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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Diz NÃO às “Praxes”!

A Ti, Jovem Universitário!

 

Foram divulgadas as colocações no Ensino Superior, para o próximo ano letivo de 2016/2017.

Pode consultar!

Brevemente se irão iniciar as aulas.

E com elas as famosíssimas “Praxes”.

A contestação das praxes, mercê do descalabro a que algumas práticas têm levado, é cada vez maior.

As Instituições de Ensino, que ainda há pouco tempo olhavam para o lado ou invocavam que as respetivas ações ocorriam fora do espaço universitário, atualmente, não se coíbem de as desaconselhar ou mesmo de as penalizar nas suas práticas negativas.

Estas reações pecam por tardias, mas como se diz, “mais vale tarde que nunca”!

Que o caráter acintoso das praxes, o seu lado anti democrático, fascizante, retrógrado, existiu desde o início.

Do meu ponto de vista, reforço o que venho defendendo no blogue, em diferentes momentos:

- DIZ NÃO ÀS "PRAXES"!

Praxes in. uniarea.com

 

“El Príncipe” – Episódio 13 - Final de 1ª Temporada

Série Espanhola na RTP2

(6ª feira – 09/09/16)

 

“Fé Cega”

 

Bem, quem está com uma fé cega de que irão prosseguir com a 2ª temporada, sou eu!

No final do episódio treze, fim da 1ª temporada, surgiu a palavra anunciadora: “Continua”.

Aguardemos por 2ª feira e teremos a confirmação da continuidade da temporada seguinte. Faz todo o sentido que prossiga a série, agora que, inclusive, em Espanha, já concluíram a temporada dois.

 

cena final in. www.estrelladigital.es.jpg

 

E lembramos o mote que perpassava no enredo, como se de um aforismo se tratasse: “Aqui no Príncipe dizemos que tudo acaba em água salgada – em lágrimas ou no fundo do mar!”

 

E “Abdu” que supostamente já fora atirado e devolvido pelo mar, afinal acabou morto em terra, pelo pretendente a cunhado, Javier Morey, que não teve alternativa, receoso que aquele carregasse o telemóvel, acionando a bomba, ainda não totalmente desativada, que, explodindo, levaria pelos ares os passageiros do autocarro.

Conforme fora planeado pelo Akrab, de forma ainda mais insidiosa e trágica, pois era previsto que essa explosão ocorresse no autocarro, mas quando ele já estivesse no ferry-boat e este navegasse a meio do Estreito de Gibraltar.

Imagine-se o desastre que seria!

(Lembro que Akrab é nome da organização terrorista e significa escorpião, lacrau, “anecral”, como se diz na minha terra!)

 

E quem se desfez em lágrimas, foi Fátima, a única que conseguira tirá-lo do autocarro, chamá-lo à “razão”, através do sentimento paternal escondido em quase todos os homens, ao dizer-lhe que a namorada, Sara, assassinada por Harim, estava grávida.

Só assim conseguiu dissuadi-lo alargar a pistola, pena ele ser tão teimoso com o maldito do telemóvel, que agora servem para tudo e para nada, que ninguém passa sem eles e, há bem pouco tempo, ninguém sabia o que seriam ou sequer poderiam vir a existir, que eram ficção científica.

Mas, lágrimas amargas, mais amaras que as de Petra… derramou a irmã, inglória a sua luta, os seus sacrifícios e quem a consolou foi Khaled.

Que o Destino é fatal e cruel.

Khaled, o vilão, o xeque que comanda o acionamento dessas bombas atrozes, fica como herói perante a nossa mocinha heroína e o verdadeiro herói, Javier, assenta-lhe o ónus de assassino cruel e desumano, aos olhares chorosos e inconsoláveis de Fátima. 

 

E ficou tudo em aberto.

A boda que não se realizou. Virá a realizar-se ainda?´

 

E será que a presença de Khaled, no porto, naquela hora e naquele momento, passará completamente despercebida à heroína e ao irmão Faruq?!

Não será intrigante essa presença, quando ele deveria estar na boda?

 

E essa presença também não será notada pelos policiais?

 

A fuga da mocinha e do herói, montados não num corcel branco, mas num carro vermelho, de não sei quantos cavalos, a fuga por Marrocos também não se concretizou. Que ambos a interromperam, de comum acordo, respondendo aos pedidos insistentes de Fran, para que Morey regressasse ao trabalho para abortarem mais um atentado terrorista.

E Fátima também não podia ficar indiferente à hipótese de salvação do irmão, presumível fautor desse atentado.

E assim abortaram eles a sua fuga.

Reencontrar-se-ão no futuro?!

 

E como se chegou a este ponto da morte de Abdu, sabendo que essa ocorrência aconteceu no final do episódio?!

 

Os mentores dos atentados, um denominado Didi e Khaled, que também já sabemos ser um dos chefões, programaram uma viagem turística para “Abdu”, Abdessalam Ben Barek, partindo de Tânger, num autocarro sugestivamente designado “Al Andalus”, com passagem por Ceuta.

Muralhas de Ceuta in. wikipedia.org.jpg

 

Aí, num ferry, prosseguiriam para Algeciras para uma excursão turística e histórica, pelo sul de Espanha - a Península, precisamente seguindo a rota do famigerado título encabeçado na camioneta de turismo.

Na travessia de barco, no Estreito, o “mártir” faria explodir a bomba que se encontrava na bagageira do autocarro, na sua mala de viagem, por debaixo de uma camisa branca, imaculada. Assim ganharia entrada direta para o Paraíso, simultaneamente enviando centenas de infiéis para as profundezas do demo.

 

Mas as voltas previstas foram trocadas.

O que ocorreu?!

 

Entre os passageiros do autocarro, pessoas de origens culturais variadas, seguia um senhor idoso, deduzo que antigo Professor de História, com a sua jovem neta, moça adolescente, no banco ao lado daquele em que seguia “Abdu”.

