Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
A partir das catorze - quinze horas, anunciava-se a chuva, muito leve, levezinha, enquanto percorria o circuito de manutenção, mais o “Gil”. No regresso, já se sentia o agradável frescor da água no rosto, o refrescante friozinho do contacto com a tão desejada, ansiosamente esperada, chuvinha.
Há semanas, meses, que não chovia. O Outono foi de águas, há meio século represadas, o Inverno nem vê-la ou mal aparecida. A Primavera, neste mês de Abril, era Verão de Junho e Julho. Calor, seca, já incêndios, não prometia nada de bom.
Hoje, ela apareceu, pouca, pouquíssima, para o que é necessária. Será que vai continuar?!
A ver vamos!
De qualquer modo, merece um postal.
Abençoada chuva. Bendita água refrescante de campos e de espíritos!
A propósito de um regresso da República Popular da China.
Quando, há alguns dias, ouvi o Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, mais conhecido por Lula da Silva, opinar sobre a guerra da Ucrânia, achei simplesmente deplorável.
Atendendo que, Sua Excelência, acabava de regressar dessa grande potência do Extremo Oriente e comparando a atual presidência brasileira com a anterior, ocorreu-me simplesmente esse aforismo na moda, nos anos 70 do século XX.
Como se dizia: “De Mau a Piau!”
É, no mínimo, uma tristeza, esta posição de Estado, do País Irmão, na pessoa do seu presidente em exercício. Porque o Brasil, não sendo uma grande potência, é um estado com importância significativa no mundo, com relevância na América, nomeadamente a do Sul e em muitos países de África e Ásia. Não reconhecer a situação de agressão, de invasão de um país soberano – Ucrânia - por parte da Federação Rússia é, no mínimo, lamentável, como referi.
(Esta posição, por outro lado, alerta-nos para que no Mundo e face à guerra na Ucrânia, não há unanimidade. A visão eurocêntrica que nós maioritariamente temos na Europa Ocidental não é perfilhada noutros continentes. Lula da Silva disse-o, mal visitou a China, continua a proclamá-lo na sequência de outras visitas por outros países. Mais parece um embaixador do agressor.
Bem sei que as guerras têm muitos cambiantes, há muitos interesses divergentes, há erros de todas as partes, há destruição e horrores por todos os lados.
Esta guerra, como outras que fervilham noutros continentes, precisam ser terminadas, via negociações de paz. Que nesta, como noutras, a Paz já tarda!)
Agora, como sabemos, Sua Excelência o Senhor Presidente da República Federativa do Brasil, mais conhecido por Lula da Silva, virá a Portugal no âmbito das comemorações do 25 de Abril.
«O Instituto Cultural de Évora, no âmbito do projeto Antologias Digitais, encontra-se a organizar a coletânea "Era uma vez...Alentejo".
O instituto está a trabalhar para publicar uma obra que seja representativa da Poesia e Arte Portuguesa da atualidade e pretende incluir o maior número de trabalhos possíveis. Os trabalhos poderão ser textos poéticos, fotografias e/ou obras artísticas, desde que todos estes sejam da própria autoria. Todos os trabalhos devem ter como tema o “Alentejo”.
Desta forma, pretende-se receber um poema, fotografia ou obra artística de autoria própria, que seja sobre o Alentejo, para que possa fazer parte desta Coletânea. Para tal, é necessário enviar, até dia 1 de maio de 2023, o seu poema em formato Word, com o tipo de letra Times New Roman, tamanho 12 e no caso de enviar também fotografia ou obra artística deverá enviar em formato JPG ou PNG. Os trabalhos deverão ser acompanhados do Nome do Autor(a) e Nome Artístico (caso se aplique), País e Distrito.
A coletânea não terá quaisquer custos e será publicada online em versão e-book, sendo que todos poderão fazer download gratuito da mesma, na editora Recanto das Letras.
Esta iniciativa conta com o apoio do IPDJ e do Corpo Europeu de Solidariedade.»
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(In. “Diário Campanário” - RegionalEscrito por Alexandre Lambuzana05/04/23)
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Aqui está uma informação que me dá imenso gosto partilhar.
Caro/a Leitor/a, vamos meter “Mãos à Obra”?!
No ano passado participei. “Cheia” também. Vamos a ver se, neste ano 2023, mais Poetas e Poetisas, que navegam nestes mares do SAPO, disponibilizam o seu contributo.
(No texto informativo, os negritos são de minha autoria.)
As trapalhadas destas nossas “governanças / (des)governanças”,
Das TAPalhadas nem se fala!
Habitualmente não me debruço muito sobre as (des)graças deste nosso Querido País!
Por princípio, por hábito, por saturação, não cavalgo os assuntos mediáticos que inundam, enxameiam, incendeiam regularmente os nossos media, as redes sociais.
Mas isso não significa que me aliene do que acontece. Só que saturo-me de tanta conversa, tanta asneirada, sei lá mais o quê!
Os que nos governam são o que são! Não me lembro de se observar tanta trapalhada por metro quadrado, como com estes “Artistas”!É de bradar aos céus!
Mas os que nos querem governar revelam-se mais competentes?! Apresentam melhores propostas de governabilidade? Dispõem de quadros mais capazes?!
