Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Circulam pedidos para que Conan Osíris não vá representar Portugal na Eurovisão, em Israel.
Deverá o cantor aceder a esses pedidos? Sim? Não?
Penso que, primordialmente, essa decisão deverá pertencer ao próprio, condicionado obviamente pelos acordos ou compromissos que tenha com as instituições que representa e a que está conectado. E obviamente também ao bailarino com quem contracena.
Do meu ponto de vista, acho que deverá ir. Mas tomando uma atitude adequada face às situações invocadas, mas in loco. Terá muito mais impacto global, do que se desistir.
E como?!
De uma forma relativamente simples.
Usando apenas os recursos disponíveis, nem precisa de verbalizar sobre o assunto. (Aliás, o artista não é de grandes falas, a canção também tem poucas palavras e quem percebe o português?).
Bastará a coreografia, a encenação, as roupas a utilizar e o recurso a quatro cores fundamentais, duas das quais usaram no vestuário em Portugal. Depois é jogar com a combinação, a improvisação e o inesperado. Proceder como fazem os futebolistas.
E a mensagem visual passará, desde que a articulação seja bem feita, e com dificuldade de lhe pegarem por “intervir politicamente” e o desclassificarem.
Mas a mensagem passará. Para bom entendedor… uma boa imagem, bem estruturada e organizada, bastará.
Como?!
Bem, essa parte terá que ficar em segredo e só os próprios envolvidos dela poderão ter conhecimento.
Mas que devem agir, do modo que melhor acharem, no sentido de reprovarem o regime, devem!
(P. S. – Se não entenderem o que quero transmitir, perguntem-me, que explicarei melhor.)
*******
E o capricho da Dona Mandona?!
Pois!... Cá por mim, não só poderia levar o cavalo, ademais de puro-sangue português, mas também um elefante, o que tocava a sineta no Jardim Zoológico, que não sei se ainda é vivo ou não. Até poderia levar uma manada de vacas barrosãs a calcorrearem as ruas íngremes de Sintra!
A Dona Mandona, era só mandar! Pedido feito, pedido aceite. Pedido tal, seria uma ordem!
Aliás, há tanta gente que procura a capital, certamente, porque tem coisas boas.
Mas tanta gente, alguns locais, Baixa, Chiado, Cais Sodré, Terreiro de Paço, Santos… ele é tanta gente, principalmente turistas, estrangeiros e mais estrangeiros, que uma pessoa se sente, mais fora que dentro. Cria-se algum desconforto, porque é tal a concentração, a correria, o atropelo, o tráfego automóvel tão asfixiante, que um sujeito não se sente confortável.
Ao final da tarde, o tráfego entope, a massa humana de portugueses corre para os transportes, de saída para a periferia, que Lisboa continua a ser a urbe, o centro, para onde diariamente se dirigem milhares e milhares de trabalhadores, estudantes, utentes dos mais variados serviços, provenientes dos vários concelhos limítrofes, seja da margem sul, quer da margem norte. O movimento pendular é diário, embora nos últimos anos se verifique não ser apenas unívoco.
É imperioso organizar um país mais harmonioso. Que o que temos é um monstro, com uma cabeçorra enormíssima, Lisboa; o Porto não lhe fica muito atrás, outras menores e o Interior, deserto!
(Hei - de abordar melhor este assunto…)
Em Lisboa há todavia coisas boas e que me interessam na cidade.
A imagem ilustra uma delas.
Depois há múltiplos serviços: profissionais, saúde, … que inevitavelmente se concretizam na capital.
E alguns deles bem que podiam ser descentralizados.
Depois há os eventos ligados às duas Associações Poéticas a que pertenço há vários anos…
APP - Associação Portuguesa de Poetas organiza regularmente duas tertúlias mensais, aos domingos, em Lisboa: a da Sede, aos Olivais, no último e a do Vá – Vá, no segundo.
No próximo domingo haverá Tertúlia na Sede – Rua Américo de Jesus Fernandes – Olivais – Lisboa.
A última do Vá – Vá ocorreu no passado dia dez.
