Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
E mais algumas considerações e apartes, a propósito ou nem por isso.
(1 de Outubro de 2016)
Não, não me esqueci de cronicar sobre este relevante evento. Outras escritas, afazeres da vida real e só hoje me é possível.
Antes de mais, e ainda, não quero deixar de assinalar a data de hoje, sete de Outubro. E a de amanhã.
A de hoje, sete, porque era nesta data que, quando estudava, se iniciavam as aulas, nomeadamente as da Primária, as do Colégio e as do Liceu.
Dir-me-á: - Isso é pré- história.
Nem mais!
A de amanhã, oito, também é especial, no contexto em que escrevo.
Fará dois anos que iniciámos este blogue!
Peculiar que tenha sido também com uma crónica sobre Cante e Poesia!
E vamos então ao 6º Serão de Cante e Poesia Alentejana.
Ocorrido no passado sábado, um de Outubro, “Dia Internacional da Música”, no Fórum Romeu Correia, Auditório Fernando Lopes Graça, em Almada.
Divulguei previamente e, mais uma vez se confirma, que “Almada é a Capital do Cante”! Pelo menos aqui, nesta “Grande Lisboa”!
E sobre o dito espetáculo e antes de entrar propriamente na sala, quando o divulguei, mencionei a dificuldade de arranjar bilhetes no Fórum Romeu Correia.
Exatamente.
No próprio dia, apenas quando eram disponibilizados, o que acho bem, cheguei antecipadamente meia hora e já havia fila de cerca de trinta pessoas.
De modo que me questionava se conseguiria obter ou não os bilhetes.
Fui ficando e, nestes contextos, mais tarde ou mais cedo, vai-se falando. Naturalíssimo.
Ocorrem também sempre aqueles casos habituais, de alguém que se chega à frente, perto de pessoa amiga e segreda “encomenda” de mais alguns bilhetes.
Mas estas cenas não passam despercebidas e alguém comenta sobre as célebres “cunhas e pedidos”. Famigerados, eles e mal-afamadas, elas!
Por ironia, quem comentou haveria de ser contemplado com um bilhete doado por amigo que, estando à frente na fila, resolvera requisitar mais um ingresso, para oferecer a quem estava mais atrás.
Logo oportunidade para outro alguém retorquir, que havendo comentado da “cunha”, não deveria ter aceitado o presente do amigo.
Sim ou não, o que acha?!
Aproveitei para lembrar o aforismo de que “a cavalo dado não se olha o dente”! Que até poderia parecer mal agradecido.
E friso que em boa hora o aceitante aceitou, porque, quando chegou a sua vez, apenas um conseguiu.
Não aceitasse e só um bilhete obteria, o que o impossibilitaria de ter levado a esposa, conforme confirmei no espetáculo, à noite.
E vamos então falar do espetáculo, propriamente dito?!
Sala repleta, como se depreende.
Espetáculo extraordinário.
Mas ainda vai outro aparte.
O Auditório continua sem refrigeração. Já no Verão, a propósito do Ciclo de Cinema Brasileiro, disso faláramos.
Com a sala cheia…
Registe-se.
E, antes de tudo o mais… E porque é imprescindível.
Dar os parabéns a todos os participantes no evento, a todos os que contribuem para a respetiva organização e logística, que não apenas os que presenciamos no espetáculo propriamente dito. São muitas as pessoas envolvidas, em diferentes contextos.
Também realçar o papel das entidades e organismos oficiais que apoiam estes Grupos, nos mais diversos enquadramentos.
Não podemos esquecer que estes Artistas, sejam cantadores, cantadeiras, poetas e poetisas, exercem estas funções, desempenham estes papéis, como Amadores, no melhor sentido da palavra. Para todos os efeitos, trabalham num sistema de Voluntariado.
Daí o nosso realce especial, inteiramente merecido!
E agradecer.
Obrigado, a todos pelo excelente Serão que nos proporcionaram.
Sobre os participantes segue-se o cartaz com as respetivas designações.
Parabéns, sempre muito especiais, ao Grupo do Feijó que, neste contexto, é o Grupo Organizador.
Sobre o espetáculo, os Cantares, a Poesia, digo: Adorámos.
