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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Agência Clandestina” - Temporada 1 – Episódio 3

Série Francesa

RTP2

 

Le Bureau des Légendes

(2ª feira – 24/10/2016)

 

 

E Nadia mostrou-se bem diferente do que parecia: afirmativa, enquanto mulher e cidadã.

 

Não é simplesmente a namorada e amante que Guillaume julgava, esperava e desejava que fosse.

Tem a sua própria autonomia e está em Paris integrada numa equipa de homens sírios, supostamente em negócios, mas com uma outra agenda de negociações secretas.

Perante o “namorado” que a interrogou até onde pôde, respondeu-lhe e interpelou-o com questões de igual natureza e, perante a impossibilidade de manutenção do diálogo / interrogatório, num plano de razoabilidade, abandonou-o à porta do quarto do hotel, a caminho daquele onde estava hospedada com os outros membros da comitiva síria.

Para ser sujeita a novo interrogatório, este realizado pelo chefe da missão pela qual se deslocara a Paris.

No hall do hotel, no elevador, nos corredores, com altivez, foi-se recusando a responder, acabando, todavia, por dizer que se encontrara com o amigo, amante ou namorado, de nome Paul Lefevre, igualmente professor como ela.

 

E, neste caminho, muito haverá a percorrer e deslindar em futuros episódios.

 

Outra vertente do guião processa-se no desaparecimento de um agente, “Cyclone”, de que se depreende ser agente duplo.

Dessa suposição se infere que outros agentes recrutados por ele, também o serão.

Daí, um desses homens que recentemente regressara a Paris, a pretexto da visita a um irmão doente, é sujeito a apertado interrogatório e tortura, para testar a sua consistência e veracidade. Que afinal é comprovada.

Marina In. arte.tv.com

Paralelamente, uma nova agente, Marina Loiseau, se prepara para seguir em missão ultra secreta, esta para o Irão, a pretexto de estudar as placas tectónicas, mas efetivamente para sondar sobre o programa nuclear.

 

E, estas são algumas das vertentes por onde perpassa a narrativa, em desenvolvimento.

 

Que ainda têm muita tinta para correr e o mais que surgirá.

 

Para finalizar este meu conto, abordo o que poderia ter ser sido referido logo de início.

O título atribuído à série.

O original: “Le Bureau des Légendes”. A atribuição em português: “Agência Clandestina”!

Mas, então essa Agência, na série, não faz, supostamente, parte de um organismo oficial francês?!

Então, como designá-la de clandestina?!

Bem sei que o título original não é facilmente traduzível.

Bureau é fácil: Agência.

“Légendes” é mais difícil verter de forma coerente. Que literalmente não faz grande sentido.

Lendas?! Na expressão francesa quererá significar que os agentes em ação são “lendas”, “lendários”, no sentido do respetivo desempenho, fora do comum dos mortais. Digo eu.

Só que transferir essa mensagem, ideia, para português não é realmente fácil.

 

Deixo este subtema em aberto.

Será que conseguiremos batizar melhor o seriado?

Peço-lhe ajuda, caro/a leitor/a.

 

“Agência Clandestina” - Série Francesa - RTP2

“ Le Bureau des Légendes

 

Nova série francesa, versando temas da atualidade: O mundo da espionagem.

Centrada a ação, primordialmente em França (Paris) e nos Países do Médio Oriente e Norte de África. Territórios em que a expressão e influência francófona é mais forte, que de algum modo estiveram ligados a França, a partir de finais do século XIX e por todo o século XX, quer sob a forma de colónias ou de protetorados, ou países já independentes, a partir dos anos sessenta, mas de expressão francesa.

 

Centra-se numa Agência super especializada dos Serviços Secretos Franceses, que treina e usa os seus homens para desempenhos em contextos diversos, na “busca de Informações e de informantes”, mas assumindo sempre outras identidades, como reais, mantendo super secreta a verdadeira, agindo no terreno da ação, na perspetiva da sua nova personalidade.

