriam, obviamente, perigo de vida.

E calcule-se… Tantos polícias homens, todo o departamento e “onde está o pai”?

Todos se olharam atrapalhados.

 

Gilou pega no telemóvel, afasta-se, retira-se para um local mais resguardado, emociona-se, chora, bate com a cabeça na parede, relembrará todos os momento em que sonhou viver com Laure, recompõe-se, ganha coragem. E telefona.

Liga para Brémont, pois para quem haveria de ligar, se Sami já não está entre os vivos e já anda noutro seriado?!

Ainda bem que a narradora não descartou a personagem Brémont!

E comunica-lhe o essencial.

Laure hospitalizada, grávida, não sabe se se salva, criança em perigo de vida. Pede-lhe a sua urgente comparência no hospital.

 

E ficamos assim no final de episódio e quinta temporada.

Tudo em aberto para a sexta.

Que em França já estará, não direi pronta, que não sei, mas está pelo menos em preparação.

E tantas pontas soltas por onde pegar.

No concernente à capitã… Salva-se? A criança?! Fica-se a saber se Brémont é efetivamente o progenitor? Voltam a trabalhar juntos? Como conciliar maternidade e profissão? …? Tantas questões para explorar.

policiais. cineseries-mag.fr.jpg

 

Nesta sexta, hoje dia dezanove, irá começar Gomorra! Um apostar nas séries policiais europeias, esta italiana (?) e ainda mais negra que a francesa.

 

Mas ainda mais alguns comentários sobre “Crime e Castigo”.

 

Gilou, apesar da lição que levou, não tem emenda e continua a fazer das dele.

Delatou ao “ladrão de carros topo de gama” que o juiz já tinha determinado ordem de busca e apreensão dos carros. Grave! Gravíssimo! Viu-se o resultado.

Vingança pessoal e profissional contra tudo e todos, o próprio ladrão e o colega de outra estrutura policial, por acaso, Brémont, na “rival” Brigada Anti Banditismo.

É caso para questionarmos que com policiais assim como nos livramos de ladrões e criminosos?! Valerá a pena essa promiscuidade?

E policiais trabalharem de costas voltadas e sabotando o trabalho uns dos outros?!

Quem paga? O contribuinte, o cidadão honesto e trabalhador, já tão sobrecarregado de impostos.

Ficam à solta dois criminosos: o ladrão e o recetador e exportador dos carros, que por acaso é o senhor “ADE - Alto Dignatário Estrangeiro”.

 

Aqui ficam mais algumas deixas para dar continuidade.

Tal como na ficção, no real, as relações promíscuas, “liaisons dangereuses” entre a França e países do Norte de África, nomeadamente os regimes da Líbia, têm sido frequentemente noticiadas nos media.

 

Avocats. television.telerama.fr.jpg

Joséphine! Ah, Joséphine!

Ela que perdeu o seu napoleão, voltou ao seu papel de malévola.

Contratada/Convidada para pertencer ao conselho de administração dum poderoso escritório de advocacia, na premissa de votar a exoneração do colega advogado Edelman, não se fez de rogada e, na hora H, apunhalou-o de frente. Aplicou-lhe uma estocada fatal, na própria reunião e na presença de todos os outros conselheiros.

Definiu-se, definiu o seu caráter e também o seu papel na associação e no enredo da peça seriada.

As Sociedades ligadas à Justiça… Umas secretas, outras mais ou menos imiscuídas dos membros dessas secretas, desempenham um papel primordial em toda a Sociedade, pela sua ligação, influência nas decisões de todos os Poderes: Políticos (Legislativo, Executivo e Judicial), dos Poderes Económicos e Financeiros. No 4º Poder: os Media.

E o Poder que têm essas Sociedades e os Grandes Escritórios de Advogados. E o que o Estado lhes paga das mais diversas formas.

E o que nós pagamos de impostos, todos os dias…

 

O que nos vale é que tudo na série se passa e confina a França.

Só que a França fica muito, demasiado, perto!

E é tudo novela! Nada a ver com a realidade.

 

Mas nem tudo é mau.

Marianne voltou a trabalhar com o Juiz Roban, que teve a humildade de lhe fazer esse pedido.

 

O pai Jaulin, finalmente inocentado, abraça o filho.