Já em Ceuta, o velhote lembrou-se que precisava da sua insulina, não se recordando se a teria ou não trazido.

Parando o autocarro, ainda antes da chegada ao porto, acedeu à bagageira para verificar na sua mala de viagem, mas, providencialmente, enganou-se e abriu a célebre mala de Abdessalam, e, destapando a camisa, deparou-se com a bomba.

Ficou estupefacto, mas conseguiu manter o sangue frio.

Voltando à porta do autocarro, aonde já não entrou, bem tentou que a neta querida saísse, desculpando-se que se esquecera do remédio e que precisava de o ir comprar a uma farmácia, para poderem prosseguir viagem para a Península e que precisava da ajuda da neta para o acompanhar.

E que, posteriormente, iriam ter ao autocarro já no porto.

Mas a moça, Sílvia, teimosia de jovem, deslumbramento da viagem, inexperiência na leitura da ansiedade e angústia do velho, egoísmo juvenil, não quis saber, não acedeu ao pedido do avô para que o acompanhasse e saísse, deixou-se ficar no seu lugar, o autocarro continuou viagem direito ao embarque e o ancião ficou na berma da estrada.

Mas no seu pleno discernimento, Matias, é este o seu nome, telefonou à polícia, avisando do sucedido e, posteriormente, já na esquadra, esclareceu devidamente a situação a Mati, tão carinhosa e afável, a Fran e Quílez.

E estes providenciaram as medidas a tomar, socorreram-se da ajuda do senhor e da neta, que ficara no autocarro e via telemóvel, já disse que servem para tudo, para o bem e para o mal, conseguiram desenvolver uma série de ações, que não vou explicar aqui, que não há como ver, indo descambar nas ocorrências finais que relatei anteriormente.

 

E, para finalizar, só lhe posso dizer que, caso continuem a transmitir a segunda série, o que faz todo o sentido, não deixe de a visualizar.

Se gosta de séries com ação, dinâmica, enredo policial e romanesco, suspense, intriga e romance, intérpretes interessantes, personagens contrastadas e contrastantes, atualidade, sedução, algum humor, então, não perca!

 

Até amanhã, ao 1º episódio da 2ª temporada!

 

 

“El Príncipe” – Episódio 12

Série Espanhola na RTP2

(5ª feira – 08/09/16)

 

“Líneas Paralelas / Linhas Paralelas”

 

Porque terão designado o episódio de “Linhas Paralelas”?!

Paralelas ou cruzadas?!

Paralelas, porque aparentemente há um conjunto de caminhos que estruturam a narrativa, que, à priori, não se encontrariam? Mas como tal designação, se, de facto, se estão sempre a cruzar?

 

Elenco Principe in. movmag.com

 

Talvez porque, neste episódio, duas investigações decorreram paralelamente, ainda que os respetivos personagens se estivessem sempre a entrecruzar.

 

Na esquadra, Fran, Morey e Quílez, este conquistando a sua “reabilitação” perante Fran, vão descobrindo que a toupeira infiltrada pelo AKRAB é Akim.

Este, sabendo-se descoberto, recolhe os seus pertences, rouba um cartão memória com os nomes dos financiadores da organização terrorista, dá uma desculpa esfarrapada e ausenta-se, tentando fugir para Marrocos.

Surpresa, perplexidade dos agentes da esquadra que se recusam a acreditar em tal hipótese.

Mas factos são factos e não há como ignorar.

Reconstituindo alguns momentos marcantes: o corpo encontrado de cara irreconhecível, que atiraram ao mar como se fora Abdu; a pistola na posse de Farek; o x-ato com que um presidiário quase matou Harim na cela…

Em todas estas situações estava a mão de Akim.

E, inegável, a foto da reunião da célula terrorista, em que o agente, mouro, que bebia cerveja e comia carne de porco, era por demais reconhecível.

Mati, como referíramos anteriormente, fora a primeira a visualizar esse documento e, por esse motivo, o respetivo vídeo desaparecera.

Se a alguém custava acreditar era à jovem Mati, que, com ele dormira, que o amava, que iriam festejar o aniversário, receberia umas cuequinhas novas e muito sexies e pernoitariam num hotel Osíris! Nem mais.

Recusava-se a crer, que o amor é cego!

 

Paralelamente a esta investigação, decorria outra, incidindo sobre Faruq, narcotraficante do bairro, respeitante à morte de um dos seus capangas, “ o Polaco”, que o tentara assassinar, mas que fora morto pelo mais velho dos Ben Barek, na presença da irmã Fátima.

Que, na família, ninguém ignorava os serviços prestados pelo filho mais velho e de onde provinha o respetivo sustento e suporte financeiro!

 

E são estes mundos e submundos, aparentemente paralelos, que estão sistematicamente a cruzar-se: no bairro e na esquadra.

 

O próprio terrorismo jhiadista se financiava no mundo da droga. E ambos os submundos que, hipoteticamente paralelos, nunca se encontrariam, se cruzavam e interligavam.

E, na esquadra, que supostamente os combateria, ambos se acotovelavam nas secretárias, nos gabinetes, nos telemóveis e computadores. E nos personagens!

 

Também os caminhos romanescos de Fátima e Javier seguiriam, à partida, linhas paralelas que nunca se encontrariam, mas, contrariamente a todas as possibilidades, estão permanentemente a encontrar-se e se encaminham para um prosseguimento comum.

 

E foi também graças a esse romance que Faruq foi libertado, pese embora este não o reconheça nem o possa admitir no seu orgulho de macho, que o polícia “betinho”, Nabil, vindo da Península, tentou ferir e humilhar.

Mas sem a intervenção de Fátima, a providência de Morey, a falcatrua do CNI, a decisão e esperteza de Fran, ele, Faruq, iria ao Juiz e provavelmente faria umas férias à sombra, na cadeia.

