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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Reino Unido: “Brexit”

 “British Exit”

Britânicos fora??!!!!!!!

 

 

Introdução: 

«E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.

 (...) 

E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!

É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?

Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?

...»

 

Reino Unido in. nwproduction.se.jpg

 

Desenvolvimento:

Estas foram algumas das questões que coloquei em posts anteriores quando falei sobre a hipotética saída do Reino Unido da União Europeia.

Inicialmente abordara essa eventualidade em post de 29/02/16: “Reino Unido: Europa – Sim /Não”.

Posteriormente, a propósito do futebol e do “Euro”, delinei alguma abordagem ao mesmo assunto.

Agora, após o 23 de Junho, a decisão maioritária dos eleitores do Reino foi precisamente a de saírem da União Europeia.

 

As possíveis consequências estarão no domínio dos deuses.

Algumas verificaram-se de imediato, nos reflexos nas “Bolsas”, nos designados “Mercados financeiros” e provavelmente também nos de mercadorias, bens e serviços.

E, mais importante, nas Pessoas, sob múltiplos aspetos, nomeadamente: nas atitudes, nos comportamentos, e até nos sentimentos...

Vivemos num Mundo Globalizado, interligado, interconectado e, quer se goste ou não, uma decisão destas afeta e continuará a afetar a nível mundial. Esperemos que maioritariamente para o Bem!

 

A livre circulação de mercadorias, sem entraves alfandegários, nem pautas aduaneiras, é, per si, uma vantagem para as economias.

 

A livre circulação de pessoas, abre novas, diversas e enriquecedoras perspetivas a todos os Seres Humanos. Sejam essas oportunidades devidamente aproveitadas, num sentido de Paz e entreajuda recíproca e ganham todas as Sociedades, as presentes e as futuras.

 

A circulação livre de capitais deveria ter permitido um maior e melhor desenvolvimento, reduzindo assimetrias, entre povos, nações, estados e países. E dentro de cada Estado, entre os diversos Cidadãos, entre os vários estratos populacionais.

Deveria!

Isto é, se o Capital, nomeadamente o financeiro, estivesse aos serviço das Pessoas, da maioria das pessoas e não de uma pequena minoria que gravita nessa bolha financeira, nesse casulo onde se enclausuram, nas mordomias dos lucros e dividendos, uma casta de privilegiados, que ignoram a miséria que vai grassando a todos os níveis, enquanto eles se enfastiam de dinheiro virtual e usufruem de benesses e bem-estar desproporcionado.

 

Mas têm sido esses senhores da finança que têm determinado o afundamento progressivo das economias limítrofes tornando-as cada vez mais marginais e dependentes.

Dependentes de um suposto Mercado Livre (?), que não passa de uma teia intrincada de poderes “coloniais” que decidem e manipulam os destinos de milhões de pessoas, subalternizadas aos milhões do “vil metal”.

E muitos desses decisores de destinos e Destinos estão sediados onde?

Apenas em Bruxelas?

A “City” é, de si e per si, o maior centro financeiro europeu.

 

E que têm feito os políticos que é suposto defenderem os interesses dos seus Povos, que os elegeram, não apenas para usufruírem das benesses e mordomias de eurocratas?

Que têm feito os políticos?

 

Atente-se, e voltando ao “Brexit”, que segundo li, este referendo britânico resultou de uma promessa que Cameron havia feito aos seus eleitores que referendaria a permanência do Reino Unido na União, caso fosse eleito.

Pasme-se!

 

Algo que ninguém pedira, que não era premente nem necessário, que ele, pelos vistos cumpridor de promessas, levou ao terreno. Não defendendo a saída, porquê tal promessa?

E quem foi ao terreno, ao tapete, foi o próprio. Que perdendo, abandona o barco, não dando seguimento ao que começou!

Pasmo ainda maior!

 

Com políticos assim, quem precisa de políticos?!

 

Que a saída do Reino Unido pode e deve ser aproveitada, pelos que ficaram, para “darem uma volta” ao funcionamento da União. Que bem precisa!

No sentido de haver uma maior Equidade entre todos e cada um.

 

Voltando ainda ao referendo...

Atente-se nos resultados:

72,2% de participação.

51,9% pela saída da União = 17.410.742 votantes.

48,1% pela permanência = 16.241.141 votantes.

 

Observa-se uma grande divisão no País, melhor, no Reino. Com amplas regiões a defenderem, maioritariamente, a permanência: a “Grande Londres”; a Escócia e a Irlanda do Norte, ambas com processos separatistas; as zonas de Liverpool e Manchester.

 

Como, com que critérios, (com que Ética, se a Ética ainda existe!) implantar um processo destes tão complexo, a quase metade da população que não concorda?!

Num certo sentido acaba por ser uma imposição forçada, aparentemente maioritária, uma vez que não se considera quem não votou.

 

Um dos fatores por que se bateram os defensores da saída foi a Imigração.

Estranha esta postura num País tão marcado pela multiculturalidade, resultado do seu passado colonial, de potência ultramarina, com territórios espalhados pelos cinco continentes.

E que eles próprios têm um passado de cinco séculos de Emigração, para a América, para a Ásia, para a África, para a Oceânia.

Que após a II grande guerra, e as descolonizações sucessivas, chegou a vez de receberem as gentes de torna-viagem, das antigas colónias.

Para além do contexto de globalização hiperbolizada nas últimas décadas, pelo bom e pelo mau sentido, a que a ação do Reino Unido também não foi alheia.

E haverá melhor espelho dessa multiculturalidade e multirracialidade que é a própria seleção de Inglaterra, nessa montra da Globalização que é o Euro de Futebol?!

 

E observando, agora, o aparente ou factual não-sentido do referendo, ocorre-me questionar:

 

- Faz algum sentido referendar questões tão complexas, com tantas implicações como esta?!

 

- Não será suposto que questões assim sejam debatidas nos locais de representação do Povo, nas Assembleias próprias e específicas onde é suposto (é suposto!) estarem as personalidades, as pessoas, os sujeitos, os cidadãos mais preparados e avalizados para tais fins?

(Bem sei que os políticos que temos são o que são, os interesses que os movem são os que sabemos... Mas...)

 

Mas...

- Acha que é fácil traduzir escolha tão complexa, num simples sim ou não, a ser apenso num boletim de voto, em que se marca uma cruz em diagonal, sobre a opção escolhida?

 

- É possível, todas e cada uma das pessoas potencialmente e de facto votantes, terem percebido, compreendido devidamente e em toda a sua dimensão o que se lhes propunha votarem?

 

-Acha que um tema com tantas implicações e cambiantes, será exequível de ser consciencializado, em todas elas, por todos e cada um dos votantes?!

Haverá uma plena consciencialização de todo o processo?

Não votarão as pessoas por clichés mais ou menos reducionistas, de uma realidade que é só e apenas a sua realidade meramente pessoal?!

 

(Mas, dir-me-á: Mas isso é mais ou menos o que se verifica na maioria dos atos eleitorais!

Só que nas eleições não referendais, delega-se noutras pessoas, supostamente mais capacitadas.

Supostamente, friso!)

 

E não falei nos aspetos Políticos, no bom sentido, Culturais, Sociais, de Progresso e Desenvolvimento que podem ser associados à União dos Povos Europeus, tão heterogéneos, culturalmente tão diversos e diversificados, apesar de todas as contrariedades e constrangimentos e de um passado de séculos de guerras fratricidas, conseguiram nestes últimos cinquenta anos, construir um modelo de entendimento e União, falível e incompleto, é certo, talvez desviado dos seus princípios e objetivos principais, mas que era importante continuar e melhorar no seu funcionamento.

Não destruí-lo.

E neste papel e neste caminho o Reino Unido tinha e tem o seu papel de conjunto como Povo Europeu.

 

Sim, que eu tenho os meus arrebites relativamente à Inglaterra, que algum dia explicarei, mas estou plenamente ciente do seu legado ao Mundo e ao Mundo Europeu, a todos os níveis.

No Passado, no Presente e na importância de construção do Futuro!

E, por isso, não vejo com bons olhos este abalar, abandonar, que julgo ser um retrocesso civilizacional!

Como também não vejo nada com bons olhos essa quase certa eleição desse figurão cheio de bago, para candidato republicano nos E.U.A., cujo primeiro nome é o dum Pato célebre, que não tem culpa nenhuma.

 

Preocupa-me tanto “reality – show”!

 

E será que faz sentido publicar este texto?!

England, Exit! – Englexit!

Inglaterra – 1 Islândia - 2

 

A Inglaterra que nunca aderiu ao Euro, moeda, preferindo a sua Libra esterlina...

Após ter votado maioritariamente a sua saída da União Europeia e arrastando a Escócia e a Irlanda do Norte, concretizando o designado “Brexit”.

 

Foi ela, agora, afastada do Euro, mas do futebol.

Graças à Equipa da Islândia!

 

in. diariodigital.sapo.pt.jpg

 

Para quem, em jeito de despeito e vedetismos, tenha menorizado esta Equipa, mire-se nela.

Jogar como equipa!

Não há ali vedetas.

Há uma floresta móvel, na defesa; um guarda-redes, que cumpre meritoriamente a sua função e atacantes que não largam a bola; aliás todos os jogadores procuram a bola e marcam os jogadores que lhes competem. Não desistem, não se acanham, ninguém está à espera que lhe mandem o esférico!

 

Como disse, não há estrelas!

Até no nome! Todos têm aqueles nomes esquisitíssimos, quase tão impronunciáveis como o do tal famigerado vulcão que, há alguns anos, provocou o encerramento de muitos aeroportos do Norte da Europa...

Todavia, não sei se todos os nomes, mas muitos deles têm o sufixo, “son”. Terá o mesmo significado que em inglês?!

 

Tenha ou não, quem lhes estará a chamar “son” of “qualquer coisa”, serão os adeptos ingleses.

Mas acalmem-se. Quiseram o “Brexit”, agora têm o “Englexit”!

Bye, Bye, England!

 

Parabéns Islândia! Parabéns a toda a Equipa!

 

Falta ali muita coisa, no jogo, no plantel, na estratégia, na tática, eu sei lá?!

Pois claro que falta.

Mas essa parte cabe mencionar, a quem sabe do assunto muito mais que eu!

 

Que apenas quis dar os meus parabéns a esta Equipa humilde, mas aguerrida, batalhadora, persistente, trabalhadora, motivada!

"Congratulations"!

E espelhem-se nela!

Uma Aldeia Francesa: "Les Personnages"

"Un Village Français"

Elenco in. gettyimages.com

 

Intróito:

Ainda me aventuro a elaborar um último post sobre "Uma Aldeia Francesa".

O que publiquei no início da série sobre os personagens, estruturado a partir do  site da wikipedia e do que já vira até ao momento, está algo incompleto, contudo é bastante visualizado.