Estivemos vinte e três pessoas presentes, sendo que a temática dominante foi Poesia subordinada genérica e especificamente à Mulher! Também houve canções. Alguns dos poetas e poetisas são habituais, também novas pessoas, que não conhecia. É bom sinal, a vinda de gente diferente, que enriquece o grupo, trazem novidades poéticas, outros enquadramentos e tradições.
Até houve a visita de talvez três futuros poetas, quem sabe?! Que também os três netos gémeos de Joaquim Sustelo visitaram o espaço do Vá – Vá!
(Desta vez não vou especificar nomes, que não consegui registar todos.)
O CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia organiza habitualmente Tertúlia em S. Sebastião da Pedreira, na Associação de Auxílio Social de S. Sebastião da Pedreira – Rua Latino Coelho, 95, nas terças-feiras, habitualmente de periodicidade mensal.
Foi aí que apresentei o livro “De Altemira…”, no dia vinte e seis de Fevereiro.
Também organiza exposições de artes plásticas.
No blogue temos várias documentadas, nomeadamente a penúltima, ocorrida, em Fevereiro, em Campo de Ourique, no antigo Cinema Europa, atual espaço Multiusos da Junta de Freguesia.
Também enquadrado nesta instituição, houve Poesia no passado domingo, dia vinte e quatro, no Jardim da referida freguesia, designado “Jardim da Parada”, atualmente “Jardim Teófilo Braga”. Não sei como correu, que não pude ir.
De momento, o CNAP tem nova Exposição a decorrer na Casa do Alentejo, inaugurada a dezasseis de Março. Não chegámos a tempo da inauguração, que os alentejanos não podem chegar a horas, cumulativamente à Casa… Mas vimos as pinturas expostas e há quadros bem bonitos, em diversificados estilos. De ver e recomendar!
Não chegámos a tempo, mas ainda a tempo de petiscarmos. Alentejanices: sopa de tomate com ovo, ovos mexidos com farinheira e ovos mexidos com espargos.
Nem mais, nem por menos.
E viva o Alentejo! E viva a Poesia! E que melhore Lisboa!
JOSÉ RÉGIO (Vila do Conde, 1901 – 1969), pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, viveu grande parte da sua vida em Portalegre, onde foi Professor de Português e Francês, no antigo Liceu Nacional, de 1929 a 1962, ano em que se aposentou. Manteve-se na Cidade até 1966, regressando a Vila do Conde, sua terra natal, onde viria a falecer em 1969.
Está indubitavelmente ligado à Cidade e esta, a Régio. A sua ação cívica na Cidade e no País foi, todavia, bem mais vasta do que a sua condição de Professor e Poeta, per si e só por si certamente bem importantes.
Comemoram-se este ano cinquenta anos da sua morte.
“Momentos de Poesia” que, desde 2006, vem desenvolvendo na “Cidade de Régio” um trabalho altamente meritório na divulgação da Poesia, dedicou o seu último evento poético, precisamente ao Poeta supracitado. No dia 21 de Março, “Dia Mundial da Poesia”, a partir das dezasseis e trinta, cerca de trinta pessoas percorreram as ruas da Cidade, desde a Praça da República, até ao Tarro, calcorreando a vulgarmente conhecida por “Rua do Comércio”. Num périplo por locais e espaços frequentados pelo Poeta, alguns emblemáticos e marcantes, como o Café Alentejano, o Central, o atual Café José Régio. Aí, disseram, declamaram, leram a Poesia de Régio.
Previamente a Organização do evento distribuíra e afixara cartazes com vários poemas do Autor, nas mais diversas lojas e comércios das ruas previstas de percorrer. Deste modo, o Poeta, a sua Poesia foram devidamente divulgados entre os transeuntes, os passantes, que os textos estavam nas montras, vários dias antes.
Também nos locais onde havia um cartaz com um poema, um elemento da comitiva lia esse mesmo poema na rua. Houve “Poesia na Rua”! Cantou-se o hino de “Momentos”!
Iniciativa de valor, esta. Parabéns à Organização. A todos os Participantes.
E Obrigado também!
Integrei-me na comitiva já ela vinha frente ao Conservatório. Acompanhei, ouvi, escutei, observei e gostei. E também participei!