 

Pedirá ele indemnização por ter sido preso injustamente? Consegui-lo-á? O Estado pagará?!

Melhor, quem pagará ou não, não sabemos se a guionista terá em conta estas sábias sugestões de desenvolvimento do enredo… quem pagará, mais uma vez, os “Erros da Justiça” serão os contribuintes.

Eles, já tão sobrecarregados de impostos.

 

O que nos alivia a carteira é que tudo isto se passa em França… país dos gauleses.

 

E tanto, ainda, fica por dizer. Pois que estes enredos são muito complexos e ricos de conteúdo.

Tanto fica por falar...

Será na próxima Temporada.

 

E a guionista aceitará as nossas sugestões ou desenrolará um enredo completamente radical?!

 

Nous attendons.

engrenages-saison-6-intrigue-surprenante

 

 

A 5ª Temporada da Série “Crime e Castigo” vai terminar!

television-engrenages--5eme-saison- www.paperblog.

 

Esta 5ª temporada da série está quase a terminar. Certamente será hoje 18 de junho, 5ª feira, ao 12º episódio.

 

A autoria do crime, em investigação desde o 1º episódio, foi ontem revelada, no 11º episódio, segundo confissão de uma das participantes nesse duplo homicídio de mãe e filha.

 

Depois de voltas e mais voltas, avanços e recuos, a investigação obteve o esclarecimento do imbróglio, que nunca mais se desenrolava.

A autoria do homicídio pertence a um gang de jovens tresloucadas, desestruturadas familiar e mentalmente, que já haviam sido presas por outro crime e que, semi-marginais, viviam de expedientes e roubos, muitos de caráter violento, de agressividade desregulada e louca.

Foram elas as autoras ou co-autoras do duplo assassinato, por motivações irrisórias, desprovidas de qualquer lógica, fruto daqueles cérebros desgovernados e da raiva e frustrações acumuladas, por vidas desamoradas.

Durante todo o decorrer da ação, nos diversos episódios, cirandaram no enredo, mais ou menos relevantes no desempenho, com destaque para a completamente doida chefe do bando e, nestes últimos, adquiriram papéis fundamentais na ação, protagonizando um improvável desfecho, a ocorrer hoje, e que se teme afigurar se não trágico pelo menos preocupante.

E porquê?! …

Ontem, as protagonistas do bando raptaram uma criança e a rapariga que a fora buscar à escola, aprendiz de cabeleireira, ex membro do grupo, que também cumprira pena, mas que se pretende regenerar integrando-se socialmente, através do trabalho.

Aguardemos pelo que irá ocorrer hoje, 12º episódio, em princípio, final desta 5ª temporada.

 

Na equipa dos “Três Mosqueteiros”…

Gilou foi libertado. A estratégia da advogada Joséphine resultou. Reportar às chefias a responsabilidade no envolvimento da colocação das escutas nas motas roubadas foi remédio santo.

Para esse resultado foi também primordial a decisão do chefe de Departamento dos policiais que, numa atitude algo surpreendente, não aceitou a sugestão dos restantes chefes, detentores de cargos políticos, que pretendiam “queimar” Gilou, negando o seu conhecimento das escutas.

Como ele referiu: “De manhã, gosto de me olhar ao espelho quando me barbeio.”

Tintin foi definitivamente(?!) abandonado pela mulher.

Laure aceitou totalmente a gravidez.

 

Paralelamente, o “ ADE - Alto Dignatário Estrangeiro”, depois de todas as peripécias da sua prisão, foi libertado, por decisão direta de Sua Excelência, o Senhor Procurador!

Perante a estupefacção do Juiz Roban e da Juiza “coadjuvante”, mas com um papel intervenientíssimo no processo. E do Juiz instrutor do processo de congelamento dos respetivos bens…

E a surpresa da própria advogada, Joséphine. Que ganhou destaque profissional com este caso, mas que foi usada pelos detentores do Dinheiro. Melhor, quis deixar-se usar!

Haverá mais algum desenlace deste assunto no derradeiro episódio?

 engrenages videos

 

Em termos ficcionais, se fosse a relatar, neste post/blog, o enredo da temporada e da série, haveria muitíssimo mais a dizer, como é óbvio.

Mas não é isso que pretendo.