Se realçasse alguns aspetos ou momentos, fá-lo-ia pela novidade para mim, que não conhecia as respetivas atuações.
O Grupo Juvenil, nunca ouvira tal.
E alguém pode ficar indiferente àqueles rouxinóis, joselitos e marisóis, com os seus trinados e requebros, que nos tocam o coração e nos humedecem a visão?
Excelente o trabalho do Professor e Mestre!
Também assinalaria o Grupo Abelterium, que apesar de ser dos meus lados, também não conhecia.
Para além da alegria contagiante das cantigas, que dimana da sua atuação, eu realçaria o que mais me tocou: a interpretação de “Serpa de Guadalupe”!
E então esqueço os outros Grupos e Artistas?!
De modo algum.
Obrigado ao Grupo do Feijó, ao Grupo da Academia de Serpa, ao Grupo Recordar a Mocidade, à Poetisa Rosa Dias e ao Poeta Luís Maçarico.
Todos nos ficaram no coração e nos proporcionaram gratificantes momentos artísticos, que nos enriquecem espiritualmente e a eles enobrecem, pela sua atitude altruísta e a quem ficamos gratos.
Obrigado.
Que estes espetáculos, além de excelentes, são gratuitos!
Terminou, ontem, a segunda temporada desta série espanhola, designada “El Príncipe”, nome de bairro da cidade “espanhola” de Ceuta, situada no Norte de África, num enclave em Marrocos. As cenas, na sua maior parte, decorreram aí.
Nesta série foi uma verdadeira mortandade. Uma carnificina!
Ocorreu o episódio final, designado sugestivamente “Guerreiro Suicida”. Não ainda o derradeiro, que haverá terceira temporada, não sei se na RTP2. No fim do episódio, apresentam sempre uma sinopse do que virá a seguir e pudemos visualizar excertos do que continuará.
Mas disso só falarei mais tarde.
Outro título que poderia ter sido dado a este capítulo seria “A guerra em direto”!
Guerra, porque é disso que se trata, que o próprio Khaled, o explicitou para a mulher.
Em direto, porque os próprios terroristas usam os meios de comunicação para mostrarem as suas ações e em tudo quanto é local, via TV, internet ou telemóvel, espetadores assistem às reportagens.
A ação decorreu nos espaços habituais.
Na esquadra, onde o comando dos jovens terroristas entrou de rompante, disparou e matou, sequestrando agentes e população aí presente.
Obedeceram, sem pestanejar, a uma ordem, propalada via telemóvel, por Khaled: “Inghimasi”.
Palavra passa palavra, telemóvel para telemóvel, e estava formado o esquadrão de assalto.
Aí libertaram o terrorista preso, fizeram Mati de refém, com faca afiada ao pescoço, frente a uma câmara, filmando para o exterior, com passagem em canais televisivos.
Ameaçavam matar e mataram, chantageavam, exigindo ao governo um helicóptero e a libertação de Khaled para a Argélia.
Paralelamente, a ação também decorria na mansão do xeque, Khaled, onde este estava retido, cercado pela polícia, chantageando também matar os reféns, que basicamente seriam Paco, Nur e a própria esposa, Fátima.
Mas, como sempre, estou a saltar muitos nós da narrativa, entretanto desatados no decurso da ação.
Por ex. dizer que, Khaled, raposa matreira, que a todos tem vindo a enganar, continuou a ludibriar, inclusive os polícias, Fran e Morey.
Enganou-os na fuga de Granada, trocando de carro a meio da autoestrada, sem pejo de mandar matar um homem inocente, na frente da esposa deste e da sua, e chantageando esta com a ameaça de morte da viúva, de filho ao colo.
Ludibriou-os igualmente na travessia do Estreito, trocando de telemóvel e não utilizando o ferry, mas uma lancha pessoal, para chegar a Ceuta.
Passar-lhes-ia, ainda, a perna, mais tarde, na sua suposta libertação, não usando o carro, mas saindo a pé, para esse porto particular onde tinha a lancha que o trouxera da Península para o enclave.
E será aí, junto a esse porto, nos campos circundantes e praia próxima, que se desenrolarão as cenas finais do episódio e temporada.
