Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Nestes dias de confinamento, não posso deixar de abordar dois acontecimentos mediáticos recentes, um de caráter internacional e outro nacional.
A 25 de Novembro, faleceu Maradona. Face ao que observei, no presente e no passado, em tantas manifestações reais e virtuais, em tantos meios comunicacionais, em declarações inflamadas de tanta e tão boa gente… não imaginava tanto endeusamento em torno de um indivíduo.
Foi o triunfo da Idolatria!
Neste fim de semana de confinamento, decorreu, em Loures, o congresso do PCP.
Foi o triunfo da teimosia!
Não é que o PCP não tivesse o direito de realizar o encontro partidário, que tinha, todavia, neste contexto, não deveria. Ou deveria realizar virtualmente, sei lá!
E para quê?! Para ficar tudo na mesma, que, pelos vistos, continua o mesmo secretário geral!
Mas a teimosia é também dos que persistentemente passam o tempo a bater no assunto, por preconceito.
Diz o provérbio: Um teimoso nunca está só! Tem de haver sempre outro teimoso, no caso vertente, vários.
O célebre Plátano do Rossio, de Portalegre, foi declarado como a Árvore do Ano, depois da escolha efetuada por votação, através de email.
Há que dar os parabéns! À Árvore, pela sua capacidade de resistência? Ao Rossio, que irá ter mais uma placa por baixo do Plátano, como forma de assinalar a efeméride? À Cidade? A quem promoveu a iniciativa? A quem votou, que neste caso, e neste ano, se mobilizou? Ao bairrismo? A quem a plantou? A todas estas entidades?! O que acha?!
Também votei, como escrevi e divulguei no blogue, em “Passeio Virtual na Cidade de Régio II”. À data, já se delineava o Plátano como possível vencedor, seguido das Árvores que acabariam por ficar nos lugares seguintes: a Oliveira de Mouchão e o Schotia do Jardim Botânico da Ajuda.
Como tinha de escolher duas árvores, não selecionei a Oliveira. Que era também merecedora de vencer. Aliás, bem pode concorrer para o ano. Uma árvore que, segundo cálculos técnicos e científicos, tem mais de três mil anos, não vai morrer assim de um ano para o outro. Irá concorrer e com todo o merecimento, vencer. O Plátano também não foi a primeira vez que concorreu…
(Há três ou quatro anos procurei saber como se calcularia a idade de umas oliveiras e solicitei informações a um laboratório da UTAD. Explicaram-me genericamente os procedimentos a efetuar e o preço. Este não me entusiasmou, pois ascendia quase a mil euros. Desisti! Faço um cálculo hipotético, atribuindo-lhes várias centenas de anos, algumas talvez rondando o milhar, nomeadamente a que caiu com a tempestade de 19/20 de Dez. 2019.)
Quanto à Oliveira de Mouchão, intriga-me a idade que lhe atribuem. Segundo tenho lido, as oliveiras são originárias da Ásia Menor, Palestina, Síria…Terão sido os Fenícios que inicialmente as terão disseminado pela Bacia do Mediterrâneo, seguidamente os Gregos e principalmente os Romanos. E também os Árabes.
Ora estes povos chegaram à Península Ibérica, os primeiros, os Fenícios, há cerca de 2500 anos. Aí residem as minhas dúvidas, dado que atribuem à dita Oliveira mais de 3 mil anos!
Dezenas de oliveiras que conheço no nosso Alentejo têm na sua base um zambujeiro, que foi enxertado. Presumo que a de Mouchão estará nas mesmas condições. Sobre essa matriz de oliveiras bravas foram feitas enxertias de oliveiras mansas. As bravas são mais resistentes, daí servirem de porta enxertos, todavia a azeitona é pouco carnuda, por isso são enxertadas para produzirem melhor azeitona.
A minha questão é: Os zambujeiros já existiriam na Península, antes de os Fenícios terem trazido as primeiras oliveiras mansas para enxertar?!
Retornando à Cidade de Régio.
O Plátano, encontra-se no topo sul do designado “Jardim do Tarro”. Outro jardim ou parque existente designa-se “Corredoura”. Em ambos, existem várias árvores a precisarem de poda. Também, futuramente, não será mais adequado plantarem árvores autóctones e deixarem os plátanos, os áceres, de parte?!
Hoje, aproveitando o final da manhã, o bom tempo e antes do toque a recolher, caminhámos pelo Boi D’Água. A noroeste, na encosta soalheira, existe um pinhal com árvores enormes e imenso mato.