Apenas chamo a atenção para um programa que merece ser visto, na RTP2.

 

Em termos de realidade, o que choca nesta série, e friso novamente, é o seu espelhar do que, infelizmente, vivemos no dia-a-dia!

Que estas séries, pelos temas abordados, nomeadamente no referente a “Justiça”, e a “Política” e pela sua “proximidade” geográfica e cultural estão demasiado perto de nós!

Infelizmente!

Porque preferíamos uma “Justiça”, que fosse mais JUSTIÇA e uma “Política”, que fosse mais POLÍTICA!

juiza.jpg

 

 les-engrenages

28º ENCONTRO de CANTARES ALENTEJANOS do Concelho de ALMADA

cartaz 28º encontro - 13-6-2015. Cortesia da Organização PNG

Conforme previsto, realizou-se no passado sábado, dia 13 de Junho, a partir do início da noite, o supracitado Encontro de Cantares Alentejanos, no Concelho de Almada, organizado pelo “Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó”.

Grupo Coral Amigos do Alentejo do Feijó .jpg

 "Amigos do Alentejo do Feijó"

 

Com a realização estruturada para um palco montado junto ao Complexo Municipal de Desportos da Cidade de Almada, a chuva que Santo António resolveu enviar para as milharadas e hortas espalhadas pelo concelho, levou à mudança de local do evento, para o mítico pavilhão do Clube Recreativo do Feijó, uma verdadeira “Catedral do Cante” na Margem Sul.

E este é, desde logo, um ponto a realçar, a capacidade de reestruturação duma orgânica já delineada, mudando o respetivo espaço de realização; bem como a disponibilidade do Clube anfitrião. A organização destes eventos, com todo o muito trabalho que as sustenta e não é imediatamente visível, é sempre de realçar.

 

Digamos, sem sombra de dúvidas, que a sala, na sua arquitetura e design simples e popular, direciona o evento para a sua função principal: ouvir cantar e vivenciar as emoções que aquelas vozes telúricas proporcionam, transportando-nos a um Alentejo mítico, distante espacial e temporalmente, mas ali bem presente.

Quem vai a estes eventos é porque gosta, é realmente fã do Cante, das evocações que as modas nos trazem, mesmo que a realidade por nós vivida já tenha sido bem diversa do evocado pelas canções.

Experienciam-se, aí, momentos emocionalmente únicos, de facto! Lembranças que, para além de nossas, nos pertencem ou as sentimos com mais afeto, pelo que nos foi transmitido e pelo que, através delas, evocamos de Pais e Avós.

CamponesdePias. www.vozdaplanicie.pt.jpg

"Camponeses de Pias - Foto original de António Cunha. In: www.vozdaplanicie.pt"

 

O Cante é uma foice de vento a cortar o silêncio.”

Com este verso de um poema de Vitor Encarnação, lido na apresentação do Grupo “Os Ganhões de Castro Verde” poderia sintetizar o sentido e o sentir do Cante e do que se ouviu nessa noite.

ganhoes de castro verde www.seminario-natural.pt.j

 

"Ganhões de Castro Verde"

 

Participaram sete grupos.

O grupo organizador e anfitrião, “Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó” integra-se no contexto da “Diáspora Alentejana”, enquadrada nos movimentos migratórios de Portugal, particularmente relevantes nas décadas de sessenta e setenta do século XX, com destino à Grande Lisboa, neste caso Margem Sul do Tejo.

Os restantes seis grupos todos eram provenientes do Baixo Alentejo, indefectivelmente o “Berço do Cante”.

Disseram presente os “Camponeses de Pias”, os “Ganhões de Castro Verde” e os “Cubenses Amigos do Cante” que, tal como o Grupo anfitrião, têm também cariz etnográfico.

Apresentam-se trajados a rigor, evocando profissões e padrões sócio-culturais da primeira metade do século XX, em uso no Alentejo, segundo as especificidades locais e regionais.

cuba-cubenses amigos do cante 2.jpg

 "Cubenses Amigos do Cante"

 

Os dois últimos grupos trajam de uma forma mais homogénea, sendo que os primeiros diversificam o trajar numa evocação sócio profissional variada: pastor, vaqueiro, almocreve, feitor, moço de fretes, ceifeiro, porqueiro, … trajo domingueiro, trajos de trabalho…

Neste Encontro só estiveram grupos masculinos, sendo que estes quatro mencionados são constituídos maioritariamente por indivíduos acima dos sessenta anos.

