Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
(A Minha Rua - Lado Sul - Foto original DAPL - 2016)
Ocorreu ontem, dia 30 de Dezembro, de 2018, na Junta de Freguesia de Aldeia da Mata, o lançamento do livro: “De Altemira fiz um Ramo”.
Não quero que termine este ano, sem expressar algumas palavras simples, mas sentidas de agradecimento.
A todas as Pessoas que participaram, direta ou indiretamente, na construção do livro. Muito Obrigado!
Saudade de todas as que tendo contribuído já não estão entre nós. Obrigado também!
Às Pessoas da Aldeia, que encheram o salão da Junta de Freguesia e emolduraram, de forma tão bonita, apelativa e sentida, aquele espaço. Muito, Muito Obrigado!
Espero que tenham ficado gratificados com o evento e o desempenho de todos os participantes que disseram ou leram Poesia. Foram momentos muito bonitos e alguns bem emocionantes. Pude presenciar muita motivação e talento. Acho que é uma vertente a desenvolver noutras ocasiões.
A estes, Participantes, que ousaram expor-se “Dizendo Poesia”, muito, muito Obrigado!
Aos meus Amigos que se deslocaram propositadamente de Portalegre e que nos honraram com a sua presença.
Ao Amigo e Colega, Professor João Banheiro, que nos surpreendeu com a sua presença e bonitas canções. Agora também tem à disposição “As Saias de Aldeia da Mata”, para serem musicadas e cantadas! Força!
Muito Obrigado a todos!
À minha Família, aos de Aldeia e aos que se deslocaram de outras localidades, também o meu Muito Obrigado.
A todas as Pessoas que têm adquirido o livro. Muito, muito Obrigado!
Não ficarão defraudadas com a sua leitura, tenho essa convicção. Simples, despretensioso, mas muito sentido, trabalhado e afetivo, além de conter bonitas “cantigas” e um testemunho documental de muitas e variadas situações, através dos textos, em poesia ou em prosa e das fotografias.
Também o acho tecnicamente muito bom. Parabéns à Irisgráfica!
Divulguem, SFF, entre amigos e conhecidos.
Aos elementos do Executivo da Junta de Freguesia, pela forma empenhada como se disponibilizaram para este lançamento, sem quaisquer restrições.
Também achei muito bonito a vinda de Pessoas do Lar.
Muito Obrigado!
Também a todas as Pessoas ou Entidades que divulgaram o acontecimento!
A todos, mas todos, sem exceção, o meu Muitíssimo Obrigado.
Deram-me um grande incentivo para me lançar noutros projetos. Pois, na minha opinião, talvez tendenciosa (?!) acho que correu muitíssimo bem!
Aproveito para formular Votos de um Excelente Ano de 2019, para todos!
E também, e muito especialmente para si Caro(a) Leitor(a)!
LANÇAMENTO do Livro: 30 de Dezembro (Domingo) – 2018 – 16h
JUNTA de FREGUESIA de ALDEIA da MATA
Para que as Pessoas possam ficar com um “cheirinho” do livro, apresento o respetivo Índice.
Mas dirá, o Caro(a) Leitor(a), que o índice apenas lhe dá uma ligeira indicação do conteúdo. O que é inteiramente verdade.
Mas o objetivo é levá-lo (la) a ir assistir e até participar no evento. Porque irá haver o “Dizer Poesia” em que poderá participar, caso pretenda. Pois haverá um espaço destinado à participação do público.
E poderá, e deverá, adquirir um exemplar do livro e, já na sua casa, mais tarde, deliciar-se com as virtualidades da Poesia Popular, as suas metáforas, as suas ironias, de grande riqueza interior e fina sensibilidade poética, reportando-nos para um legado imaterial de várias gerações, dos nossos avoengos.
Pois, compareça, Se Faz Favor!
ÍNDICE
PREFÁCIO
CAPÍTULO I – QUADRAS de AMOR e SAUDADE
- Introito
- Quadras de Amor e Desamor – Enganos e Desenganos
E, terminando: O meu renovado convite à sua participação, segundo as várias vertentes.
Obrigado!
E ainda de Agradecimentos…
Agradeço, desde já, à Junta De Freguesia de Aldeia da Mata, pela disponibilidade, pelo apoio, pelo empenho, com que os vários elementos do Executivo “abraçaram” este lançamento.
Ao Povo da Aldeia, pela simpatia que têm demonstrado pela iniciativa.
Às Instituições Públicas e Comerciais da Aldeia, pelo apoio na publicidade.
