3 Quadras Vagabundas!
Errantes e Desatinadas!
Em Dia Mundial da Poesia!
A Homem velho e só, transpondo Avenida
Casal de Anjos deu a mão na passadeira
Arlequim e Columbina, Vá – Vá da Vida
A Tertúlia, levam o Poeta Silveira!
Poet’ errante, vagabundo da Palavra
Em ti se trava, inexorável Destino
Por mais venerável que seja tua lavra
Nela, a Vida desbrava o Desatino!
Nesta dança de palhaços, como a Vida
Dois namorados se enlaçam no Amor
Ao ouvido, diz ele: Amo-te, querida.
Responde ela: Gosto de ti, linda flor!
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(Não queria deixar de publicar Poesia em Aquém - Tejo, como fiz em Apeadeiro.
Escolhi estas 3 quadras vagabundas, perdidas nos meus apontamentos. Julgo que nunca as publiquei.
Escrevi-as em 2019 e também as disse em Tertúlias. Da APP – no Café Dâmaso – Lisboa, 12/10/19. Da SCALA - Almada, também em outubro desse ano, pré-pandemia!
A 1ª sintetiza uma situação observada na Avenida de Roma, em que um jovem casal ajudou um velho a atravessá-la. Ia para a Tertúlia do Vá-Vá, que nesse dia não se realizou ali. Fora mudada para a Sede, aos Olivais.
Nunca cheguei bem a saber quem era o senhor, que também não conheciam na APP- Associação Portuguesa de Poetas. Só sei que se chamava Silveira e vivia ali perto.
As duas quadras seguintes vêm um pouco nessa sequência.
Em todas elas há alguma “vivência” de Régio e do seu irmão pintor. Andava a “ler” obras de ambos.)