Mas são estes os esquemas de “El Príncipe”!

Segundo Morey, e para não suscetibilizar o príncipe da droga, a sua libertação devia-se a que a respetiva colaboração era indispensável para capturar Akim!

 

Mas que nem necessária foi.

Que os polícias da esquadra, juntamente com Morey e o CNI, num esquema em que contaram com a colaboração involuntária de Mati, conseguiriam localizá-lo, sem, todavia, terem conseguido evitar um desfecho trágico.

O jovem, soldado de Alá, apesar de todos os esforços de Fran, que simultaneamente o procurou chamar à razão e ao sentimento, não vendo melhor saída para si mesmo e sem coragem para atirar nos colegas, acabou por se auto desferir um tiro na cabeça!

Cena marcante e arrebatadora, convulsão de Mati, que Fran conseguiu controlar e acalmar, como colega mais velho, chefe e pai, que são todos estes os papéis que ele desempenha um pouco na esquadra, com os seus subordinados.

 

Fátima e pretendentes In. teleprograma.fotogramas

 

Paralelamente a todos estes imbróglios, decorrem os preparativos da boda de Fátima com Khaled.

Realizar-se-á?!

Lembremos que ela o prometeu ao pai, Assan, na cama do hospital…

Mas também não esqueçamos que ela, igualmente, se comprometeu com Javier.

 

Então, em que ficamos?!

Aguardemos o episódio final, ou nem sei, a próxima temporada.

Que, na primeira, ficará tudo em aberto!

 

Então, o que acha, as narrativas dos personagens e ações são paralelas ou cruzadas?!

E o que me faltou percecionar sobre o assunto?

 

Lembrar, ainda, a cena final, no hospital onde convalescia o pai de Fátima, Assan, e em que Khaled aguardava, sentado junto à enfermaria.

Chegou o empregado do bar onde decorreu o encontro derradeiro de Akim com Mati. Que, muito disfarçadamente, comunicou que Akim fora morto.

“- Vão pagá-lo com sangue!” pronunciou entre dentes, rosnando, Khaled.

“El Príncipe” – Episódio 10

Série Espanhola na RTP2

(3ª feira – 06/09/16)

 

Logotipo El Principe In. planoaplano.es.jpg

 

“El Elegido”

“O Escolhido”

 

Trágica e desgraçada “escolha”, a que recaiu sobre o ingénuo, inocente e “puro”, Driss!

Apanhado na rede do traficante Faruq, pior ainda na que lhe foi armada por Omar, qual  passarinheiro malvado, o jovem, sem eira nem beira, está condenado ao sacrifício, qual cordeiro a ser imolado a um deus algoz, às mãos de uns carrascos que se fazem passar por salvadores e clérigos divinos, apregoando princípios e valores, tal como Fouad, incarnação da morte, na promessa de paraísos celestiais.

Nem o trabalho e persistência da professora Fátima que, no Centro Cívico, se entrega de alma e coração a tentar salvar jovens perdidos dum bairro problemático, em que as hipóteses que se lhes oferecem são os gangues dos narcotraficantes Faruq e Aníbal.

Nesse combate ideal, mas tantas vezes inglório, a jovem tenta o encaminhamento e recuperação através dos estudos e da Educação integrada e inclusiva.

Mas até o irmão “Abdu” se lhe perderá, que nele ela já não tem mão, nem aos seus gritos lhe acorre, que o vimos fugir de mota, da "casa isolada", chamemos-lhe assim, pelos atalhos dos campos de Ceuta, a caminho de um destino, que não será outro que o que espera Driss!

 

Este, transido de medo, foi tomando consciência da armação que Omar, lobo disfarçado de cordeiro, lhe foi montando, de cuja boca o jovem ouviu as palavras fatais, a sentença final, em conversa daquele com Fouad.

Apesar desse medo paralisante, acedeu a colaborar com o CNI, que lhe instalou uma câmara na camisa, para terem acesso a tudo o que se passava nas reuniões entre os vários envolvidos: Omar, Fouad, Abdu e mais dois personagens de igual calibre, chamemos as coisas pelos nomes - criminosos.

Foi essa câmara que lhe foi fatal.

Ao abraçá-lo, que iriam despedir-se, Omar sentiu algo no peito do pupilo – vítima, e precipitou-se o desfecho.

Fouad, com outro capanga, abandonou o refúgio num carro, levando o mártir, que sacrificariam no caminho, atirando-o borda fora, como se de lixo se tratasse.

Os polícias, dirigidos por Fran, apanha-lo-ão, providenciando os conformes nos casos: socorro imediato, chamar ambulância e médicos, diligenciar perseguição aos assassinos, que veremos, na sinopse do capítulo seguinte, o facínora e cínico do Fouad a ser apanhado.

Na “casa isolada”, aonde ficaram Omar, Abdu e o outro homem de mão do imã, intervieram Morey e Carvajal, e em cena de faroeste, Omar seria preso, o capanga morto e Abdu fugiu na motorizada, apesar dos apelos, choro, gritos e histeria da irmã Fátima, agora também “agente” recrutada pelo CNI.

Este organismo também perderia Carvajal, agente ao serviço de missão espinhosa.

E, segundo Serra, em avaliação crítica, apesar das perdas e danos, a missão pode considerar-se positiva!

 

E poderíamos ficar por aqui!

Mas não, ainda se abordam mais alguns tópicos.

 

Na esquadra as desconfianças avolumam-se.

Fran desconfia cada vez mais de Quílez, que há poucos dias ainda considerava o melhor amigo, mas sobre que vai descobrindo cada vez mais podres e cheiro a dinheiro mal ganho e mal gasto, cuja origem procura.

Akim cada vez se arma mais em santinho…

Outra arma desaparece sem rasto.

