Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Poema inspirado, ainda, nestes tempos que nos percorrem.
Imagens da Cidade, captadas no ano passado, na vinda do “Boi D’Água”. Local icónico, uma aldeia na Cidade. Uma paisagem serrana em plena Planície.
E também fotos tiradas no mesmo local, em datas diferentes, de uma papoila garrida, verdadeira Primavera e de uma planta muito peculiar, folhas de forma lanceolada, guerreira, portanto, mas cujo nome desconheço.)
Dizia-me o meu Pai (1926 – 2008), que lhe dizia o Ti Zé Tabaco, que “ter um limoeiro à porta é como ter um médico em casa”.
Nestes tempos ou contratempos de reclusão forçada, tenho aproveitado também para arrumar o acervo de fotos tiradas com o telemóvel nestes últimos anos.
Entre elas, várias do Limoeiro que temos no quintal.
Não sei porquê, acho por bem divulgar e publicar algumas delas e, deste modo, constituir este postal.
(Algumas notas finais:
O Ti Zé Tabaco era de uma geração anterior à do meu Pai. Terá nascido nos inícios do século XX ou mesmo no século XIX. Não sei. Não éramos de família. “Ti” é expressão comum nas Aldeias. Morava numa quinta frente à Horta do Carrasqueiro, ainda existente, com uma casa bem bonita, pintada de uma cor quase salmão, que me lembra paisagens de outros países.
Ainda sobre o limão, todos sabemos da sua componente Vitamina C e do respetivo poder preventivo que tem nas defesas do organismo.
Realço ainda a expressão “ O meu Pai dizia, que lhe dizia…”, forma tradicional de transmissão do conhecimento, em épocas transatas e entre Pessoas que maioritariamente não sabiam ler ou escrever, nem havia acesso generalizado a livros ou jornais, quanto mais a todas estas novas tecnologias e a este “informar” (?) segundo a segundo, em ene meios de comunicação!
E os limões lembram-me também as canções: "Limão, verde limão..." e a "Rosinha dos limões...", da Amália?)
Fotos de trabalho que desenvolvi na sequência desta situação que estamos vivendo, quando ainda esta epidemia não estava instalada na Europa.
Elaborei estes desenhos no início de Fevereiro deste ano, quando ainda pouco se falava sobre "coronavírus", nem se imaginava toda a problemática que estamos a viver atualmente.
Fotos de trabalhos artísticos de relax, realizados nestes dias de stress
Nestes dias de reclusão forçada, a partir da generalização da pandemia “Covid – 19”, no dia 19 de Março, “Dia do Pai”, de que este ano mal se lembraram as “redes”, produzi estes trabalhos que aqui vos apresento.
Fiz separadamente cada um dos elementos, mas no final constitui um tríptico.
1º trabalho:
2º a ser executado, mas que constitui o 3º elemento do tríptico:
3º trabalho na execução, mas que foi criado para constituir precisamente a ligação entre os outros dois, formando o 2º elemento e intermédio do conjunto do tríptico.
Como referi em post anterior, sempre a inspiração chegou, a tempo de escrever um poema. De certo modo também para participar na Tertúlia online da APP - Associação Portuguesa de Poetas.
O tema é sobre o assunto que atualmente nos atormenta. Todavia reportando para uma certa esperança, que, no final, vencerá o Amor. Até porque, amanhã, começa a Primavera e é o "Dia da Árvore". Apesar dos dias sombrios que vivemos, melhores dias virão.
Ainda quero publicar uns posts divulgando trabalhos que tenho estado a elaborar, aproveitando estes dias de reclusão.
Nestes postais sobre a situação que vivemos, resultante da proliferação infeciosa do célebre coronavírus, já aqui abordei a atitude fundamentalmente reativa com que a UE “agarrou” o problema, não tendo levado a um fecho mais lesto das fronteiras, Portugal aventura-se timidamente… (Bem sei que é precisa alguma contenção, mas…). Realcei também o facto que estas e outras ameaças são as atuais e verdadeiras guerras que a Humanidade trava e terá que travar no futuro, com inimigos comuns a todo e qualquer Ser Humano, ademais imprevisíveis e desconhecidos.
Com um tom mais ligeiro também relacionei com futebol e poesia.