E esta cena da perseguição de Javier Morey a Khaled, levando a “sua” (?) Fátima foi antológica. Dispara um, dispara outro, tornam a disparar; um terceiro sujeito, apaniguado do terrorista, também intervirá; Fran virá mais tarde, também dá os seus tiros, aparentemente morre, mas repentinamente “ressuscita” e terá dado o tirázio final sobre Khaled, livrando assim o seu amigo Javier de morrer, que os heróis não podem soçobrar, nem mesmo às balas.
Na contenda, e ainda no início dela, Fátima passou de mãos, do marido para o amante e, nesta fase não terá sido ferida.
Mas tê-lo-á sido quando, Khaled, ainda antes de Fran lhe ter dado o tiro final (?), enraivecido de a perder e quando ela com Javier se atiraram à água, ele, de metralhadora em punho, que não sei onde a foi buscar, disparou toda a cartucheira da mesma, que nunca mais tinha fim, para o local do Estreito onde os amantes haviam mergulhado nas águas.
Só após essa descarga emocional e esvaziamento das balas do terrorista é que Fran, que parecera ficar morto, como que “ressuscitou” e pôs ponto final no bandido.
Será que pôs?!
O que sabemos é que Javier e Fátima, após algum tempo, emergiram das águas do Estreito, quais borboletas brotando das crisálidas e vinham, combalidos, mas vivinhos da silva!
Sim, porque a moça ainda disse que ele, Javier, fora o melhor que lhe acontecera, só por tê-lo beijado, que valera a pena tudo o que vivera com ele. E também: “Te quiero!”
Mas apareceu-lhe sangue a brotar do pescoço, ter-se-á rompido alguma veia primordial, e ficámos sem ter a certeza se a heroína terá ou não morrido.
Sabemos que o herói chorava e gritava, naquela sua pose quando está enraivecido e frustrado.
O narrador acaba com aquela sentença primordial referente ao Príncipe de que “… tudo acaba em água salgada: em lágrimas ou no fundo do mar!”
E assim poderia findar a minha narração.
Mas ainda quero voltar ao início.
Sobre o morticínio.
Sobre tantas mortes, e de forma tão gratuita, dir-me-á que o seriado espelha a realidade. O que, infelizmente, é bem verdade.
E chocante, mais ainda, é essa entrega de jovens imberbes, quase crianças, a uma causa, se tal lhe pudermos chamar, mas de morte.
Matam, matando-se. Aparentemente desprovidos de sentido, que os motivos invocados revelam-se pouco consistentes, só defensáveis, por quem esteja cego de loucura.
Caso do sequestro na esquadra, em que os apelos doImã, à racionalidade, à compaixão, ao respeito dos preceitos do Islão, foram pérolas esbanjadas e ainda lhe valeram o assassinato traiçoeiro.
E projetar também à possível 3ª temporada.
Na sinopse do “próximo” episódio, pudemos ver Faruq, que soubemos viver com a família em parte incerta, supostamente em Paris e que irá ser pai.
Vimo-lo a visitar a irmã Nayat, no hospital.
Observámos, com satisfação, a chegada da polícia ao departamento de Robledo, para o prender. Em fundo, via-se também Carmen Salinas.
Também confirmámos a morte de Fran, que vimos a mulher e a filha, no cemitério, a depositarem flores numa campa.
Numa varanda com vista para o mar, provavelmente ainda em Ceuta, Javier Morey, pensativo e triste, recordava a sua amada Fátima!
Estas são algumas dicas do que poderá desenvolver-se em próximo capítulo, de nova temporada.
Vou tentar expor algumas ideias sobre o décimo sétimo episódio, desta segunda temporada de “El Príncipe”, correspondendo ao episódio global nº 30. Daí que, em consulta que fiz há algum tempo e mencionei em post, tenha encontrado referências a um trigésimo primeiro episódio (31º).
Intitulado com o sugestivo “Tudo por ti”, correspondente à justificação apresentada por Khaled, sobre as suas atitudes, comportamentos e ações, que tudo fizera por Fátima.
Em última e derradeira instância, ainda será ela a culpada de todas as suas malandrices! Registe-se!
Igualmente, uma forma de se desculpabilizar.
Mas antes, ainda tenho alguns pontos prévios a referir:
1 – Ontem quase ao iniciar-se este 17º Episódio ainda tive oportunidade de publicar um post sobre o 16º. Muito sintético e com duas imagens.