E li os sonetos “Boneco Desfeito”, no Café Central e “Filho do Homem”, no Café José Régio.
E novamente Obrigado a Drª Deolinda Milhano e à Organização do evento, pelo trabalho de divulgação da Poesia de tão insigne Poeta e pela oportunidade de podermos também ter participação na efeméride.
Que assim também concretizei um dos meus objetivos para este ano. Que foi “Dizer Poesia” de um Poeta consagrado, ademais José Régio, um dos meus Poetas preferidos. E na sua Cidade… E no Café onde realizou tertúlia, tantos anos…
E ocorre-me perguntar:
E Portalegre, Cidade… oficialmente, como vai comemorar o Poeta e a sua Poesia?! (Pelo menos esta sua faceta, sem dúvida uma das mais conhecidas.)
Há uma ligação tão forte, tão marcante, entre Poeta e Cidade, que certamente existirão atividades. Que poderão envolver múltiplas e diversificadas entidades…
A Cidade ganharia muito em aproveitar esta “riqueza, recurso”, sei lá como designar, valor imaterial, que é potenciar globalmente a “Marca Régio” na Cidade. Tenho dito!
(A Rua, melhor, Ruas, ainda vulgarmente designadas de “Comércio”, já o tiveram, o comércio. Que este, hoje, se concentra quase exclusivamente fora dos espaços tradicionais. Decisões políticas tomadas há anos… cujas consequências se vivem, atualmente, numa cidade moribunda no seu miolo tradicional…
E soube, à saída do Café com o nome do Poeta, que havia outro evento simultâneo na “Velha Casa”. É caso para dizer que antes dois eventos, que nenhum… Mas alguma coordenação seria importante. Digo eu!)
In. “BIOGRAFIA” – José Régio – OBRAS COMPLETAS – poesia – BRASÍLIA EDITORA – 6ª Edição – 1978. Pp. 69/70. (1ª Edição 1929)
A POESIA de JOSÉ RÉGIO (Vila do Conde, 1901 – 1969), é habitualmente bastante intimista, auto analítica, introspetiva. Fala muito de si mesmo, autoanalisa-se, de forma mais ou menos explícita. Escreve sobre Si, mas ao escrever sobre o próprio EU, projeta-se também nos e com os OUTROS, com os Outros Seres Humanos e, em suma, com a Humanidade. Sempre muito tocado pelo lado do Divino, a sua aproximação a Deus e, por demais, a Cristo, Deus feito Homem. Traduz uma das suas preocupações marcantes enquanto Homem e ademais como POETA!
Este livro citado, designa-se precisamente “BIOGRAFIA”. Nele, algumas das idiossincrasias do Poeta, mencionadas anteriormente, estão bem explícitas. A 1ª edição foi de 1929, tinha, José Maria dos Reis Pereira, 28 anos! A edição que possuo, sexta, é de 1979. Não sei se todos os poemas pertencem à 1ªedição.
Li, este poema, pela primeira vez em público, no Café Central – Portalegre, integrado no evento “MOMENTOS DE POESIA”, no passado dia 21 de Março – Dia da Poesia, evocativo de José Régio, que perfaz cinquenta anos da sua morte.
Ao reler este soneto, em 2019, dadas as suas caraterísticas tão de “poema visual”, associei à interpretação de Conan Osíris, na encenação, na coreografia, ao cenário, à estética visual do bailado, enquadrante da canção vencedora do Festival da Canção 2019!!!
Estranho?! Tente ler e visualizar as imagens sugeridas pelos versos… Sem preconceitos!
Ainda irei escrever um post sobre “Momentos de Poesia” e esse dia 21 de Março!
(A Fotografia, original DAPL - 2018 -, é obviamente de Portalegre e dos sobreirais, que tanto inspiraram o Poeta.)
Ontem, dia 23 de Março, sábado, decorreram em Almada, três eventos culturais de grande relevância em que gostaria de ter participado ou assistido.
O Parque da Paz acolheu iniciativas no âmbito de “Dias da Floresta - Almada - 2019”: Observação de aves, mercado da horta, cuidar dos caminhos do Parque, eco-peddypaper, construção de caixas ninho.