Cada grupo cantou e encantou nas quatro modas apresentadas, maioritariamente tradicionais. Hinos ao Alentejo, aos profissionais e atividades campestres; ao pão sagrado, ao tempo e aos tempos nas diversas estações; ao sol e lua, à água, elementos tão presentes e marcantes nas lides da lavoura; ao dia, ao raiar do dia e à noite; à Mulher, enquanto amada e trabalhadora…

 

Estiveram também presentes, e, aliás, com forte presença, dois Grupos constituídos por jovens: os “Bafos de Baco de Cuba” e os “Mainantes de Pias”.

Portadores de uma postura muito leve e descontraída, como os próprios nomes sugerem, têm uma fortíssima prestação em palco, fruto da sua garra de juventude e da genica com que agarram as modas.

Cantam modas tradicionais, mas aparentemente vestem-nas com outras roupas mais leves, bem de acordo com o seu trajar: calças de ganga, camisas claras. E bonés, sempre necessários para as saudações da praxe.

A uniformidade e simplicidade no traje reporta-nos para o fundamental neste cantar: o sentido e indispensabilidade do coletivo. E aí medem meças com qualquer outro grupo, mesmo de outros contextos musicais.

Com o nascimento destes grupos e a sua desejável persistência no futuro, estará assegurado o futuro destes cantares, destas modas e deste modo alentejano de estar, agora também com um cariz cultural bem mais vasto, dada a categorização a que ascendeu.

A manutenção das modas antigas é indispensável, a evocação do trajar e do modo de estar idem, mas também imperiosa será a criação de novas modas e canções, adaptadas e refletoras dos novos tempos. Ainda que o nosso Alentejo mítico permaneça sempre na nossa memória e no nosso coração!

Parafraseando a canção, soubera eu cantar e quem cantava era eu…

moda mãe cuba.jpg

E para terminar, o mestre-de-cerimónias apresentou o último grupo e deu-nos a provar o último vinho. E que vinho! O Grupo “Moda Mãe Cuba”.

Cinco elementos, cinco vozes e uma Viola Campaniça, que aqui merece uma substantivização própria.

viola campaniça in correiodoalentejo.jpg

 

Face à Solenidade do Cante, canto chão alentejano, mais marcante ainda nos Grupos Etnográficos, este grupo, ainda que inspirado no Cancioneiro tradicional, desconstrói as modas, dando-lhes um cariz completamente diverso, não as desvalorizando, apesar da brejeirice, humor e ironia com que, pelo menos aparentemente, as canta e apresenta.

A sua interação com o público, torna-os mais participantes da comunhão que se concretiza entre palco e plateia, comungar que noutro contexto de festa, levaria ao partilhar de pão e vinho tão peculiar no convívio de que foi também o nascer do Cante.

 

E vou terminar, porque esta crónica também tem que ter um findar, tal como “Moda Mãe Cuba” também teve que abalar do palco, pois impunha-se um término do Encontro, que, por eles e pelo público, a festa continuava.

Mas já era quase meia-noite e o Clube situa-se num bairro residencial, com vizinhos que têm o seu direito ao descanso e a serem também respeitados.

Assim igualmente se exprime o conceito de Cidadania!

O Cante, em Almada, voltará num outro dia.

Por agora, façam favor de consultar!

Bafos de Baco de Cuba

Mainantes de Pias

VIAGENS... na Minha Terra!

Viagens Na Minha Terra”

B.Pinheiro, Passos Manuel, Almeida Garrett. wikipédia

 

Livro de ALMEIDA GARRETT (Porto, 1799 – Lisboa, 1854), publicado sob essa forma, em 1846. Primeiramente os textos foram sendo publicados, por capítulos, na Revista Universal Lisbonense, de 1843 a 1846.

É o livro que tenho andado a reler. Concluído hoje.

Viagens na minha terra. digitalização. jpg

    

E não resisto a transcrever um excerto, do final do Capítulo XLII, pag. 284.

