Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Hoje, de manhã, num dos noticiários, a propósito de JMJ, achei um piadão a Carlos Moedas, explanando sobre o assunto, falar tantas vezes sobre “a nossa cidade…”, “a nossa cidade…”
Há alguns anos, pouco mais de dez, disseram-me que o modelo para esta estátua, cujo Autor me esqueci de registar, fora um trabalhador da Urra. Terá sido?!
Como seria bom que o Mercado Municipal tivesse vida assim, todos os dias. Não apenas nos sábados de manhã.
Como seria isso possível?!
Verdadeiramente não sei, com certeza. Mas a existência de uma” loja / mercado moderno”, devidamente enquadrada no espaço do mercado municipal antigo, que funcionasse como “âncora”, não permitiria o funcionamento mais regular do próprio mercado tradicional?!
Digo eu… sei lá!
Como seria isso possível?!
E se lançassem um concurso de ideias sobre o assunto?! Arquitetos, urbanistas, engenheiros, Cidadãos em geral poderão ter opiniões válidas… Ou não?!
Volto a frisar algo que já mencionei noutros postais.
A concentração de todas as grandes superfícies comerciais na “Zona Industrial”, umas “em cima das outras” foi um erro de estratégia urbanística. Futuramente, a haver outras superfícies comerciais a quererem instalar-se na Cidade, porque não alocá-las mais próximo da Cidade tradicional?!
Digo eu… sei lá!
E o Fotógrafo tradicional… no Mercado tradicional!
(As fotos anteriores são de hoje, 29 de Julho de 2023!)
Resposta Fotográfica a Questões – “Inquietações” Anteriores.
Quando apresentei as flores, lindíssimas (!), do Cacto, questionei e questionei-me se frutificariam, com a dos seus primos, melhor, primas, Figueiras da Índia.
Pois, as imagens atestam a resposta à minha questão – "inquietação". Não frutificaram!
Sendo flores apenas de 24H. – um dia – uma noite, não será fácil conseguir polinização. Sim! Sem polinização, não haverá fecundação. E que agente(s) polinizador(es)?! Algum inseto específico?! Alguma ave?! Algum mamífero?! Mamífero?!?! Sim. Algumas plantas são polinizadas por morcegos. Isso é noutras terras, noutros mundos! E esta planta de onde é proveniente?! Não será de Outro Mundo – Novo Mundo?! Vem das Américas. Certamente esqueceu-se de trazer os polinizadores! E os nossos morcegos têm mais que fazer do que andarem a polinizar cactos de outro mundo!
E o facto de estar a solo, não terá também influência na ausência de polinização – fecundação?!
Pois, não sei! Já há muita coisa que não sei. E, porque não pesquisa?! (Preguiça… Inércia…. Falta de tempo….Internet deficitária… Muitos outros afazeres. Hoje, tenho de ir regar mais cedo. Precisamente para o Chão da Atafona, onde está este Cacto e os seus primos – primas.)
Mas, para o Cacto, essa não fecundação não é obstáculo à propagação da espécie. Já referi que deu um rebento, que dei a um Amigo, em cuja horta já tem mais rebentos. E este meu também tem um rebento novo, que tenho protegido para não ser papado pelas Comadres Lanudas, agora tosquiadas.
Aliás, como se observa na foto, o Cacto está todo devidamente protegido na base, com umas geringonças reutilizadas.
E porque escreve Cacto e não cato?! Porque, embora seguindo o novo normativo de escrita, não acho piada nenhuma a certas palavras desprovidas da sua raiz etimológica. Esta é uma delas. E, como no que respeita a escrita, atualmente, cada um escreve como lhe apetece, eu, nesta palavra, escrevo mesmo Cacto! (Embora o PC me diga que está errado!)
Caro/a Leitor/a, desculpe-me estes desabafos.
Votos de boas escritas e publicações, com ou sem fotos. E muita Saúde. E Poesia.
Que a Paz tarda e este mundo nada num torvelinho sem nexo!
Última foto: Amendoeira Doce.
É vizinha do Cacto, da Oliveira centenária, que o orienta e do cabanal, que os protege a todos do vento norte! Um dia falarei mais sobre ela.
Um destes dias, na minha ronda pelos blogues do SAPO, li este postal de “Cor da Escrita”. Achei piada à narrativa em verso e deixei o seguinte comentário, em quadra:
“Vou contar-lhe um segredo / Em jeito de brincadeira / O menino tinha medo / D'ir p'lo ralo da banheira! Saúde, paz e boas histórias!”
E vai daí, pensei: E porque não pegar na história e construir também uma narrativa sobre o tema, utilizando o comentário como epílogo?!
E, então, concluí ontem a minha versão, em 5 quadras, da estória do menino que não gostava de tomar banho.
Muito Obrigado a “Cor da Escrita” por me ter suscitado esta versão.
A profissão de tosquiador é, obviamente, sazonal. Pelo menos no respeitante às ovelhas. Não sei se o senhor também tosquia outros animais! É bastante especializada, exige precisão, perícia, empenho e bastante esforço. O tosquiador deve ficar cá com uma dor de costas! Digo eu, não sei…
Mas fui observando o trabalho enquanto lá estive e presenciei o desembaraço na execução das tarefas. E a descontração. São quarenta e quatro anos de atividade! A dado momento o sr. António, enquanto tosquiava, foi assobiando uma melodia, por acaso bem “executada” musicalmente. Estava completamente envolvido na função. No final referi-lhe que assobiava bastante bem, se também cantava. Ficou assim um pouco surpreso, mas acabou por afirmar que cantava, mas só quando estava com os copos…
O que não podia ser demonstrado ali, que tinha de acabar a tosquia, parafraseou o Luís, que queria o trabalho concluído. Fica para próxima oportunidade.
No decurso da função, à medida que vão estando mais à vontade, vão surgindo umas larachas, umas adivinhas… adiante!
Voltamos às fotos documentais:
A primeira, tutelando o postal, mostra uma das primeiras ovelhas tosquiadas, a juntar-se ao rebanho por tosquiar.
As “madames” no salão, à espera de vez, terão pensado: “Mas onde é que esta foi, que vem de lá assim tão pindérica sem a trunfa?! É isto que nos espera?!”
Na 2ª foto, o protagonista do processo:
(O Sr. António “descabelando mais uma madame”, digo, tosquiando mais uma ovelha!)
Na 3ª, o gerador, na caixa da camioneta, fornecedor da energia à tesoura elétrica.
A seguinte: mais uma perspetiva da execução da tosquia.
Uma ovelha tosquiada, descontraindo no quintal.
E a sexta e última: foto de foto do Sr. António a tosquiar, com tesoura mecânica.
(Não sei quando, nem onde.)
Caro/a Leitor/a, espero que tenha gostado desta singela reportagem sobre uma atividade e profissão de realce, especializada e rara. Os meus Parabéns e Obrigado a todos os intervenientes, especialmente ao senhor António.