 

Le bureau des legendes in, canalplus,france.jpg

 

O “ herói” principal é Guillaume Debailly, que operou seis anos na Síria, em Damasco, com a identidade falsa, mas totalmente assumida, como Paul Lefevre, Professor no Liceu Francês.

 

Ao regressar a França, vai entrar como que num período de “quarentena”, para despir e se libertar da sua falsa identidade e reassumir o seu verdadeiro Eu.

O que não está a ser nada fácil, deixar de ser e de se assumir como antigo espião, agindo no Médio Oriente, mesmo que esteja em Paris!

 

Mais difícil se torna, quando sabe que a sua antiga amante, na cidade de Damasco, Nadia El Mansour, mulher árabe e casada com conceituado oncologista, historiadora, está em Paris.

Irresistível se torna o reencontro, mesmo arriscando-se, pondo em risco a mulher e todo o trabalho da Agência e dos colegas.

 

Nadia in. Twitter.jpg

 

E está a canela e a pimenta do enredo romanesco, lançadas ao gosto do espetador.

 

Mais apelativo se torna o romance, quando no final do segundo episódio, o “herói” descobre que, muito provavelmente, Nadia, não é tão simplesmente quem ele julga ser.

 

Muito haverá para descobrir. Que a série promete e pelo que pesquisei, há várias temporadas, pelo que não será uma mini, como “Amber”.

Sobre quem ficámos sem nada saber!

 

Desta, ainda haverá muito para e por contar.

Assim consiga ver e ir narrando trechos e excertos da narrativa.

 

 

 Agência Clandestina Temporada 1 Episódio 3

Agencia Clandestina Personagens Tópicos 

Agencia Clandestina Ep.12

Agência Clandestina Ep. 13

Agência Clandestina Ep. 14

Agência Clandestina Ep 15

Agência Clandestina Episódio 16

Agência Clandestina Episódio 17

Episódio 18

Episódio 19

Episódio 20

Series-final-de-temporada-e-sinal-de continuidade

Nobel da Literatura – Bob Dylan

Um Nobel Dylan, ou uma Bob Literatura?

Perplexidade!

 

Ainda volto à abordagem do tema sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Bob Dylan.

 

Bob Dylan in. entretenimento.uol.com.br..jpg

 

Sim, perplexo. Foi assim, desse modo, que me senti perante essa atribuição.

Por demérito do Artista?

Acha?! De modo algum.

Surpreso, pelo inesperado da situação. Ou realmente alguém esperava ou previa tal atribuição?!

 

Há por aí muitos Escritores a quem se espera essa honra, há anos, e nunca tal aconteceu. Em Portugal, inclusive.

De Outros, sempre se esperou que tal acontecesse, o que a não ter acontecido, jamais acontecerá, que já estão na “Terra da Verdade”!

 

Sobre Dylan, a atribuição do prémio resulta da sua veia lírica, da sua Poesia, de que a Música funciona como veículo divulgador.

E essa faceta não lhe pode ser negada ou renegada.

Terá sido essa face da sua Obra que a Academia valorizou para a atribuição do Prémio. Digo eu, que só nessa perspetiva a sua Obra pode ser valorizada, avaliada e avalizadora, para o Prémio em causa.

E em justa causa se diga que o Vate, herdeiro dos aedos da Antiga Grécia, dos bardos gaélicos, da matriz dos trovadores provençais e peninsulares, moderno poeta popular, “pop singer”, nesse campo, merece ou não a distinção?!

 

Se assim o disseram os juízes, membros do júri, que ajuizaram desse modo, conhecendo regras, normas e valores sobre que incide a avaliação do objeto em estudo é porque certamente será merecido.

Não deixando, contudo, de ser inesperado e inusitado. Tão somente!

 

Talvez porque nós tenhamos observado o Artista Bob Dylan, muito mais enquanto Músico e muito menos na perspetiva de Poeta.

E qual das perspetivas é de valorizar ou sobrevalorizar?

Poderão ser vistas separadamente?

Existe o Poeta sem o Músico? Ou a Música sem a Poesia?

