Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Inauguração da Exposição de Pintura da associada Isabel Martins, às 16 horas, na Galeria e Sede da SCALA. A exposição estará patente ao público até 20 de Setembro.
Momento Musical com Francisco Naia e José Carita.
Dia 21- Sábado
Inauguração da Exposição de “Poesia Visual”, do associado Francisco Carita Mata, às 16 horas na Galeria e Sede da SCALA.
Momento musical com Gabriel Sanches.
Dia 28- Sábado
Grupo Musical “Sons Diversos”, às 16 horas, na Sede da SCALA.
“Poesia à Solta”, na SCALA, onde os Amigos da Poesia têm oportunidade de declamar / dizer / recitar / ler / cantar os seus poemas. Junte-se a nós, Poetas da SCALA.
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Decorreu muitíssimo bem a inauguração da Exposição, que ainda pode visitar.
Obras muitíssimo bonitas que pode apreciar e, eventualmente, adquirir…(Todavia, não tenho a certeza se estão para venda.)
Já não pode é assistir ao espetáculo musical que foi proporcionado pelos “compadres” Francisco e José. Mas eles andam por aí… decorrem várias atividades pela Cidade de Almada, em que estes músicos e cantores disponibilizam, altruisticamente, os seus talentos musicais.
Em contrapartida, poderá apreciar na Sede da SCALA, os talentos de Gabriel Sanches, no dia 21 e de “Sons Diversos”, no dia 28.
Na sequência de desafio lançado na sessão de “Poesia à Solta”, ocorrida a 27/10/18, na sede da SCALA - Almada, a quem quisesse participar, de organizarmos uma “ANTOLOGIA VIRTUAL”, subordinada ao tema “MAR”… E após ter divulgado igualmente esse convite no blogue… Vamos finalmente (!) dar a conhecer os participantes e correspondentes textos, poéticos ou não.
Esta “Antologia Virtual” é uma iniciativa pessoal. Friso!
Obrigado pela Vossa participação, que nos enriquece sempre podermos ler e divulgar a Arte da Escrita, poética ou em prosa. E ouvi-la dizer por cada um, como cada qual sabe, e que com o seu saber e labor nos revela um dos lados mais gratificantes da Humanidade: a Arte de Poetar e Dizer Poesia!
Ah! Eu também vou participar, claro.
E será que esta “Antologia Virtual” terá algo a ver com a “Exposição de Poesia Visual” a inaugurar a 21 de Setembro na sede da SCALA?!?
Romance – Publicações Dom Quixote – 2006 – 1ª edição
“Momentos de Poesia” de Julho foi subordinado à divulgação de um Autor Portalegrense atual, Rui Cardoso Martins, que nesse contexto tive oportunidade de conhecer pessoalmente. Sabia da sua existência, apesar da imagem mental que tinha dele ser a de outra pessoa das “Produções Fictícias”. Situação, aliás, que reportei ao próprio. Também não é devidamente conhecido e valorizado na Cidade, como merece. Frise-se!
Posteriormente a “Momentos”, na net, pude aprofundar sobre o Autor. E pude constatar do seu valor.
Entretanto na “Nun´Alvares” comprei o livro “E se eu gostasse muito de morrer”. Que já li e estou a reler. Muitíssimo interessante. Todo o Portalegrense, todo o Alentejano deveria ler! E não só! Porque é um livro universal.
Lê-se muitíssimo bem, dada a forma como as várias narrativas se entrelaçam. Seguir as várias histórias num livro tão impregnado da Cidade foi uma experiência única!
Conhecendo os espaços da ação, como tão bem conheço, vários dos enquadramentos tantas vezes e por vários anos calcorreados por mim, foi um modo de ler e fruir a leitura com maior envolvência.
Vários dos locais vêm identificados pelo nome próprio (colégio, hospital, seminário, praceta de Camões, plátano do Rossio, castelo, sé, paço do bispo, algumas ruas também…)
Outros foram batizados com outros nomes, o que a partir de certa fase da leitura, o meu modo de integração do processo de compreensão do que ia lendo, foi escrever, por cima, o nome exato do local. (Café Cortiça / Tarro, Rua Directa / Direita, Assentados / Assentos, Penhasco / Penha, Senfim / Bonfim, Porta da Defeza / Devesa, tasca do Marchito / Marchão, Av. João XXI / Pio XII, …Café do Centro / Central, Corredor / Corredoura, Rua dos Canastros / Canastreiros, Ribeira da Lixeira / Lixosa, …)
Os factos narrados, vários são por demais conhecidos, alguns bem na memória de muito boa gente, outros ter-se-ão desvanecido com o tempo. Não conheço todas as situações, aliás questiono-me se terão todos, um fundo de verdade…?
Os / As personagens, melhor, as pessoas reportadas no romance, algumas também com os nomes ligeiramente alterados, outros / outras com o nome próprio. Alguns identifico, a maioria, não…
Saliento desde já, que acho que neste livro o Autor homenageia bem por demais a Cidade! Presta um grande tributo à sua vivência nesta Cidade Transtagana. Apresenta de modo peculiar, talvez até um pouco descontraído, as nossas tragédias, melhor a nossa tragédia máxima, que é a Morte, a única e acutilante certeza com que nascemos. E que a todos os seres humanos coloca em pé de igualdade. “Ninguém cá fica!”
Apesar da temática, a narrativa não é relatada de forma mórbida. Há muito sentido de humor, ironia por demais, até graça, no relato dos acontecimentos. Tão peculiar esta nossa forma alentejana de encararmos as vicissitudes do Destino! …As nossas “fezes”…
E por “sorte macaca”, caso o Autor viesse a dar continuidade a esses relatos de mortes violentas e trágicas, várias ocorreram na Cidade, após o término da ação transcrita no romance. Fatalidades! Todavia… “… Não devemos perder a capacidade de nos rirmos de nós próprios…” p.115. Cito!
Faça favor de ler! (Contudo, atrevo-me a vaticinar que muitíssima boa gente torcerá o nariz ao livro.) Atreva-se! Ouse, que é inteligente! Irá divertir-se, tenho a certeza!