Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
«Lisboa, 25 de outubro de 2022 – Já se encontram abertas as candidaturas para o Concurso Nacional Árvore do Ano 2023. A árvore vencedora irá representar o nosso país no Concurso Europeu 2023. O propósito do Concurso Árvore do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural. Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas. Procuramos árvores que se tornaram parte de uma comunidade maior. A Árvore Europeia do Ano é uma final…»
Aldeia da Mata tem algumas Árvores que merecem uma candidatura.
Haja vontade para que ela se possa concretizar.
Estão todas em propriedades particulares. É indispensável o envolvimento dos respetivos proprietários.
As fotos são de uma Oliveira Milenar, situada num terreno particular, a caminho da Baganha. Tem cerca de dois mil anos. Acompanhou a civilização romana. Não está muito longe do povoado dessa época, existente na designada "Lage do Ouro"!
As fotos apresentam-na em diferentes momentos de 2022 e de 2021. A 1ª é de 12 de Janeiro deste ano, após ter sido podada. A 2ª foto é de 8 de Setembro deste ano, já com alguma recuperação, depois da poda. A 3ª é de 1 de Setembro de 2021, antes de ser podada.
A foto seguinte é de 12/01/22, logo a seguir à poda:
E de 24/04/22, já ligeiramente recuperada:
Mas pelos campos da Aldeia existem outras Oliveiras e diferentes Árvores, também peculiares e com alguma longevidade. As seguintes são árvores existentes em terrenos, pequenos "Chãos", no caminho do Porcozunho e da Fonte das Pulhas.
E outra, com um tronco bem característico:
Mas a Árvore mais emblemática da Aldeia não será propriamente uma Oliveira, mas... uma Araucária!
Um Mobile de garrafões de água e de detergentes de roupa. Alguns de marca!
E um dos gatinhos do Quintal de Baixo observando e fazendo-se à foto. Uma Selfie?!
P.S. – Esta instalação “artística” (?) resultou de uma questão prática. A viga de cimento sobressai bastante do telhado. Ao sairmos ou entrarmos no cabanal arriscamo-nos a embater nela. A colocação dos elementos “artísticos” pretende torná-la visível, evitando hipotéticos embates.
Assim criámos um “mobile”, em permanente interação com os elementos, nomeadamente o vento! E enquadrado em Património identitário da Aldeia!
Fazem parte da minha “Criatividade”! Cada um tem a sua! Cada é como cada qual!
Neste postal, não vou abordar nenhum dos assuntos que têm estado na berra, nos nossos meios comunicacionais. Nem assuntos da estranja, nem cá do burgo.
Vou apresentar um tema recorrente neste nosso peculiar canto climático. É comum ouvirmos falar, todos os anos, em “Verão dos Marmelos” e em “Verão de São Martinho”. Agora, quando escrevo este postal, estaremos a meio caminho entre os dois. Todavia, certos anos, não se observa uma separação nítida entre estes dois tempos. O nosso Outono é muito marcado por estes contextos meteorológicos. Direi que o “Verão dos Marmelos” ocorre mais em Outubro, o de “São Martinho”, mais em Novembro. Não me perguntem datas precisas, porque não as tenho, nem sei, nem sei se alguém saberá. Também não tenho a pretensão de saber.
Mas deixemo-nos de deambulações verbais e situemo-nos no concreto.
A Natureza também se sujeita a estas características climáticas, não sei se as entende ou não. Interpreta-as a seu modo, a seu jeito.
Apesar de estarmos no Outono, mas como o tempo está primaveril, algumas plantas, arbustos, árvores, agem em conformidade. Florescem! Algumas quase com a mesma exuberância como se estivessem na Primavera.
Neste postal documento com fotos ilustrativas dos factos narrados.
Tutelando o postal, uma formosa rosa do “Quintal de Cima” (20/10). Quase todas as roseiras estão floridas. Situação que observo pelos mais diversos locais deste nosso e lindo Portugal!
As duas fotos seguintes são do carapeteiro/espinheiro/pilriteiro, no “Quintal de Baixo” – (17 e 21 de Out.)
Em ambas se observam, em fundo, pequenas bagas, que são os frutos. Outono e Primavera em simultâneo!
A 4ª foto é da lúcia-lima, de chás deliciosos. No “Quintal de Cima” - (20/10)
A 5ª é uma flor isolada e ampliada, de uma das ameixoeiras bravas, no “Vale de Baixo” - (23/10). Algumas destas árvores também floresceram bastante!
A 6ª é da romãzeira, que bordeja o “Caminho das Pulhas”, no “Vale de Baixo” – (01/11/22).
A 7ª – 16/10 - é de uma árvore, cujo nome desconheço, que, além destas lindas flores, tem de fruto umas pequeninas bagas avermelhadas. Trouxe bagas destas, do Jardim Botânico de Lisboa, certamente há mais de uma vintena de anos. Semeei. Obtive exemplares desta planta que tenho dispostos no “Quintal de Cima”. No início deste ano também já plantei um pequeno exemplar no “Vale de Baixo”.
A oitava e última foto é de um arbusto muito comum junto às ribeiras. Também não sei o nome. Fotografia tirada junto às passadeiras da Ribeira da Vargem. Em 24 de Setembro, deste ano de 2022. Nessa data, a ribeira não corria absolutamente nada nesse local. Havia apenas um pego a montante das passadeiras e outro a jusante.
Caro/a Leitor/a, espero que tenha gostado desta documentação sobre a(s) nossa(s) Primavera(s) do Outono!