E qual foi ou foram os pontos de vista da Academia?!

 

Não sei. E quem sou eu para saber?!

Se os membros do júri lhe concederam o prémio é porque o consideram merecedor. Não sou visto nem achado no assunto.

Apenas quero expressar a minha admiração!

Admiração pelo Artista, em primeiro lugar, e admiração pela concernente atribuição “premial”.

 

Ainda algumas perguntas finais:

- Irá Dylan aceitar o prémio?!

- Continuará mudo e calado?!

- Deve ou não aceitar?

- Aplica-se ou não a este caso também o tão falado aforismo: “A cavalo dado…”

- O que acha?

- (...)

- E, por ex., José Régio e outros Escritores Portugueses, caso de Aquilino Ribeiro, não teriam sido merecedores? Estigma do tempo e espaço em que viveram: num "Portugal Amordaçado"!

What happened to Amber?!

O que aconteceu a Amber?!

 

Pois, caro/a Leitor/a, julgo que ficamos sem saber.

Dado que a mini série, de apenas quatro episódios, terá terminado ontem, só nos resta mesmo esta dúvida não resolvida.

Nada. Nada de nada, praticamente. Estaremos quase como no início, não digo que tal e qual, pois não vi o primeiro episódio.

Desconhecemos o que aconteceu à adolescente.

 

Amber in. nordicnoir.tv.jpg

 

A narrativa sugere-nos hipóteses, por vezes julgamos estar no caminho da descoberta da verdade, mas surgem-nos outras descobertas, outras verdades e pouco mais de nada, além de que a rapariga saiu do comboio ou metro de superfície, dirigindo-se para o campo, escassos carros, sugestionando-nos hipotético entrosamento com a miúda, mas nada.

 

Tão próxima da realidade é esta narrativa, que facilmente nos identificamos com a angústia daquele pai, à beira da loucura, na incessante busca da filha desaparecida.

Não é fácil lidar com tal realidade, sabemo-lo pelos casos reais ocorridos, sem qualquer resolução.

 

Penosa é a morte de um filho/a jovem. Fazer o luto não é fácil. Mas quando ocorre um desaparecimento, sem qualquer solução, mais dolorosa é a ausência, sem possibilidade de fazer sequer o luto.

Persiste sempre alguma esperança, angustiada, como naquele pai, resiliente.

Há, ou surge periodicamente, alguma luz, ainda que em momentos fugazes, esvaindo-se como névoas. Uma centelha de esperança.

E, novamente, a escuridão: da incerteza, da falta, da falha, da dúvida, um vazio maior que o mundo, um buraco negro!

 

Sinceramente, sempre tive alguma crença que o guionista nos apresentasse alguma saída, alguma conclusão. Bem sei que é série, é ficção, mas talvez e precisamente por isso, uma solução mais positiva, dar-nos-ia uma perspetiva mais luminosa do enredo. Menos angustiante! Talvez menos verdadeira, é certo. Certamente mais falsa. Mas igualmente mais esperançosa.

Mas não sou eu o guionista!

 

Dúvidas que também me “assaltaram”:

- Como é que o presidiário soube do quarto da rapariga e dos desenhos na parede?!

- Para que conta transferiu ele o dinheiro?! Para os pais da rapariga morta?

 

Situações angustiantes:

- O modo de atuar oficial. Tão próximo, tão semelhante à realidade, que mói, que faz mossa.

- As descobertas realizadas fundamentalmente através de pesquisas e esforços particulares. Paralelamente e em contraciclo às oficiais, por sua conta e risco e, cumulativamente, sujeitos a prisão e a “pagarem” pela sua iniciativa. O que, aliás, aconteceu ao rapaz chinês, que acabou por ser deportado.

- E aquele telemóvel! E aquela voluntária!

- E a amiga da Amber...

- E aquele rapaz do cabelo ruivo...

- (...)

É de uma enorme desolação o desenrolar da narrativa, tão desolador e frustrante, que chega a doer, que mói, que machuca, de tão idêntico ao real, a situações acontecidas. 