À Rádio Portalegre, pela Divulgação, simpatia e prestabilidade, tão atenciosa.
Às várias Associações Poéticas em que me incluo, pela ajuda, suporte e colaboração, com que sempre se esmeram nas atividades dos Associados.
Obrigado a todos e a si que me lê!
E... não esquecendo: Votos de um Excelente Ano de 2019!
Talvez o(a) caro(a) Leitor(a) se questione o que é "Altemira". Pois, tem toda a razão!
Altemira é um regionalismo de Aldeia da Mata, não sei se do Alentejo ou de outras regiões de Portugal também. É a designação, na minha Aldeia, para a palavra "artemísia", que é uma planta subespontânea que, uma vez semeada ou plantada nos quintais, reaparece sistematicamente. Tem uma folhagem muito semelhante à salsa, com um cheiro também característico, mas "adocicado" e que dá as flores brancas com centro amarelo, que a foto ilustra. Em anos bons, isto é, em que chova no Outono e Inverno e tempo também bom na Primavera, com alguma chuva e sol, atinge facilmente cerca de meio metro de altura. E fica por demais florida. Este ano provavelmente acontecerá essa situação. Sempre me lembro desta planta no quintal da minha Avó e no meu também.)
SCALA, Casa da Cerca, Oficina da Cultura , São Silvestre de Almada, Ciclo de Cinema Católico
Ontem, quinze de Dezembro, na SCALA, Almada, decorreu a Festa de Natal. Houve canções alusivas à quadra natalícia, acompanhadas musicalmente por Gabriel Sanches e pelo Grupo em que se integra, bem como por todos os presentes, que quiseram compartilhar as suas competências vocais.
Não faltaram os poemas relacionados com a temática, de autoria própria dos “Dizedores de Poesia”, ou de outros Poetas e Poetisas de suas preferências.
Toda esta dinâmica artística decorreu na habitual sala da Sede, emoldurada pela Exposição dos quadros oferecidos pelos Artistas associados, tendo em vista a angariação de fundos para a Associação. Evento que decorrerá no próximo dia vinte e nove.
(Desta vez não consigo nomear todos os presentes, éramos cerca de vinte, porque estavam várias pessoas cujo nome ainda não sei. O meu pedido de desculpas.)
Compartilhou-se o bolo – rei, oferecido pela SCALA. E que bolo! (Alguém foi contemplado com a fava?!)
Também terá ocorrido a tradicional troca de prendas, a que já não assisti, que me ausentei. (O que me terá calhado? E quem terá recebido a lembrança que levei?)
Almada tem um carisma especial, em termos culturais. Habitualmente acontecem variadas atividades de diversas tipologias (música, teatro, desporto, literatura, poesia,… cinema) e torna-se difícil escolher e impossível estar em todas simultaneamente.
Deixei a SCALA, passei pela Casa da Cerca onde era inaugurada a Exposição “o futuro do passado”. Estava imensa gente na sala. Não fiquei. Hei - de voltar com mais tempo.
Passei pela Oficina da Cultura, onde decorria o “Mercado de Natal Amigo da Terra”. Igualmente cheio. Uma pequena volta e já não voltarei, que terminou hoje. P’ró ano haverá mais…
Na Praça São João Batista, onde antigamente havia o “Mercado dos Ciganos”, (Onde é que isso já vai?! Mas que me inspirou para escrever uma narrativa fantástica…) Na Praça, além de uma parte do Mercado da Terra, também se iniciara, havia mais de meia hora, a São Silvestre de Almada.
Apanhei o metro, até à Bento Gonçalves. Parte da Avenida, o sentido ascendente, vedado ao trânsito. Por aí vinham calcorreando os maratonistas. Eles subindo, eu descendo o troço até à Piedade. Uns mais estafados que outros, lá seguiam eles para a Praça onde seria a meta.
É assim Almada. Capricha em várias vertentes culturais. Ombreia com Lisboa. Nalguns aspetos mede meças. Difícil é escolher. Com a vantagem de ocorrer tudo relativamente próximo.
Crónica numa cidade congestionada, num País de Faz de Conta!
Tertúlia e Exposição de Pintura do CNAP - Círculo Nacional D’Arte e Poesia
São Sebastião da Pedreira – Lisboa
Dia 11 de Dezembro 2018 – 16h 30’
Éramos sete! Sete personagens expressando um ideário poético. Ainda que nem todos escrevessem ou dissessem poesia.
É impressionante que num país de poetas, isto é apenas um lugar – comum, a Poesia seja tão pouco divulgada, não faça parte da educação diária do cidadão.