 

“Jesus Cristo, que foi o modelo da paciência, da tolerância; o verdadeiro e único fundador da liberdade e da igualdade entre os homens, Jesus Cristo sofreu com resignação e humildade quantas injustiças, quantos insultos lhe fizeram a ele e à sua missão divina; perdoou ao matador, à adúltera, ao blasfemo, ao ímpio. Mas, quando viu os barões a agiotar dentro do templo, não se pôde conter: pegou num azorrague e zurziu-os sem dor.”

 

Almeida Garrett referia-se aos vendilhões do Templo, sendo que o Templo figurava Portugal.

 

Há alguma semelhança com o Portugal de hoje?!

www.mapas.portugal.jpg

 

Nota: O negrito no texto de A. Garrett é de minha autoria.

 

Ver também: ( estória-inverosímil  )

Les Engrenages - "Os Três Mosqueteiros"

“Les Engrenages” -Temporada 5 - Episódio 8

tres mosqueteiros. www.canalplus.fr/c  jpg

 

Tenho estado todo o dia a hesitar se haveria de voltar a tecer alguns comentários sobre a série que tenho andado a visualizar e a escrevinhar algumas ideias e opiniões sobre a mesma.

Por um lado, apetece-me escrever, mas tenho dúvidas no tom com que fazê-lo, se de modo irónico e leve… é simplesmente um filme; se com alguma seriedade e sisudez, pois sendo realmente apenas ficção, espelha em demasia a realidade que vivemos…

 

Por outro, também hesito pela ponta com que começar.

No enredo da série, a narração centra-se no lado profissional das personagens, no seu trabalho enquanto polícias, advogados, juízes, mas tendo sempre como pano de fundo a sua vida pessoal e familiar, que em determinados episódios e momentos se sobreleva à visão de profissionais.

 

Aliás, nesta temporada, o crime principal, que ainda não foi deslindado, centra-se totalmente nas questões da Família, da sua estrutura ou falta dela e interações familiares. Mãe e filha assassinadas e o suposto pai como presumível assassino, situação equacionada desde o início, mas que se vem tornando cada vez mais complexa, na medida em que são alargadas as investigações e se vislumbram contornos diferenciados do problema e outras relações familiares e outros possíveis implicados.

Os crimes secundários também assentam neste fundo familiar: jovens e menos jovens delinquentes, desestruturados familiarmente, cometendo crimes de maior ou menor fôlego, mas cuja ligação e cumplicidade se torna cada mais estreita com o crime principal.

 

Paralelamente decorre a vida familiar dos personagens principais.

E esta também tem muito que se lhe diga.

Como se observa, F. Roban é um lobo solitário ou uma raposa velha nem à procura de grilos.

Clément morreu. Joséphine, com quem ele iniciara uma vida amorosa e com quem queria aprofundar o relacionamento, quando fora eleito para a Ordem dos Advogados, viu-se destroçada. Queria desistir da advocacia, não fora o chamamento à razão de F. Roban, de algum modo um pai espiritual destas heroínas já mencionadas.

Tintin foi abandonado pela mulher, que lhe levou os filhos e o carro de serviço!

Gilou é um amigão, mas é um solitário, aparentemente um predador que nada preda. Tem uma ligação fortíssima com Laure, a quem novamente ofereceu préstimos para pai emprestado e coparticipante nas despesas das fraldas… Há pouca gente assim!

Laure, as circunstâncias do trabalho e os sentimentos pessoais, o apelo ancestral de maternidade, já a levaram a assumi-la e aceita-la. Na equipa, praticamente já toda a gente sabe, face às circunstâncias ocorridas no episódio anterior.

 

Mas e voltando a Gilou.

Foi ele chamado ao chefe de departamento, apresentado e confrontado com outros dois colegas da brigada de investigação.

E para e porquê?!

Pois…para o prenderem…

 

Estão em causa algumas das ligações do mesmo a outras personagens e ações do submundo do crime, a quem ele se associa de forma por vezes muito leviana. Para obter resultados na resolução de outros crimes, é certo, mas que nem sempre se revelam eficazes e para todos os efeitos o enredam em teias perigosas e menos claras. De que neste final de episódio sofreu as consequências, sendo ele próprio encarcerado.