 

Muito sinceramente gostaria que dessem continuidade ao desenrolar da mini série, especialmente com um fecho mais conclusivo e mais luminoso.

Perdoem-me, mas acho que o tema merecia.

 

Não! Não me aventuro a fazer como em “Hospital Real”, porque esta temática machuca, como já frisei.É demasiado entrosada na realidade. Em "Hospital Real" havia a distanciação temporal.

 

Até já, ou até breve!

 

ONU – Nobel – Orçamento

Questões Pertinentes: Respostas Pertinentes?

 

Perguntar-me-á:

- Mas, então não se comenta, neste blogue, sobre algumas questões pertinentes, que têm ocorrido ultimamente, de evidência relevante?!

 

Sei lá! Por ex:

- A aclamação de António Guterres para secretário-geral da ONU?

- A Atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan?

- O orçamento e o facto de contemplar um ligeiro aumento nas pensões de valor mais baixo?

 

Sede da ONU in. Newyork_unitednations.JPG

 

Sobre Guterres e o facto de vir a ser o novo e futuro Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, a partir de 2017, quero frisar:

- Primeiro, felicitá-lo. Congratular-me com o facto de ser uma Personalidade que creio engrandecerá o cargo e a função. Ganhará a Organização, julgo que também ganhará o Mundo e a Humanidade, com esta escolha.

- Realçar também o Processo, o modo de operacionalizar a questão. Pelo que fui observando, os vários candidatos foram-se sujeitando, digamos, como que a vários “exames”, em que foram sendo avaliados pelos decisores e finalmente, após várias fases, processou-se a decisão final.

Digamos, que houve, neste modo de operar, bastante transparência. Haverá sempre alguma opacidade, sempre algumas jogadas de bastidores, que, pelo visto, a que foi mais evidente, não resultou.

Pois, e para finalizar.

- Parabéns ao próprio. Parabéns à Organização. Parabéns a todos. Sincera ou ingenuamente, espero que haja uma evolução positiva na resolução de algumas questões prementes que afligem o Mundo e a Humanidade.

 

Prémio Nobel in.homoliteratus.com

 

Quanto à atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan, só posso afirmar que a minha perceção do assunto é apenas uma: Perplexidade!

Aliás, atrevo-me a supor, que o Sujeito também terá ficado admiradíssimo. Embasbacado! Nem seria de menos.

O respetivo silêncio denotará essa atitude? Fora eu, e assim continuaria. Aguardemos.

Pois que adianta a Bob Bylan ser-lhe atribuído um Prémio assim?

Provavelmente, só lhe causará constrangimento. Isto digo eu, que pouco sei do Objeto e menos ainda do Sujeito!

E, por aqui me quedo.

 

Orçamento in. noticiasde itauna.com

 

Mas não deixo de comentar sobre o Orçamento e o previsto aumento das pensões de menor valor.

O dinheiro faz falta a toda a gente e mais ainda a quem ganha pouco. E, como já tenho dito “ a cavalo dado…” E desvalorizar o que nos dão, até pode transfigurar para “mau agradecido…”

Mas…  Sincera e realmente, o que penso, o que acho, o que perceciono, é que tudo isso, e primordialmente, a forma como nos é transmitido esse previsível aumento, é que o tema é tratado, como se de esmolas se tratasse. “Esmolas”!

Bem sei que um orçamento é, antes de tudo o mais, um cálculo de despesas e receitas e que as contas têm que ser devidamente feitas.

Mas o que julgo também e, agora, para finalizar:  Penso que as Pessoas precisam de Dignidade! De serem tratadas com Dignidade! Com tudo o que isso representa nos mais diversos contextos em que essa Atitude não é aplicada.

E ponto final, por agora.

 

 reino-unido-brexit

seres-humanos-e-animais

politica-politiquices-fait-divers

tomada-de-posse

 

 

Quadras Tradicionais V

Laços

 

Pôr do Sol Fonte das Pulhas Original de DAPL 2016

 

Pontos Prévios:

Voltamos à “Poesia Tradicional”, como referi no post anterior.