Esteve publicado, mas, hoje de manhã, acedi ao mesmo e voltei a trabalhar nele, nalguns pormenores.
Mas, não sei, nem como nem porquê, perdeu-se. Tentei recuperá-lo, mas não consegui.
Comuniquei com a Equipa Sapo. Veremos se têm oportunidade de me dar resposta.
Se não conseguirem, ainda verei se edito esse post, pois tenho o texto guardado e as fotos.
Entretanto vou escrever sobre o 17º.
Interessante que, na ficção, o atentado também era no dia 17!
2 - Já sabe o/a caro/a leitor/a que, ao escrever, também me reporto quase sempre para a realidade.
E hoje não posso deixar de o fazer.
Já reparou que dia é hoje?!
Dir-me-á: 4ª feira, cinco de Outubro.
E não observou nada de diferente?!
Se estiver na mesma situação que eu, não notará grandes alterações.
Mas, de facto, há!
Hoje, voltou a ser feriado nacional! Nem mais.
Registe-se também, que não é de somenos importância.
Provavelmente, se por acaso foi logo pela manhã a alguma grande superfície comercial, também terá verificado a diferença.
No supermercado a que fui, logo cedo, já havia imensa gente, muito pessoal filando as carnes e os peixes “frescos”, carrinhos super cheios, produtos específicos com várias unidades, certamente em promoção.
E outro pormenor, a não desprezar. Famílias com as três gerações presentes, avós, pais e netos: as infatigáveis crianças. Que, nestes dias sem escola nem infantário, são uma “dor de cabeça” para os papás e mamãs. Nem eles, pais, sabem o que lhes fazer, nem elas, crianças, como se comportar. Nem eles, papás e mamãs, sabem ou têm paciência para o como fazer.
Pasme-se e registe-se também!
E observe, quando puder e tiver oportunidade, se faz favor!
3 - E já que falamos em crianças e agora reportando-me para a série, e ainda nos pontos prévios, acentuar como é chocante a utilização gratuita de crianças como bombistas suicidas.
E, dir-me-á.
Mas é isso que se passa na realidade.
Mais chocante se torna esse facto atroz.
E já reparou, e relacionando a ficção na série e a realidade, que ocorre sistematicamente nesses atentados, sobre o papel desempenhado por essas mesmas criaturas, muitas crianças e jovens, que são apenas “usadas” como suicidas?! Que, sendo pessoas como nós, são “utilizadas”, como objetos, para explodirem?! Pura e simplesmente!
Acha que vão de livre vontade?!
A série, nesse aspeto, julgo ser bem elucidativa.
São enviadas como porta bombas, sem qualquer hipótese de fuga ou remissão, à mercê de um detonador, à distância de um clique, manipulado por um qualquer psicopata!
E como será chocante para quem tenha que intervir na ajuda às vítimas.
E, nestas questões das guerras, sim, porque o que estamos vivendo é uma autêntica guerra mundial, relembrar o que já referi quando tratei de “A Família Krupp”, isto é, aqueles que “mandam” nas guerras, mas estão resguardados delas.
Que mexem os cordelinhos do dinheiro, do financiamento das contendas!
Sim, porque as guerras são financiadas e fomentadas e os seus fautores são, por vezes, os personagens mais insuspeitos e de mãos mais “lavadas”.
Este seriado, quer o observemos ou não nessa perspetiva, remete-nos também para esses factos.
E será que já me sinto capaz de agarrar a narrativa, propriamente dita, do episódio dezassete?
A ver vamos!
Desenvolvimento:
Antes de mais, e ainda, informar que a vestimenta vermelha da heroína, quando ela contemplava, extasiada, o Alhambra, era composta não só pelo véu, mas também pelo vestido. Uma verdadeira rosa encarnada.
Assim vestida de vermelho, cirandou por todo o episódio dezassete, no meio daquele descalabro das bombas rebentando no seio do “Carmen”.
Esclarecer que a bomba colocada nas cisternas por Ismail e que Morey tanto se esforçou por desativar, que aparentemente pareceria não ir conseguir, foi realmente neutralizada. O nosso herói, com a sua persistência e saber, e expondo-se em risco de vida, tal como Fran, conseguiu despoletá-la, evitando que explodisse.