Neste post, apresento um excerto do site já referido, respeitante aos personagens. Não me atrevo já a traduzi-lo, também não tenho muito tempo e as minhas traduções são o que são e, nalguns casos, deixam muito a desejar.

Atrevo-me a deixar também o link com a versão para português, mediante o "tradutor google".

Leia o original em francês, se souber e compare com a "tradução" do conversor referido.

Mesmo que não consiga ler no original em francês, divirta-se a ler a tradução "google".

Obrigado pela sua atenção e paciência por me ler e não deixe de o fazer só pelo facto de não ir continuar a escrever sobre a série. Pelo menos sobre a que está a ser transmitida: "O Paraíso", baseada em "Au Bonheur des Dames!"

E até pode ser que escreva, sabe-se lá...

Sobre o que ainda quero mandar alguns bitaites será sobre o Br.Exit e sobre o "Euro".

Segue-se então o texto sobre os Personagens, alguns documentados por imagens.

 

"Les Larcher"

daniel Hortense in. toutelatele.com

 

  • Daniel Larcher (Robin Renucci) : médecin de campagne, premier adjoint puis maire de Villeneuve après la disparition du maire précédent et époux d'Hortense(saisons 1 à 4); père adoptif de Tequiero ; frère de Marcel ; oncle de Gustave. Son père veuf décède en 1941. (56 épisodes)
  • Hortense Larcher, née Laude (Audrey Fleurot) : infirmière, épouse de Daniel(saisons 1 à 4) ; mère adoptive de Tequiero ; maîtresse de Marchetti (saison 2) ;maîtresse de Müller (saisons 3 à 6) ; tante de Gustave. (53 épisodes)
  • Tequiero Larcher (Lucas Tondelier-Roth,Tom Tondelier-Roth) : fils adoptif de Daniel et Hortense. Sa mère meurt en juin 1940. Son père apparaît en 1940 pour reprendre son enfant mais, avec la complicité de Jean Marchetti, Daniel et Hortense le gardent et l'adoptent officiellement. (Son père réapparaît en 1943 sous les verrous dans la même cellule que Marcel, il est fusillé peu après son incarcération. En septembre 1944 il est envoyé chez la mère d'Hortense).
  • Maria (Emmanuelle Michelet) : bonne des Larcher jusqu'en 1941(il n'est pas expliqué pourquoi elle est partie). (4 épisodes)
  • Sarah Meyer (Laura Stainkrycer), juive d'origine tchécoslovaque. Employée des Schwartz (renvoyée parMme Schwartz) puis des Larcher. Maîtresse de Daniel(depuis la saison 4) (elle est arrêtée par la milice française avec Ezechiel (Denis Sebbah), un juif recherché que Daniel et elle cachaient durant la saison 5). (32 épisodes)

Marcel e familia in. coolclassicseries.wordpress.jpg

 

  • Marcel Larcher (Fabrizio Rongione) : veuf de Micheline ; frère de Daniel et père de Gustave. Employé de la scierie. Amant de Suzanne, militant local du PC clandestin. Son père veuf décède en 1941(meurt exécuté sur ordre de Müller à la fin de la saison 5). (40 épisodes)
  • Micheline Larcher (Judith Henry) : femme de Marcel et mère de Gustave(décède d'une longue maladie au milieu de la saison 1). (3 épisodes)
  • Gustave Larcher (Maxim Driesen) : fils de Marcel et de Micheline. Neveu de Daniel et Hortense.(38 épisodes)
  • Théophile Larcher (Roger Dumas) : père de Daniel et Marcel Larcher, veuf, fervent patriote convaincu, il n'apprécie pas les idées communistes de son fils cadet(meurt de vieillesse en 1941 au début de la saison 3). (1 épisode)

Les Schwartz

Raymond in.toutelecine.challenge.tv.jpg

 

  • Raymond Schwartz (Thierry Godard) : patron de la scierie, il fournit les Allemands en matériaux ; époux de Jeannine(saisons 1 à 4) ; père de Marceau ; amant de Marie Germain (saisons 1 à 3 et 5) ; veuf de Joséphine (saison 5) et donc beau-frère d'Antoine (depuis la saison 5) ; entre dans la Résistance (à partir de la saison 5) (47 épisodes)
  • Jeannine Schwartz (Emmanuelle Bach) : épouse de Raymond(saisons 1 à 4) ; mère de Marceau ; épouse du nouveau maire Philippe Chassagne (saison 5) ; chef de l'entreprise « Schwartz Béton ». (40 épisodes)
  • Marceau Schwartz (Max Renaudin) : fils de Raymond et de Jeannine(part à Paris en saison 4 chez son grand-père maternel). (16 épisodes)
  • Joséphine Schwartz (Nathalie Bienaimé) : employée des Schwartz(saisons 3 et 4) ; épouse de Raymond Schwarz (saison 5) (se défenestre en saison 5 pour protéger son frère). (12 épisodes)
  • Antoine (Martin Loizillon) : beau-frère de Raymond Schwartz(saison 5). C’est le petit frère de la seconde épouse de celui-ci, Joséphine. Il est réfractaire au STO, se sauve dans le maquis où il prend la tête d’un groupe de réfractaires et devient le chef du maquis Antoine (s'engage dans l'armée à la suite de la libération de Villeneuve, en 1944) (17 épisodes)

Les Germain

  • Lorrain Germain (Dan Herzberg) : métayer des Schwartz ; époux de Marie(saisons 1 et 2) ; père de Raoul et de Justin (décède en saison 2 tué par sa femme). (8 épisodes)
  • Marie Germain (Nade Dieu) : épouse de Lorrain(saisons 1 et 2) ; mère de Raoul. Elle fait partie de la résistance gaulliste avec Albert Crémieux, Jules Bériot entre autres. Elle devient chef d’un mouvement de résistance. Maitresse de Raymond Schwartz (saisons 1,2, 5 et 6) (meurt pendue par Marchetti en 1944). (46 épisodes)
  • Raoul Germain (Thomas Mialon) : fils aîné de Marie et Lorrain(arrêté par les Allemands en fin de saison 4 et libéré par Antoine et Raymond Schwartz lors de la saison 5). (14 épisodes)
  • Justin Germain (Julien Labbé) : fils cadet de Marie et Lorrain(on ne le voit que dans la saison 3 lorsqu'il est réfugié avec sa mère et son frère chez Henri De Kervern et Judith Morange, il est ensuite envoyé dans la famille pour rester à l'abri). (4 épisodes)

Les Crémieux

  • Albert Crémieux (Laurent Bateau) : industriel juif qui vend son entreprise à Raymond Schwartz et s'engage dans la Résistance aux côtés de Marie, Jules Bériot et Vernet(meurt en saison 4 lors de l'action menée par la police de Vichy contre son réseau). (18 épisodes)
  • Anna Crémieux (Hélène Seuzaret) : femme d'Albert ; juive autrichienne(envoyée à Drancy lors de la saison 4 et probablement assassinée à l'Est) (7 épisodes)
  • Hélène Crémieux (Lucie Bonzon) : fille d'Anna et Albert(envoyée à Drancy lors de la saison 4 et probablement assassinée à l'Est) (10 épisodes)

Au commissariat

polícia toutelatele.com

 

  • Henri de Kervern (Patrick Descamps) : compagnon de Judith Morhange(quitte Villeneuve en saison 4) ; ancien commissaire de police de Villeneuve (saisons 1 à 2) ; s'engage dans la Résistance (saison 2) ; subalterne de Marchetti (saison 3) ; apparaît au chevet de son épouse Judith (saison 4) ; préfet de De Gaulle à Villeneuve en 1944 (saison 6). (Est blessé par les miliciens et sauvé par transfusion par Daniel à l'aide de Kurt , il est ensuite convalescent et obligé de ne pas marcher pendant 3 mois). (22 épisodes)
  • Jean Marchetti (Nicolas Gob) : agent desRG en charge de le la traque des communistes (saison 1), commissaire de police de Villeneuve puis chef de la police, collaborateur. Amant d’Hortense Larcher puis de Rita de Witte, une juive qu’il cache. Elle aura un enfant de lui : David. Il est arrêté par la police française et transfété à Dijon pour y être jugé fin de saison 6.(46 épisodes)
  • Rita de Witte (Axelle Maricq) : maîtresse de Jean Marchetti et enceinte de lui. Juive, sa mère (Annie Mercier) est internée à Drancy à cause de Marchetti(fuit en Suisse à la fin de la saison 4 après la découverte du rôle de son amant, est expulsée et revient en saison 6 , elle part en Palestine en fin de saison 6 avec Ezechiel , sa fille et David après l'arrestation de Jean). (12 épisodes)
  • Antoine Loriot (Olivier Soler) : policier, bras droit de Marchetti. Il devient chef de la Police de Villeneuve en fin de saison 6.(25 épisodes)
  • Vernet (Olivier Ythier) : policier résistant. Janvier et ses miliciens les assassinent, lui, sa femme et leurs deux jeunes enfants, en août 1944(épisode 1, saison 6).(16 épisodes)
  • Delage (Bertrand Constant) : policier résistant, agent double entre la Résistance et le commissariat. On ne sait pas ce qu'il advient de lui après la saison 5.(14 épisodes)

À l'école

Lucienne in. richardcotman.com

 

  • Lucienne Borderie (Marie Kremer) : institutrice, violée par Heinrich Müller, le chef de la Gestapo, maîtresse de Kurt, un soldat allemand(saisons 1 à 3) avec qui elle a un enfant ; épouse Jules Bériot après la mutation de Kurt sur le front de l’Est (depuis la saison 4). (45 épisodes)
  • Judith Morhange (Nathalie Cerda) : directrice de l'école ayant perdu son travail parce qu'elle est juive ; puis compagne du commissaire Henri de Kervern, envoyée à Drancy ; elle échappe à la déportation grâce à l'intervention du sous-préfet Servier, elle revient à Villeneuve, mourante(décède en saison 4). (28 épisodes)

Beriot in. programme.tv.jpg

 

  • Jules Bériot (François Loriquet) : Il succède à Judith Morhange à la direction de l'école et épouse Lucienne Borderie(depuis la saison 4) ; Franc-maçon et opposé au régime de Vichy, il devient responsable de la Résistance à Villeneuve. Il devient sous-préfet de Villeneuve en septembre 1944 en remplacement de DeKervern , convalescent.(38 épisodes)
  • Marguerite (Amandine Dewasmes) : nouveau professeur de chant de l'école de Villeneuve ; homosexuelle ; courrier de la Résistance qu'elle dénonce sous la pression(tuée par Vernet avec la complicité de Lucienne en fin de saison 5). (12 épisodes)