O telemóvel, recetor habitual de chamada às dezassete horas, não há meio de ser localizado.

Um telelé suspeito é achado por Fran, numa gaveta fechada de Quílez.

E muito fica por contar.

Mas ainda direi que Mati terá um papel importante no achamento do infiltrado na esquadra!

 

Na família Ben Barek as tensões acentuam-se, conflitos parentais, ideias diferentes e opostos, um mesmo objetivo: todos querem saber do filho perdido, ovelha tresmalhada, receando o sacrifício do cordeiro.

 

(…) (…)

 

E muita narrativa fica por narrar nesta minha narração!

 

E já ocorreu a transmissão do episódio onze, que não vi, nem irei visualizar na net.

Também não me lembro se o vi na primeira transmissão da série.

Que esperemos que nos proporcionem a visão da 2ª temporada.

 

 

 

 

 

 

“El Príncipe” – Episódio 9

Série Espanhola na RTP2

(2ª feira – 05/09/16)

 

“La noche más larga”

“A noite mais longa”

 

 

Questões que levantei na narração do episódio oito:

- Fátima vai ou não colaborar com o CNI?

- E retoma o namoro com Javier?

- E qual o papel de Khaled?

- E Morey vai continuar a trabalhar com o CNI?

- E Quilez e Fran, como se vão entender?

- E como se aguentará, ou não, Quilez com o remorso?

- E qual a função real de Omar?

- Recrutará ou não o jovem desamparado Driss?!

(…)

 

Fátima e Javier in. www.hotel-r.net.jpg

 

E vou tentar responder a algumas questões levantadas na última análise, sobre o oitavo episódio.

Se Fátima vai colaborar com o C.N.I.?

Claro que vai. Convencida por Morey, que entre ambos há toda uma química que já não os permite separar. Nem séculos de desentendimentos e convenções estereotipadas, nem o medo de represálias do irmão tradicionalista e belicoso, talvez apenas o possível desgosto provocado à mãe e ao pai, a fizesse recuar. E há sempre, e também, a secreta esperança de encontrar vivo o irmão “Abdu”.

Fátima acedeu a colaborar e foi uma longa noite, título do episódio, em que Morey, Javier, lhe esteve a ensinar como clonar o telemóvel de Omar, o recrutador, no Centro Cívico, de jovens para o Paraíso!

Clonagem que será efetuada numa próxima reunião a realizar na manhã seguinte, pelas nove horas, no Centro Cívico, a que Omar também comparecerá.

Reunião supostamente convocada superiormente sobre um pedido de subsídio efetuado e que contará com a presença de uma técnica superior da União Europeia, que se deslocará propositadamente a Ceuta, para analisar a candidatura proposta.

Nem mais nem menos que Carvajal, a técnica do CNI, que está a substituir Morey.

 

Se Fátima retoma o namoro com Javier?

Esse enlevo e ligação está por demais destinado.

E ninguém foge ao Destino!

 

Com o que já referimos anteriormente, constata-se que Morey vai continuar a trabalhar no CNI. Nem o Centro poderia passar sem ele, dados todos os conhecimentos que obteve. Nem ele sem o trabalho.

 

E lembremos o que lhe disse o pai, no episódio anterior, quando ele, hipoteticamente despedido, foi visitar o progenitor, aproveitando a ida a Madrid.

Aquele, viúvo desde os seis anos de Morey, lamentou que este poucas vezes o visitasse.

Não lhe passou despercebido que o filho não estaria bem, insistiu se seria alguma mulher…

“… a vida, sozinho, custa mais…”

Se seria o trabalho…

“… se não fazes alguma coisa depressa, esse trabalho vai levar-te à condenação!”

Um pouco mais tarde, entregar-lhe-ia o anel que ele próprio ofereceu à esposa, quando nasceu Javier.

“- Para dares à Mãe dos teus filhos!”

 

E foi nesse anel que Morey pegou, nas vezes que abriu a gaveta das papeladas confidenciais, nessa noite mais longa.

Virá a ofertá-lo a Fátima?

(…)

 

E nessa noite de ausência de Fátima, no apartamento de Morey, muito procurada ela foi. Pelo irmão Faruq, insistentemente, e pelo namorado Khaled.

Que estava no hospital com um miúdo do Centro Cívico, lhes dissera.

 

Faruq, raposa matreira, não se deixou convencer e, após contactos e mais contactos, dirigiu-se ao hospital onde constatou ausência de suposto doente, cujo pai também já apalpara. Um coitado, transido de medo e subserviência, face ao barão local da droga.

Aproveitando uma momentânea ligação do telemóvel da irmã, Faruq, juntamente com o guarda-costas, plantou-se no apartamento de Morey, ou não fora ele especialista no crime.

 

Valeu aos amados também a vigilância do CNI e respetiva agente Carvajal.

 

E, na manhã seguinte, também os do Centro providenciaram uma proverbial saída dos amantes, sem se terem amado nessa longa noite, frise-se.

Fátima não podia faltar à reunião.

E, providencialmente, nessa manhã, um corpanzil, supostamente bêbedo, surgiu na rua a interpelar o guarda-costas que ficara de plantão à entrada do prédio, por ordem do patrão Faruq.

Que queria os cem euros que o outro lhe devia e torna e deixa, envolveram-se à pancada, aproveitando o casalinho para sair e comparecer na reunião.

 

E a reunião realizou-se e Fátima conseguiu o pretendido, na sequência de variadas peripécias, que só vendo!

Teve a ajuda e colaboração providencial de Fran, que acedeu ao pedido e ordem de Morey, para estar presente nessa reunião e cujo papel foi marcante para o desfecho pretendido.

 

E com essa falsificação no telemóvel de Omar puderam aceder a múltiplas e preocupantes informações!

 

Outra questão levantada referia-se ao relacionamento entre Fran e Quilez, após aquele ter conhecimento que fora o filho deste, Jota, que matara o seu filho, Alberto.