Dessa se livraram eles e os chefões também. Que Robledo e a Securité, ao “comprarem” Khaled não avaliaram as consequências, pura e simplesmente brincaram com o fogo e a bomba ainda não lhes rebentou nas mãos, mas bombas já mataram e feriram muitos inocentes.
A das cisternas não rebentou, Ismail foi preso, mas fanático e, apesar de pressionado, não cedeu, nem informou sobre as outras. Apenas se ria loucamente e cuspia, sangue e veneno nas palavras.
De entre os mentores bombistas, Khaled pavoneava-se pelo evento, mas sempre em conciliábulo com Salman, que detinha os detonadores e comandava à distância e, por sinais, as quatro moças acopladas com os explosivos na cintura.
Estas circulavam aterrorizadas, por entre os convidados, oferecendo-lhes refrescos, às ordens de uma promotora de catering, armada em parva.
Nasirah, não sei se por mais fanatizada, se por medo ou desespero, se por não aguentar a pressão, decidiu, abruptamente, fazer-se explodir.
Por ironia do destino, ou decisão do guionista, bem junto de Sophie, agente da Securité, que tanto brincou com o fogo, que com ele pagou.
Seria uma das vítimas, ainda que não imediatamente.
Uma outra miúda, ao ser transportada para o hospital numa ambulância, explodiria no meio da cidade de Granada, na sequência de o enfermeiro, desconhecedor da situação e involuntariamente, ter mexido no aparelho explosivo, quando tentava auscultá-la.
Outra, a terceira, que se refugiara na casa de banho, e proporcionara situações deveras caricatas, envolvendo nomeadamente Salman, foi também explodida, precisamente pela ação deste anjo exterminador, detonando o manipulador.
A reportagem destas ações, melhor, das suas consequências, era mostrada em todas as televisões.
Era a guerra em direto, mais uma vez a vender a desgraça alheia.
E, sempre, o pilim, o money a tilintar na caixa registadora, precisamente e talvez a ouvir-se à distância, na mansão dos Robledos e Krupps deste mundo.
Medite nestes factos quando vir as notícias sobre os próximos atentados!
Na esquadra, em Ceuta, agora chefiada por Nilab, também assistiam às reportagens em direto.
E também intervieram na ajuda à jovem que fugira de Granada, do grupo das falsas serviçais de catering, que chegou ao enclave não sei por que meios e de que forma tão rápida, mas tremendamente desfalecida, que foi hospitalizada.
E, no hospital, quase foi assassinada pelo célebre Sérgio, transfigurado em Mohamed, não fora o tiro certeiro de Mati, que, pelos vistos, recuperou a pontaria e a frieza na ação, quando o falso galã juvenil ameaçava degolar a rapariga.
E mais, que ainda fica por contar…
E não posso deixar de falar sobre algo sobre que me interrogo e sobre quem não tenho observado nestes dois últimos episódios, dezasseis e dezassete, que não vi o quinze.
Que é feito de Faruq, de Aisha, de Leila?!
Faruq conseguiu transferi-los para lugar mais seguro que o Bairro de Ceuta?!
É o que faz saltar um episódio, pelos vistos marcante, e não voltar atrás às gravações, como se vivesse na pré-história da TV digital!
Mas ainda tenho que contar, sem pretensão de contar tudo e bem, que, Robledo, cujo papel já conhecemos muito bem, em conversa com Salinas, arma-se em esperto ou parvo, que nem sei, e atira lama e porcaria para o lado, insinuando que todos são coniventes com ele e comeriam da mesma manjedoura.
Frise-se também.
E o final do episódio proporcionou uma daquelas cenas, mais ou menos James Bond, em que Khaled, literalmente, rapta Fátima.
Com ela foge de carro para destino incerto e Morey corre igualmente, mas a pé, perseguindo-os e perde, já se vê, nem que fora Usain Bolt.
Mais atrás, ainda e também a correr, o inseparável amigo, Fran; Zorro e Tonto, deixando escapar o bandido com o tesouro, neste caso a moura Fati!
E esperemos por logo à noite, em que será projetado o 31º Episódio, 18º da 2ª temporada.
Chegou o dia de Khaled ir a Granada receber o Prémio da Convivência, acompanhado de Fátima.