Résistants communistes et gaullistes

Resistentes in.premiere.france.jpg

  • Suzanne Richard (Constance Dollé) : maîtresse de Marcel ; agent des Postes et militante socialiste(saison 1), rejoint le PC clandestin. (31 épisodes)
  • Edmond (Antoine Mathieu) : cadre local du PC clandestin ; stalinien.(26 épisodes)
  • Max (Yann Goven) : militant local du PC clandestin ; proche de Marcel.(porté disparu après l'attaque contre le domicile du chef de la milice, probablement abattu par les soldats allemands dans la saison 6). (25 épisodes)
  • Natacha (Armelle Deutsch) : prostituée engagée dans la résistance(tuée par Lorrain à la fin de la saison 2). (5 épisodes)
  • Émilie (Maëva Pasquali) : ménagère révoltée ; finit par entrer au PC(déportée et probablement exécutée en saison 3). (5 épisodes)
  • Madame Berthe (Judith Rémy) : patronne de la maison close locale ; proche d'Heinrich Müller(saison 2) et des communistes (saison 4). (5 épisodes)
  • Yvon (Cyril Descours) : résistant qui rejoint le PC local(tué par Muller en saison 3). (6 épisodes)
  • Victor Bruller (Laurent Manzoni) : cadre du réseau gaulliste(tué par Morel en saison 4). (5 épisodes)
  • Vincent (Jérôme Robart) : transmetteur radio(meurt lors de l'action menée par la police de Vichy contre son réseau en saison 4). (5 épisodes)
  • Claude (Alexandre Hamidi) : compagnon de fortune d'Antoine. Il a étudié l'art dramatique à Paris(tué - selon Antoine - à la fin de la saison 5). (11 épisodes)
  • Anselme (Bernard Blancan) : paysan membre du réseau de résistance de Marie Germain. Devient chef du réseau après la mort de cette dernière.(14 épisodes)

Habitants de Villeneuve

Baile in.programme-tv.net.jpg

 

  • Ezechiel (Denis Sebbah) : juif tentant de fuir en Suisse, perd son fils ;(saison 2),retenu à l'école avec d'autres juifs,perd sa femme qui se suicide et fuit avec sa fille (saison 4), revient à Villeneuve et caché par Daniel Larcher puis arrêté par la milice avec Sarah Meyer (saison 5). Parvenant à s'échapper (on ignore comment) il revient à Villeneuve et rencontre Rita. (16 épisodes)
  • Eliane (Léa Betremieux) : amoureuse de Raoul, son père est quincaillier(saison 4), maîtresse de Marchetti et indic à la scierie Schwartz, tuée par Antoine (saison 5) (7 épisodes)
  • Inès (Annick Boyer) : secrétaire de Raymond à la scierie(quitte en saison 4 la scierie pour travailler en Allemagne). (9 épisodes)

Autorités françaises

  • Servier (Cyril Couton) : sous-préfet pétainiste de Villeneuve.(37 épisodes)
  • Philippe Chassagne (Philippe Résimont) : nouveau maire collaborateur ; mari de Jeannine(meurt fusillé sur ordre de Müller à la fin de la saison 5)(16 épisodes)
  • Morel (Pascal Casanova) : sous-brigadier, nommé brigadier en remplacement de Dupas, gendarme collaborateur et pétainiste convaincu(meurt lors de l'opération, tué par Vincent en saison 4)(7 épisodes)
  • Dupas (Bruno Rochette) : brigadier de gendarmerie chargé de l'arrestation des Juifs, rétrogradé après l'évasion de l'un d'eux(saison 4). (3 épisodes)

Autorités allemandes

Muller in. tumblr.com

 

  • Helmut von Ritter (Götz Burger) : Kreiskommandant de Villeneuve(muté sur le front de l'Est à la fin de la saison 2).
  • Heinrich Müller (Richard Sammel) : chef de la Gestapo(saison 2). Il devient l'amant d'Hortense. Muté sur le front de l'Est (fin saison 3), il revient ensuite à Villeneuve comme chef de la police allemande pour l'Est de la France (saisons 4 et 5), déserte pour fuir avec Hortense avant d'être arrêté par les américains (saison 6). (39 épisodes)
  • Kollwitz (Peter Bonke) : Kreiskommandant de Villeneuve en remplacement de Von Ritter(saison 3). Il est remplacé par Schneider (saison 5). (12 épisodes)
  • Kurt (Samuel Theis) : amant de Lucienne et père biologique de sa fille(muté sur le front russe durant la saison 3, de retour à Villeneuve en saison 6, grièvement brûlé, tué par Bériot, ivre). (14 épisodes)
  • Ludwig (Jochen Hägele) : officier d'ordonnance d'Heinrich Müller (Capturé par la résistance à la fin de la saison 6).(13 épisodes)
  • Schneider (Christopher Buchholz) : Kreiskommandant de Villeneuve en remplacement de Kollwitz(saison 5). Il quitte la ville avec la garnison pour fuir l'avance des Alliés (meurt abattu par Marchetti afin de sauver Rita et son enfant que l'officier allemand s'apprêtait à faire fusiller avec d'autres juifs dans la saison 6)(8 épisodes)
  • Krüger (Stefan Konarske) : Chef de la division dePanzers qui entre dans Villeneuve après le départ de la garnison allemande et qui fuit l'avance des troupes Alliés. Kurt se trouve dans son unité, il quitte Villeneuve après avoir soigné ses blessés. (3 épisodes)

Milice française

Milicians in. telestar.fr.jpg

 

  • André Janvier (Bruno Blairet) : chef de la Milice de Villeneuve. Fasciste convaincu et psychopathe sadique (blessé mortellement par Antoine en saison 6).
  • Alain Blanchon (Bruno Fleury) : commissaire de police de Villeneuve(saison 5), second puis chef de la Milice (saison 6) à la mort de Janvier (il meurt fusillé par Suzanne en même temps que ses camarades miliciens en fin de saison 6).
  • Alban (Fabrice Richert) : réfractaire au STO(saison 5), se fait arrêter par Marchetti et est reversé dans la Milice sous les ordres de Janvier, son parrain qui l'a pistonné (il meurt pendu par Raoul en septembre 1944 en fin de saison 6).
  • Xavier (Théo Cholbi) : jeune milicien, fasciste convaincu (il est probablement fusillé peu de temps avant ses camarades après avoir tenté de faire sauter l'école de Villeneuve en septembre 1944 en fin de saison 6).

Autorités américaines

  • Bridgewater (John-Christian Bateman) : capitaine américain auquel Marie demande de faire mouvement vers Villeneuve pour faire fuir les Allemands et empêcher une répression.(saison 6). (3 épisodes)

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Refratários in. tvmag.lefigaro.com

 Claude e Antoine, inicialmente refratários, posteriormente envolvidos na Resistência.

Antoine comandou a polícia, após a Libertação.

Portugal - Croácia

Allons enfants de la Patrie!”

 

“E este é também o apelo aos jogadores em França, para o embate com a Croácia. Que também não posso deixar de relacionar com essa realidade. Que melhor seria que as disputas entre povos se resumissem aos jogos, ao desporto em geral. Que este ano também é de Jogos Olímpicos e lembremo-nos como agiam os antigos gregos!”

Escrevera eu, ontem, no último post, sobre o episódio 12, da  6ª Temporada, da série “Uma Aldeia Francesa”.

 

E os atletas, apesar do apelo, desenvolveram um jogo frouxo e murcho, sem brilho nem chama, durante o tempo regulamentar. Apenas no final da segunda parte do prolongamento atingiram o fulgor próprio de um embate tira teimas. Ganhar ou perder!

 

E, numa jogada fulgurante da juventude, Renato Sanches, que arrancou do meio campo do adversário, coadjuvada pela experiência, por Nani e com Ronaldo na ala direita a acompanhá-lo, posicionando-se para o golo, (sempre à coca do golo!), Renato passou-lhe a bola, o ídolo rematou com a força e destreza conhecidas, a inteligência e a estética marcantes, a rasar o obstáculo - guardião, direcionando o esférico em diagonal à baliza, não fora a bola desviada por esse mesmo entrave, como era seu dever, o guarda-redes!

Mas há destinos e Destinos e nesta jogada, breve e mágica e feliz de equipa, surgiu o temperamental Quaresma, pela ala esquerda, correndo para estar no local certo, no momento exato e numa cabeçada instintiva, oportuna e sábia, colocou o esférico, onde ele mais almeja estar: dentro da baliza.

E, nesse momento mágico e glorioso, Quaresma passou a “Semana Santa” da fase de grupos; o “Calvário” dos empates e deu-nos, a todos, um “Domingo de Páscoa”! Mesmo sendo sábado!

 

Portugal in. maisfutebol.iol.pt. jpg

 

Vivam todos, sem exceção!

Que é em jogadas de equipa bem direcionada que se ganham os jogos! Por mais destacados que individualmente uns sejam relativamente a outros.

 

E, agora a Polónia!

Estudem a dinâmica da equipa, pontos fortes e fracos, estratégias e táticas, unam-se num objetivo comum e ganhem o jogo!

(Sugestões de quem nada sabe do assunto.)

 

E sobre a equipa da Croácia?

 

Que dizer daquele jogador chamado “Vida”, com várias oportunidades perdidas?

Que nível de frustração não terá sentido!

Calculo que o respetivo nome não tenha o mesmo significado que em português, mas será caso para mencionar...

Que dizer ao “Vida”, senão que: Raio e azar de vida!

Parabéns também à equipa.

 

E não posso também deixar de comentar o resultado do jogo entre o “País dos Galos”, melhor, “de Gales”, que até tem direito a Príncipe, o “de Charles”, e a Irlanda do Norte.

Num autogolo, um jogador irlandês, do norte, diga-se, deu a vitória ao “Principado” de Sua Majestade!

Teria sido o choque do Br – Exit? Britânicos, fora?!

Que na Irlanda do Norte e na Escócia até votaram maioritariamente pela permanência.

Não sei. Ignoro.

E, já agora, volto a insistir. Sendo um Reino Unido, porque apresentar-se, no desporto, pelos vistos não apenas nesse campo, assim dividido?!

Porque não só e apenas uma seleção do Reino, (real)mente unido?!

 

E, para finalizar e relativamente à nossa equipa, reforço o apelo:

Allons enfants de la Patrie!”

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 – Episódio 12

“Un Village Français

(Episódio Global nº 60)

(21 de Junho de 2016) 

RTP 2

 

Episódio 12 – "Libération" – “Libertação”

Setembro de 1944

 

Hortense in. youtube.com

 

Os Caminhos da Paixão

 

“Daniel e Hortense, sós e vilipendiados pela multidão, (turbamulta), apressam-se a deixar a cidade.

Antoine prendeu Marchetti. Bériot pede-lhe para o transferir secretamente para Dijon, mas a notícia espalha-se como um rastilho de pólvora.

Em breve, Antoine, Suzanne, Marchetti, Daniel e Hortense vão enfrentar o seu Destino…”

 

(E o Destino é uma incógnita.