Vou continuar no tema, mas quero sair deste assunto, que tanto inquieta e atormenta.
Ontem lembraram-se, através das redes sociais, de agradecer aos profissionais de saúde. A todos os que trabalham nos variadíssimos serviços prestados neste ramo, alguns mais especificamente, pelo “combate” que travam face ao vírus, que nos chaga a vida. Bateram-se palmas, às janelas e varandas! Inteiramente merecido esse reconhecimento. Ainda há bem pouco tempo se achincalhavam esses mesmos profissionais e o SNS. Já aqui escrevi sobre a importância que o setor da Saúde, bem como o da Educação tiveram na melhoria generalizada das condições de vida deste País e do mundo em geral. E do necessário reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos respetivos agentes, sem desprimor, obviamente, de qualquer profissão. Neste postal quero frisar alguns aspetos relacionais entre Covid 19 e Educação.
Mas antes também quero mencionar outros setores profissionais, que não estando propriamente na “luta direta”, muito contribuem também para fazer face à ameaça. Por ex., os profissionais dos supermercados, que diariamente se expõem sob múltiplas facetas e que nos permitem termos acesso aos bens mais essenciais. Os profissionais de distribuição e fornecimento. Os profissionais de transportes, nomeadamente de passageiros, que permitem assegurar o funcionamento de muitos outros serviços, eu sei lá… os profissionais de segurança pública, os profissionais de limpeza e higiene públicas.
Há uma interdependência permanente, constante, um elo de ligação, entre tudo e todos e que, nestas situações, para o bem e para o mal, neste caso muito especificamente, se observam constante e diariamente e nos direcionam para a indispensabilidade de cooperação.
No respeitante à Educação, vão deixar de haver, temporariamente, aulas presenciais. Irão ser substituídas por ensino à distância.
Formulo votos de que seja possível concretizar essa possibilidade a 100%.
Em variados casos, pais que não estejam a trabalhar, poderá ser uma aliciante oportunidade de acompanhamento dos filhos e dos respetivos professores, em lecionação em direto.
Senhor/a encarregado/a de educação, aproveite esta oportunidade para estar mais próximo do seu educando! E dos respetivos professores. (À distância recomendada...)
Pois… Poesia, mas nenhum poema que eu tenha escrito sobre o tema. Ainda que goste de escrever sobre temáticas de cariz social, muitos textos poéticos, mais ou menos originais, melhor ou pior escritos, têm sido publicados neste blogue sobre assuntos dessa natureza.
Todavia este tema, assunto, que agora assoberba os meios de comunicação, pela sua importância e gravidade, não me suscita a criatividade poética.
Então a que propósito a Poesia se interliga com o célebre dito “bicho”, que nos atormenta e inquieta, nos condiciona, a todos nós, em todo o mundo?
Bem… Várias das Associações ligadas à Poesia, a que estou associado, decidiram, e muitíssimo bem, suspender as diversas atividades programadas para Março, aplicando as medidas de contenção face à propagação do vírus. Decidiram bem, tive oportunidade de manifestar a minha concordância através do mail, tanto para a APP, como para a SCALA.
Não quer dizer que as reuniões, encontros poéticos, tertúlias, tenham assim números assombrosos de gente, é verdade, e é pena, mas não sendo muitos, que geralmente não somos, de facto, somos muitíssimo importantes, como, aliás, todo e qualquer Ser Humano, apesar de haver por aí grandes camafeus…
Mas, reconheça, Caro/a Leitor/a que não é toda a gente que tem o dom da Poesia…
E o que seria do Mundo e de Portugal sem os Poetas, as Poetisas e a Poesia?!
Está, deste modo, explicada a interligação Covid 19 – Poesia. E logo neste mês tão emblemático, dedicado à Primavera e à Poesia.
Ainda farei a conexão deste dito cujo, cujo nome se omite para afugentar maus presságios, com outros contextos.
E quanto à criatividade poética sobre o mesmo, nada me garante que ela não possa acontecer, pois que não mando no meu pensamento criativo, por vezes surgem-me poemas, poesias, versos, prosas poéticas, quando menos espero. Ser Poeta é um Destino, é uma Condição, em que não me determino. Acontece Poesia… muitas vezes, independentemente da minha vontade.