Imagem sugestiva a que nos foi apresentada quando Fátima, a heroína, a mocinha, contemplava o belíssimo Palácio do Alhambra, legado dos seus antepassados mouriscos, coberta com o seu véu vermelho, desfraldado, como se fora uma bandeira.
Trajado de negro, chegou o anjo exterminador. O seu xeque, o bombista, Khaled.
- Quem me dera poder comprar o Alhambra para to oferecer, disse para a mulher.
- Nem tudo se compra e vende, respondeu-lhe ela.
Não foram exatamente estas as palavras, mas poderiam ter sido.
Conseguira eu trabalhar a foto e sobre a imagem do Palácio, projetaria uma de uma rosa encarnada!
Não podendo, fica a do Alhambra, imaginará o/a leitor/a a rosa projetada sobre o Palácio, ou melhor ainda, Fátima e o seu véu vermelho!
E fotografia original, (D.A.P.L.), de rosas campestres e perfumadas, como nenhumas outras; rosas apenas, nem vermelhas nem encarnadas.
Paralelamente, nos subterrâneos de Granada, os terroristas, Ismail e mais os três rapazes têm a bomba ativada pronta a explodir.
Juntamente com os nossos heróis, Javier e Fran, que não conseguiram desativá-la a tempo. Irão todos para o Paraíso?!
Irão ou não? Alguém se salvará?!
Teremos oportunidade de ver dentro de minutos que o 17º Episódio está quase a começar.
Nunca vi série com tamanha mortandade!
Mas é o espelho e uma metáfora da Vida real, pois todos os dias as notícias nos informam de atentados e mortes por todo o lado.
Aguardemos o desfecho desta 2ª Temporada que parece estar quase a findar!
(Nota Final:
Este post foi publicado ontem à noite, o episódio quase a começar. Esteve publicado. Hoje, de manhã, abri-o para trabalhá-lo um pouco. Perdeu-se. Não me pergunte como nem porquê.
Volto a publicá-lo, agora. Explico melhor no post seguinte.
Tarde, porque “mais vale tarde que nunca”, mas ainda em boa hora, aventuro-me, narrando sobre a série.
Apenas sobre o décimo quarto episódio, que o décimo quinto não vi e já sabe que funciono à moda antiga. Não volto aos programas gravados automaticamente, como se essa funcionalidade não existisse.
Tentarei abordar sinteticamente alguns dos planos em que se move a narrativa:
Os media divulgaram a notícia de que o modo de travessia do Estreito será através de um túnel, que foi essa a proposta que a União Europeia decidiu financiar.
Khaled, que já ganhara através dos franceses, às escondidas, muito ou pouco que não o contei, jogou, a descoberto, nas duas frentes e também se candidatou a um centro comercial à boca do túnel, em Marrocos!
Por baixo da mesa, mantem o móbil do crime, ainda que os franceses e os espanhóis vendidos achem que os atentados da Akrad irão terminar.
Mas não é isso que os chefes da organização terrorista projetam.
Com a mulher decidiu dar-lhe aparentemente mais liberdade: a de sair, mas na sua companhia!
De mão dada, visitam a família, aproveitando para se despedirem de Nayat, que irá para colégio interno em Sevilha, mas com telemóvel oferecido pelo cunhado.
Morey, como bom profissional e herói com valores, ajudou a mulher de Serra, que não tem culpa das falcatruas do marido, a procurar uma conta onde ele guardava dinheiro.
Pelo meio, ela ainda se questionou sobre a respetiva origem, que também não sabemos o destino que terá, pois igualmente desconhecemos se lhe conseguirão deitar a mão. De qualquer modo, Morey teve acesso aos registos e assim pôde aceder à possibilidade de descortinar como Robledo e eventualmente outros chefões fariam as respetivas transferências para um banco nas Ilhas Caimão. Nem mais e sempre os famigerados “paraísos fiscais”.
Isto, se no CNI não bloquearem os respetivos acessos ou fecharem, entretanto, as contas.
Bloqueando ou não, no CNI, Robledo resolve golpear Morey de forma mais vil, que matá-lo seria dar muito nas vistas e os heróis não podem morrer. Senão como continuaria o seriado?! Engendrou um plano artificioso.