 

Aliás esta é uma das questões que perpassa nesta série: os métodos pouco ortodoxos, as ligações perigosas das equipas policiais ao submundo criminal, com estratagemas diversos, nomeadamente usando rede de informantes, criminosos de maior ou menor calibre, de qualidade mais ou menos duvidosa, umas vezes úteis, noutras meros estorvos, cometendo eles próprios as suas ilegalidades criminosas, a que, em compensação, a polícia tem que tapar os olhos para eventualmente ganhar algo no futuro…

Foi aí que Gilou se enredou e se perdeu. Veremos como irá reagir a restante equipa de mosqueteiros.

 

Em contrapartida, verificam-se, amiúde, rivalidades entre setores, departamentos e estruturas policiais, que deveriam trabalhar em conjunto, mas que, na mira de sobressaírem sobre os demais, trabalham de costas voltadas, perturbando nomeadamente as investigações, os processos e os resultados possíveis e prejudicando toda a ação em curso.

 

“Et, voilá!”

Já teci alguns comentários sobre o decorrer da série, nomeadamente no respeitante ao oitavo episódio, último a ter sido transmitido.

Aguardamos os últimos episódios que, a desenvolver-se a ação como até aqui, nos esclarecerão, tanto quanto baste, sobre o desenlace da temporada.

 

www.canalplus.fr - engrenages - excerto episódio 8

 

 

Quadras Tradicionais I

Neste mês dos Santos Populares e, hoje dia 13 de Junho, Dia de Stº António, divulgamos umas quadras populares, de tradição alentejana, algumas certamente de caráter nacional.

Cantar-se-iam nos bailes, nos anos quarenta...

E porque, hoje, também é Dia de CANTE...

coco_preto. in: afabricadoschapeus.jpg

 

Quadras Populares

 

Da minha janela à tua

É um saltinho de cobra

Quem me dera chamar

À tua mãe minha sogra.

 

Chapéu preto desabado

Faz figura de ladrão

Ainda nunca me encontraste

A roubar teu coração.

 

Chapéu preto não se usa

Quem o tem não é ninguém

O que há–de o meu bem fazer

Ao chapéu preto que tem.

 

Já lá vai, já acabou

O tempo em que eu te amava

Tinha olhos e não via

Na cegueira que eu andava.

 

Minha mãe é minha amiga

Amiga de me compor

Põe-me o lenço na cabeça

Vai à missa, linda flor.

 

O coração mais os olhos

São dois amigos leais

Quando o coração está triste

Logo os olhos dão sinais.

 

Tu andas por aí dizendo

Que o meu rosto não tem graça

Também eu me posso gabar

Que te dei uma cabaça.

 

Teu pai, tua mãe não quer

Que eu contigo à porta fale

Queres tu amor, mais eu

Que o falar deles não vale.

 

 

Quadras recolhidas por D. Maria Belo, Aldeia da Mata, 2014.

Publicado em Jornal "A MENSAGEM" 2015.

Boletim Cultural de "Mensageiro da Poesia" Nº 135 - Jul. / Ago. 2016

 

 

P.S. - Não sei se ainda hoje volto a escrever sobre "Crime e Castigo"

Consultar também:

quadras-almada-santos-populares

sete-quadras-soltas-

poesias-mata-aldeia-e-encanto-saudade 

encontro-de-cantares-alentejanos

Quadras Tradicionais VI

Cantigas de Oito Pontos - Amor pra Toda a Vida!

Les Engrenages

juiz françois roban - canal+.jpg

Ah! Não me posso esquecer do Juiz, François Roban…

Incorruptível, mas também obstinado, quando “fareja” criminoso não larga, que nem piranha.

Mal visto pelos da sua classe, em parte da temporada anterior, na sua sede de uma Justiça pura e isenta, cega a todas as influências, conforme representada na sua simbologia imagética, persistiu na sua tese, defendeu-se com unhas e dentes, para o que teve a ajuda preciosíssima da sua assistente. Terá tido a ajuda desinteressada de uma organização secreta, que se espalha pelos cargos fundamentais da Justiça, mas que não quis reconhecer nem à mesma aderir, apesar de convidado…

Recomeçou esta temporada, reabilitado e engrandecido, porque venceu a causa em que se empenhara, apesar das dificuldades por que passou.

