Tu, Cidade, que corres…
Introdução:
Volto a publicar Poesia.
Nos próximos "posts" irei concluindo a divulgação das poesias publicadas nas Antologias em que participei, apresentadas a 4 de Março. (ver aqui)
Março é o mês da Poesia!
Tu, Cidade, que corres…
A Cidade corre
Corre apressada
Na pressa de chegar
A algum lugar.
Que nunca chega a lugar algum
Apressada correndo, se corre
Escorrendo, fluindo pelas ruas
Líquido viscoso, sangue de vida, ou água
Em direção ao rio…
Todo o rio é direção, sentido
Seta dirigida ao mar
Sempre eterno, sempre final, sempre meta
Longe ou perto, sempre ao Longe.
Cada chegada é sempre fim
E princípio
De nova partida, recomeço
Ida e vinda
Eternamente perseguida, repetida
Repartida dia a dia
Na repetição de cada dia
De cada noite e noite…
Fluir incessante de rotina.
Sempre chegar, chegando
Sem chegar
Partir eterno, partindo
Sem partir
Cada homem, no Homem
Sempre homem.
Perseguindo, prosseguindo na senda
No trilho dessa Humanidade
Ideal, projeto de Existir
Simplesmente existindo.
Escrito em 1999.
Publicado em:
- Boletim Cultural Nº55 de CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia – Out. 1999.
- “Antologia Poética – Vol. III – Mensageiro da Poesia – Associação Cultural Poética – 2004.