Todas estas ações, habituais há vários anos, tal como noutras localidades por esse país fora, englobam-se genericamente no conceito de “Celebração da Primavera”. Atualmente, iniciativas predominantemente urbanas, mas que se enraízam em tradições milenares, que ao longo de séculos se vêm desenvolvendo em diferentes contextos culturais.
Uma das ações habituais em que também já tenho participado é a plantação de árvores.
E já plantei, este ano, seis árvores. Duas no “Chão”, quatro no “Vale”. Apesar do péssimo tempo que está: nada de chuva, calor de dia, frio à noite e vento.
Uma tília, uma figueira de são João, um loureiro, duas amendoeiras e um carvalho cerquinho. As últimas quatro, com ascendência em Almada.
A Tarde de Cante, no Clube Recreativo do Feijó, comemorativa do 33º aniversário da “Associação Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó”. Que divulguei no blogue, como habitualmente e a que já assisti noutras ocasiões.
E a “Gala dos 25 anos da SCALA”, no Cineteatro da Academia Almadense.
Não participei nem assisti à Gala, mas tive o grato prazer de participar, dia 17/03, no encerramento da “Festa das Artes da SCALA – 25ª Exposição Anual”, na Oficina da Cultura. Exposição em que participei com o quadro “Poema Psicadélico”.
E, no encerramento, tive oportunidade de “Dizer Poesia”! Ademais enquadrado entre tão excelentes Poetas e Dizedores. Qualidade, essa que também se verificava na Exposição. Com tão excelentes e categorizados Artistas!
E no encerramento também tive a grata experiência de ouvir a “Sancho Tuna, da Universidade Sénior Dom Sancho I”. Que abriram a sessão cultural e nos brindaram ao longo do sarau com bonitas canções tradicionais do Cancioneiro Nacional.
E foi pegando num verso de uma canção “não olhes p’ra mim, não olhes…” que disse algumas quadras do livro “De Altemira fiz um ramo…”. E numa segunda intervenção, “Na revista-cor-de rosa”.
E, deste modo, cumpri um dos meus objetivos para este ano: Dizer Poesia na Oficina de Cultura, em Almada!
E quem mais disse?
João Franco: “Cântico negro” e “Trova do vento que passa”;
Carlos Gaspar: “Insónia” e “Poema declamado”;
Palmira Clara: … “As estações do não”;
Gertrudes Novais: “Silêncio” e “Caminhadas”;
Clara Mestre, disse e cantou: “Sol do mendigo” e “Canto da terra”;
Milena: “Teresinha, flor dos poetas…”;
Luís Alves: “Casamento do Tejo e Lisboa”.
O senhor Vereador António Matos também disse! De Gertrudes Novais: “… de pés descalços, na areia molhada…”
*******
E, da minha parte, compete-me dar os parabéns a todos os participantes: artistas, poetas, poetisas, dizedores, cantores, maestro, atores e autores dos excelentes trabalhos em exposição e dos poemas ditos e ouvidos.
Parabéns à SCALA. Parabéns à Oficina de Cultura! E a todos os que contribuíram para a Exposição e para o espetáculo de encerramento.
E parabéns a Almada!
E muito, muito Obrigado a todos!
(P. S. – Qualquer correção a fazer, deixe nos comentários, SFF.)
(Foto original DAPL. De 2016 ou 2017, não tenho bem a certeza. De jacarandás, em Almada, precisamente perto da Oficina de Cultura. Os Jacarandás são árvores originárias da América do Sul, muito peculiares. Agora, Março, ainda estão com as folhas do ano anterior. Só lá para Abril as perdem e nascerão as novas. A exuberância floral, lá para finais de Maio, princípios de Junho! Aprecie e observe, que vale a pena.)
Esclarecimento a Crónica “Falta de Serviços Essenciais…”
e
Crónica de Descontentamento (s) VII… E desabafos...
Na crónica que escrevi, em 09/03/19, referi alguns disfuncionamentos referentes aos CTT.