Não há quem corte e desbaste?! Não se lembram dos verões quentes?!
Quem diz Almada, diz Rio: Tejo, a Ponte, Cacilhas…O Ginjal…
E quem diz Mar, diz: Costa
A Costa é uma imensidão de praia, oportunidade de lazer, mas também é trabalho... tradicional: Arte Xávega.
Novo fim de semana de confinamento. Não sou especialmente contra a situação, penso que é necessário haver alguma contenção nos contactos sociais, esperemos que, deste modo, também exista diminuição dos contágios.
É assunto que já abordei várias vezes, isto da Covid, não me apetece falar mais no tema, pelo menos hoje, já basta o estar confinado…
Retidos em casa, todavia sempre é possível realizar os habituais “Passeios Virtuais”.
Anteriormente destacara a “Cidade de Régio”, que também é uma das minhas Cidades.)
O de hoje, vai ser dedicado à “Cidade de Rio e de Mar”, que também é uma das minhas Cidades. “Alma Subtil…”
Documentar sobre Almada, é inevitável abordar o Rio: Tejo e o Mar. E sobre este, imprescindível, a Costa. (Eu escrevi a Costa, a, friso…)
E hoje até esteve um dia convidativo para um passeio até às praias. As fotos aí foram tiradas, mas não hoje.
A paisagem envolvente da Costa é também património construído, testemunho de épocas transatas com outros hábitos de veraneio, documentadas por estas casinhas que mais parecem de brincar! As inevitáveis gaivotas!
A Natureza, sempre. Com as suas peculiaridades. Uma Estrela do Mar!
Falar de Almada é também lembrar a Casa da Cerca, documentada várias vezes no blogue. Também o Solar dos Zagallos.
Imagem da Casa da Cerca, com Lisboa em fundo.
Também Arte, Música, Poesia, Cinema, Leituras, Bibliotecas... Teatro... Desporto... CULTURA.
E ficam ainda vários elementos patrimoniais dignos de visitas campestres: as Azenhas ou Moinhos: o do Ti Luís Belo, (foto supra, autoria de Marco Rego), o das Caldeiras, o do Salgueirinho, o da Ribeira da Midre.
E o(s) Lagar(es)?
E Caro/a Leitor/a, já reparou na variedade de nomes que já referi, respeitantes sempre à mesma Ribeira?!
De Cujancas, é o nome oficial.
Mas localmente, só tem essa designação, a montante da Aldeia, quando si inicia, junto à ponte da estrada, Crato - Monte da Pedra e, a jusante, junto à ponte da Linha de Leste. No intervalo entre estes dois locais, para além dos nomes que já designei, ainda o de Ribeira das Vargens e o de Ribeira da Lameira. (…)
Se souber mais algum, comunique-o neste postal, SFF.
E só estes itens para visitar?
E a Anta do Tapadão?! Esse monumento grandioso, com mais de cinco mil anos?!
E a Igreja e o Adro à volta? E as vistas da Torre?! E a Araucária?
E as Oliveiras milenares?
E a Casa Museu? E as Ermidas, as da localidade, São Pedro e Santo António e a da Senhora dos Remédios?!
Aproveito para lembrar e para algo que me impressionou imenso. Envolveu centenas de pessoas de diferentes países, de vários continentes. Calcorrearam vários dos locais que mencionei nestes postais.
Pois, digo-lhe. NÃO deixaram lixo nos campos.
É também esse pedido que lhe faço. Quando visitar os nossos monumentos e / ou percorrer os nossos campos, NÃO deixe lixo: sacos, garrafas de plástico ou latas, restos de roupas ou calçado, maços de cigarros, eu sei lá!
Por favor!
Para além do mais... Passeie... E proteja-se, a si e os outros! SFF!
Este postal já anda para ser publicado há algum tempo… Este passeio virtual, hoje, vai ser dedicado à minha Aldeia: ALDEIA da MATA!
Começo por dizer que as fotos ilustrativas dos caminhos vicinais para asFontes das Pulhas e do Salto foram extraídas do site da Junta de Freguesia, a quem agradeço. Duplo agradecimento, pelo trabalho efetuado na limpeza e arranjo dos caminhos para estas fontes, a que habitualmente nos dirigimos.
Parabéns, também!
Ainda em Outubro, fomos buscar água a ambas e o trajeto estava excelente, nomeadamente nos locais onde mais se faz sentir a erosão. No caso das Pulhas, na rampa descendente junto à “Tapada do Rescão” e na do Salto, entre a Horta do Primo Valério e a “Tapada das Freiras”.