 

Foram cenas marcantes, que envolveram ambos os policiais, o delinquente Jota, a mãe deste e mulher de Quilez, que desconhecia que fora o filho que matara Alberto!

 

E relevante também, trágica(?), a despedida de Raquel, mulher de Fran, que abalará para Málaga, desconhecedora de todas as novas descobertas, que o marido não conseguiu contar-lhe a verdade.

Compareceram todos, Quilez, inclusive, que Fran o foi buscar em momento providencial, quando aquele se preparava para meter um balázio na boca.

“…

- Não te passe pela cabeça matares-te. Era demasiado fácil!

…”

(Fácil, no sentido de enfrentar o remorso, a culpa e as agruras da vida e aturar um filho mimado, desobediente e aprendiz de criminoso…

Que tarde demais o pai lhe deu uns tabefes!)

 

E sobre jovens perdidos…

Omar recebeu ordens de preparar Driss para o sacrifício, que o chefão chegará amanhã, que será hoje, na apresentação do décimo episódio.

 

E ainda no nono, Fátima e Morey, no carro, falavam na cabana, na montanha coberta de neve.

(Não será a cabana do J. Cid, que essa é junto à praia.)

Cada um tem as suas bizarrias. E a de Morey envolve neve, que Fátima nunca viu!

“- É branca, brilhante e, quando lhe tocas, queima.” Contou Morey.

E beijaram-se.

E Faruq, feito bisbilhoteiro, a ver!

 

E muita coisa fica por contar!

“El Príncipe” – Episódio 8

Série Espanhola na RTP2

(6ª feira – 02/09/16)

 

“Pasar al otro lado”

 

Pais e Filhos

 

Episodio 8 in. teleprograma.fotograma.es.jpg

 

Muita gente se passou neste oitavo episódio, dadas as ocorrências!

 

No C.N.I., esclarecendo, “Centro Nacional de Inteligência”, um título um pouco diferente do que eu supusera, neste organismo prescindiram dos serviços do agente Javier Morey, dado que ele se revelou a Fátima, contrariamente a todos os preceitos estabelecidos.

Mas ele não largou o caso, conforme constataremos ao longo do episódio.

 

A revelação do seu segredo a Fátima, não os de Fátima, esses já foram todos revelados (?), ao dar-se a conhecer, complicou muito mais a relação com a heroína / “mocinha”.

Os do CNI irão fazer de tudo para a recrutar, mesmo o que de todo nunca deveria ser feito.

Vão chantageá-la, com a visualização dum vídeo sobre a sua tarde de amor.

Chocante e ultrajante! (A atitude do pessoal do Centro.)

 

Fran, ciente de que Alfi, supostamente assassino do seu filho Alberto, de facto estivera em Sevilha num concerto, à data e hora marcada, não descansou enquanto não soube quem fora o verdadeiro autor do crime.

E juntando dois mais três, e constatando que o pai de Alfi era taxista de mercedes, não tendo eira nem beira, como bom policial, à moda antiga, melhor, à moda dos policiais americanos, apertou com o homem, no táxi e, via telefone, soube da própria boca de Quilez, que o respetivo filho é que fora o assassino de Alberto.

Por sua vez, o filho deste, mais uma vez fez das suas e foi apanhado por Mati, policial zelosa, ingénua e cumpridora, completamente desconhecedora da sua paternidade, levando-o para a esquadra, pois apanhara-o com dois quilos de droga.

Agora, trafica como intermediário de Aníbal, o outro narcotraficante do Bairro e rival de Faruq.

Cenas peripatéticas as de Quilez com o filho, na cela, julgando-se imune a qualquer lei, por ser filho de polícia.

 

(E para o que esta atitude de imunidade, de não cumprimento de penas, castigos e ou corretivos nos pode encaminhar. E ao que pode levar os jovens quando não devidamente corrigidos.

E para o quão perigoso é pensar-se que tudo se compra e paga com dinheiro e indemnizações.

E onde esta conversa nos direciona!)

 

E cena ainda mais grotesca a de Quilez querendo agredir Aníbal, o traficante!

Grotesca, para não a apelidar de triste, nojenta, pérfida, pelo que revela da atuação dos policiais que têm como dever defender os cidadãos e agem ao serviço dos criminosos. Atolados no crime!

 

E, mais tarde, quando Fran quase o matou, ao saber como ele encobrira o filho, como avaliar o seu pedido de desculpas:

“- Sinto muito, sinto muito…”

 

Valeu a Fran, o consolo de Marina.

“- Ninguém te vai devolver o filho!”

 

E vou sintetizar. E omitir muita coisa.

 

Fátima vai ou não colaborar com o CNI?

E retoma o namoro com Javier?

E qual o papel de Khaled?

E Morey vai continuar a trabalhar com o CNI?

E Quilez e Fran, como se vão entender?

E como se aguentará, ou não, Quilez com o remorso?

E qual a função real de Omar?

Recrutará ou não o jovem desamparado Driss?!

(…)

 

Informa-se que o CNI teve conhecimento que a próxima bomba a ser detonada será em Ceuta!

E, ou Morey convence Fátima a colaborar ou será expulso do caso!

 

 

 

 

 

“El Príncipe” – Episódio 7

Série Espanhola na RTP2

(5ª feira – 01/09/16)

 

“No Fio da Navalha”

Episódio 7 e resquícios dos anteriores

“Desconfianças”

  

El Principe Episódio 8 in. sales.mediaset.es.jpg

 

Neste post, atrevo-me a abordar a temática da série, centrando-me no sétimo episódio, nalguns aspetos do quinto, pouco do sexto, de que apenas visualizei as sinopses, perspetivando a questão das “desconfianças” entre personagens, nos vários grupos relacionais em que o enredo se vai estruturando.