Agora, devo constatar que o postal enviado a 07/03 chegou ao seu destino a 11/03, demorando quatro dias. Situação regular, que corresponde a dois dias úteis, que de permeio houve fim de semana.
Também constatei, no dia 12/03, que a cabine telefónica, nos CTT da Capital de Distrito, já funciona. Segundo me foi informado, há cerca de um mês.
Ótimo. Parabéns e que assim continuem. A funcionar como deve ser!
O postal ilustrativo deste post é a digitalização de um dos que a “APBP – Artistas Pintores com a Boca e o Pé” habitualmente edita e que, há vários anos, vimos adquirindo.
É também uma forma de ajudarmos estes Artistas, divulgando a sua Arte!
E aproveito para enviar mais uma “carta” com os meus descontentamentos…
No referente a chuva, ela continua sem aparecer… Vislumbrou-se no início do mês, mas rapidamente se eclipsou.
Em contrapartida, começaram os Incêndios.
Isto dito assim, tão a seco, até parece que são uma fatalidade natural, já esperada…! Que não são! Por mais que nos queiram impingir mediaticamente essa anomalia.
Falta muito, sempre muito trabalho de prevenção. Por mais que se faça, dificilmente estará completo a tempo e horas.
Basta olharmos a beira das estradas, as próprias autoestradas, dentro dos próprios limites destas… e dentro das próprias cidades.
Em Almada, friso, está um designado “Koi Park”, frente ao Fórum, rente à A2, na saída da “Ponte 25 Abril”, que é um matagal há anos, sem limpeza. É imperioso e urgente que seja feita, ademais numa zona com tanto tráfego e congestionada nos acessos.
E porque é que os meios de comunicação dão tanta cobertura mediática aos fogos?! Tanto espetáculo desnecessário. Porque não são objetivos, concisos, informativos e formativos?!
E para quando a implantação de unidades de transformação dos milhares de toneladas de inertes produzidos com as limpezas, em vez de as termos que queimar?!
E ainda esta situação do tempo meteorológico…
Em Portugal, estamos em seca severa… Em Moçambique, vemos toda aquela desgraça… E, mais uma vez, a exploração da miséria alheia, do sofrimento atroz, trazido à ribalta comunicacional. Uma certa contensão, precisava-se!
Estas ocorrências regulares pelo mundo fora, quando acontecidas em países pobres, subdesenvolvidos, têm repercussões muito mais catastróficas.
E tanto investimento feito em guerras totalmente absurdas e desnecessárias! Que os "Donos do Mundo” fomentam pela ganância. Tanto que podiam fazer pelo Bem da Humanidade, dotando os países pobres das infraestruturas basilares. E esta responsabilidade é prioritária dos respetivos dirigentes desses países! Realce-se!
Os títulos, levados à letra, reportar-nos-iam para ene assuntos, n serviços e atividades que nos faltam, nos mais diversos contextos e enquadramentos.
Até podia ser sobre a chuva… Que “estragou” os Carnavais!
Mas então a chuva não faz falta?!
Não! Não?! Não vou falar da chuva. Que faz imensa falta. Ela que venha!
Hoje vou falar de Correios; os CTT, que já foram das Entidades que melhor terão servido as Comunidades ao longo de décadas, neste País, nomeadamente no Interior. Quando não existiam nenhumas das modernidades que hoje temos, telemóveis, internet, computadores, estas e outras funcionalidades existentes que, ainda há escassos anos, eram pura ficção.
Não falo nas dezenas ou centenas de lojas que fecharam por todo o país, especialmente no Interior, onde mais eram necessárias. Têm valido as Autarquias que se organizaram para servir as populações, institucionalizando esses serviços nas respetivas Sedes…
Falo de serviços elementares que faltam nas ainda existentes Lojas de CTT.
Concebe-se que numa Loja de CTT não haja uma máquina para comprar selos de correio, automaticamente, sem ter que esperar nas filas enormes?! (E, a este propósito, as filas são sinal de que os serviços são necessários.) Já houve! Mas foi retirada. E porquê? Bem sei que hoje quase ninguém escreve cartas…
(!!!…?)
