Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Continuo com uma de Poesia. Poemas repescados em cadernos de apontamentos antigos, que resolvo ir publicando. Para que não fiquem sufocados, entre folhas resguardados, sem verem a luz do dia, na Casa da Dona Internete! (São de 2021!)
Não consigo colocar fotos nos blogues. O sistema diz me que atingi o limite em meo clouds. Isto é, na nuvem do meo. E eu a pensar que isto da nuvem era assim uma coisa ilimitada! Pelos vistos não! Também já me dissera o mesmo relativamente ao sapo blogs. De modo que não sei. Tenho andado a diminuir a dimensão de fotos de postais antigos. Mas, mesmo assim, ainda não consegui editar de novo. É pena. Porque as capas das antologias são muito bonitas e em fotos o trabalho ficava mais valorizado. No respeitante a 2024, a autora da capa criou um texto explicativo da respectiva capa que criou. Irei tentar transcrever. Mas um azar nunca vem só! Ontem, o computador bloqueou na sequência da abertura de um documento. Ainda não consegui arranjar. De modo que estou a escrever este postal no telemóvel. Para mim é mais complicado. Não sei bem como isto vai sair. Vou publicar e depois alterarei?! Não sei
Pelo Coordenador e Autor da respetiva Composição – Dr. Rogélio Mena Gomes:
«Em cada edição da sua Antologia… a Associação Portuguesa de Poetas presta, em meu entendimento, o justo preito da sua homenagem aos seus fundadores. Doze, então, jovens que, sentindo a necessidade de publicar os seus poemas, reuniram-se na edição de uma Antologia onde coligiram, em prelo, a sua poesia.
(…)
O pretexto da publicação da Antologia, foi o ponto de partida para, numa dinâmica maravilhosa, construírem a ideia de criar uma instituição que representasse os nossos poetas, e foi assim que, dando forma legal, fundaram a Associação Portuguesa de Poetas. Foi, recordemos, há 39 anos.
O tempo tem medida, a gratidão é eterna. Quero, por isso, enumerar, um a um, para que nesta homenagem que se renova ano após ano, não nos esqueçamos do seu legado:
Luís Filipe Martins Soares, José Maria Bento de Sousa, Maria Amélia Bota Correia, Luís Filipe Barros Curado, Maria de Lourdes Pires de Carvalho, Jorge Manuel Cabrita Trigo, José Vitorino Neves Dias, Luís Rodrigues Pires, Maria Emília Pires Venda, José Augusto de Azevedo, Paulo Alexandre Martinho Pereira Ribeiro e Palmira Valério da Silva.
Tendo-me sido concedida a honra de coordenar, neste ano, “A Nossa Antologia”, senti, desde logo, o peso sobre os ombros de dedicar toda a melhor atenção e carinho à valiosa corrente poética dos sócios que decidiram participar, e, desse modo, respeitar o valioso contributo que eles, com a sua participação, dão à homenagem que, algo de uma forma ínsita, prestamos aos doze magníficos que deram corpo a este sonho.
O trabalho de que fui incumbido está cumprido. Dei, em consciência, o meu melhor.
(…) »
*** *** ***
E, nós, participantes, por mim falo, agradecemos-lhe por isso, bem como à Direção da APP.
A Antologia 2024, que já vou adiantado na leitura, está muito bem organizada. Parabéns por isso, Rogélio Mena Gomes. E, Obrigado, por me ter alertado para a participação, porque, este ano, eu andava um pouco distraído!
Apresentação na Sede da APP - Associação Portuguesa de Poetas
Rua Américo de Jesus Fernandes 16–A - Lisboa (Olivais) – Portugal.
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Hoje, 24/11/2024, quando início a escrita deste postal – 16h. 30’ – estará a decorrer o lançamento da Antologia supracitada, como já mencionei em postais anteriores.
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Volto a escrever sobre esta coletânea de Poesia, subscrita – participada – por 74 Poetas e Poetisas, ordenados alfabeticamente. De Aires Plácido a Zélia Torres.
Agradeço a todos os Antologiados. Neste modelo de edição, a disponibilidade de participar, de angariar pessoas para publicarem as suas poesias, é a base de constituição, da imprescindível produção do Livro. Muita gente se envolve numa edição deste tipo. Cada um – sozinho – tem mais dificuldade em editar e dar-se a conhecer.
É também inexcedível a colaboração das várias Entidades que estão na base da respetiva estruturação. A quem também quero agradecer: Direção da APP, Coordenação e Composição, Autoria da Capa, Revisão, Edição. Personalidades nomeadas na Ficha Técnica e que mencionei em postal anterior.