Mas encontra-se cada vez mais só… Não quis perceber nem ver o interesse pessoal da sua assistente, as suas subtis modificações, até no trajar, manteve a sua postura rígida, hierática, seca que nem a sua figura física e agora até por ela foi abandonado profissionalmente…

Sangra do nariz, algum sinal de algo menos bom no horizonte?!

Sinceramente, preocupa-me o destino desta personagem.

Teve a sensatez de sugerir a ajuda de outro juiz, neste caso a juíza a quem inicialmente fora atribuído o processo, mas que ele obrigara a ceder-lho, mas a quem agora volta, com humildade, pedindo-lhe ajuda.

Foi lindo vê-la chegar à homenagem dos advogados a Clément, na sede da respetiva Ordem, e ficar junto de Roban, que já estava na sala. 

É simbolicamente significativo ser este juiz.

É mulher, juíza, é jovem, inexperiente, é negra e é bonita!

Vejamos como vai ser concluída a temporada!

les-engrenages-saison-5

"Les Engrenages" - Saison 5

 

series-tv.premiere.fr - engrenages.saison 5.jpg

Crime e Castigo – 5ª Temporada

(Continuação)

 

Ontem, dia 11, foi transmitido o 7º episódio desta 5ª temporada.

Situação trágica ocorreu, no rescaldo do episódio anterior, em que Pierre Clément fora levado de urgência para o hospital!

 

 Pierre Clément, o advogado criminalista, que tinha sido procurador adjunto, afinal fora morto em serviço, nos corredores do Tribunal, por um tiro disparado pelo polícia que o pretendia defender do arguido, Jaulin, principal indiciado do duplo homicídio, investigação de destaque nesta quinta temporada.

Situação paradoxal esta em que o arguido ameaça cortar o pescoço ao advogado que o defende e que, praticamente, era o único interveniente no processo em curso, que acreditava nele…

Caso que ocorre, na sequência de entrevista pedida pelo juiz Roban, sendo que toda esta cena se desenrola na respetiva presença e da sua escrivã. Chocante, para todos!

 

Neste seriado, em cada temporada, o enredo centra-se normalmente num crime de resolução mais complexa, cuja trama se vai desenrolando no decurso da ação, envolvendo as personagens principais nos correspondentes papéis, e algumas secundárias, até ao finalizar do 10º episódio. Neste, de algum modo, se revela o deslindar do novelo criminal, tanto quanto baste, para explicar a história, resolver o crime, de algum modo finalizar a temporada, mas deixando sempre algumas situações menos resolvidas, algumas não de todo ou nada concluídas. Estratégia do narrador, do guionista, para lhes poder “pegar” ou não, em hipotéticas e futuras temporadas, deixando sempre algum suspense nas audiências, de modo a mantê-las interessadas.

 

Nesta, o crime principal trata de um duplo homicídio, mãe e filha, encontradas no Sena, arrastadas por uma barcaça… Crime de contornos e sugestão familiar, mas cujo desenlace se revela mais complexo do que inicialmente parecia e cuja conclusão não se vislumbra fácil. Aguardamos os próximos três episódios…

 

Enquanto isso e voltando à informação inicial deste texto, a morte trágica do nosso “advogado idealista”…

As nossas heroínas, sim que Joséphine também se tornou numa das heroínas do seriado, e nesta temporada amabilizou muito a sua atuação, talvez pelo aproximar amoroso do advogado.

As nossas heroínas, repito, ficaram destroçadas com a morte de Pierre.

Aliás, a “capitaine” além de muito amiga de Pierre, também sofrera um rude golpe com a morte do seu Sami, também em serviço. Daí compreender, sentir também fortemente a perda do amigo e empatizar com a respetiva namorada. Solidariedade feminina.

 

Termino com a frase proferida pela advogada, para a capitã Laure, quando esta a foi consolar pelo falecimento de Clément: “Se me dissessem que algum dia haveríamos de precisar uma da outra…”

Esta deixa vale tudo, pelo que sabemos que ambas se detestavam e pelo que poderemos aguardar nos derradeiros capítulos.

Mas não me alongo mais. Apenas esboço, ligeiramente, alguns tópicos desta “novela” cujo enredo, embora de alguma complexidade, é fácil de seguir.

Não tenho pretensões de qualquer ordem!

 

 crime-e-castigo-serie-da-rtp-2-saison-3

series-europeias-na-rtp-2

 

 

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