Escrevo este texto já a 24 de Junho, feriado municipal em múltiplas localidades do País e no dia seguinte à votação da saída do Reino Unido da União Europeia.

Destino?!

Não posso deixar de relacionar a série com a realidade e lembrar que Hitler, um dos causadores, aliás, o principal (?) "motor" da eclosão dessa guerra, também chegou ao poder através de eleições.

E também associar ao facto de que o quase certo candidato republicano, à presidência dos Estados Unidos da América, é essa figura turbulenta, mas podre de dinheiro, que dá pelo nome de Donald Trump! Imaginasse o sobrinho do Tio Patinhas o seu nome atribuído a tal personagem!

E esses factos têm alguma coisa a ver com o direito inalienável de que qualquer cidadão tem ao exercício de expressão livre do seu voto?!)

 

Mas estas deambulações à volta da série, talvez aparentemente sem sentido, levam-nos ao final do episódio e da 6ª temporada, em que Jules Bériot, de pedra e cal na prefeitura, inaugura, melhor, batiza uma praça da Cidade de Villeneuve, com o nome sugestivo de “Place Marie Germain!

E discursa, perorando loas políticas, justíssimas, relativamente a Marie, “símbolo da Resistência”, mas descabidas, demagógicas, quando as atribui “à população de Villeneuve”. Que sabemos foi de tudo menos Resistente. No mínimo, situacionista. Quando não colaboracionista e delatora.

Mas essa população compunha o friso da imagem em volta da Praça, tudo gente bem composta e bem vestida, como convém numa inauguração. Os mesmos que arrastaram Hortense pelas ruas, esmurraram Daniel e enforcaram Alban, nessa altura descabelados de corpo, de roupa e de boca.

Que ainda iremos a esses excertos.

E também no ato inaugural, os verdadeiros e poucos realmente Resistentes: Suzanne, Anselme, Edmond..., que olharam estupefactos, de soslaio, o prefeito, quando ele lançou essa tirada politiqueira da “população resistente”!

Os políticos são assim mesmo. Há que afagar o ego aos potencialmente votantes, nem que seja proferindo atoardas e mentiras. O que interessa é ganhar votos!

E os resultados são os que mencionámos anteriormente, com os resultados que sabemos no caso alemão e que a série documentou...

E incógnita nos dois outros casos, atuais.

 

E o prefeito terminou o discurso e a série, com vivas à República, à Resistência, à França, com muitas palmas entusiasmadas dos figurantes, comedidas dos verdadeiros Resistentes, que Bériot passou-lhes a perna. E cantando a “Marselhesa”.

 

Allons enfants de la Patrie!”

 

(E este é também o apelo aos jogadores em França, para o embate com a Croácia. Que também não posso deixar de relacionar com essa realidade. Que melhor seria que as disputas entre povos se resumissem aos jogos, ao desporto em geral. Que este ano também é de Jogos Olímpicos e lembremo-nos como agiam os antigos gregos!)

 

E quem assistia, como espetador, a esse discurso encomiástico do prefeito Bériot, era Antoine e um outro jovem colega, também fardado com o traje do exército de França, que é para esse fim que Antoine destina o próximo ano da sua vida.

E respondendo à questão do colega porque não cantava a “Marselhesa”, ele lhe respondeu que cantara no ano passado, ou seja, certamente no “cortejo” que os Resistentes efetuaram na Cidade, comemorativo do 11 de Novembro de 1918.

 

E finalmente, através de Antoine, vamos ao início deste episódio doze e ligar com o final do anterior, décimo primeiro.

Antoine de pistola em punho, enquanto chefe da polícia, apontava a Marchetti, mandando desaparecer Loriot, que não podia confiar nele.

E Marchetti com o filho ao colo, situação tão eficaz como se fora algemado, pediu a Antoine que não condenasse Loriot, homem que acreditava na amizade e era um bom polícia.

Colocado na prisão juntamente com os milicianos não fuzilados, ainda pediu que procurassem a mãe do filho, que não o enviassem para a assistência pública.

 

Afogueado, chegou Bériot, elogiando Antoine, pelo seu feito.

Superiormente recebeu, via telefone, ordens de Dijon, através de Lanzac: “Quero o Marchetti no meu gabinete esta noite!

E Bériot nem pestanejou em obedecer.

Só que a notícia da prisão correra pela cidade e a “purga” chefiada por Anselme e Suzanne depressa se apresentou junto à esquadra a exigir o “carniceiro”, que a populaça queria fazer justiça pelas próprias mãos.

Bériot, mestre da representação, lembremos que ele também era cantor e ator, colocou a faixa da República em diagonal no peito e apresentou-se perante a “purga” e conseguiu convencê-los que não haviam apanhado Marchetti.

“- Já viu que enganamos os nossos amigos para salvarmos os inimigos?!” Comentou para Antoine.

E, aproveitando a momentânea dispersão, acabaram por fugir pelas traseiras e ainda houve tempo de Rita apanhar a criança, enquanto Bériot fugia no carro para Dijon, acompanhado de um polícia e levando o “carniceiro”.

A “purga” acabou por invadir a esquadra, Suzanne deu uma chapada a Antoine, que foi agredido à coronhada pelos homens armados. Estes, indiscriminada e raivosamente, dispararam rajadas sobre os milicianos, abatendo-os como coelhos, (pobres, dos animais!), com exceção de Alban.

Melhor lhe fora ter morrido de bala!

Arrastaram-no, torturaram-no...

Anselme e Suzanne, aparentemente indiferentes, assistiam, que, se quisessem, poderiam ter intervindo favoravelmente.

“- Bériot pirou-se. Antoine anulado. Fazemos o que queremos.” Disse o homem.

“- E o que queremos?”, retorquiu a mulher.

Alban esbracejava, defendia-se, contava o seu historial... apelava a verdadeira justiça...

“- Até ontem os resistentes não eram muitos... O que fazem não é justo.”

“- Despachem-se!” Ordenou Suzanne.

E enforcaram-no!

Antoine e Geneviéve assistiram, impotentes, a todo este espetáculo macabro. E choravam.

 

E quem também subiu e soube o caminho, as etapas dum hipotético gólgota, foi Hortense, mais uma vez arrastando no opróbrio o marido, Daniel.

Em prisão domiciliária, aproveitando um pedido de água por um dos dois guardas, Daniel despejou um sonífero em ambos os copos. Que Hortense, sempre com o seu jeitinho de mulher sedutora, conseguiu que fossem bebidos.

E adormecidos os guardas, ei-los de malas aviadas, a caminho da casa de um amigo que lhes emprestaria um carro para fugirem.

Até lá, onde nunca mais chegariam, foram percorrendo a sua via, não direi sacra, que Hortense não era nada dada a essas religiosidades, mas o caminho espinhoso da paixão.

E foram sendo reconhecidos e apedrejados verbalmente.

“Vamos dar uma voltinha à Alemanha.”

E perante um deboche de um qualquer Menanteau, sapateiro, ali mesmo e de memória, Daniel o lembrou que, no auge da perseguição aos judeus, sendo Larcher ainda presidente da câmara, ele denunciara um seu vizinho.

E Menanteau, o sapateiro, deu corda aos sapatos, meteu o rabo entre as pernas e foi pregar para outra freguesia e atirar pedras para outro lado.

Mas perante mais um linchamento de um boche, para mais conhecido de Hortense, Daniel, deu mais uma de herói humanista, não deixando que fuzilassem o militar.

Heroísmo? Humanismo? Inconsciência, face à situação e à sua incapacidade de fazer frente a homens armados e sedentos de justiça, rápida e eficaz?

A situação complicou-se de todo para o casal.

Reconhecida Hortense, foi o descalabro.

Daniel foi agredido à coronhada e desmaiou. Ao recuperar os sentidos, sem óculos, valeu-lhe uma criança que lhos deu. “Monsieur, ...”

A praça deserta...

 

Hortense foi arrastada pela multidão enfurecida, sedenta de vingança, sujeita a todos os epítetos, que não vou aqui reproduzir, mais uma vez friso que, neste blogue, não uso palavrões, mesmo que contextualizados, como seria o caso. Por enquanto!

Transportada numa carroça do refugo, como se fora lixo, acompanhada pela turbamulta, gentes desgrenhadas de aspeto, de traje e de boca, os mesmos que irão aplaudir Bériot, mas já trajados a rigor.

Vários ostentando as braçadeiras e empunhando as bandeiras da República!

Anselme e Suzanne comparticipavam.

Esta não podia perdoar. Fora Hortense quem lhe denunciara o namorado, Marcel Larcher.

Gustave Larcher, sobrinho, a quem a tia apelara, cuspiu-lhe na cara.

Conjeturado o que lhe fazer, que castigo aplicar-lhe, um mais macabro que outro, decidiram cortar-lhe o cabelo.

Suzanne assistia, consentindo e estimulando, pese embora não lhe trouxesse o amado de volta, conforme Hortense lhe ripostara.

Esta chorava.

A populaça gritava, dichoteando.

Hortense vivia o episódio bíblico da mulher adúltera...

 

Lucienne in. bullesde culture.com

 

Lucienne com aquele seu ar compungido observara o enforcado, visualizara a caminhada de Hortense.

Talvez pensasse a sorte que tivera, que o seu amor tivesse ficado mais ou menos secreto, apesar de haver uma Françoise!  

E o pai de Françoise haveria de ser sepultado, sob o nome de Étienne Charron, com direito a padre e orações fúnebres. Acompanhado apenas, para além dos cangalheiros, de Bériot e Lucienne, que lançou uma rosa vermelha.

“Amén!”

 

E para tentar finalizar esta narração, lembrar de amores, que na série estiveram sempre presentes na narrativa.

 

Suzanne concedeu-se uma pausa nas suas diatribes revolucionárias e foi retemperar forças com Loriot, sempre de beiço caído por ela.

O “bigode mais jeitoso” queria saber se no coração da mulher haveria um cantinho para “um funcionário sem princípios nem ambição”...

“Marcel foi o meu grande Amor, Antoine, um erro em todos os sentidos...”

(...)

O primeiro marido há muito que fora descartado para a Bretanha e da filha não falou.

 

Antoine que, como já vimos, foi cumprir um ano de serviço militar no exército francês, selou compromisso de casamento, de cartório e igreja, com Geneviéve, quando voltasse.

 

Daniel vela Hortense, de cabelo cortado, à espera que cresça, por debaixo do turbante.

 

Rita e Ezechiel preparam-se para partir para a Palestina.

“- Quero fazer crescer frutos no deserto!”

(Frutos no deserto cresceram é certo. Mas também, tantos, tantos espinhos!)

 

Mas deixemo-nos de mais comentários e aguardemos a hipotética sétima temporada, que nos dará (?) o desfecho futuro de várias personagens.

 

Au revoir!

Aldeia-francesa-T-7-amores-e-desamores!

