Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Nos Campos - Vale de Baixo, e num Quintal de Aldeia da Mata!
Hoje, 30 e Novembro, tem-se fartado de chover! A expressão é mesmo essa. O “Mês dos Santos” despede-se com chuva. Abandona o modo de Outono – “Verão de São Martinho” e entra no ciclo de Outono – Inverno.
Se continua assim a chover, com esta quantidade e ritmo, durante vários dias, será que vamos ter novamente cheias na Ribeira?! A ver vamos. Aguardemos!
Com esta chuva, tocada a vento, o que irá acontecer será que as árvores de folha caduca perderão completamente as folhas.
No Vale de Baixo, os renques de árvores, que temos no lado leste das valetas transversais, são deste tipo de folhagem: caduca. Quando as fui plantando, essa escolha foi intencional. Que, no Outono, proporcionassem precisamente essa imagem de conjunto de folhagem colorida de amarelos e laranjas. Mas este foi um processo de aprendizagem. Aprendi, por ex. que as árvores não são todas iguais, têm folhagens diferentes, de tipos e cores e o processo de amadurecimento outonal não é simultâneo. Por ex., agora, enquanto o choupo e as romãzeiras ainda têm folhas, bem coloridas, os freixos já as perderam há várias semanas. O mesmo se passa com outras árvores, de tão variadas que são!
Talvez venha a plantar mais choupos, mas que têm sido difíceis de abacelar. Os verões são muito quentes e secos. Vou fazendo, aprendendo por tentativa e erro, emendando, errando, mas fazendo sempre, sem desistir!
Nos últimos anos também tenho plantado e semeado árvores de folhagem persistente: sobreiro, azinheiras, loureiros, sanguinhos. Bem, pinheiros mansos já plantei há vários anos!
As fotos documentam Outono, ainda, mas Inverno a chegar! São da minha modesta autoria! São de 27 de Novembro todas.
As duas seguintes são de um quintal, no Bairro de Santo António.
De um diospireiro, ainda com folhas...
e de outro, quase sem folhagem e ainda um apetitoso dióspiro:
Andou por aí muito boa e santa gente celebrando o 25 de Novembro!
Direito que lhes assiste totalmente, mas surge-me pergunta impertinente. Talvez até obtusa.
Será que esse afã celebrativo tem algo a ver, em sentido figurado, simbolicamente, com o que Édipo fez ao pai?!
Esta questão aplica-se genericamente a essa boa e santa gente, contextualizando, simbólica e inconscientemente, 25 de Novembro e 25 de Abril. E, especificamente, ao primordial promotor dessa celebração, alentejano ilustre e cosmopolita, aspirante de lisboeta.
(Interessante lembrar que, no início da década anterior, os feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro haviam sido abolidos! Escuso-me de frisar a importância destes dois feriados!)
Eleições antecipadas: necessárias e imprescindíveis? Não! Nem estas, nem as anteriores. Em ambos os casos, tinha sido perfeitamente possível encontrar soluções, no quadro institucional, sem recorrer a esta alternativa. Bastava que, quem pode e manda, nestas situações, tivesse orientado as suas decisões nesse sentido.
(É claro que o pessoal dos partidos adora! Delira!) E agora…já! As sondagens!!! Manipuladoras?!
Neste contexto “eleitoralista”, chovem as promessas. Promessas são só palavras!
Na sequência do respetivo pedido de demissão, que poderia muito bem não ter sido aceite, será que houve um certo alívio, digamos até “libertação”, por quem fez o pedido?!
Será que este “personagem da política” estará a pensar em candidatar-se a futuro cargo nacional, sucedendo a quem lhe aceitou a demissão?! (Conjeturas minhas, apenas…)
Saúde! Saúde! Saúde e Educação são dois dos setores fundamentais ao desenvolvimento de um País. A Justiça! A Habitação! Então e a Indústria? A Agricultura? E o Comércio?!
Só que os dois primeiros setores mencionados estão maioritariamente dependentes do Estado – e faz sentido que estejam. E o terceiro, Justiça, representa um dos três pilares fundamentais em que assenta o Estado: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judicial.
Retornando a Saúde.
É um sistema muito complexo, envolvendo muitas variáveis, muitas das quais nem conheço, nem conhecemos bem. (Nomeadamente a Comunicação Social.) E, em termos profissionais, não engloba só os médicos.
Ainda há poucos dias, foram transmitidos resultados do concurso para o Internato Médico.
Porque ficaram tantas vagas por preencher, nomeadamente em MGF – Medicina Geral e Familiar e Medicina Interna, dois dos setores que abrangem e se direcionam à maior percentagem da população, dos utentes / doentes efetivos ou prováveis?
E tantos médicos jovens que não concorreram ao Internato?!
São questões que nos devem interpelar a todos!
Ainda hei-de voltar a estes assuntos da Saúde e da Educação.
