Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O Senhor Primeiro-Ministro, Drº António Costa, foi a Portalegre… (Cidade do Alto Alentejo…) e a Flor da Rosa, para anunciar que as Obras da Barragem do Pisão vão mesmo arrancar. Repetiu a dose de visitas alentejanas! É caso para dizer que “não há fome que não dê em fartura!”
Sobre a dita Barragem do Pisão, eu sou mesmo como São Tomé. É ver pra crer!
Desde criança que me lembro de ouvir falar de uma barragem a construir perto da aldeia do Pisão, localidade que iria ficar debaixo de água. Na altura não conheceria a palavra submersa. Nem sabia onde ficava o dito Pisão. O meu Mundo era muito pequeno, embora eu avistasse a Serra ao longe.
(“Ao longe, a Serra / Uma miragem / Duma impossível viagem.” - Esta estrofe será já da adolescência.) Adiante…
Quanto à dita construção da aludida Barragem, prometida e reprometida, como a “Sempre Noiva”, algumas questões se me tecem.
Neste ano de eleições, é um afã de realizações futuras, a prometer. E é por todo o lado.
É um apostar forte nas câmaras que se querem manter ou recuperar. “Ganhar” é o termo que se usa, mas de que não gosto. O espírito dos Autarcas deverá / deveria ser: “Servir”.
O PSD também “aposta” forte. Já nas anteriores eleições, os partidos investiram fortemente nas respetivas candidaturas na Cidade. Todavia a candidatura de Independentes – CLIP, conseguiu manter a liderança da Câmara. Conseguirá também desta vez?
Ainda sobre a Barragem e respetivos usos múltiplos.
Não esquecer!
Vai situar-se na Ribeira de Seda, que é uma das principais fontes de abastecimento da Barragem do Maranhão. A montante desta. Logo parte do caudal da Ribeira ficará retido nesta Barragem do Pisão.
A do Maranhão, cujas fotos ilustram o postal, já tem falta de “liquidez”. Porque chove pouco. A foto é de Outubro de 2019, no culminar de uma seca de vários anos. Mas também porque há um uso superintenso nas regas dos olivais que a rodeiam.
Esta Barragem acolherá as águas pluviais da bacia hidrográfica da Cidade e Zona Industrial e Comercial e arredores. Bem como das respetivas estações de tratamento dos esgotos. Ou será que estarei enganado?
Água de qualidade para abastecimento das populações?!
(Eu vou ali… já venho.)
E se, no espaço territorial de acesso de águas, forem plantar novamente olivais como os que vemos no Maranhão, que precisarão intensamente de água para regar… então será melhor deixarem-se estar, deixarem a água correr no seu percurso natural, a ver se enche o Maranhão.
A ideia da central fotovoltaica, julgo interessante.
É uma barragem que vai dar para muita coisa, já se vê!
E terei dito tudo o que será importante e importa dizer sobre a Barragem?!
Ah! O Turismo também!
E… as Barragens para Abastecimento das Populações deveriam ser um Santuário!
E, por promessas:
Não se esqueçam do IP2 e dos vários estrangulamentos que tem no Norte Alentejano e que são urgentes de resolver.
E ainda sobre idas ao espaço, em turismo, promovidas por alguns multimilionários que assim experimentam e põem em funcionamento as respetivas empresas, com que querem lançar-se em concorrência, levando a passear outros endinheirados como eles.
Nem a propósito, no dia 24 de Julho, saíram duas notícias no SAPO, versando estes temas.
No respeitante aos javalis referem a questão do carbono libertado da terra, pela fossada dos bichos. Algo que desconhecia completamente. E pelos vistos o espaço territorial de intervenção destes animais é muito mais alargado do que eu supunha. Julgaria que se restringia principalmente a Portugal e Espanha. Pelos vistos não.
É necessário promover as batidas e caçadas aos ditos cujos, para controlar as respetivas populações. Entre outras vantagens, haverá sempre algum ganho económico com essa atividade.
Lancem mãos à obra!