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 – Episódio 11

“Un Village Français

 

(Episódio Global nº 59)

(20 de Junho de 2016) 

RTP 2

 

Episódio 11- “Arrestations” – “Detenções”

Setembro de 1944

 

A sacanagem da baixa política!

 

“Jean Marchetti esconde-se em casa de Rita. Os problemas do quotidiano agravam-se: abastecimento, saúde, alojamento… É a penúria.” (…)

 

Os aliados de ontem tornam-se, hoje, adversários, melhor, inimigos, dados os métodos que utilizam para conquistar o poder!

 

Faltam bens essenciais, falta de tudo, em Villeneuve. A população revolta-se, que onde há fome... fazem-se pilhagens. Reina a desordem. As esperanças associadas à Libertação esvaem-se, por entre a incapacidade de a República dar de comer a quem tem fome. Há quem tenha saudades de Vichy!

As autoridades na pessoa do prefeito, Bériot; do chefe da polícia, Antoine; do presidente do CDL, Edmond, tentam dar resposta às múltiplas necessidades, mas onde não há pão, não há mantimentos para distribuir...

Também, entre eles, a baixa política insere-se ignominiosamente, insidiosa, da pior maneira.

As gentes envolvem-se à pancada por um pedaço de pão.

 

(E não posso deixar de reportar para o que se passa ainda e atualmente. E já que estamos em França, onde atualmente decorre o “Euro”, para aquela cena de ignomínia dos adeptos (?) ingleses a atirarem moedas a crianças pobres!!! E vão estes... que chamar-lhes (?), votar sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia!!)

 

E à pancada andou Ezechiel Cohen, por causa do abastecimento e nada trouxe, além da cara esmurrada.

“Apertamos o cinto”, lhe disse Rita.

“Penso cada vez mais na Palestina” (E sobre este assunto também há tanto para inferir...)

E Ezechiel falou-lhe das vantagens de seguirem como família, apesar de Rita não ter papéis... Que em Lyon preparam idas para esse território.

 

E Rita chamou Jean: “Jean, vem, por favor!”

E apresentou-os. “Acho que já se conhecem”

Jean, vem do hebraico, de Yonah: “Deus tem piedade!” Comentou Ezechiel.

Terá?! Pergunto eu. Merece piedade?! Obterá o perdão?!

 

Suzanne, agora desamparada de amor, que “o gaullista” a deixou para outra da mesma geração, vagueia pela rua e dirige-se à sede do CDL, onde houvera uma invasão da turbamulta.

Edmond arrumava as mesas e cadeiras derrubadas...

Falaram da omissão da vida privada, no contexto do partido... (Onde e sobre quem tanto essa situação foi sonegada durante décadas, melhor, durante a vida inteira, de um certo e emblemático e carismático personagem da vida política portuguesa?)

Edmond morrera-lhe a mulher há dois meses, nada dissera. “Morreu por um ideal.”

“E tu, que queres? Lamentares-te ou bateres-te por ideais?” Edmond interpolou a militante Suzanne.

“O partido quer conquistar a câmara. Derrotar Bériot.”

 

E Edmond encomendou, a Suzanne, que soubesse se nos arquivos da esquadra haveria alguma coisa que tramasse Bériot e a mulher, que, em tempos, se falara de uma paixoneta desta por um boche. (Paixoneta!)

Suzanne tinha, na polícia, dois “conhecimentos” chave. O chefe, o “gaullista” Antoine e Loriot, (como classificá-lo?), novamente membro da esquadra. Ambos também suas paixões ou paixonetas.

E Suzanne, à partida, excluiu Antoine, não iria manipulá-lo e atacou Loriot, o “bigode mais jeitoso de Villeneuve”!

Inicialmente o polícia retraiu-se, não confiava totalmente nela.

 

Lembra-se, caro/a leitor/a, que foi devido a esse relacionamento que Suzanne foi considerada traidora, no contexto da célula do partido?

Onde isso já vai, me dirá.

 

Mas há lá homem que resista ao elogio do bigode, para mais provindo de uma cara bonita  e charmosa?!

E Loriot comprometeu-se. “A troco de nada. Em nome dos velhos tempos.”

Em troco de nada, Loriot, que já anteriormente informara de que Antoine andava de amores com a irmã de Alban, eu pensei que ela já saberia... Loriot, repito, a troco de nada sempre trouxe alguma coisa.

Em primeiro lugar, que ele é um senhor galante, ofereceu-lhe um ramo de flores. Lembrando velhos tempos ou preparando os novos, que a rapariga anda desamparada.

E o pretendido. Nada sobre Bériot, vasculhados os arquivos de 41, mas algo sobre outra pessoa. Ainda melhor!

E que pessoa acha que será? (Pensei em Lucienne.)

 

E Suzanne entregou o documento a Edmond, que sorriu, cinicamente, como é habitual no seu personagem.

 

Lembremos que este documento será, em princípio, para tramar Bériot.

Daniel in. leblogtvnews.com

 

Este, como também já referimos, convidara o médico, Daniel Larcher, para colaborar com ele na prefeitura, sob condições mutuamente estabelecidas.

Encarregara-o de inventariar situações de resolução de três problemáticas prementes na Cidade: Saúde, Alojamento, Alimentação.

(Lembram-se da canção “Liberdade” de Sérgio Godinho?! “Casa, Pão, ...”

E estas prioridades também foram algumas das emblemáticas após o 25 de Abril.)

 

Voltemos à realidade ficcional.

Larcher desempenhou as suas funções muitíssimo bem, apresentando as soluções encontradas, em reunião com o prefeito e o secretário, Hector.

Sobre a Saúde, com recurso às freiras do convento, que haviam concordado e disponibilizado os seus meios; sobre Habitação, também explicitou soluções concretas e sobre Alimentação, não trouxe ainda dados precisos, mas propôs reunir-se com Servier, que sabe, de certeza, onde buscar víveres.

Dito e feito, reunido com o dito cujo, este concordou em dizer-lhe onde achar alimentos, na condição de lhe trazerem um salvo-conduto para emigrar para a Suíça e um bom jantar para a mesa.

(É caso, para dizer: Que mamão! Que foi o que ele fez em toda a ocupação, mamar, lamber botas, servir e servir-se.)

 

E, em “reunião de prefeitura”, a que compareciam também membros do CDL, presidido por Edmond, que fora encarregado por Bériot de chefiar a questão do abastecimento da cidade, o prefeito contava apresentar Larcher, e as suas pesquisas, como um trunfo.

Enganou-se. Mas lá iremos.

 

Antes, julgo que em reunião anterior, em que estiveram ambos os chefes das fações, agora oposicionistas; Bériot, gaulista e Edmond, comunista, atiraram-se “mimos elogiosos” um ao outro, sob os auspícios de um retrato do General De Gaulle.

Edmond, “elogiando” Bériot, cuja polícia, chefiada por Antoine, libertava colaboracionistas, referia-se à chata da Jeannine; em vez de prendê-los, que o “carniceiro” Marchetti ainda andava a monte.

Bériot, por sua vez, mimoseava Edmond, cujo abastecimento, de que era o delegado, era uma desgraça.

Andavam numa inventariação fictícia das necessidades da população, quando não havia nada para distribuir, aproveitando para propor às pessoas a adesão a um determinado partido, cujo nome não disse.

Igualmente defendeu Loriot, pela sua competência; Edmond não o saberia ainda, Bériot provará, sem o saber, do veneno dessa mesma eficiência.

Também Daniel Larcher teve direito a ser defendido, e concordo inteiramente, pela sua “Generosidade e sentido de Humanidade”.

 

 

E, voltando à reunião de prefeitura em que Bériot apresentou Larcher como colaborador, elogiando a sua competência no encontrar de soluções, para três problemas prementes na Cidade: Abastecimento, Alojamento, Saúde.

Edmond, cínico, questionou-o:

- “Confia nele?!”

E lançou a bomba.

“A partir de um documento que, por acaso, nos veio parar às mãos, sabemos que Daniel Larcher era, em 1943, informador da polícia alemã!”

E apresentou o documento assinado por Heinrich Muller.

Lembramo-nos perfeitamente dessa situação de quando o médico estava preso juntamente com o irmão, Marcel...

 

Que acha senhor/a leitor/a ?!

 

Neste caso, eu opino sem quaisquer dúvidas ou hesitações.

Foi uma verdadeira “sacanagem”!

 

E foi um lavar de roupa suja e atirar de lama... sobre um ser humano intrinsecamente bom, apesar das contradições inerentes ao comportamento de qualquer homem ou mulher, para mais em tempos tão complicados.

Ma é assim a política, para mais a baixa política!

E o médico foi logo ali despedido, que Bériot pode, quer e manda, e enviado para prisão domiciliária, a juntar-se à mulher Hortense, que foi a alma dos seus pecados. Mas também a razão de estar vivo.

Que as vivências, os comportamentos, as atitudes dos diversos personagens são multifacetadas.

Como, aliás, de todo e qualquer Ser Humano.

Nem sempre preto é preto, nem branco é branco!

 

Veja-se que Daniel, apesar de o considerarmos um homem bom, ainda rematou:

“Vou contar quem é o seu hóspede.

O hóspede já se foi.” Retorquiu o prefeito.

(Afinal não terá sido este médico que passou a certidão de óbito, como eu julgara.)

 

E ainda há mais para contar?

 

Já referi que Jeannine fora presa pela “purga”, chefiada por Anselme, que queria saber do dinheiro que ela ganhara a reparar tanques dos boches e para o ir buscar, para poderem comprar alimentos para os necessitados.

E que a queriam julgar e mais tornas e deixas nestes casos.

 

Mas havia ordens superiores de Bériot, sempre ele, de que ela fosse recuperada e dessa ordem e execução se encarregaram Antoine e Loriot.

 

(E foi uma verdadeira cena de duelo, de filme de “cow-boys”, a que só faltou o herói, Antoine, ir montado no seu corcel branco.

Esclareça-se, que, à data, este género de filmes ainda não dominava o mercado, nem sei se já teria surgido, nem a filmografia americana ainda era dominante, nem sequer a indústria cinematográfica atingira a importância que viria a alcançar nas décadas seguintes, no pós-guerra.)

 

Certo é que Antoine libertou Jeannine!

 

E sobre outro verdadeiro colaboracionista e verdadeiro criminoso, per si, que a guerra não justificava as suas atitudes criminais, nem as ações que praticou, sobre o “carniceiro” quero ainda falar.

 

A cena final em que o “miúdo”, Antoine, que Loriot julgara enganar, voltou à casa onde o criminoso, Marchetti, se acoitava e os apanhou, a ambos, a conversar, paradoxalmente Jean com o filho David ao colo, foi uma cena antológica de filme de ação.