E cabem uns breves esclarecimentos.

Quando escrevo “voltamos”, friso que a expressão verbal não se enquadra no célebre “plural majestático”.

Escrevo no plural, porque neste trabalho há a participação de várias Pessoas:

- As Pessoas que fizeram a recolha das “cantigas”, referenciadas no final de cada grupo de quadras.

- A Autora das fotografias que ilustram o post.

- Para além do/a Caro/a Leitor/a, que tem a amabilidade de nos visitar. E ler!

E vamos às Quadras.

Laços, porque são laços que nos unem a todos: de Família, de Amizade, de Estima.

 

Rosas do nosso quintal Foto original DAPL 2016.jpg

 

*******

 

Eu não quero mulheres com poupa

Nem em casa mando entrar

Não quero que venha o cuco

Atrás da poupa a cantar.

 

Na Rua de Santo António

Não se pode namorar

De dia, as velhas à porta

De noite, os cães a ladrar.

 

Quando eu era pequenina

Usava fitas e laços

Agora que sou casada

Uso os meus filhos nos braços.

 

Quando eu era solteirinha

Usava sapato branco

Agora que sou casada

Nem sapato nem tamanco.

 

Quando eu era pequenina

Ainda não comia pão

Davam-me os moços beijinhos

Agora já mos não dão.

 

Ó papo-seco

Que levas no cabaz

Peras e maçãs

Para dar ao meu rapaz.

 

Não ponhas nem disponhas

Loureiro ao pé do caminho

Todos passam, todos colhem

Do loureiro um raminho.

 

Minha mãe mandou-me à mestra

Aprender o bê – á – bá

Minha mestra me ensinou

A beber café com chá.

 

Andas vestido de azul

Andas à “inestidade”

Andas ao gosto do mundo

Andas à minha vontade.

 

Quem me dera, dera, dera

Estar sempre a dar a dar

Beijinhos ao meu amor

Abraços sem descansar.

 

 

(“Cantigas” / Quadras coligidas por D. Maria Belo.)

 

*******

 

Se fores lavar ao rio

Lava na pedra do meio

Se ouvires cair pedrinhas

Apanha-as, mete-as no seio.

 

Amor com amor se paga

Porque não pagas amor?

Vai pagar à tua amada

Não sejas mau pagador.

 

(“Cantigas” / Quadras coligidas por D. Isabel Caldeira.)

 

*******

 

Eu tenho um chapéu branco

Para à noite namorar

O chapéu vai-se romper

E o namoro acabar.

 

Eu amei um António

Agora amo um João

Também o vento se muda

Do Norte para o Soão.

 

O comboio da Beira Baixa

Tem vinte e quatro janelas

Mais abaixo, mais acima

O meu amor vai numa delas.

 

(“Cantigas” / Quadras coligidas por D. Maria da Costa.)

 

*******

 

Eu venho de lá tão longe

À fama destes barulhos

Pensava que eram bolotas

Encontrei-me com cascabulhos.

 

(“Cantiga” / Quadra coligida por D. Maria Constança.)

 

(“Recolha” efetuada em 2016 – Aldeia da Mata.)

*******

Fotos originais de D.A.P.L.

Pôr do sol, na Fonte das Pulhas.

Flores do nosso quintal.

Balanço: Reflexão sobre conteúdo do Blogue

O Balanço em que me balanço

Balança Altura 2016 Foto original DAPL.jpg

 

Uma Reflexão sobre o Conteúdo do Blogue

 

Para todos os efeitos este blogue fez dois anos, no dia 8 de Outubro.

 

Goste-se ou não, eu aprecio fazer uma síntese do trabalho, sim, porque é disso que se trata, fazer um resumo do que se desenvolveu. Talvez deformação profissional.

 

Começámos este blogue, como uma forma de comunicar e de dar a conhecer o que escrevia e havia escrito e queria, pretendia, deixar registado online, neste novo suporte comunicacional.