Já iniciei a leitura. Estou apreciando.Gosto também de ler, sempre, as breves biografias e constatar a enorme diversidade e valor de percursos – de vida, profissionais - de tantas personagens que contribuem para que cada livro se materialize.
Essa rica heterogeneidade cultural também se espelha nos poemas publicados. Tanto na forma, como no conteúdo. É uma das grandes riquezas destes modelos de produção literária. Convivem e irmanam-se estilos, ideias e ideais, princípios e valores, variadas estéticas e configurações poéticas. Todos integrados num mesmo “produto” cultural. Acrescentando valor, à valia intrínseca de cada um e de cada qual. Ganhamos todos.
Cito Presidente da Direção – Professor Doutor Ivo Álvares Furtado:
«”A Nossa Antologia” é uma edição em contínua construção e aprimoramento.
…
A divulgação da poesia em Língua Portuguesa, merece todo o nosso empenho do trabalho em equipa, em perfeita concertação.
O espírito dos fundadores, e os ainda vivos, decerto se orgulharão.
Vivam os poetas que participaram nesta edição!
Finalmente… o encerrar com galhardia, com um efusivo viva a Poesia!»
Na Sede da APP: Rua Américo de Jesus Fernandes 16–A - Lisboa (Olivais) – Portugal.
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“A Nossa Antologia” – XXVIII Edição - 2024
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Nesta Antologia, participam 74 Poetas e Poetisas.
(Uns, com um poema, outros com vários. Em diferentes modos e tempos de expressão poética. Segundo o estro de cada um e de cada qual. Variados na forma e no conteúdo, seguindo a liberdade e sensibilidade de cada Pessoa.)
Coordenação: Rogélio Mena Gomes
Capa: Susana Veiga Branco
Composição: Rogélio Mena Gomes
Revisão: Carlos Cardoso Luís
1ª Edição: 2024 – Lisboa
Propriedade: Associação Portuguesa de Poetas
Editora: Euedito – Edição de Autor
Tiragem: 250 exemplares
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Os Antologiados estão inseridos no livro, por ordem alfabética. Como tenho defendido, há alguns anos, ainda antes da pandemia - desde que deixaram de ordenar os participantes desse modo.
No ano passado – 2023 - expus o assunto à Direção da APP e à Coordenadora da Edição XXVII, apresentando argumentos por demais válidos. Mas, pelo que verifico na Antologia de 2023, que recebi também esta semana, a ordenação não foi feita alfabeticamente.
Parabéns e Obrigado ao Coordenador da Edição XXVIII – 2024, Dr.º Rogélio Mena Gomes. Parabéns, pelo trabalho desenvolvido e porque seguiu o normativo de ordenar participantes alfabeticamente, pelos nomes. E, Obrigado, porque teve a amabilidade de providenciar o envio dos exemplares das Antologias, pelo correio.
Mote: “Sepultei minha tristeza / Na raiz do alecrim / …”
Glosas:
Guardei a minha tristeza
Em caixinha d’alecrim
Confiante na certeza
Ficasse longe de mim!
Alecrim é flor de cheiro
Branco azul, arroxeado
Ilumina ano inteiro
Cheiro - cor em todo lado!
A tristeza terá cor?!
Ou será só sugestão?!
Será de roxo a dor
De quem não tem coração?!
Não sei, nem quero saber
Tristeza vou sepultar
No alecrim, na raiz.
Vou na terra escavar
Na cova funda que fiz
Dor e tristeza guardar.
E quando alecrim florir
Na Primavera por vir
Luz e sol quero eu ver.
Do mais, não quero saber!
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- O mote faz parte de uma “Cantiga de Oito Pontos” que me foi dita por Dona Catarina Matono, em 1982, na minha casa. Publicada em “De altemira fiz um ramo”.
Agora, repesquei os dois primeiros versos, que foram a base inspiradora para este poema. Propositadamente, não os transcrevi, exatamente – ipsis verbis - nas glosas, como estão no original. Transcrevi as ideias base, mas alterando a composição. A estrutura das rimas também não segue necessariamente os modelos canónicos.
A partir de “Sociedade Perfeita”, que tem apresentado, diariamente, neste ano de 2024, um TPC Camoniano!
As sílabas métricas são 7 em cada verso. Sonetilho? (Lembro José Branquinho.)
Soneto irregular – estrambótico – tem mais um verso, além dos catorze! A primeira vez que li sobre isso, foi nos Sonetos de Mª João – “Poetaporkedeusker”.
E lembro também Amália Rodrigues. Gravou o Poema Original de Camões e de outros Poetas no seu “Cantigas numa Língua antiga” – 1977. Lembro-me de ouvir na Rádio este fado cantado por Amália e outros, todos musicados por Alain Oulman.