Poucos minutos após o telejornal, diariamente, um pequeno programa com alguém a “Dizer Poesia”. Não necessariamente alguém famoso. Pelo contrário! Ele há tanta gente por este País que sabe Dizer Poesia!
(Aproveitem esta ideia, que eu não a vendo. Ofereço-a!)
Em vez de, todos os dias, nos massacrarem com as mesmas coscuvilhices, promovidas à categorização de notícias. E as futebolices e as reinaldices!
Na cidade, acotovelam-se multidões nos passeios, nas passadeiras, nas horas do final da tarde, no início da noite que, em Dezembro, chega tão cedo! O sol põe-se pouco depois das cinco. Acendem-se as luzes e é uma azáfama de hora de ponta, tanta gente apressada, tanta gente a correr, tanta gente ligada, vidrada no telemóvel…Dos empregos ou das compras para casa, na pressa de chegar. Carros e mais carros entupindo o asfalto. Cada carro, apenas com um passageiro, não há - de a cidade estar atolada de trânsito e os acessos à Grande Cidade congestionados!?
Contraste com a minha Aldeia em que há dias que não vejo ninguém! Este País para onde caminha?! É um País do Faz de Conta!
Nem a propósito, no Boletim do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, foram publicadas duas poesias minhas muito peculiares.
Para chegar a São Sebastião, percorri a Avenida 5 de Outubro.
Já reparou nas árvores que estruturam toda a parte central da Avenida?
Nem mais! São jacarandás. E já observou que estas árvores, em finais de Outono, quase Inverno, contrariamente às outras plantas de folhagem caduca, estão muito mais verdes e a folha se mantem aparentemente como se fosse perene?
Que não é.
Leia o poema, se faz favor, e atente nesta peculiaridade arbórea!
As fotos ilustrativas são da época em que estão mais exuberantes. Se vive ou passa em locais em que existam jacarandás vá observando as suas transformações anuais. SFF.
(Estas são de Almada. Originais DAPL.)
Pois. No dia onze, pelo final da tarde, decorreu no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira, o habitual convívio poético, organizado pelo CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia. Igualmente decorria uma Exposição de Pintura, com bonitos quadros de diversos pintores e pintoras, que habitualmente expõem no âmbito do CNAP.
Vitor Hugo – “Évora”
Fernanda Carvalho: as quatro estações do ano – “Primavera”, “Verão”, “Outono”, “Inverno”.
Lurdes Guedes: “O prazer de ser mulher”, “Porto de abrigo”, “Esperança”.
Josefina Almeida: “Ouro sobre azul”, “Rochas da minha terra”.
Elmanu: “Fernando Pessoa no aeroporto” e uma obra sem título.
Méli: Duas obras sem tírulo.
Margarida Dias: uma obra sem título.
Tenho pena que os Artistas não possam estar presentes nestas tertúlias que, de certo modo, funcionam como encerramento. Seria importante compartilharmos ideias. (Digo eu, não sei…)
Entre muitos aspetos positivos que poderia mencionar, realço a capacidade criativa destes Artistas. Nas exposições que venho observando, vão sempre mostrando quadros novos. Daí poderei inferir que irão certamente elaborando diferentes trabalhos regularmente. (Digo eu! Será?)
Sortuda D. Maria Olívia, que no seu convívio com tantos Artistas, e em merecimento do seu trabalho de divulgadora da Arte, vai criando quase um Museu de Pintura. Uma Exposição um dia?!
Relativamente à Poesia, outra vertente artística que o CNAP vem promovendo e divulgando, ultrapassando ventos e marés, já quase há trinta anos, sem o devido e merecido reconhecimento, neste passado dia onze, compareceram: Maria Olívia Diniz Sampaio, Fernanda de Carvalho, Ana Alves, Carlos Pinto Ribeiro, Luís Ferreira, João Carrajola, e este cronista. Sete, como já referi!
Quase todos dissemos poesia, maioritariamente da nossa autoria. Para além de ter dito o meu poema de Natal, deste ano, “O Menino / o Futuro morre na Praia”, também tive a oportunidade de ler textos poéticos de Luís Ferreira, acedendo ao seu convite, nomeadamente “O Natal 2”, publicado no último post. Rarissimamente o tenho feito, mas já que as pessoas gostaram, talvez me aventure a fazê-lo mais vezes.
Já pensei em dizer, melhor, ler um poema de José Régio, de quem falei, a propósito de “Cântico Negro” e de tanta gente que o diz, lê, recita ou declama. Inclusive o próprio Autor!