 

À partida, não percebia nada deste mundo dos blogues e só o iniciei, porque tive ajuda providencial, de Alguém, tão amadora quanto eu, mas já com um pouco mais de experiência, que neste universo, os jovens sabem mais que os mais velhos.

Atualmente pouco mais percebo, mas tenho consciência de que evolui positivamente e isso pode ser observado na estruturação do blogue.

 

E, pronto! Cá estamos. Já há dois anos!

 

Em 2014, iniciei o 1º post, propriamente dito, temático, precisamente com uma crónica sobre “Cante e Poesia”, tal como já mencionei.

Cante e Poesia voltaram a ser notícia aqui, por diversas vezes. E continuarão.

 

Aliás, a Poesia era um dos temas que previra publicar, à partida. A minha, a que já tinha divulgada em suporte de papel e dispersa, que assim transferia para um enquadramento digital. Continuei neste caminho por algum tempo, ainda o não conclui, em breve tornarei a ele.

 

Também publiquei de confrades, amigos, conhecidos ou não, e penso continuar.

 

Divulguei Eventos Poéticos e Culturais, de várias Associações e Entidades a que pertenço ou que estimo e julgo pertinente dar a conhecer. Continuarei. Tenho vários temas planeados.

 

Também dei a conhecer Poesia inédita e não esqueci os Grandes, os Poetas e Poetisas consagrados, que aprecio. Irei voltando, periodicamente.

 

Divulguei Antologias, especialmente aquelas em que participei. Prosseguirei.

 

Publiquei Poesia Tradicional Popular. Cantigas e modas de outros tempos. Irei continuando a coligir diretamente junto das Fontes, enquanto elas brotarem água. Sempre límpida, fresca e cristalina.

 

Tenho dado especial relevância aos eventos que não são noticiados nos media nacionais, que preferem divulgar aquilo que nós sabemos, que enche o olho daquilo que a gente sabe, mas que neste blogue não se diz, não se fala, não se comenta.

 

Igualmente registei online a Prosa que tinha já escrita, alguma publicada, outra não.

Dei a conhecer muita prosa inédita.

 

Enveredei por um caminho, à partida não previsto: a escrita sobre Séries. Não tenho dúvidas, fiz uma contabilização sumária, e este é o assunto que tem sido mais tratado. Para isso muito contribuiu o retorno positivo que fui tendo, a partir de “Borgen”.

É indubitavelmente o tema que observo ser o mais apreciado.

Posts sobre séries são os mais visualizados.

Por aqui têm passado narrações sobre algumas séries emblemáticas, e outros programas apresentados na RTP2.

Além da já destacada “Borgen”, outras por aqui assentaram arraiais, de vários países europeus e uma americana.

A Herança”, “A Família krupp”, “Fortitude”, “The Bletchley Circle”, “Les Engrenages”, “Uma Aldeia Francesa”, “Hospital Real”, “O Códice”, “El Príncipe”, “Gomorra”; “Mad Men”.

Junto o útil ao agradável. Gosto de ver séries, algumas.

Aprecio escrever ou reescrever sobre elas, dando algum toque pessoal sobre a narrativa, que transformo em narração, seguindo o aforismo de que “quem conta um conto…”

E, como qualquer pessoa, aprecio a gratificação de um feed-back positivo. Também são os temas mais comentados.

 

(Cabe aqui uma nota, quando referi “pessoa”, também poderia dizer “animal”, porque os animais também gostam de ser gratificados, não apenas os humanos! E esse é muitas vezes o seu estigma. Que é através dessa “gratificação” que se tornam escravos. Animais e animais humanos!

E, aqui, estou numa recorrência minha: transfiro habitualmente para comentários aparte, relativos à vida real!)

 

Também tenho aqui abordado sobre os animais, num contexto de Cidadania.

Cidadania e Cultura têm sido temáticas sempre subjacentes.

 

E nesse contexto e nesse enquadramento, também tenho abordado sobre “Política” e sobre “politiquices”.