Daqueles para quem o sistema era para derrubar ou fazer tremer, mal vislumbram oportunidade para nele entrarem, é vê-los a derreterem-se para se amesendarem. É só olhar e ver o comportamento dos ditos cujos. Vão todos dar ao mesmo!
Friso que não concordo com eleições antecipadas. Legislaturas são para se cumprir. Já relativamente às anteriores legislativas referi isso. Valeu a pena?! Que responda o "fado"! A quem interessaram?!
De Sua Excelência, o Senhor Presidente, bastava-nos tão somente que se enquadrasse exclusivamente nesse papel, que agisse apenas enquanto Presidente. Mas Sua Excelência incarna múltiplos papéis, desdobra-se em variadas representações (institucionais?). Professor Doutor, de pleno Direito. Comentador, Opinante, não apenas num canal televisivo, como quando essa função efetivamente exercia, mas, agora, em todos os canais. Bem podemos zarpar com o telecomando. Se está no canal X, logo aparece no Y, simultaneamente no Z. Não há como fugir. Parafraseando com o ditado: não há assunto nem tema, ocorrência ou trivialidade que Sua Excelência não comente, dê a sua deixa, ou perore. Não há paciência. De tudo sabe, sobre tudo fala. É um maná para a comunicação social.
Mas aí se esgotam os seus papéis e as suas representações sociais?! Será que esquece o respetivo enquadramento ideológico – partidário, a matriz identitária em que se enquadra?! Não exerce intervenção sobre ela?! Não intervém na sua condição de Cidadão?! (São muitos os papéis em que Sua Excelência se dobra e desdobra!)
Quando nos bastava que fosse apenas Sua Excelência o Senhor Presidente da República. Única e exclusivamente!
A Comunicação Social adora e delira! A toda a hora, Sua Excelência é entrevistado sobre tudo e mais alguma coisa!
E a Comunicação Social?! Os Media?!
As fontes principais que utilizo são as televisões. Os canais generalistas. Os noticiários mais parecem propaganda, exacerbam as notícias, gritam-nas! Mais que informar, deformam. Tantas vezes manipulam. Então, quando vêm com as sondagens. São um perfeito condicionamento. Misturam assuntos importantes com trivialidades sem nexo.
As greves sucedem-se. Algumas são crónicas. Outras surpreendem. (…)
(E a corrupção?! …)
Muito boa e santa gente se queixa deste nosso querido País. Eu também. E com razão as mais das vezes. Mas vivemos em Liberdade. Temos acesso a muitos bens e serviços, funcionalidades que não têm muitos dos que vivem em muitos outros países!
Mas face a esses factos, essas virtualidades, deveremos comer e calar?!
A 1ª quadra dos “Maios” achou uma nova quadra. Ainda de Abril e dos Maios, mais a Liberdade!
As fotos acompanham ainda os Maios. Ambas as quadras inspiradas no real, mas não há fotos publicadas dos potros. Não são meus, são certamente valiosos, estarão registados, por isso tendo embora fotos dos corcéis não as divulgo.
Vão também fotos dos Espinheiros, que noivam os campos, espalham um perfume sereno, mas apelativo e nos testemunham a Primavera deste Abril, hoje, já cheirando a Verão!
Continuação de excelente Primavera, excelso Abril Pascal e bons passeios campestres.
Ontem, 4 de Abril, foi tempo de testemunhar como os “Maios” já amarelejam os campos da Tapada do Rescão – Aldeia da Mata.
Inspiração para uma Quadra. A minha Musa é parca, parcimoniosa. Pode ser que ainda surja outra.
Tarde de espargos. Apanhei um molho bem jeitoso, nas habituais tapadas.
As cabras anunciadoras das “Páscoas”, mal foram soltas pelo dono, logo calcorrearam as três tapadas: a do Rescão, a das Freiras e o Chão da Pereira. Não satisfeitas, ainda saltaram para propriedade do vizinho. Lá teve de ir o Luís – dono - buscá-las. Chama-as e elas voltam. Interagem muito bem com os humanos. Mas são cabras! Sempre cabras!
Os javalis, certamente também as javalinas, andam numa fossadeira pelos campos. Quase uma lavoura! Pior é o efeito nas redes de proteção dos terrenos. Não resistem! Abrem buracos por todo o lado. Bem podem fechar uma saída (ou entrada?), logo descortinam outra. Não há trabalho de manutenção que aguente!
Aproveitei a tarde de ontem para a passeata habitual, ainda pelos campos. Vindo o calor, os espargos vão rareando, as ervas secam, os maios estiolam e abundam as carraças e outras bicharadas. Nessas alturas já não gosto tanto de passear no meio do ervaçal.
Anteontem, no decurso dos trabalhos “agrícolas”, vi a primeira cobrita. Deixei-a seguir o seu destino!
E, assim termino esta “croniqueta” campestre. Que, hoje, foi dia de Cidade!
(As primeiras fotos, de 26 de Março, são da Capital: Lisboa – Jardim da Gulbenkian.)
Nessa tarde de Domingo, parece que choveu gente nos terrenos arrelvados.
Noutros espaços da Capital terá sido igual.
A propósito.
Quando reabre o Centro de Arte Moderna?!
Parece que as obras não atam nem desatam. Da última vez que estivera no Jardim, 01/08/21, o que observei para além do tapume, parece-me o mesmo que vi a 26 do mês passado: 2023!