E, a propósito, irei pedir a D. Olívia que me deixe dizer o seu texto poético sobre Portalegre!
O Poeta Pinto Ribeiro também é sempre lembrado, através do irmão, Carlos, e de Olívia.
E esta é uma crónica, como sempre, enviesada!
Ah! E falei sobre o livro que tenho pronto a ser lançado: “De Altemira fiz um ramo”!
Este Poema foi oferecido pelo Autor, aos presentes na Tertúlia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira, no dia 11 de Dezembro de 2018 (3ª feira).
A convite e sugestão do Autor tive o grato prazer de dizer este Poema perante o grupo de presentes.
(Não éramos muitos, bem sei! Mas a Poesia anda tão abandonada! E sete é um número muito bonito. Obrigado pelo lindo poema e pela sugestão para o dizer.)
Este poema que o Autor nos ofereceu vem enquadrado num postal ilustrado alusivo ao Natal, com um trabalho artístico estilizado, com alguns aspetos iconográficos do natal atual: a árvore e a estrela, enclausuradas em arame farpado! Um desenho minimalista, identificativo do estilo muito pessoal do Autor, tanto na forma como no conteúdo. De forma muito simples, consegue reportar-nos para os conceitos, ideias e ideais que nos quer transmitir. Apelando-nos para a nossa consciência interventiva! Forma simplificada, versus conteúdo elaborado e profundo!
As cores também são muito sugestivas!
(Se eu conseguir digitalizar, hei-de apresentar a imagem, para que o/a caro/a Leitor/a possa apreciar e ajuizar devidamente.)
E já que retomámos a escrita… Voltamos à Poesia. Desta vez, à Poesia Popular.
Temos em preparação, quase a ser editado, um livro estruturado a partir de recolha de “Cantigas”, quadras populares, coligidas em Aldeia da Mata, por várias Pessoas, algumas felizmente ainda vivas, outras que nos deixaram esse legado, mas já não estão entre nós.
A Poesia Popular é extraordinariamente rica. Na sua aparente simplicidade, tanto na estrutura formal, essencialmente quadras, como nos conteúdos, transmite-nos belas imagens poéticas, metafóricas, algumas de profunda e sensível ironia, intrinsecamente arreigada aos costumes e tradições do nosso Povo.
Através dela e nos contextos em que era dita, melhor, cantada, daí a designação de “cantigas”, educava, ensinava, veiculava Valores, Princípios, Atitudes, Comportamentos…
Era uma forma de transmissão oral de conhecimentos, de geração em geração. (Transmissão oral, pois que verdadeiramente só a partir dos finais dos anos quarenta é que a escolarização foi ganhando predominância. Até essas décadas – 40/50 - a população portuguesa era maioritariamente analfabeta.)
Ocorria num contexto predominantemente lúdico, de lazer: bailes e arraiais, convívio entre os vários intervenientes, essencialmente jovens, mas em que os mais velhos também participavam.
Mas também no enquadramento do trabalho campestre, entre os grupos, ranchos, que operavam nas várias atividades campesinas: nas mondas, nas ceifas, nas azeitonadas, durante a labuta diária e nas idas, ao nascer do sol e nos regressos das atividades, ao por do sol, enquadradas na sazonalidade das labutas no campo.
Estas tradições ocorriam ainda na década de cinquenta, enquanto o nosso país foi predominantemente rural, o setor primário dominante, antes das grandes correntes migratórias para as cidades em industrialização e das vagas emigratórias para a Europa mais desenvolvida, cujos grandes fluxos aconteceram na década de sessenta.
E antes de toda a novel tecnologia emergente a partir dessa década, nomeadamente rádio, televisão, gira discos, que foram modificando as tecnologias do lazer.
Bem! Mas toda esta conversa vem a propósito do mencionado livro, quase a ser editado, gostaríamos que ocorresse ainda este ano de 2018.
Apresentamos uma foto da imagem da capa, a “Altemira”, designação tradicional da artemísia em Aldeia da Mata e a quadra que sugestionou o título.
«De altemira fiz um ramo
De alfazema bem composto
O Amor que agora amo
Foi escolhido ao meu gosto.»
E outra foto, de uma figueira pingo - mel e também a quadra que a sugestiona.
Tal como a figueira também queremos produzir o fruto, o livro, mas também com flor, a “Altemira”!
«Não olhes para mim, não olhes
Que eu não sou o teu amor
Eu não sou como a figueira
Que dá frutos sem ter flor.»