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Quanto aos aspetos negativos das viagens espaciais para turismo, no respeitante ao Ambiente, à partida elas são evidentes.
Uns indivíduos, mais que milionários, resolveram dar umas voltinhas no espaço, para verem a Terra lá de cima. Como se não bastassem os milhares de aparelhos que por lá andam a monitorizar o Planeta, há dezenas de anos.
Se queriam vivenciar uma experiência verdadeiramente imersiva sobre a realidade terrestre, múltiplas e variegadas opções poderiam viver por cá. Ele há tanta gente a viver vidas tão díspares, sem o mínimo de condições básicas de sobrevivência, que eles se poderiam juntar a elas e, vivendo em pé de igualdade, talvez valorizassem os milhões, de que dispõem, na criação de condições para que a vida de milhões de outros Seres Humanos melhorasse.
Um deles, ao que li, não come bifes, para que o impacto negativo sobre a Natureza com a produção de carne seja diminuído.
Não digo que, neste aspeto, não tenha razão. É necessário reduzirmos o consumo. Evitarmos o desperdício, nomeadamente o alimentar, entre outros comportamentos e atitudes que deveremos ter perante a Natureza. Não necessariamente erradicarmos liminarmente o consumo de carne nas nossas dietas.
Mas, convenhamos, a moda que estes multimilionários inauguraram, que de uma moda se trata, e que virá para ficar (?), não será muito mais impactante sobre a Natureza, a Terra, o Planeta, o espaço envolvente?!
Para o Bem? Para o Mal?!
E, a propósito de “Bifes”...
B. Johnson “libertou” os ingleses, das restrições da pandemia, a partir de 19/07/21.
“Dia da liberdade”! Quando os casos de Covid atingiam números record! Contra o parecer de cientistas e de gente avalizada sobre o tema.
Como se a Liberdade se traduzisse no andar a chocalhar por bares, discotecas e pubs, a emborcar cervejas, a encher estádios e arredores, de pessoal de bebedeiras.
Estranho conceito de liberdade!
Sabendo todos como o Reino Unido é uma peça central em todas as comunicações na Europa e no Mundo. São múltiplas e variadas as interações que o conectam com todos os países, de todos os continentes.
E como tem sido também um dos focos transmissores de variantes do Corona.
“Inglesices”, no mínimo.
Outra questão diametralmente oposta ou talvez não.
Li, também muito recentemente, que os lobos a modos que voltaram ao distrito de Castelo Branco. No corpo da notícia depreendia-se regozijo por tal facto.
Eu, que tenho andado atarefado com os efeitos das raves de javalis e javalinas e consequentes “javalinices”, fiquei mais preocupado, do que feliz.
Não fora esse hipotético retorno um mau sinal ou sintoma negativo da vida do nosso Interior: o despovoamento, a desertificação, o abandono dos campos.
Para muito pessoal das Cidades, do Litoral, é “must” a vinda e proliferação dessas bichezas nos campos. Como se o Interior fosse assim uma espécie de reserva cinegética, para contemplar e fotografar aos fins de semana, em experiências muito relaxantes, para cativar amigos no Face e no Insta.
Porque o retorno desses animais ao campo irá provocar destruição desnecessária. Ou pensam que qualquer criador de ovelhas gostará de as ver dizimadas?!
(A propósito, quando retomam a caça aos javalis?! E o abate de cães de matilhas selvagens?)
Não que eu não aprecie a contemplação e vivência natural, sob os múltiplos aspetos que ela nos proporciona: animais, plantas, mundo mineral. Tudo me interessa e a harmonia entre os vários agentes que moldam a Terra cativa-me e toca-me. Pena tenho que fotos de animais, especialmente “selvagens”, tenha dificuldade em tirar. Por isso me volto mais para as plantas e paisagens.
E quanto ao espaço e hipotéticas viagens siderais, atesto que me desinteressam completamente. Não me vejo a viajar por aí. Bastou-me andar de avião. Coisa que não faço há anos. Da última vez que “voei”, foram tais dores de cabeça, que fiquei sem vontade de repetir!