Ou concebe-se que uma carta enviada de uma Aldeia do Interior, para chegar ao Litoral Suburbano de um Concelho da Margem Sul, demore dez dias até ao destinatário?! Nem no tempo da mala posta!
Ou que cartas vão parar regularmente aos vizinhos, até noutros prédios, e algumas até com documentos importantes?!
Ou que num posto de CTT, numa Capital de Província, ademais no Interior, a cabine telefónica não funcione há mais de um ano?!
Mas, agora os CTT até têm um Banco! E é verdade! E que promete… que promete…
Mas os bancos… nem assado, nem assim, nem mesmo os de jardim!
E são só esses os seus descontentamentos?!
Se os fosse a desfiar todos, eram um rosário… E eu já não vou nem em terços… Não falo das Agências da Caixa encerradas, na falta de Centros de Saúde… Não falo dos disfuncionamentos da Caixa… Não falo na falta de profissionais de Saúde nalguns Centros…
(E estes escritos surgiram-me na sequência de ter precisado de enviar um simples postal ilustrado… no dia 7! E quem ainda envia postais ou cartas?! Só mesmo os cotas dos cotas! E ao pretender um simples selo de correio, corri as freguesias e só havia numa loja particular… E os CTTs não são também particulares?)
E, dir-me-á… Preocupa-se você com estas ninharias quando há Pessoas, digo, Pessoas que vivem e dormem na rua, ao relento!...
Crónica num dia que balança entre chuva… e arco-da-velha!
Benfica… Festival… SCALA – Almada!
Esta crónica está para sair há dias. Quer reportar-se mais propriamente ao dia 2 de Março, sábado. Mas só saiu hoje, dia seis, “Quarta Feira de Cinzas”!
Ainda se lembra de algumas ocorrências marcantes nesse dia dois, em termos culturais?!
(Mas antes quero assinalar que ontem, dia cinco, começou a chover. Neste Outono – Inverno, mais uma vez mal choveu. O que já acontece há quatro anos consecutivos. No ano passado julgo que também começou a chover no dia cinco. Depois em Março, Abril e Maio, choveu pelos três anos anteriores de seca! E este ano?! Esperemos que também chova, que a água faz imensa falta… E, hoje, o dia tem sido como o ditado… chuva e sol!)
Mas voltemos ao dia dois.
Bem!... O que aconteceu?!
O Benfica foi ganhar ao Porto. Ótimo! O campeonato ganha outra dimensão.
Mas já reparou que os campeonatos, há anos, que são só praticamente Benfica e Porto, Porto e Benfica?!... O Sporting eclipsou-se… E falta que faz um Sporting à altura. Sem clubismos ou fanatismos, facciosismos, de qualquer parte.
Tal como em tudo o resto só Lisboa e Porto é que contam! Uma bicefalia anormal e prejudicial ao País. Alguns outros clubes periodicamente fazem fogachos de alguns meses, algumas semanas, mas depressa se extinguem. (Braga, Guimarães, Boavista…Tondela!)
E já reparou na origem geográfica dos clubes da Primeira Liga? Noroeste e Litoral, a grande maioria.(Porto, Braga e Aveiro = 50%; Lisboa e Setúbal = 25%. 3 clubes das Ilhas, 1 do Algarve; 1 de Viseu, outro de Vila Real!!!!!)
Não é que interesse haver clubes só por haver. Ademais ele há por aí tanta coisa por debaixo dos relvados…. Mas interessam as múltiplas relações entre vários aspetos identitários deste País: Sócio culturais, económicos, demográficos, de desenvolvimento, as tão grandes assimetrias Litoral – Interior. (…) Em que o Futebol, para o bem e para o mal, anda envolvido ou de algum modo espelha exageradamente. (…)
Outro acontecimento.
Houve Festival da Canção. Não por acaso, em Portimão!
Houve bonitas canções e interpretações. Ganhou quem se previa.
Mas de canção, canção, não ouvi nada. Uma performance inusitada, uns acessórios faciais e manuais, uma dança acrobática, umas vestimentas clownescas… Isto digo eu, que sou duro de ouvido. Mas houve quase unanimidade dos júris… Festival da Canção?!