 

Na Esquadra esta situação vai atingindo um grau de tensão crescente, nomeadamente entre Fran e Quilez, e o outro vértice do triângulo formado com Akim.

Questões cruciais ainda estão para surgir.

Aguarde, se faz favor!

Se acrescentarmos a “namorada” de Akim, “Mati”, a quem só apetece comer o doce, nem ela imagina quão amargo lhe saberá, quando souber o que o fundo do doce lhe reserva; teremos o quadrilátero estrutural da esquadra.

Apesar da confiança reiterada por Fran relativamente aos seus homens; dos “negócios” que vão sustentando entre si, e os vão ligando nas múltiplas cumplicidades comuns, que não pega  a necessidade de superar os parcos salários…

Apesar de Quilez manifestar total disponibilidade para com Fran, amigos de há doze anos, apesar de… a bomba rebentará.

Não tarda!

 

Formaremos um pentágono, ao incluirmos Morey, superintendendo, enquanto inspetor, sobre Fran, desconfiando-se mutuamente, agora mais confiantes, após o imbróglio da invasão ao domicílio do inspetor e de todos os dissabores sequentes, já esclarecidos, e colaborando Fran com Morey, de igual para igual, relativamente… que muitas questões os separam… Apesar de tudo, ainda pairam nuvens de dúvida e, para Fran, os subordinados e colegas são vistos corporativamente, num contexto de classe socioprofissional, a que o inspetor não pertence!

 

E Fran, sempre assoberbado pelo trabalho, mas igualmente preocupado com a família nuclear, foi ao hospital falar com o assassino do filho e quase assassinado pela mulher.

- “O que fazias com a minha filha”?!

- “Nem sabia que era a tua filha, pensava que era mais velha e também não matei o teu filho, que nesse dia estava num concerto em Sevilha, que podes confirmar no facebook, pagaram-me para assumir o assassinato e me calar, que era menor…”

Palavras ditas, não necessariamente nestes moldes, mas com estas ideias chave.

E imagine-se as dúvidas na mente do chefe da esquadra, e o que daí resultará.

Aguardemos!

Que haverá bomba, repito!

 

E bomba houve também entre os jihadistas, que Karim, carregado com um colete de explosivos, foi explodido por Ismael, não se auto explodiu, que este e os capangas o convenceram, melhor, sugestionaram a ir para o Paraíso, onde o esperariam onze mil virgens, tanta desfloração prevista, ainda que ele, apesar de alguma ingenuidade, não ficara totalmente crente, e se deixara convencer da falácia, através do tenso diálogo com Morey. Que não resultou, pois que o facínora de Ismael também guardara um detonador para uma emergência. Porque não confiava na eficácia detonadora de Karim.

E foi aquele que o acionou, chamuscando e ferindo toda a equipa policial, que por ele fora atraída à pretensa mesquita na zona portuária.

Mas este assunto ocorreu no 5º episódio, no final.

Que ninguém morreu, cenas de ficção, que no real, cenas destas levam sempre dezenas ou centenas de mortes, que o digam as populações indefesas e mártires, do Iraque, da Síria, …

 

E ainda neste âmbito de mortes gratuitas, lembrar a forma “banal” (?), como Faruq mandou um suposto imã, santo ou santo imã, que se comprometera a procurar notícias de “Abdu” e a quem o narcotraficante entregara avultada soma de dinheiro.

Mas do irmão, nem novas nem mandadas.

E Faruq não esteve com meias medidas e, procurando-o, a Abbas, julgo ser este o seu nome e não obtendo resposta favorável ao pedido que lhe fizera e sobre que lhe pagara adiantado, face às respostas que foram não respostas, pespega-lhe uns quantos tiros. Tê-lo-á enviado também para algum paraíso celestial, afastando-o de Marbella, aonde ela gostava de esturrar o dinheiro adiantado pela inglória busca, nunca procurada nem achada.

 

E quem já terá achado o elemento que, no Centro Cívico, recruta os idealistas para a “guerra santa”, (santa?) foi o CNI, que também já sei o significado das siglas, diverso do que eu supusera. Mas só esclarecerei no oitavo capítulo.

Supostamente é Omar!

 

E deixemos Omar e falemos de Fátima e da família, que receberam uma suposta carta manuscrita por Abdu, despedindo-se da família, que ia retirar-se também para os reinos celestiais.

Grande drama na família, como se pode imaginar!

 

Fátima, aflitíssima, telefona a Morey e, encontrando-se, que quem busca sempre acha, Javier, contrariamente a todos os preceitos a que está sujeito, enquanto profissional do CNI, revela à namorada que a carta é falsa e que ele também é um disfarce. Tudo para a sossegar, pois quem ama não consegue ver o ser amado em sofrimento.

Erro seu, que a moça mais desconfiada ficou e os seus colegas do Centro tudo ouviram e vai ser um desastre!

 

E fico-me por aqui, que este tema anda para ser publicado desde 6ª feira, 2 de Setembro e só, hoje, a cinco, o divulgo.

Desculpem-me os leitores também pela sua tão grande parcialidade.

Escrever, torna-se penoso, com este tempo tão exageradamente quente!

E ainda quero mandar alguns nacos de prosa sobre o oitavo episódio!

 

 

 

 

“El Príncipe” – Episódio 4

Série Espanhola na RTP2

(2ª feira – 29/08/16)

 

 “Faz o que tiveres de fazer.”

 

E tanta vez Serra disse a Morey, para ele fazer o que tinha que fazer, que este perdeu os pruridos que tinha e, apesar de ter afiançado a Fátima que nunca lhe mentira, nunca, falou-lhe de verdade ou ter-lhe-á mentido, na tarde em que esta se lhe entregou ou ele a ela? Que não sei quem possuiu ou foi possuído, depende do ponto de vista, da perspetiva em que nos coloquemos. Ou se ambos se entregaram mutuamente, sem compromissos nem complexos, como dois adultos jovens que se amam!