A internet e os blogues permitem colocar-nos em interação com o MUNDO em que vivemos e, por vezes, há que aproveitar, construtivamente, essa oportunidade.

 

O Futebol, o seu lado social, também não tem sido esquecido, especialmente quando se trata da Seleção Nacional e/ou do Benfica.

O Desporto, em geral, também tem sido referido, não tanto quanto deveria.

Por ex. não abordei o desempenho notável dos nossos atletas paralímpicos, que são um exemplo e orgulho de todos nós.

Aproveito, agora, para lhes dar os meus sinceros parabéns. Mas vale tarde que nunca! (Esta minha mania dos provérbios…)

 

Também tenho abordado sobre Cinema e Ciclos de Cinema. Realço os Ciclos de Cinema Brasileiro, Italiano, Católico, que constam da programação do Fórum Romeu Correia – Almada.

(Almada, Aldeia, Portalegre, Lisboa, também, são localidades em realce neste espaço comunicacional. Alentejo, sempre!)

 

Tenho plena consciência que este não é um blogue da moda, nem de moda, com toda a relevância que esta última tem.

Rege-se, regula-se, estrutura-se, por modos e tempos, talvez um pouco fora de modas. Não importa. Existe. Não ofende ninguém. Procura fazer o melhor.

Que gostaria que tivesse um pouco mais de evidência? Pois, quem não gostaria?!

Que fosse, por vezes, mais realçado? Pois quem não gosta?!

Tem tido uma “produção”, relativamente regular, isso é um facto. Produzir 440 posts em 731 dias, penso que não é mau! E são textos, temas, enquadramentos, estruturações, habitualmente bastante trabalhados! Não o omito. Trabalho o que escrevo e publico. Habitualmente reflito e não divulgo imediatamente, a quente. “ O travesseiro…”. Gosto muito de aforismos, consciente que são “senso comum”. Mas o “conhecimento científico”, também é tão falível, por vezes e tantas vezes…

Perco-me ou acho-me, muitas vezes, em divagações. Concordo!

Também acho que a “Equipa Sapo” se distrai muito. Sem ofensa!

Nestes mais de quatrocentos trabalhos publicados, apenas houve dois destacados!

E o primeiro ocorreu na sequência de terem destacado um post que plagiava descaradamente um outro meu sobre o mesmo tema “Borgen”, tendo omitido o que eu escrevera anteriormente.

Distração! Só assim posso classificar.

Mais tarde, bastante mais tarde, destacaram o post sobre “8 e 1/2”, de Fellini. Mas, sem ofensa, friso, e sem pretensiosismos, tenho abordado tanto sobre Cinema e Séries, algumas vezes de forma bastante original, diga-se.

Mas adiante. Reconheço que a minha leitura nem sempre será fácil e será preciso tempo e paciência.

Mas também é verdade que já a minha Avó dizia, que isto “mais vale ter graça que ser engraçado”. (E, ele com a mania, dir-me-á.)

 

E aqui estou presente e perante uma das minhas atitudes quando escrevo e publico. Não me coíbo de criticar, de opinar livremente. Sem ofender!  

 

Também reconheço que escrevo muito, demasiado, para este tempo, sem tempo para leituras e devaneios. É tudo muito efémero, muito rápido: fast-food, gadget!

 

Também as “Leituras” por aqui têm marcado presença.

 

E, com tudo isto, já tenho um texto enorme!

 

E, finalmente, publico este texto. Que já passaram mais de oito dias sobre a data natalícia do blogue.

 

Obrigado pela sua atenção. E até breve!

 

Nota Final: Foto original de D.A.P.L. - 2016)

 

Eventos Culturais: Divulgação

Evento Poético e Evento Musical

 

Não! Ainda não é o balanço.

 

Hoje, ainda, voltamos a alguns dos temas favoritos no blogue: a divulgação de eventos culturais de caráter regional, ignorados pelos meios de comunicação social, mas de muito mais valor que muitos dos que nos enxameiam nos media.

Adiante.

 

Um referente ao futuro: ainda a realizar.