Resolveram difamar Morey, como um vendido, fornecedor de informações aos terroristas e divulgaram essa notícia em todos os canais televisivos!
Queimaram-no, a melhor forma de o matar, continuando vivo, mas sem poder trabalhar e investigar.
Teve ordem imediata de regressar a Madrid. Mas antes ainda induziu Faruq a ir buscar os explosivos que estão em casa de Khaled.
Mas até lá terem chegado, os ditos explosivos deram muitas voltas…
Hazam, que já roubara uma vez, já aprendera a mentir, já estava integrado e aceite no meio e no modo de vida do Bairro, conforme queria, estava incumbido de localizar os explosivos na obra, mudados de sítio, após esse primeiro roubo.
Após localizá-los, nem mais nem menos, à vista de toda a gente, isto é, num contentor do lixo das obras; recebeu ordens de Faruq e Morey, dupla estranha a trabalhar em conjunto, digo, recebeu ordem deste duo improvável, de fotografá-los e lhes colocar um localizador.
Esta segunda tarefa foi executada, mas o rapaz, na pressa, esqueceu-se da primeira. Para esse fim, voltou novamente ao contentor, fotografou e enviou mensagem, recebida por Morey.
Só que, entretanto, há sempre um entretanto, Ismail e o outro servente voltaram e apanharam-no com a mão na massa e não houve perdão, que ele já era reincidente.
O outro rapaz, um corpanzil de urso, deu-lhe quantos pontapés quis, por tudo quanto é sítio, especialmente na cabeça. Deixou-o morto ou quase, e levaram-no para um arrabalde da cidade, escondendo-o no cano de saída das águas pluviais para uma barragem.
Supostamente aí apodreceria e, quando chovesse, seria arrastado para a água.
Toda esta cena final, da deposição do corpo, aparentemente morto, no cano da água, foi presenciada por Fran e Mati, que os haviam perseguido à distância, dado que eles também levaram os explosivos, onde Hazam conseguira acoplar o localizador.
Mal Ismail e o servente abalaram, os polícias foram retirar o corpo de Hazam e, após várias tentativas de reanimação, o rapaz recuperou, sendo levado para o hospital, onde deu entrada com identidade falsa.
Como pelos vistos os explosivos na obra estavam sempre a desaparecer, Ismail achou por bem guardá-los em casa do xeque Khaled.
Mas nem aí eles estavam sossegados, que, como vimos, foi ao cofre da casa do cunhado que Faruq os foi buscar, mas não teve sorte nenhuma, pois foi apanhado e, pelos vistos, irá para a prisão.
E com tudo isto estou a encurtar a narração, que me desculpe a narrativa!
Também soubemos que Khaled já oferecera a Paco trinta mil, para este matar Faruq.
E ainda que Fati e Khaled foram dialogar com Javier, na própria esquadra, que não havia melhor local para essa conversa e aí ficou selado que a mocinha ficaria não com o herói, mas sim com o vilão.
E você acha bem?!
E dir-me-á, caro/a leitor/a, que sabe muito mais que eu, porque viu o décimo quinto episódio e eu não!
O que é inteiramente verdade.
Mas, hoje, vou-me esforçar por ver o décimo sexto episódio!
Há dias em que o processo criativo como que emperra e, por mais que se tente, há um certo bloqueio que impede o ato criador.
Tenho pelo menos dois temas previstos, o habitual “conto” sobre a série “El Príncipe” e pelo menos uma crónica: sobre o 6º Serão de Cante e Poesia Alentejana”. Também poderia cronicar sobre o lançamento de um livro sobre Timor, de um sócio da A.P.P. – Associação Portuguesa de Poetas.
Mas não saiu nada do previsto.
Em contrapartida, ontem, durante o dia, foi-me “surgindo” uma quadra, como me acontece por vezes, mas que nem sempre “passo ao papel”. A de ontem escrevi-a e, após várias versões, resolvi publicar a que se segue.
Há muito que aqui não divulgo uns versos, muito menos da minha autoria.
As fotografias, como já mencionei, são originais de D.A.P.L. Sendo de 2016, mas do Verão, portanto anteriores à materialização da quadra. Pretendem ser sugestões para as ideias subjacentes ao texto.