 

E aguardemos o próximo e último episódio desta sexta temporada, certamente o derradeiro da série, porque a sétima provavelmente nunca mais aparecerá, nem sei se já foi concluída a sua realização, nem se já passou em França.

E, ao que me parece, a RTP2 retorna a outra série já apresentada anteriormente.

 

E, como sempre, muito ficou ainda por contar!

 

 

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 – Episódio 10

“Un Village Français

(Episódio Global nº 58)

(17 de Junho de 2016) 

RTP 2

 

Episódio 10 – “La Loi du Désir” – “A Lei do Desejo”

Setembro de 1944

“Dez milicianos são executados, no fim de um processo falseado. Bériot propõe a Antoine, que encetou uma relação com a irmã de um miliciano, de se tornar chefe da polícia.” (…)

 

O Rescaldo da Festa

A festa foi de arromba. Deu para beber, dançar, namorar, curtir, não sei se este termo já seria utilizado na época. Muito menos o outro, atualmente muito usado entre as camadas jovens, para significar o que também deu para fazer.

Antoine, já informámos, chegou, finalmente, aos finalmentes! Com Geneviéve, que é assim que se chama a moça, Genoveva, em português, ou Veva ou Vevinha, para ser mais querida!

Pelo caminho, pôde observar no jipe americano, um militar numa “à americana”, com uma francesa. Talvez tivesse ficado mais motivado e o bom vinho também terá ajudado, para além, ou primordialmente, de “a lei do desejo”.

O berbicacho foi quando Veva o informou que era irmã de Alban.

 

Após o Conselho de Guerra, se te vir por estas paragens, mandar-te-ei prender”, ameaçou Antoine.

 

E decorreu o falso julgamento.

Previamente discutiram quem haveriam de condenar ou não à Morte!

Daniel Larcher conhecedor de que Bériot já havia encomendado catorze caixões, através de Jeannine, denunciou o facto na própria sessão e abandonou a defesa.

Anselme, prático, mas também idealista e sonhador e face ao tipo de França que estavam a construir, oposta a todos os seus ideais, também abandonou o “tribunal” improvisado.

Foi prontamente substituído por Antoine, que ficou a presidir. Outro funcionário, nomeado por Bériot substituiu aquele como Juiz.

Numa interrupção realizada, foram definidos os que iriam ser condenados à Morte e os que iriam ser remetidos para futuro julgamento a realizar em Dijon.

Nalguns não havia dúvidas. Haviam entrado há pouquíssimo tempo na milícia.

Relativamente a Alban havia hesitações. Matara as duas crianças, mas salvara Antoine e Suzanne de morte certa. Fora amigo de Antoine.

Também se confessara e obtivera o perdão.

E era irmão de Genoveva. (Mas que tem esse facto de relevante, dir-me-ão...)

 

Havendo dúvidas entre os juízes, sobre este último caso, ficou decidido que o veredicto final seria de Antoine, o presidente do conselho de guerra!

E caríssima leitora, caríssimo leitor, que acha que Antoine decidiu?!

(...)

Pois, precisamente, Alban foi um dos milicianos que foi remetido para futuro julgamento.

 

Voltamos atrás.

Na primeira reunião preparatória do conselho de guerra, realizada em casa de Bériot, quando definiam quem constituiria o pelotão de fuzilamento, ouviu-se um grito lancinante proveniente do andar de cima.

“É a minha mulher, Lucienne!”, informou Bériot.

E dirigiu-se ao quarto onde ela se encontrava, aquele em que convalescia Kurt, que ela, inesperadamente, acabara de encontrar morto!

Lucienne estava destroçada! (...)

“Quer que a deixe sozinha para que possa velá-lo tranquilamente?” “Os meus pensamentos estão consigo.”

Nem mais nem menos, que este Bériot saiu melhor que a encomenda.

 

Mais tarde, velariam o defunto.

E definiriam o nome a atribuir-lhe, que não podiam designá-lo com o nome próprio, que era alemão: Kurt Wagner.

Analisando significados e semelhanças linguísticas e afinidades familiares, consensualmente, batizaram-no com um nome francês: Étienne Charron.

Drº Daniel Larcher preencherá, (?) a certidão de óbito, na expetativa de aliviar a pena da sua amada (?) Hortense.

 

Anteriormente, já Bériot o tentara aliciar para trabalharem juntos na recuperação de Villeneuve!

“É um dos poucos com atitudes humanistas!”

“Sou colaboracionista!”

 

E os milicianos condenados à morte são colocados nos postes de fuzilamento.

E Antoine, nomeado chefe da polícia, dirige o pelotão. Mas concede, como é de lei, a concretização de um último desejo aos condenados.

E o chefe,  Blanchon, provocatoriamente, começou a cantar o hino dos milicianos (Chant des Cohortes?), sendo seguido por todos os outros.

E, não sei como nem porquê, não conheço assim tanto da História de França, aquela cantilena teve um efeito aniquilador em Antoine e em todo o pelotão, que se tolheram em disparar.

E foi preciso Suzanne agir, que é uma mulher de armas, assumir o comando do pelotão, ordenar que disparassem, ela própria ser a primeira a fazê-lo, sendo seguida pelos restantes.

Finalmente os corpos ficaram murchos na base dos postes!

 

E já que pegámos em Suzanne...

Lembrar-nos-emos que, no episódio anterior, ela fora visitar a filha, obrigações de mãe, abandonando o baile e Antoine, que aproveitou a liberdade concedida e conquistou a sua própria liberdade e autonomia.

Ao regressar, perguntou por ele.

E, no conselho de guerra, vendo novamente a tal moça, que agora sabemos chamar-se Geneviéve, ou Genoveva, se preferir, irmã de Alban, a encarar Antoine e o constrangimento deste, questionou-o: “Conhece-la?”.

“Vou ter que lhe dizer que já tens dono!”

(Mal sabia Suzanne, que a dona já era outra.)

 

Foi visitar a sepultura do seu amado defunto, Marcel, com ele falando sobre o novo mundo em que ele vaguearia. Moças? Reuniões de célula?!

Surgiu uma linda raposa vermelha. Só faltou um Príncipe Encantado, que o supostamente dela arranjara nova dona.

 

E foi esta dona, Geneviéve, que foi visitar o novo chefe da polícia, Antoine, para lhe agradecer de Alban.

Antoine mandou-a voltar um ou dois anos mais tarde.

Mas a moça estava cheia de pressa e houve uma conversa privada no gabinete do chefe.

E beijos, também. Que ela é decidida!

E Antoine aconselhou-a a esconder-se durante algumas semanas que “atualmente ser miúda de boche e irmã de miliciano não é boa coisa”.

Mas, pelos vistos, a rapariga não foi precavida, nem seguiu a sugestão do amado, ou estava por demais confiante de que o agarrara pela gravata... e voltará a surgir na delegacia da polícia, quase arrastada pelos novos polícias, ex-refratários e ex-resistentes, que também a reconheceram como a rapariga do célebre banho do lago e, molestando-a, traziam-na para a esquadra.

E, perante Loriot e Suzanne, que interpelava Antoine: “Afinal quem é esta moça?”

Este respondeu: "Deixem-na! Ela está comigo!”

E assim se deu mote ao: “Adeus Suzanne!”

 

E faltou-nos falar sobre Rita e Ezechiel que foram viver juntos na casa deste.

Sobre David que adoeceu e sem remédios nem médico, que Larcher estava ainda no tribunal, por sugestão de Sophie, oraram convictamente.

E Daniel melhorou.

E Ezechiel fala em ir para a Palestina e incita, convida, Rita a acompanhá-los, que poderiam formar uma família.

E vai ao mercado negro obter comida, umas fatias de presunto, obtidas a troco do seu relógio antigo.

 

Mas, antes dele chegar, quem chegou foi o indesejado (?) Marchetti.

E perante a chegada de Ezechiel, Rita recambiou-o para o sótão.

 

Vamos a ver no que vai dar tudo isto!

Village Français

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódios 8 e 9 – Parte II

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 56 e nº 57)

(15 e 16 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Episódio 8 – “Le Procès” – “O Processo”

Episódio 9 – “Le crépuscule avant la nuit” – “O Crepúsculo antes da Noite”

 

Setembro de 1944

Adeus Suzanne!

 

Volto ainda a estes dois episódios e bem gostaria de explanar também algo sobre o episódio 10, agora que a sexta temporada está quase a findar e não sei se irão dar continuidade com a sétima, que nem sei sequer se já foi apresentada em França, de momento tão assoberbada com o “Euro”, futebol, realce-se.

 

Na primeira abordagem a estes dois posts, muitíssimos assuntos ficaram por tratar.

Centrei-me fundamentalmente no personagem Jules Bériot, e nas suas funções de Prefeito da Cidade e muitos temas ficaram em “banho-maria”.

Um dos problemas com que Villeneuve se defrontava, desde o começo da guerra e da ocupação, situação aliás comum a toda a Europa, no período entre as duas guerras, acentuado após a “Grande Depressão”, era o abastecimento alimentar. Faltavam víveres para a população civil, os mais imprescindíveis e básicos, como seja o leite para as crianças.

Bériot, na sua atribuição de funções logísticas da Cidade aos diversos Resistentes, designara Edmond, presidente do CDL, como supervisor dessa atividade e do respetivo departamento.

 

Na apresentação exemplificativa deste problema e flagelo social, os guionistas apresentaram-no através da personagem Rita de Witte e do seu filho David.

Desesperada por encontrar comida, leite, alimento para a criança, Rita dirigiu-se ao setor do suposto abastecimento de víveres à população de Villeneuve.

As prateleiras estavam praticamente, não me lembro se na totalidade, vazias.

As possíveis caves, não sei, que não nos mostraram!

Foi, no mínimo, dramática a resposta que obteve.

Que foi nenhuma. Saiu como entrou, isto é, de mãos vazias e o menino ao colo, amortecido de fome.

Que voltasse no dia seguinte ou no outro, que não havia alimento, que havia necessidade de preencher um formulário de adesão e que ela, enquanto estrangeira e judia, não estava entre os considerados prioritários, como se a fome e a necessidade de alimento variasse conforme a cor, a origem, o credo ou supostamente outra qualquer questão ideológica, perspetiva ainda mais grave!

 

Tempos tremendos, erros continuados da Humanidade, (humanidade?), melhor dizendo, Desumanidade, que gastava os recursos numa guerra atroz, estúpida, promovida por tresloucados, destruindo-se e destruindo bens, serviços, canalizados para o tão propalado “esforço de guerra”!!!

Mais grave, é que não tenha havido emenda!

 

Deixemo-nos de filosofias e de ideologias, que como Rita respondeu a Edmond: “Dê-me leite e adiro imediatamente!”

Mas adere a quê?!

(...)

 

E, na sua busca por alimento, como boa mãe que é, encontraria Ezechiel Cohen, com a filha Sophie, na mesma demanda.