E outro, reportando-se ao passado: já acontecido.

 

*******

Divulgo a realização do próximo “Momentos de Poesia”.

 

41074-Cartaz Modelo em PDF.jpg

 

Na encantadora vila de Castelo de Vide.

 

castelo de vide in. pt.wikipedia.org..jpg

 

(Não. Não me esqueci ainda de continuar a divulgar poemas da Antologia “Portalegre em Momentos de Poesia”! Tem faltado oportunidade.)

 

*******

 

Dar conhecimento também da realização, ocorrida ontem, sábado, 8 de Outubro, do belíssimo Espetáculo comemorativo do 31º Aniversário da Junta de Freguesia do Laranjeiro.

 

No C.I.R.L. – Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro, Francisco Naia e Ricardo Fonseca apresentaram-nos excelentes trabalhos do seu álbum “Nos Cantos da Memória”.

 

Francisco, bem na casa dos sessenta, possui uma voz notabilíssima, de tenor, como ele refere, teria gostado de ser cantor de ópera.

Artista, que considero não devidamente valorizado. Injustamente.

viola campaniça in. prof2ooo.pt.jpg

 

Ricardo, exímio executante, deu-nos a conhecer a sua maestria, nomeadamente em viola braguesa, viola amarantina e viola campaniça.

 

Tocaram, cantaram e encantaram-nos!

 

Parabéns!

Parabéns? Dois anos?

Um Balanço que não é balanço.

Afinal este blogue faz hoje dois anos.

 

Canto-lhe os parabéns ou não, ou isso parece ridículo?!

 

Bem! Nem sei como começar este post. Um pouco da mesma angústia, sentida precisamente há dois anos, quando iniciei este blogue: Como começar?

 

Em 2014, iniciei o 1º post temático, com uma crónica sobre “Cante e Poesia”, tal como referi ontem. E sobre que já dei a conhecer e continuarei a divulgar.

E com esta deixa, deixei-me embalar e já ia começar um balanço.

Mas não é isso que quero expor neste post. Fá-lo-ei, noutro. Talvez amanhã!

 

Agora quero tão só e apenas assinalar a data natalícia do blogue: 2 anos!

E agradecer.

 

Antes de tudo o mais, à “Equipa” de suporte a esta estrutura dos blogues. Que nos permite, nos possibilita esta ação de irmos escrevendo e divulgando o que escrevemos. De lermos e conhecermos o que Outros também escrevem ou nos mostram, divulgam ou dão a conhecer.

Não sei muito bem como tudo isto funciona, mas julgo haver muita gente a trabalhar para operacionalizar este sistema. Obrigado!

 

Obrigado também a todas as Pessoas que seguem estas narrativas, narrações, devaneios em prosa ou verso, que visitam esta babilónia de temas, que visualizam e um agradecimento ainda mais especial a quem comenta.

 

Especialíssimo agradecimento a quem subscreve!

 

Nascer Sol Tejo Agosto 2016 Foto original DAPL.jpg

 

Obrigado a quem me ajuda, colabora comigo, contribui com temas, assuntos, fotografias, originais para o blogue.

 

Muito obrigado também a todos aqueles de quem “saco” imagens e/ou fotos, que quase sempre identifico a origem, mas os autores, os criadores propriamente ditos, penso que acabam por escapar, porque já estão omissos nos sites onde os busco.

 

A todos os que se movimentam nestas plataformas, que, mesmo sem o saberem, direta ou indiretamente, nos estimulam.

 

Afinal, termino como comecei.

Canto os Parabéns ou não?!

E… a quê? A quem? (…?!)

Para finalizar, penso que a TODOS NÓS: Emissores e Recetores, Agentes Comunicacionais, que permitimos e possibilitamos que este Veículo, este Meio Comunicacional, funcione e que a Mensagem / as Mensagens circulem, se propalem.

Parabéns!

E um frisar muito especial: Viva a Liberdade de Expressão!

(Nota: Foto original de D.A.P.L. - 2016.)

 

 

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