Não sei! Só sei que o que tinha que acontecer foi acontecido e Fátima e Morey estão muito mais ligados e aquela muito mais disponível para o seguir nos interesses deste. E, sob essa perspetiva, mentiu-lhe ou não, o nosso inspetor?

 

Enquanto estes acontecimentos amorosos ocorriam, Karim, o assassino de Sara, a namorada de Abdu, irmão de Fátima, era libertado da esquadra, para ser perseguido por Serra e Lopez, agentes do CNI, em patrulha na cidade de Ceuta, coadjuvando e dirigindo as investigações de Morey sobre as infiltrações de jhiadistas na esquadra e respetivas ações terroristas.

 

“- Importas-te de te virar?

- Porquê?!

- Porque me quero vestir.”

Pedido de Fátima para Javier, que apesar de obedecer não resistiu a olhar de soslaio, e quem resistiria?!

 

Fran Fátima Morey in. www.univision.com

 

E saindo esta do apartamento do amado, foi vista por Fran, que espreitava o agente para lhe ir vasculhar a casa, mal este saísse. Que entre os dois chefes é um jogo de gato e rato, cada um desconfia mais do outro e Fran anda de “pulga atrás da orelha” face a Morey.

E pedindo-lhe, via telemóvel, para se deslocar urgentemente à esquadra, mal este saiu vai dele entrar para furoar o que haveria de suspeito no apartamento. Surpresa sua, quando num placard observou um enorme organograma dos “Suspeitos”, entre os quais o próprio Fran e outros elementos da esquadra.

Nem teve tempo de se recompor, e já Morey lhe apontava a pistola, ameaçando-o de disparar.

E assim terminou este quarto episódio.

 

E como soube o inspetor da visita de Fran?! Pois, o CNI, através de Serra, que o avisou do visitante indesejável e curioso.

 

Surpresa, surpresa teve Fátima que, ao chegar a casa dos pais, tinha o prometido Khaled, com data marcada para o casamento daqui a quatro meses. Nem mais, e sem comentários!

Todos os presentes, a família toda, contentes, lhe dão os parabéns. Só a noiva aparenta ser a menos interessada.

Atitude e sentimento que não passa despercebido à mãe, Aisha.

 

E já que falámos de Aisha, recordamos que esta foi vítima de ataque pelos amigos de Ramon, irmão de Sara, racista / fascista, que já no funeral da irmã as invetivara de assassinas e de mouras, apesar de antes ter sido encomendado de porrada pelos amigos, melhor,  homens de mão, de Faruq, irmão de Fátima.

Que no bairro campeia a violência entre grupos rivais nos variados tráficos que nele imperam, para além dos conflitos étnicos subjacentes a grupos culturais com antagonismos ancestrais e exacerbados nos últimos tempos.

 

(...)

 

Aí, também reside a atualidade da série.

“El Príncipe” – Série Espanhola - RTP 2 – (Reposição)

Alguns / Algumas Personagens

Tópicos do Enredo

 

A RTP 2 repõe a 1ª temporada desta série policial espanhola, desde a passada 4ª feira, 24 de Agosto.

Tudo faz prever que, de seguimento, apresentarão a segunda. Só faz sentido que assim seja, senão porque estar a retransmitir a primeira, pese embora seja essa a prática habitual deste canal, repetir a visualização de seriados. E, sendo eles de qualidade, porque não fazê-lo?! Antes isso que apresentar chachadas de programas.

 

E “El Príncipe” merece ser visto e revisto. É um seriado espanhol, cuja ação decorre na cidade de Ceuta, enclave espanhol no Norte de África, Marrocos.

 

Ceuta In. publico.pt.jpg(“Herança” de Portugal, diga-se de passagem. Cidade conquistada por Portugal, em 1415, no início da 2ª Dinastia, reinava Dom João I, com a qual foi começada a expansão territorial de Portugal além da Europa.

E como se tornou espanhola?!

Se quiser saber mais… para não nos perdermos na História.)

 

Já basta o Bairro labiríntico em que supostamente decorrem as principais cenas, precisamente “El Príncipe”, que, na realidade, funciona mais como cenário suposto, do que real.

Para além do bairro propriamente dito, dos seus becos e ruelas, as cenas decorrem na Esquadra do bairro; na casa dos “Ben Barek” , muçulmanos, “mouros”; no Centro Cívico; em presumíveis exteriores… e noutros locais variados e diversos.

 

O seriado tem todos os condimentos para atrair espetadores:

- Atualidade, na forma e no conteúdo; ação, intriga, suspense, enredo romanesco.

 

Desde logo, sinal de Amor, aparentemente impossível, que o Destino laça e desenlaça para a sua hipotética concretização.

Fátima e Javier Morey, separados por barreiras supostamente inultrapassáveis, cruzam-se de amores desde o início do primeiro episódio.

“- Se não entende um olhar, como entenderia uma longa explicação?!” Interpelação feita a Javier, pela mulher, Fátima, comprometida e casadoira; espanhola, mas muçulmana…

E este é um dos fios condutores da narrativa: o relacionamento entre o “herói” e a “mocinha”: Morey e Fátima.

Ligados, enleados também pela tentativa desesperada dela em encontrar o irmão "Abdu", desaparecido.

Que a polícia local pouco se tem esforçado nesse sentido, mas a que Morey vai dar um novo impulso. Socialmente, é esse aspeto que mais transparece do relacionamento entre ambos.

 

El_Principe in. www.senscritique.com

 

Morey vem, supostamente, superintender na esquadra, sendo que o seu objetivo principal é descobrir uma presumível rede de jhiadistas que existiria no bairro, a que a própria esquadra não seria alheia, bem pelo contrário, que nela haveria agentes infiltrados.