E questionando-a como ali chegou e, no fundo, se salvou, pois sabemos o que aconteceu aos judeus, não sabemos se eles, à data, já o saberiam, mas Cohen agradecia a Deus, por estar vivo!

E, paradoxalmente, também a Jean Marchetti, (pasme-se!), o “carniceiro de Villeneuve”, que propositadamente deixou fugir Ezechiel e a filha, que até lhes falou também de Deus e lhes deu conselhos sob a forma de irem para a Suíça!

Estranho, ou não, este comportamento desse personagem tão contraditório, espelho do ser humano!

Contando isto para Rita, como nós sabemos ex-amante de Jean, pai do seu filho David; Cohen, referiu-se a milagre. E, mais uma vez, a intervenção Divina!

“Acreditaria em Deus, se chovesse leite”, lhe retorquiu Rita.

E Rita se quedou numa qualquer soleira de porta, na semi obscuridade ou claridade da rua.

De onde sairia para subir uma escadaria, de uma rua qualquer da Amargura e ganhar a vida, em troco de um favor, no desempenho de profissão tão velha quanto o mundo, para comprar leite e salvar o filho da Morte!

 

Outros dos personagens marcantes nesta 6ª temporada e nestes episódios têm sido os milicianos. Presos na Escola, apreensivos quando ao seu futuro, que julgados em conselho de guerra, em tempo da dita, seria fácil inferir o veredicto.

As reações face a esse futuro incerto, mas certo, variavam. Um debochava sobre o que fizera. Alban, extremamente culpabilizado, queria confessar-se. E interrogava-se como Deus os abandonara. Estranhos são os desígnios e invocações divinas, nestes momentos!

“Faço parte dos que mataram!”

Alban precisou de se aliviar e para isso foi acompanhado por Antoine.

Lembraram-se um ao outro o que haviam visto.

Antoine presenciou o infanticídio dos dois irmãos, filhos de Vernet, cometido pelo miliciano.

Alban viu Antoine e Suzanne, escondidos no armário, no quarto da filha desta, mas não os denunciou.

(Julgo, não tenho a certeza, que Alban fora também refratário, como Antoine...)

E enquanto Alban se aliviava no mictório, apareceu-lhe a irmã, assomando-se numa janela, a falar-lhe da avó. (...)

Falamos desta personagem, cujo nome ainda não fixei, que virá a ganhar algum protagonismo nos episódios subsequentes...

 

E já que falámos de Antoine, não esquecemos Suzanne, também nomeada Juíza.

De Kervern ficaria assombrado!

E, sem sombra de dúvidas, a mulher tenta conquistar o jovem. Que lhe resiste e escapa como enguia.

 

E prossegue o julgamento, a farsa de julgamento, pleno de contradições, formais, processuais e reais.

Daniel Larcher, naquele contexto de tribunal, a figura com mais formação intelectual, dá a volta ao texto, como se diz. Dá um baile ao procurador e aos juízes.

No meu ponto de vista, que nesta série não consigo ser nada isento; digo, segundo a minha perspetiva, sem razão alguma. Simplesmente manipulação, tão peculiar na advocacia.

Porque, o que acha?!

Nomeadamente no referente a Blanchon, chefe das milícias, haveria alguma dúvida?!

(...)

 

Infanticídio In. marianne.net.jpg

 

E retornamos aos milicianos e a Alban, que extremamente tenso e sofrido, (que só me lembra Ronaldo, ansioso por marcar golo), acabaria por confessar-se.

E lá lhe saiu a confissão.

E o perdão.

“O seu sofrimento e confissão abrem-lhe a porta para o perdão”! Lhe disse o confessor.

 

E abro aqui mais um dos meus parêntesis. Mais uma das minhas questões.

Não vi todos os episódios, mas só agora me apercebo da presença de um ministro da Igreja.

Será impressão minha? Falta de espírito de observação? Ou, realmente é a primeira vez que tal sucede?

Aliás, entre os diversos personagens mencionados não há qualquer referência a sacerdote.

Não será estranho este facto?!

(...)

Houve, contudo, cenas ocorridas na igreja da cidade, local de encontro de Resistentes, a combinarem ações, atividades, sinal de que o templo era um local onde os oposicionistas à ocupação se sentiam seguros.

 

E lembramos que também decorria o baile.

E nele, já falámos, (ou não?) dos enlaces entre francesas e americanos e não resisto a referir a hesitação e perplexidade do secretário de Bériot, em arranjar também mulher para um militar negro! (Que, aliás, protagonizou enorme sucesso, pois era um excelente dançarino!)

E Ezechiel também deu a volta a Rita e com ela também volteou na bailação!

Ao lado, que tudo se passava na Escola, os condenados à execução, os milicianos, escutavam.

E chegariam alguns elementos da “purga”, que assolava a Cidade, ainda sem polícia.

E o filho de Marie Germain desancou forte e feio. (Pudera!)

 

Antoine e Suzanne bebiam. Ela fumava!

Viu a prima do marido e num ápice se lhe atirou desvairada. Lembremos, eu próprio assim julgava, que era suposto ter sido essa mulher quem denunciara Antoine e Suzanne.

Loriot, já assumidas as suas funções policiais, interveio, esclarecendo que não fora ela a denunciadora, mas uma outra vizinha e que Suzanne poderia confirmar no registo efetuado na Polícia.

Suzanne pediu desculpa e aproveitando a presença do marido, apanhou a deixa para ir à respetiva casa, a visitar a filha.

Azar o dela.

 

Antoine, já mais liberto, que o vinho bebido diretamente da garrafa ajudava, dirigiu-se à rapariga que o intrigava e atraía, que achava conhecer, lembrando-se de onde. Da célebre cena das duas francesas a nadarem no lago com soldados alemães.

Não a denunciou, que seduzido já estava, e também dançaram o swing. E também dançariam na cama, finalmente concretizando o almejado final, que não alcançara com Suzanne.

Adeus, Suzanne!

E também finalizo.

 

 

 

Portugal - Áustria: Questões Pertinentes? Perguntas Impertinentes?

A angústia de um Jogador que falha um penalty.

/

O reverso da medalha

 

Algumas opiniões ou questões lamechas!

/

"As conversas são como as cerejas"!

 

Já tinha implicitamente escrito no blogue, num post, a propósito da série “Um Crime um Castigo”, que em princípio, não escreveria mais sobre essa personagem mediática, que enche mentes e corações de milhões de adeptos por todo o Mundo, isto é, Ronaldo.

 

Mas depois de ontem e do jogo Portugal – Áustria, vá lá resistir a deixar alguns comentários, melhor, algumas questões, não sei se pertinentes se impertinentes. Se lógicas, se nonsense!

 

Penalti in. cmjornal.xl.pt.jpg

 

De certo modo, ontem, Ronaldo viveu a situação de “reverso da medalha” relativamente à final dos Campeões Europeus, modernamente intitulada “Champions”, em que marcou o penalty da vitória do Real de Madrid, frente ao Atlético, também da mesma cidade.

Compartilhou a angústia, a frustração, o desespero, do jogador do Atlético, cujo nome não fixei, “dos fracos não reza a História?”, mas sobre quem tentarei pesquisar. Sobre quem, aliás, também tinha pensado em perorar, na sequência dessa final madrilena, realizada em Milão!

 

Observa-se no jogador uma enormíssima tensão e frustração, resultantes do falhanço na concretização dos tão almejados golos. Tão enorme é o desejo de concretização e tão acentuada é a permanente focalização da câmara e consequente imagem, na vedeta, projetando para milhões e por milhões, o sofrimento e angústia, os sentimentos estampados no rosto do atleta! Algo permanentemente observável, nomeadamente nestes dois jogos do Euro, também praticamente os que vejo, que, habitualmente só visualizo estes embates emblemáticos.

 

E aqui deixo algumas questões:

- Senhor Leitor, Senhora Leitora, (atualmente, as Senhoras também jogam futebol), consegue colocar-se no posicionamento de um jogador, diante da baliza adversária para marcar um penalty?

- Que sentimentos, que pensamentos, que lembranças, que imagens de passado ou de futuro, que desejos, que...sei lá, sabemos nós, ou saberá ou terá consciência o próprio marcador, naqueles momentos marcantes, que antecedem e materializam o ato de chutar a bola?!

 

- Já alguma vez marcou algum penalty?

 

Das possíveis sensações experimentadas pelos próprios, quando marcam, conseguimos pelo menos imaginá-las, pelas expressões que nos são transmitidas e amplificadas pelos media.

Quando falham, também.

Que jogar, é ganhar e é também perder, cara e coroa da mesma moeda!

 

Outra questão:

Ronaldo, ontem, falhou, inexplicavelmente (?), a baliza, o espaço entre as traves, onde era suposto, preciso e necessário, introduzir a bola. Todavia e de uma forma certeira, apontou na trave esquerda, na sua perspetiva; direita, do guarda-redes.

Este preâmbulo, poderá parecer um paradoxo, mas lá vem a questão.

 

- Em termos estatísticos, o que tem maior probabilidade de acontecer, o jogador rematar e a bola dirigir-se ao espaço das redes, podendo ou não entrar nelas, ou o remate ir acertar numa das traves?!

Dir-me-á, ou direi eu... Que é na baliza, entre as traves, nas redes, onde é maior essa probabilidade. Não só porque o espaço é muito maior, apesar de um obstáculo móvel e inteligente e com vontade própria no meio, o guarda-redes, mas também porque é essa a vontade, a intencionalidade, a motivação, a ação, do rematador.

O acertar na trave tem pois uma probabilidade muitíssimo menor de ocorrência. Bastaria fazerem-se estudos estatísticos sobre o assunto e os resultados matemáticos confirmariam esta afirmação.

O mais difícil é a entrada nas redes, dada a existência do guardião! Apesar de ser essa a intenção do rematador.

- E quero eu inferir algo sobre esta questão?!

Deixo isso à sua consideração, cara leitora, caro leitor!

 

- E será que quero ainda levantar mais alguma questão sobre estas problemáticas do Euro, dos jogos, dos jogadores?!

Pois quero!

Começo por referir, que não percebo nada, nem pretendo nada sobre as designadas “questões de bancada”, ou de “treinadores” da dita cuja.

Só gostaria de tomar a liberdade de expressar uma, não sei se sugestão, se questão, ou sei lá o que seja, ao excelentíssimo senhor selecionador, Fernando Santos, que não vai de certeza absoluta, ler este ou qualquer outro post deste blogue.

 

- Senhor Selecionador, não acha que os rapazes estão demasiado tensos?! (Demasiado, é favor, que eu acho que eles estão excessivamente tensos.)

- Antes do próximo jogo, Portugal – Hungria, que é imprescindível que ganhem, não acha que eles, pelo menos os mais marcantes ou os que assim quisessem, ou todos sem exceção, precisariam de algum relax?!