*******
(E a propósito desta figueira, plantada no Vale, no início desta segunda década, deste segundo milénio, também tem história, como quase todas as árvores que tenho plantado, a partir de sementeira, abacelamento ou que eventualmente comprei.
Veio do quintal do meu sogro de um ramo que cortei da figueira de São João. Foi abacelada num vaso, posteriormente transplantada para o terreno onde está, sempre supondo que era de São João.
Só quando ela começou a produzir é que me apercebi que era de pingo mel.
E como occorreu isso?! Milagre?! Transmutação genética?!
Não, de todo.
O meu sogro tinha a figueira dele enxertada com duas qualidades: São João e Pingo Mel. E eu quando colhi os ramos para abacelar, desconhecendo o assunto, trouxe dos ramos de pingo mel e não dos de São João. São ambos figos deliciosos.
Mas agora já tenho num vaso um outro abacelamento, este de São João!)
Tertúlia no Vá – VÁ - 9 de Dezembro 2018 (Domingo)
Avenida de Roma - Lisboa
Volto à publicação no blogue. E com Poesia, que tem sido a temática dominante neste ano.
Muitos assuntos, poderia ter abordado neste interregno de não publicação. Neste mesmo domínio, vários acontecimentos ocorreram que não noticiei: tertúlias, lançamentos de livros, divulgação de Poesia… Mas não o fiz. Talvez ainda volte a algumas ocorrências. Que mais vale tarde…
(Outros acontecimentos, nomeadamente algumas das politiquices, me apeteceu abordar…)
Volto falando sobre Poesia!
Hoje, houve novamente Poesia no célebre café / restaurante da Avenida de Roma – cruzamento com a dos Estados Unidos, em Lisboa. A partir das dezasseis e trinta, como é costume.
E o espaço esteve bastante bem composto. Éramos vinte e três pessoas. Nem todos disseram poesia. Os que o fizeram, trouxeram fundamentalmente textos de sua autoria.
(O ruído mantem-se. Os talheres, o vozear, os pires e chávenas, a caixa registadora… Para o lado da cozinha, pudemos observar a preparação culinária, até vislumbrar ou ouvir algo sobre ementa e confeção dos pratos…
Bem… adiante!)
E, nesta tarde, e dada a próxima quadra festiva… a ementa poética foi precisamente sobre o Natal.
E quase todos os presentes procuraram seguir essa “carta”: poetar sobre o enquadramento natalício, segundo uma toada mais ou menos iconográfica e tradicional ou subvertendo um pouco essa imagem mais ideal e ritualizada da Natividade!
A Direção, ainda atual, fez-se representar por Carlos Cardoso Luís, Rogélio Mena Gomes, Mabel Cavalcanti e Fernando Afonso. Cada um teve oportunidade de expressar a sua opinião pessoal, face aos respetivos desempenhos, enquanto elementos diretivos. Justiça lhes seja feita! Cada um sabe de si e para além de os congratular pelo trabalho e agradecer pelo desempenho, ficou muito bem esta auto - avaliação pública.
Da minha parte, Parabéns e Obrigado, sempre!
E que a futura Direção continue o bom trabalho da cessante.
E houve Poesia! Natalícia, na sua maioria. Bem como a formulação de Votos de Boas Festas!
Fernando Afonso disse, de Lurdes Amaral: “Anúncio de Natal”.
Lurdes Mano disse, de Catarina Malanho: “Acordem, poetas!”
Para além dos poetas e poetisas mencionados, ainda estiveram presentes, embora não tendo dito poesia: João de Deus Rodrigues, Ilda Rodrigues, Ivone Magalhães, Nelice Palocal, Adelaide Zoio.
(E esta foi a primeira parte desta ementa poética! Atrevo-me a dizer que o prato principal. Pelas dezoito, saí. Já outros confrades o haviam feito anteriormente. Houve habitual consumo. Já o havia feito logo no início.
A segunda parte não posso referenciar como decorreu, porque não assisti. Mas não desmereceu, de certeza, da primeira!
Votos de Bom Natal, para todos e um Ótimo Ano Novo.
Qualquer incorreção nesta crónica, deixe comentário sugestivo, SFF.
Obrigado!)
Ah! A fotografia?! Para mim, associo inevitavelmente o Natal à minha Aldeia. Esta é a imagem da Igreja de Aldeia da Mata, com a célebre araucária, de que me lembro de toda a vida, num quintal junto ao adro, onde brinquei em criança. Imagens iconográficas! Foto original DAPL, como a maioria das fotos do blogue. De 2015.