Associação Portuguesa de Poetas – Olivais – Lisboa
26 de Novembro 2023
Na próxima Tertúlia de Poesia da APP, para além da Evocação e Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, também serão apresentados os “Cadernos de Poesia – Autores” – Nº 4 – Francisco Carita Mata “associado ativo mais antigo” e nº 3 de “Revista Literária de Poesia – Poesis”.
Na Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, a Associação terá “a honra de contar com a presença da Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores, Drª Rosilene Rodrigues Pereira, que irá apresentar dois sonetos, e uma pintura de poetas brasileiros, dedicados à homenageada.”
“Haverá declamação de Poesia de Florbela Espanca, na 1ª Parte e uma 2ª Parte reservada a declamação de poesia dos presentes.”
Pela minha parte, agradeço, desde já e muito especialmente, a “Coordenador das Edições de Poesia da APP”, Drº Rogélio Mena Gomes e a Presidente da APP, Professor Doutor Ivo Álvares Furtado, pelo empenho no desenvolvimento destas edições literárias – poéticas.
Parabéns e felicitações a todos os Sócios da APP e aos que ao leme desta “Nau Artístico – Literária”, mantêm viva a chama da Poesia, há quase quarenta anos!
Parabéns à APP. A todos os Associados. À Direção, aos vários Poetas e Poetisas, com quem fui convivendo ao longo destes anos, aos que, ao leme desta “Nau Poética”, têm conseguido levar a bom porto esta emblemática e peculiar Associação, desde 1985! A todos os Participantes das Tertúlias Poéticas.
Mas que Costa?! Um Costa que não era o Costa, que deu à costa!
Uns bitaites e não só, a propósito de um filme num país que é uma farsa, uma comédia de filme, numa tragicomédia de país!
O Castelo do Costa ruiu de vez!
E que castelo! Um castelo de cartas. De cartas e de que baralho! Mais do que um sarilho, foi um “saralho”! As cartas sempre a cair! Tantas caíram, que o baralho caiu de vez.
O baralho de cartas desfez-se! De vez?!
Uma tristeza, este país! Esta governança resultou de eleições antecipadas. Tanta gente a desejar a ruína do Costa e o país deu-lhe os naipes todos: maioria absoluta. Mesmo assim foram estes meses de constantes sobressaltos. O Costa e os seus “amigos” deram cabo disto tudo. Desperdiçaram oportunidades, umas atrás das outras.
Quem tem amigos assim, a quem confiar assuntos de relevo, não precisa de inimigos. Nem sequer de adversários. Foi por dentro que a governança se desfez! Foi sendo corroída internamente. Mas sempre “apertada” de fora. Não havia necessidade!
Tanta gente a rir, a saborear! A gozar o pagode!
Anda já tudo num rebuliço. Já todos andam numa roda-viva com as eleições, outra vez. Outra vez?! Se, entre as oposições, se vislumbrassem umas cartas de jeito, vá que não vá… Mas a desgraça é tal que, se estes são o que são e que mostraram, nos outros não se descortinam melhores qualificações, outros níveis de habilitações!
Há muito boa e santa gente achando piada a estas barafundas. Não acho piada nenhuma. É o país que se afunda. Por seis meses o país vai ficar “em banho-maria”!
São assuntos fundamentais, que vão ficar parados, novamente congelados, adiados.
E refiro os que mais se reportam às Pessoas. Tudo o que respeita ao SNS – Serviço Nacional de Saúde. À Educação. À Justiça. (Tanto no respeitante aos utentes / beneficiários, como aos trabalhadores, prestadores destes serviços.) À Habitação.
Não falo no aeroporto! Por mim, se puder e nos tempos que me restem de viver, evitarei andar de avião! Mas será importante definir um novo aeroporto, segundo se diz e se trata há mais de meio século! Opinando, se de facto vierem a concretizar um novo aeroporto, e se o que digo tiver algum valor, que o construam fora da “Grande Lisboa”. Na Margem Norte do Tejo. Nunca na Margem Sul. (Jamais, como disse o outro. Jamais! – em francês.) (Quem tem de ir todos os dias trabalhar para Lisboa, atravessar a “Ponte 25 de Abril”, que o diga.)
Olhem e porque não dão melhor utilidade ao de Beja?!
E os comboios?! Nem sequer andamos a vê-los passar, porque muitas linhas estão completamente desativadas. Não há uma ligação direta a Madrid; quanto mais Paris, ou a Europa! Saudades dos tempos em que era possível viajar de Lisboa a qualquer destas capitais, de comboio. Diária e diretamente! E correr a Europa no inter-rail.
(E pelos comboios me fico que estou com pressa e este postal está por demais atrasado. Como, aliás, os comboios!)
E, afinal, o Costa a modos que se foi, por um recado que parece que não era para o Costa!