Entretanto, vieram as desejadas chuvas, por vezes fortes, de modo que não sei como estará o terreno, pois em Novembro não chegámos a ir buscar água.
Desejamos que continue transitável.
Este introdutório insere-se na sugestão dimanada do subtítulo.
Já referi aqui, em anterior postal, como seria interessante que fossem organizados percursos pedestres, estruturando eventos periódicos, enquadrados neste conceito de “palmilhar territórios a pé”.
Desfrutar das paisagens naturais que temos, no apreciar dos monumentos singelos ou mesmo grandiosos de que dispomos.
A ideia fica lançada para quem, de direito e com recursos, a possa organizar.
(Quando vivermos tempos melhores...)
Todavia, nada impede que, individualmente ou em pequenos grupos de núcleos familiares, as pessoas usufruam desses passeios.
Neste postal, sugestiono alguns dos aspetos a enquadrar nesse contexto de visitas, documentando fotograficamente com o que disponho.
A si, Caro/a Leitor/a, sugiro a recolha documental de outros elementos não expressos neste espaço comunicacional.
As Fontes referidas são das que têm água que considero mais apetecível.
Fonte do Salto, Fonte da Bica, Fonte das Pulhas são as que mais frequentamos.
Mas também há quem goste de ir à Fonte da Baganha, à Fonte de Alter, à Fonte do Boneco.
Independentemente da preferência pela respetiva água, uma visita é sempre merecida. Acrescento ainda a Fonte da Ordem, nesta, a água está há muito interdita, mas, como singelo monumento, é muito peculiar.
Existem ainda outras fontes, ainda mais modestas, rústicas, mas que talvez mereçam visitas.
Digo: A do Sabugueiro, a do Salgueirinho… a da Fonte Silveira, coberta com tampa, perdeu parte da peculiaridade.
Haverá outras fontes, e mesmo as duas primeiras não sei como estarão.
E, enquadrando o tema sugerido, as Pontes: a da Ribeira do Salto
(Também há a da Ribeira das Pedras. Mas não tenho foto.)
E as Passadeiras?!
A foto supra é das Passadeiras da Ribeira da Lavandeira.
(Também existem as da Ribeira do Porcozunho e as da Ribeira das Pedras.)
Este postal é introdutório dos que quero publicar a partir de amanhã.
Foto original tirada na minha Aldeia, no caminho da Fonte das Pulhas, em 3 de Outubro, deste ano de 2020.
O nosso clima permite que, já no Outono, as silvas ainda floresçam. Não terão chegado a produzir amoras, já se vê, que, entretanto, choveu e bem(!), e certamente… adeus pétalas das flores…
Para o próximo ano haverá mais… lá para Junho.
As silvas são das plantas mais peculiares que conheço, no respeitante aos frutos: as saborosas amoras. Começam a dar em Junho, como as uvas, que começam a “pintar” nessa altura, e em anos bons, ainda há amoras em Novembro.
Quem ganha com isso é a passarada!
Até amanhã… e prestem atenção aos passarões, que por aí andam… SFF!
“Pássaros, Passarinhos, Passarões, Aves de Capoeira e Cucos”!
Bem, não vou escrever sobre os passarões que por aí andam, a tramar as nossas Vidas!
Neste fim de semana de confinamentos, se há algo que impressiona nas ruas, é a falta de movimento, principalmente de carros. De que resulta um silêncio, se por um lado agradável, por outro, um pouco incomodativo. A ausência de barulho de fundo, que deveria ser totalmente aprazível, torna-se também no mínimo estranha, para não dizer de algum modo opressiva.
Quase nenhumas pessoas, para além dos habituais passeantes de cães, alguns vistos pela primeira vez. Não sei onde terão os bichos guardados aos dias de semana, nem sei como conseguem tê-los, nestes apartamentos espaçosos que habitamos! Enfim, bicho sofre!
Mas por animais, se os há que dá gosto apreciar das janelas ou das varandas, são as Aves. Passarinhos, uns mais passarões que outros, não deixam de tratar das respetivas lides domésticas. Nesta época, especialmente a alimentação e limpeza corporal. Não há confinamentos que os detenham.
Os inevitáveis pombos, essencialmente oportunistas, esperando que lhes deitem os alimentos, nos locais habituais. As gaivotas cada vez mais presentes, aproveitando todas as oportunidades, dominando os céus, velozes e poderosas.