Sugestões para colmatar o vazio sonoro dos estádios sem adeptos.
Face ao alastramento da epidemia, vários espetáculos e eventos desportivos têm sido suspensos uns, adiados outros. Jogos de futebol sem público. Acho muito bem! Acho muito bem que se evitem grandes ajuntamentos de pessoas, isso inclui, obviamente, aquela enchente de Carcavelos. (Esta gente não tem tino!)
Todavia percebo que deve ser altamente frustrante para os craques jogarem sem o apoio do público, sem aquela gritaria em uníssono de “Goooollloooo!”.
Já os impropérios, os archotes, as garrafas, são, de todo, dispensáveis. (E, a propósito, esses energúmenos que atiram objetos não aconselháveis para os recintos desportivos são ou não suscetíveis de identificação e subsequente erradicação dos estádios, para além de criminalizados?!)
Reconheço que esse empolgamento indispensável dos adeptos gritando, cantando, acompanhando as jogadas, será realmente contagiante e apelativo nos jogos.
Daí, lanço uma ideia, que poderão pôr em prática, sem me pagarem nada pela mesma, que não a vou registar.
Criem umas trilhas sonoras adequadas aos momentos empolgantes, de golo, penalti, livre, fora de jogo, canto, falta, impropério ao árbitro, cartões amarelo e vermelho, eu sei lá…
Essas bandas sonoras seriam por ex. com a reprodução dessas sonoridades de jogos anteriores, há imensas gravações, imensos peritos nessas atividades e, vai daí, soariam nesses momentos marcantes.
Para alegrar e animar as hostes poderiam igualmente criar músicas adequadas a esses momentos específicos, como nas touradas, uns pasodobles, outros ritmos adequados e condizentes com os respetivos momentos futebolísticos.
É em situações críticas que surgem criações originais.
Mãos à obra!
Não devem é os artistas da bola ficar sem o incentivo sonoro que tanto empolga os estádios!
Que breve, breve, vão fechar todos! E que vai ser de nós sem o futebol?! (…)
E já agora, frisando:
Sempre tantos, tantos milhões para futebóis! De onde vem tanto milhão?! Chocante!
Quando tanto falta noutros setores, como agora bem se constata na SAÚDE!
À data que escrevo, os países europeus, nomeadamente os que nos estão mais próximos e especificamente Portugal, puseram em prática medidas mais drásticas para contenção do vírus. Pecam por tardias, realçando Itália que atuou muito tardiamente e Portugal, o que mais nos interessa, que não agiu logo de forma ativa perante os portugueses vindos de Itália, antes do Carnaval.
Nesta confusão de países afetados, chama-me a atenção a Coreia do Norte. Rodeada de países afetadíssimos: China, Coreia do Sul, Japão. Não há casos?! Mistério!
Se há algo que esta pandemia nos deveria fazer refletir, muito especialmente para os dirigentes, os que mandam realmente neste Mundo, é sobre a precariedade da Vida Humana. Como perante uma ameaça desta natureza, a Natureza nos alerta para a nossa condição de fragilidade e igualdade perante algo que nos é inevitável: a Morte. A “Mulher da Gadanha” está sempre presente e nem toda a evolução das nossas modernidades nos permite escapar dessa fatalidade.
Essa condição deveria fazer pensar todos os Donos deste Mundo, os senhores da guerra, os dirigentes das grandes, médias, pequenas potências: a inutilidade da Guerra.
A verdadeira Guerra a travar pela Humanidade deverá ser perante estas ameaças que surgirão periódica, ciclicamente. Ultrapassada esta pandemia surgirão outras no futuro. É só olhar para o passado. Há pouco mais de um século, 1918, a eclosão da designada “Gripe Espanhola” teve mais efeito na mortandade de soldados nas frentes, que as próprias armas. E foi um dos fatores que apressou o final da 1ª Guerra!
A disponibilização de recursos para vencer e preparar os “ataques” a estas e outras calamidades, para as catástrofes naturais, a ocorrerem todos os anos e nos mais diversos locais da Terra, deverá ser a prioridade de exércitos, marinhas, forças aéreas, das Forças Armadas.