(Isto digo eu, que não percebo nada do assunto e espero que me tenha feito entender...)

 

E ainda sobre o momento marcante da marcação do penalty.

Será que Ronaldo pensou em alguém? No filho? No pai? Na mãe Dolores? Na família? Na célebre ex - ? Em nada? Em ninguém? ...?

Com tanta força e energia dirigida à trave, não sei...

O que acha?!

(...)

 

E, agora e também uma sugestão (?), à "nossa" querida Tia Dolores e Vovó Ronalda.

(Que também não irá lê-la, de certeza absolutíssima!)

Gosto imenso de a ver nos cartazes publicitários da banana da Madeira. Que também é a minha preferida!

Mas não aprecio especialmente a exposição mediática a que o seu querido netinho está permanentemente sujeito.

Aliás, normalmente detesto esses programas televisivos em que crianças são expostas nos media!

 

Não sei porquê, lembram-me as crianças e recorda-me o netinho, esse personagem lendário, essa criança cantora, ave canora dos filmes espanhóis dos anos sessenta, do século XX, da Espanha franquista, essa voz cortante e avassaladora de corações, na época, o celebérrimo Joselito.

Alguém ainda se lembra?!

Daquela voz de rouxinol agrilhoado, sofredor, na sua condição de humilde prisioneiro da pobreza e obscurantismo desses tempos? Daquele trinado canoro, que partia qualquer coração empedernido, para mais de crianças?!

Daquelas histórias de vida que perpassavam no enredo dos filmes, de fazer chorar as pedras da calçada?!

Ainda hoje me lembro...  E de como, quase sempre, me faziam emocionar, quase chorar... ou chorar mesmo!

 

E, se faz favor, observe, caríssima Leitora, caríssimo Leitor.

Como começámos e onde terminámos.

 

Que isto das conversas, são como as cerejas!

 

 

 

 

 

 

“Uma Aldeia Francesa” - Temporada 6 - Episódios 8 e 9 - Parte I

“Un Village Français

(Episódios Globais nº 56 e nº 57)

(15 e 16 de Junho de 2016)

 

RTP 2

 

Episódio 8 – “Le Procès” – “O Processo”

Episódio 9 – “Le crépuscule avant la nuit” – “O Crepúsculo antes da Noite”

 

Setembro de 1944

Um Prefeito não perfeito!

 

Processo in. programme.tv..jpg

 

Após a rendição dos milicianos e a impossibilidade de os transportar para Besançon para o respetivo julgamento, Jules Bériot organiza o processo, para que o julgamento ocorra em Villeneuve, instalando um Tribunal Marcial na Escola.

(Já vimos que a Escola dá para tudo: centro de acolhimento, prisão, hospital, tribunal... E os Professores e Professoras também.)

Veja-se precisamente o caso de Jules Bériot.

Recentemente regressado de Argel, empossado como representante da França Livre na Cidade de Villeneuve, na qualidade de Prefeito, ex-Professor e ex-Diretor da Escola e com aspirações a Presidente da Câmara, organiza o processo dos catorze milicianos, que, no último ano de ocupação alemã, aterrorizaram a Cidade, rivalizando com os boches, sob cujas ordens serviam.

 

Apesar de assoberbado com imenso trabalho, desde a estruturação da orgânica funcional dos vários serviços que é preciso reinstalar, da falta de pessoal habilitado e de confiança, da escassez de recursos, da penúria e racionamento dos alimentos, apesar de todas estas e outras dificuldades...procura estruturar o processo dos milicianos, segundo as normas de equidade na aplicação da Justiça.

Nomeia três juízes: Anselme, Antoine, Suzanne; um procurador, Edmond e um advogado de defesa: Daniel Larcher.

Seria interessante abordar como se chegou à constituição deste tribunal improvisado.

Não deixo de realçar que conseguiu convencer o médico a ser advogado dos milicianos, mas teve que dar contrapartidas. Teve que negociar, ceder para ganhar algo em troca. Comprometeu-se a que houvesse alguma benevolência no futuro julgamento de Hortense!

E é assim que vai ser a sua ação, enquanto prefeito. Negociar. Para ganhar alguma coisa também vai ter que ceder e de algum modo, perder alguma da sua coerência.

Irá acontecer algo idêntico com Raymond Schwartz e a respetiva Jeannine que se acoitou na serração.

Acontecerá algo semelhante com Loriot, que irá nomear como chefe da Polícia, “malgré tout”!

 

Ainda assim arranja tempo para organizar o “Baile da Libertação”. Que toda a gente anseia por uma bailação de que estavam privados há quatro anos.

Acompanhado de bom vinho, diretamente das caves do ex-subprefeito Servier, que importa se foi oferta “generosa” dos ex-amigos(?) alemães. (Amigos de Servier, frise-se.)

Vinho é vinho. É generoso e alegra os corações. E não pede muito. Apenas que o bebam! E, depois, ele faz o resto...

 

(E com esta escrita já vou no baile e ainda quero falar do processo...)

 

Relativamente ao mesmo, que Bériot procura previamente estruturar com toda a Justiça, como vimos, ficaremos surpreendidos com a ordem peremptória que o atual prefeito recebeu diretamente dos seus superiores de Dijon, via telefone.

“...

Quero os catorze milicianos à frente de um pelotão de fuzilamento, amanhã!

Não sei quem foi o autor de tal ordem, mas é Alguém com Poder!

Que ainda estavam em guerra, e que os milicianos e boches, nas cidades onde ainda não houvera a Libertação, continuavam a matar. E era preciso transmitir-lhes uma mensagem clara.

 

E Bériot acatou totalmente a ordem.

E tratou de convencer os três juízes de que o veredicto do tribunal teria que ser “culpados”!

Anselme convenceu-se facilmente, entendeu completamente a situação face ao que fora o modo de atuar e fazer dos milicianos. No fundo, seria pagar-lhes com a mesma moeda.

Suzanne foi bastante mais renitente, mas aceitou.

Antoine foi ainda mais difícil de convencer, é um jovem cheio de ideais, mas face à decisão de Suzanne e, “para não a deixar sozinha”, também concordou.

 

Parafraseando um dito célebre: “O Juiz decidiu, está decidido!”

Decidido não está, que o julgamento ainda não aconteceu, mas Bériot já foi encomendar a madeira para os caixões à serração de Schwartz.

E foi aí que teve que negociar com o industrial, depois de lhe dar os parabéns pela sua ação na Resistência no último ano. Mas também teve que se comprometer a ser também benevolente com a “chata”, colaboracionista e fascista da Jeannine.

E arranjar gasolina, que os títulos provisórios da República, provisória e Livre, não serviam de nada.

 

E gasolina só os americanos.

E, com estes, Bériot voltou a negociar, mas também acatou ordens! E até ouviu reprimenda do comandante americano Bridgewater. Jules e os franceses são, continuam a ser, intermediários.

Aquele quer ordem na cidade. (Bériot não tem polícia e há grupos armados a fazerem baderna.)

Ainda estão em guerra, os americanos todos os dias perdem homens. Bériot tem que criar uma autoridade na Cidade.

E foi também nesse propósito, que teve que negociar com Loriot!

 

De negociação em negociação  e no respeitante ao “processo” ficou este totalmente inquinado, logo à partida. Processo com julgamento falseado e veredicto combinado e já definido: culpados. Com execução marcada para o dia seguinte até às treze horas!

 

Que acham os senhores leitores e leitoras?!

Era possível, naquele contexto e enquadramento, aplicar adequadamente a Justiça?

Era necessário agir daquele modo?

Haveria ou não outro modo de atuar?!

...?!

baile in. youtube.com

Apesar de todo o assoberbamento com o trabalho, ainda assim, Bériot teve tempo e paciência para organizar e participar no “Baile da Libertação”, embora não dançando, que a sua Lucienne não baila com o prefeito, pois está retida no apoio ao seu amado Kurt, com quem dançou em anterior e distante baile, agora também impossível de repetir, que o jovem está amarrado à cama. E transfigurado pelas queimaduras.

Mas Jules bebeu e bebeu bem, de bom vinho, talvez de alguma cave vinícola francesa que os ocupantes alemães terão assaltado, quando invadiram a França.

E recebeu aplausos e loas dos circunstantes no baile, sempre acolitado pelo secretário, trazido da Argélia.

E também e ainda, apesar do vinho, ou talvez por isso, e após o puxão de orelhas do comandante americano, teve a lucidez de ordenar ao secretário que arranjasse uma mulher para o americano adjunto do comandante.

E interessante foi a forma como esse arranjinho foi arranjado e como o secretário trocou as voltas à moça francesa, para que ela caísse nos braços do americano, fazendo trocadilhos entre o francês da rapariga e o inglês do militar.

 

Mas, nesta narração vou deixar o baile, retomar o fio à meada relativamente a Bériot, representante da República, da França Livre e como se desenvolvia a sua atuação, naqueles tempos conturbados de reinício da “vida democrática” em França.

 

E bebido e bem bebido, regressou a casa, na ilusão de que teria Lucienne, ainda sua esposa, de braços abertos, desejando-o.

Desengane-se, caro leitor, Lucienne nunca o desejou.

(E, frise-se, continuam, passado este tempo todo, ainda a tratar-se por você.

Nem depois das lições de Madame Berthe mudaram tal atitude!)

 

E face ao não desejo da mulher e não vamos conjeturar mais razões, que não sabemos, dirigiu-se ao quarto onde dormia Kurt.

Sem dúvidas e talvez dando cumprimento ao pedido formulado pelo ferido, “de morte assistida”, pegou numa travesseira e com ela sufocou o moço. Sem mais nem menos!

O dito cujo ter-se-á arrependido do pedido efetuado, porque se fartou de esbracejar. Mas Bériot concluiu a sua tarefa.

Impressionante aquele arfar do rapaz e, morto, a boca aberta e os olhos arregalados.

Jules teve o discernimento de lha fechar e cerrar-lhe os olhos, que, por momentos, pensei que iria esquecer-se.

Assim, nessa pose, a Morte parecia mais justa, mais serena! Talvez imprescindível!

E é, deste modo, que a República se reergue em Villeneuve, através deste seu lídimo representante.

E também foi assim que terminou o nono episódio, cujo tema central da narrativa foi o célebre e desejado baile, a que, talvez, ainda volte nesta minha narração tão parcelar. E parcial!

Intitulado “O crepúsculo antes da noite”. Significante do que virá a seguir?

Após um processo e julgamento falseados, uma execução arbitrária e aleatória?!

 

E tanto que fica por contar e como se poderia extravasar para a atualidade.

Para a política... para o futebol, que o “Europeu” até se joga em França!

Tanta coisa...!

 

Ah! E lembrar que Bériot, nesta sua atitude conciliatória e negocial, ainda teve oportunidade de salvar Servier de ser linchado pela turbamulta!

 E ainda!

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