Os melros, sempre presentes. Dos pássaros mais tratadores de vida. Logo pela manhã, ainda o sol não nasceu, já eles lançam cânticos estridentes pelos quintais e, ao final da tarde, aproveitando o crepúsculo, ainda esgaravatam os últimos talhões, na mira de algum verme, minhoca ou inseto. No poste ou árvore mais alta, despedem-se do dia, cantando.
Os inefáveis e saltitantes pardais. As milheirinhas, as toutinegras (?) e um pássaro preto que não faz parte de nenhuma das listas dos que conheço, mas que é presença assídua, embora recente, nas aldeias vilas e cidades que frequento. Nem falo das rolas de colar.
E já que o confinamento deu para falar de aves, ilustro com foto de ninho no quintal. Foto tirada já em Agosto, muito tempo após a criação dos passarinhos, que nomeio de milheirinhas. Quando o ninho está funcional, procuro nem me aproximar do arbusto onde ele está, embora conhecendo a respetiva localização genérica.
Se tiver oportunidade de observar o comportamento da ave, na altura da postura ou da criação dos filhotes, é pertinente ver todos os cuidados que os progenitores têm para nos iludirem sobre o local onde está o respetivo lar.
E, por gaivotas, foto das ditas, confinadas na Costa da Caparica. Abrindo o postal.
Neste tempo de restrições à circulação, voltamos aos Passeios Virtuais.
Este vai ser na Cidade de Régio. Bem, na Cidade propriamente dita, não. Mas em dois locais praticamente na Cidade, mas simultaneamente também afastados, mas impregnados da Natureza. Aonde, nas calmas, apetece passear, para espairecer. Ou acelerar o passo, caso queiramos queimar calorias. O “Passadiço” e o “Boi D’Água”.
Também está a decorrer a votação para a Árvore do Ano. O “Plátano do Rossio” é a representante da Cidade e está ficando bem colocado. Já votou?! Vá, exerça o seu direito de voto!
Mas não o documentamos aqui neste postal.
Iniciámos a galeria de plantas, com a imagem de um dos vários pinheiros mansos majestosos, que abundam no Boi D’Água.
Conhece esta flor que dá um fruto cuja época de colheita é agora? Novembro é o mês da ****. (Até se diz que as galinhas põem poucos ovos neste mês.)
E este fruto?! Cuja época de amadurecimento também é neste mês. Qual é o fruto que é simultaneamente ave e ovelha?!
E, por ovelhas, aí vai um rebanho que víamos nos passeios, mas que ultimamente tem andado desaparecido.
E, esta flor campestre?! Lembra os dedos… Mas não lhe mexa desprevenido, porque é muito venenosa.
E voltamos a uma flor campestre.
E esta árvore, tão frondosa?
E a rampa que dá acesso ao Miradouro, onde se encontra a árvore anterior. E de onde se têm lindas vistas da Cidade e arredores.
E um excerto da descida do “Passadiço” para a Cidade. Vendo-se a célebre Casa que já foi Amarela e agora é Branca.
(E, a propósito de Casa Branca, o célebre inquilino de cabelo amarelo, já se mentalizou que tem de desocupar a Casa?!)
E terminamos com uma alameda de bétulas, estas bem dentro da Cidade.
E a propósito de arvoredo, a Cidade tem dois parques urbanos “A Corredoura” e o “Jardim do Tarro”, com árvores majestosas. Mas muitas precisam ser podadas, pois no espaço citadino, como algumas estão, podem tornar-se perigosas para os transeuntes.
Não de minha autoria, que neste blogue também se divulgam os trabalhos de outras pessoas, de outros poetas, de outras poetisas. Também esse é o propósito do blogue. Desde que me enviem poemas, que sejam publicáveis, terei muito gosto em fazê-lo.
É uma forma também de nos afastarmos das politiquices que abundam sempre por aí.
E, principalmente e neste caso específico, lembrarmos AMÁLIA. Que também admiramos. Tal como Rolando e Olívia Diniz Sampaio, também grande admiradora da nossa maior Cantante.
Um abraço amigo, virtual, que estas cenas da Covid obrigam-nos a estarmos afastados das tertúlias.
Para ilustrarmos o Poema, uma linda Rosa. (Amália era grande apreciadora de rosas.)
(Esta Rosa rosa pertence a uma roseira que enxertei numa base de roseira brava de cor branca. Fica um rosa mais claro. E floriu em Outubro, que é essa a riqueza do nosso clima: termos rosas praticamente todo o ano.)