Percurso Histórico: Flor da Rosa - Aldeia da Mata (II)
Início: Mosteiro de Flor da Rosa – Término: Anta do Tapadão
No dia dezoito de Maio, na caminhada até à Horta do Carrasqueiro, utilizámos parte do mencionado Percurso Pedestre Histórico. Concretamente, a parte final, desde a Fonte da Bica até às Alminhas, temas que já abordámos nos blogues.
Neste excerto do percurso há uma verdadeira imersão com o espaço natural. A Natureza no seu esplendor! As hortas, espelho do trabalho humano. A Fonte, as respetivas funcionalidades e apetrechos de abastecimento. A vegetação autóctone, a passarada em permanente chilreio, os gados. Elementos arquitetónicos remanescentes de antigos processos agrícolas: uma eira, um redondel. As vistas da Aldeia, lado Leste, sempre com os dois itens iconográficos: a torre sineira da Igreja Matriz e a araucária. Trabalhos nos lajedos de pedra granítica, para facilitar a caminhada, de quando este percurso seria uma das entradas na Aldeia, há séculos.
Mas voltando aos tempos presentes e sendo este trajeto parte de um “Percurso Pedestre” homologado oficialmente, ele necessita de ser mais bem tratado, preservado, conservado.
Isto é, precisa de ser limpo. E, à data, não estava.
Bem sei que quase ninguém liga a estas coisas. De caminhar, de andar a pé, de fazer percursos ancestrais, ademais fora dos circuitos da moda.
O pessoal gosta é de andar nas estradas, mesmo sem passeios, arriscando a própria vida, em vez de passear, caminhar por trilhos percorridos pelos nossos ascendentes, há séculos, há milénios. Carregados de História e de histórias. Que eles os calcorrearam a trabalhar!
(Que muito boa e santa gente nem isso faz. As passeatas são apenas nas esplanadas!)
Mas adiante…
Mas… se os caminhos estiverem, pelo menos devidamente limpos e minimamente transitáveis, tornam-se mais apetecíveis.
E é imprescindível que as entidades competentes os promovam e divulguem!
A foto, titulando o postal, ilustra parte do Percurso não devidamente arranjado, mas mesmo assim apelativo, formando um túnel arbóreo, de plantas autóctones.