Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Mas pela Natureza nas Cidades, Vilas e Aldeias, em "Aquém - Tejo"!
Volto a modelo de postal que já apresentei várias vezes, inicialmente sob o título “LocaisPitorescos…” e que, no último post sobre o tema, intitulei de “Passeio Virtual na Cidade!” Já ando para elaborar este, há semanas. Sai hoje!
Nestes tempos de passeios problematizados, recordamos algumas imagens de passeios já realizados. Propositadamente não explicito onde se situam as imagens. São todas de Aquém Tejo! Em todas elas a Natureza se apresenta na sua beleza e magia, nos locais mais inimagináveis e na sua simplicidade aparente, mas também na sua enigmática riqueza. A ação humana também nelas se apresenta, explícita ou implicitamente.
A 1ª imagem é de um local de todos os dias. “Azinhaga da Atafona”, assim se nomeia. Azinhaga – caminho estreito e antigo. Atafona – antigo lagar, puxado a animais. Não há memória de tal indústria artesanal no dito caminho, mas dado que o nome persiste, provavelmente terá havido em tempos por demais recuados. Persistência da memória e tradição oral, provavelmente...
Caminho bordejado de papoilas. Sabe que às plantas que dão as lindas flores das papoilas se chamam “papoilegos”? (Será certamente um regionalismo.)
A foto será de há três anos. Nos últimos dois, pelo menos, já o caminho não se bordejou com tal garridice, porque a autarquia persiste em “adubar” o espaço com um daqueles produtos maravilhosos que secam as plantas. Detesto este procedimento!
A 2ª imagem é de duas plantas floridas num local bem distante do primeiro, junto ao mar, e num castelo. Vila, com porto de pesca e excelentes praias, abrigadas pela serra. (2019)
Duas plantas nascidas entre as pedras da muralha. A Natureza tem destas peculiaridades.
A do 1º plano conheço bem. Costuma chamar-se “Coelhos” ou “Bocas de Lobo”. São cultivadas nos jardins, mas também nascem muito espontaneamente, caso desta. A planta, em segundo plano, que foi a que me motivou para a foto, não conheço de todo.
A 3ª imagem é de um pequeno jardim, particular, mas na rua, um “alegrete”, com duas plantas do mesmo tipo, em tons rosa e branco. Conheço-as por malmequeres. Num bairro popular, duma Cidade, com rio e mar, na freguesia da Pietá! A foto foi colhida em 2018, por ocasião de uma celebração tradicional, habitualmente evocada a 1 de Maio!
A 4ª imagem (2018) - com junquilhos e alecrim, também num alegrete, numa aldeola antiga, situada numa colina, no meio da planície, com uma vista incomensurável. Tem topónimo replicado na Vila, situada no plaino.
E esta 5ª imagem?!
Num local icónico da Grande Cidade - 2019. Espaço natural, mas construído pelo Homem, tentando seguir a Natureza. As espécies animais presentes também foram introduzidas pelo Homem. O pato não tenho a certeza.
A 6ª imagem é de uma Barragem, à data, Outubro 2019, quase completamente seca. Entretanto, Dezembro, choveu e voltou a encher-se. A estrutura central, sempre submersa, intriga-me sobremaneira.
A 7ª. Uma bela laranjeira carregada. (2018) - Junto a muro de antigo cinema ao ar livre, na Cidade. Que é o que mais jeito dá agora. Eventos ao ar livre, mas com lugares marcados e devidamente distanciados.
Isto está tudo ligado: É pescadinha de rabo na boca! / Conversa é como cerejas!
Neste fim de semana, de sábado para domingo, terminou o “Estado de Emergência”. Mas entrou em vigor o “Estado de Calamidade Pública”. Também no final de domingo, 3 de Maio, terminou a proibição de circular entre concelhos.
Mas 2ª e 3ª feira e hoje, quarta, parece que o pessoal, praticamente desconfinou de todo. Grupinhos nas bombas de gasolina, no Mac’s, nos bairros, nas tabernas... Os passeios com os caniches são prolongados, as cavaqueiras…
A modos que a interpretação do assunto se ficou pelo levantamento do “Estado de Emergência”.
Mas a “Emergência Sanitária” mantém-se. A Covid continua ativa!
(Mas “anda tudo de pata alçada!” para o passeio: Isto é, o pessoal e os caniches.)
A pressa de descomprimir é natural. Tantos dias confinados…
Algumas das mensagens implícitas também contribuíram para tal.
Oficialmente, a comemoração do 25 de Abril, da forma como foi feita não foi correta. A celebração do 1º de Maio, idem. (Não concordei! E que importa a minha opinião?!)
Curiosa, nestas sequências, a atitude da Senhora Ministra da Saúde praticamente a autorizar, até a incentivar, a celebração de Fátima, com pessoas: fiéis, peregrinos, remetendo essa decisão para as autoridades eclesiásticas. Surpreendente, no mínimo, não acha?!
Presente envenenado, achei eu!
As autoridades eclesiásticas, que já andam nestas lides há milénios, não aceitaram o presente. E fizeram muito bem!
Portugal tem tido uma atuação exemplar, no contexto da gestão da pandemia. Da parte das Autoridades, consonância entre os vários poderes, entre oposições. E a postura do Povo Português que aceitou confinar-se, sem grandes alardes.
Atualmente é necessário, de facto, começar a reativar a Vida, económica, social, etc. Mas nos setores económicos realmente importantes e fundamentais em termos da Vida das Pessoas. Com cautelas! “Cautelas e caldos de galinha não fazem mal a ninguém!”
Nalguns setores não vejo qualquer sentido. No futebol! Bem sei que anda ali muito dinheiro em jogo. Aliás, é precisamente aí que reside o busílis da questão. O “Money” que os clubes, os “Grandes”, querem auferir, para pagarem as despesas milionárias, as dívidas que contraíram. Houvesse um pouco de bom senso e pura e simplesmente o campeonato era dado como terminado. Sem subidas nem descidas, sem vencedores nem vencidos! Mas anda ali muita ganância… Porque se terminaram várias modalidades, outros escalões, porque persistir em recomeçar o futebol?
No jogo vão manter a distância social de dois metros? Quem não cumprir, é autuado?
Nos jogos, mesmo sem público, como evitar as concentrações e os atropelos dos fanáticos? Vão destacar forças de segurança para acompanhar esse pessoal pelo país? Vão decretar proibição de circulação nos dias dos jogos?!
E as equipas das Ilhas?! (…)
Senhores Decisores, tenham coragem e terminem o Campeonato e a Taça! Já!
E, futuramente, haja a moralidade de não pagar salários astronómicos, de dividir prémios entre todas as equipas do campeonato. Sim, porque os que ganham, por serem mais ricos, fazem-no à custa dos mais pobres, em quem “andam a bater” todo o campeonato.
E, meus Caros Senhores e Senhoras, sabem o que é andar nos comboios e metros da Grande Lisboa, atulhados de gente?!?!?!
E mantenham as fronteiras fechadas ao “turistame”. Senão, espanholadas, inglesadas e francesadas invadem isto tudo, à procura da tranquilidade. Trazem euros, sim, mas se fosse só isso que trouxessem!
E os corredores de camiões e camiões, continuamente, Lisboa e porto seco de Badajoz?!Vias férreas indispensáveis. Reativação funcional de linhas por esse País, nomeadamente a de Leste e Ramal de Cáceres!
E tenho dito! Que já vai longo o texto… Qu’isto é tudo “pescadinha…” ou então como as cerejas…