Saúde! Muita! E, Obrigado por me ler até aqui!
(Fotos?! Rosas, rosas e mais rosas / Três rosas e uma hortênsia.)
A Natureza proporciona verdadeiros quadros pictóricos. Aos mais diversos estilos.
Na continuação de postais anteriores, voltei a fotografar espaços territoriais que nos surpreendem, sempre, pela sua riqueza, neste caso, visual.
Chuviscara nesse dia de Julho!
Logo pela manhã, subi a Serra, na expetativa de as rochas estarem molhadas e proporcionarem outras perspetivas visuais, das suas texturas e estruturas.
A chuva não fora o suficiente. Todavia, as fotos foram realizadas.
Alguns excertos do “espólio” obtido estão neste postal.
Espero que goste. Saúde!
Pode observar a interação entre os vários elementos naturais.
Também é uma das Árvores que têm história, que é uma rubrica, melhor, tema, que tenho abordado com alguma frequência no blogue, embora não sistematicamente com direito a numeração.
Faz parte de um conjunto de plantas “irmãs” que comprei num supermercado na Sobreda, há alguns anos. Mas já neste milénio. Vinham todas no mesmo vaso. No quintal, transvasei-as, separando-as, para melhor se desenvolverem.
Plantei esta no Chão e outras, nos quintais. Dei exemplares a várias pessoas, familiares e amigas.
Todas têm crescido e até já deram frutos e já nasceram árvores destas iniciais.
Dão muitas sementes. Propagam-se com facilidade e a passarada ajuda à disseminação.
Esta das fotos, está plantada num canto do Chão, perto do caminho - Azinhaga do Porcozunho, onde esta entronca com a Azinhaga do Poço dos Cães. No lado oposto do caminho está um poço. Aí vai esta planta beber, que é para isso que serve a água e as raízes para lá se deslocam, na respetiva procura: hidrotropismo.
Essa foi uma das razões por que a plantei no local referido.
A outra razão deve-se ao contraditório do que diz a quadra.
Coloquei-a ali, perto do caminho, para quem quiser, levar um raminho.
E esse facto verifica-se constantemente. Os ramos do lado da Azinhaga do Porcozunho vão sempre desaparecendo.
Bom proveito façam, a quem os leva. E que torne as comidas saborosas.
Sim, as folhas desta planta são muita usadas em culinária.
Já sabe que planta é? Sabe desde o início?
Também se chama a esta planta o “sempre sobra”. É uma espécie de anexim. Porque usando-se na comida, as respetivas folhas são postas de lado. Não são comidas.
E esta é uma parte da História desta planta que é uma árvore tutelar, fazendo parte das florestas primitivas de Portugal: Continente e Ilhas.
In. “Segredos da Natureza a dois passos de Lisboa”, pag. 26.
De: Professor Manuel Lima (Fotografias e Texto)
Edição de Autor
1ª edição – Dezembro 2012
Tiragem: 1000 exemplares.
Em postal anterior, “Passeios por Aquém Tejo”, na sequência de postais sobre Setúbal, havia escrito que publicaria um Poema sobre Arrábida. Só hoje foi possível.
Este livro citado é um trabalho de excelência, como pode ajuizar a partir do excerto do Poema, de que transcrevo apenas três estrofes. Doze estrofes o compõem. Onze nonas e uma quadra.
Excelentes Fotografias, excelentes Poemas, abordando seis grandes Áreas Temáticas: “Parque Natural da Arrábida, Cabo Espichel, Reserva Natural do Estuário do Tejo, Lagoa de Albufeira, Arriba Fóssil da Caparica, Parque Natural de Sintra – Cascais”.
Comprei o livro em 06/04/2013, num lançamento promovido pelo Autor. Não me lembro em que local de Almada. O preço não registei, contrariamente ao que costumo fazer. Mas sei que foi relativamente em conta, entre dez e quinze euros. Para o trabalho que nele está incorporado, que não tem preço e sem suporte de editora, foi baratíssimo.
Caro/a Leitor/a, desejo-lhe boas Leituras de Verão, com muita Saúde!