Uma reconversão funcional e material dos recursos militares, a todos os níveis, para fins de salvar a Humanidade.
Já reparou, caro/a leitor/a, que ao produzir uma bomba, por ex., seja ela qual for, há uma aplicação de múltiplos e variados recursos, no valor de milhões e milhões, retirados obviamente de outras necessidades?! E para quê?!
Para simplesmente serem destruídos, queimados e ademais ainda para matarem seres humanos, animais e plantas e destruírem equipamentos, construções, outros recursos necessários ao bem-estar da Humanidade.
Não acha que é um verdadeiro desperdício e estupidez?! Tantos hospitais, escolas, creches, habitações, estradas, que ficam por construir, para produzir uma bomba que só serve para destruir. Reflita nisso!
A guerra da Síria, as guerras do Médio Oriente, as guerras em África e na Ásia eternizam-se. Provocam milhões de refugiados, que aportam à Europa…
(Como classificar a atitude da Turquia?!)
É imperioso, urgente negociar para o fim dessas guerras sem sentido.
É desse modo, a montante, que prioritariamente o problema dos refugiados tem que ser resolvido.
Todavia, é a jusante que ele se torna premente de resolução imediata.
Para essa resolução têm que se empenhar todos os países mais diretamente participantes, nomeadamente as grandes potências que se digladiam indiretamente, por ex. na Síria.
A Europa, sim! A Rússia, os EUA, as potências regionais do Médio Oriente, países e entidades insuspeitáveis, todos têm a sua quota-parte de responsabilidade. Todos devem cooperar na resolução imediata do problema dos refugiados.
Tendo recomeçado a escrever no blogue não posso deixar de abordar alguns assuntos que mediatizam a nossa vivência social.
O tema dominante nos últimos meses tem sido o avanço do “coronavírus”. Uma pandemia que alastrou aos vários continentes e que nos traz a todos sobressaltados. A sua eclosão, como epidemia, na Itália e disseminação acelerada pelos países europeus talvez pudesse ter sido minimizada.Se, ao ser conhecida e declarada nesse país, tivesse logo havido a aplicação de medidas de contenção mais drásticas na Itália, bem como nos países de origem dos milhares de turistas que por essa época a visitavam, antes do Carnaval. Fronteiras fechadas a viajantes não prioritários, nomeadamente turistas. Controle rigoroso dos viajantes saídos, muito especialmente à chegada nos respetivos países de destino, algo que não foi feito em muitos deles. Quarentena ao chegarem. Medidas que passaram de lado, pelo menos pelo conhecimento que temos, tanto em Portugal como em Espanha!
Medidas internas de fecho de serviços públicos, como por ex. escolas, foi algo que demorou, mesmo na Itália.
Percebo que tivesse que haver alguma contenção, para não provocar alarmismos, apesar da comunicação social bastante ter feito nesse sentido. Todavia a União Europeia, na perceção que tenho tido do assunto, tem atuado mais de uma forma reativa que proativa.
Como sabemos, a epidemia surgiu na China, pela passagem de um vírus, de que alguns animais são portadores, para os humanos. Não vou aprofundar esse aspeto, que não conheço devidamente, nem propriamente julgar hábitos culturais de outros povos. (Em tempos, há cerca de trinta anos, era apreciador da comida chinesa. À medida que fui percebendo certos enquadramentos associados à mesma, deixei de apreciar. E não diga que é preconceito, que não é. Foi à posteriori que formulei a minha perceção. Mas, adiante…)
O que pretendo referir é que talvez seja tempo para que não só chineses, como outros povos, deixarem estar os animais descansados nos seus habitats, sem andarem a perturba-los, nem viverem conjuntamente com os mesmos, ademais para lhes servirem de alimento e para curas e tratamentos miraculosos.
O mesmo se aplica, nas nossas sociedades “modernas” e ocidentais, para essa promiscuidade exagerada com animais ditos de estimação, em que os cães pontificam, sujando tudo quanto é rua, passeio, parque, equipamentos públicos, esquinas e escadas dos prédios. Não falo sequer dos pombos, “ratos voadores”, tal como os cães, casos de saúde pública.
Nem menciono animais exóticos, usados como de estimação... nem aves presas em gaiolas.