 

A esquadra cumpre, melhor ou pior, a sua função, zelar pela segurança dos cidadãos. Mas pelo modo como é dirigida e de facto funciona ou disfunciona (?), permite que, de forma mais ou menos velada, a corrupção possa estabelecer um certo status quo com o submundo do bairro. Neste, campeiam os tráficos ilícitos, em que o da droga, em desatino, inquieta as gentes honestas, a maioria dos que lá vivem.

 

Esta multiplicidade de situações verifica-se nas próprias famílias.

Um dos núcleos fundamentais do elenco é representado pela família “Ben Barek”.

Um dos sujeitos basilares deste grupo é Faruq, que simplesmente é o chefe de um dos bandos organizados do narcotráfico no bairro.

Muçulmano tradicionalista, controla parte do bairro, com os seus homens de mão, sendo aparentemente um bom chefe de família, na sua visão personalizada da vida.

Coabita num contexto de família alargada, apesar de ser casado com Leila, mas ainda sem filhos.

A mãe, Aisha Ben Barek e o pai, Hassan, donos da popular cafetaria do bairro, igualmente muçulmanos, são “pessoas de bem”, alheios (?) às negociatas do filho.

Contudo esta é a “realidade” ficcionada de “El Príncipe”. Crime organizado funciona paredes meias com a vida nos parâmetros da Lei.

Contrapondo-se a Faruq, a irmã, a “mocinha” e heroína da história, Fátima, que, no papel social de Professora no Centro Cívico, procura a regeneração, a integração social dos jovens, através da Educação.

 

El Príncipe personages in. www.vertele.com

Uma das características das personagens e entidades da série é o seu lado oculto, subterrâneo. A ligação entre o lado explícito, social, que está à superfície, que é visível e o que está escondido, oculto das vistas sociais.

E relativamente ao Centro Cívico, tal como já referi sobre a Esquadra, há personagens que se dedicam a outras funções não explícitas, e ilegais. Veremos.

 

E tornamos à Esquadra.

O chefe policial é “Fran”, Francisco Peyón, personagem marcado pelas experiências e frustrações da sua vida, a que não é estranho o assassinato do filho adolescente por um desordeiro delinquente e menor, recentemente saído do centro de recuperação, onde nem chegou a cumprir três anos.

Paradoxalmente assassinado no bairro onde ele, chefe de esquadra, deveria impor a ordem.

Coadjuvado por outros personagens não menos envolvidos nas negociatas dos comércios ilícitos: Quilez, “espanhol” e Hakim, “mouro”.

Personagens que têm muito que contar!

Que muito se irá desvendando.

Personagens que, a seu modo, sabem impor a lei, quando a Lei permite que delinquentes se bandeiem impunemente. Refiro-me ao assassino (?) anteriormente mencionado.

 

Se há algo que choca na série é a utilização de menores pelos criminosos, para executarem as suas “façanhas”. Situação tristemente real!

 

Ainda na esquadra: Matilde, “Mati”, também “espanhola” e loura, de Barcelona, jovem cheia de ambição, a que Morey dá a mão. E que “namora” com o “mouro” Hakim.

E Federico, “Fede”, personagem muito secundário, mas que introduz algumas piadas cómicas no enredo.

 

E, a propósito de comicidade, não posso deixar de nomear Pilar e Rocio, amigas de Fátima, também bastante secundárias, mas correspondendo ao estereótipo das “espanholas”, “chicas” de Almodôvar!

E já que de “chicas” se fala, realçar a mais “chica” de todas, a fogosa Marina, namorada de “Fran” e dona do bar de tapas, habitual poiso de recreio dos policiais e relax do chefe.

 

 

E sobre grupos de personagens reportamos também para os que estão ligados ao CNI. (Centro Nacional de Investigação?) (Em capítulo futuro, saberei que é Centro Nacional de Inteligência! Nem mais!)

Que agrega os que coordenam e orientam a investigação de Morey, e o motivo principal da sua ida para o Bairro.

Mas como eles trabalham na sombra e/ou à distância mantemo-los, ainda, nesse estado e estatuto.

Que muito ainda falta saber e descobrir sobre eles. Que também têm as suas sombras e lado escuro.

 

E sobre esse lado menos claro do enredo da série, mas cada vez mais visível e explícito, à medida que prossegue a narrativa, surge-nos o tema do terrorismo jhiadista, dos radicais islamitas, o papel de um grupo terrorista, Akrab, as suas ações na cidade, os tentáculos no bairro, o envolvimento de personagens aparentemente insuspeitos.

 

E voltamos a um dos leitmotiv do enredo: a descoberta do paradeiro do filho mais novo dos Ben Barek, preocupação da família e persistência de Fátima.

De nome Abdessalam Ben Barek, “Abdu”.

 

E ainda e já na família, mas querendo reforçar os laços de pertença, menciono Khaled Ashour, primo e pretendente à mão de Fátima. Que muito também nos irá contar e ganhará maior protagonismo na segunda temporada.

 

E terão estes dois personagens destacados algo a ver com o terrorismo?!

 

Mas deixemos este tema ou mantenhamo-nos nele e na violência tão presente no Bairro, tanto no plano real, como virtual e lembremos também duas personagens jovens, sujeitas e vivendo essa constante instabilidade e expondo-se a perigos vários: Nayat, a caçula dos Ben Barek e Ruth Peyon, filha de Raquel e Fran.

 

E estou a esquecer vários personagens importantes, tal como a namorada de Abdu e o terrorista que a assassinou? Aos olhos de Fátima e Javier! (Sempre unidos na trama: herói e mocinha!)

 

E vamos continuar a ver e/ou rever os episódios. São muito chamativos!

 

Episódio 4

Episódio 7

Episódio 8

Episódio 9

Episodio 10

Episodio 12

Episódio 13

Temporada 2 Episódio 1

Temporada 2 Episódio 5

Temporada 2 - Episódio 9

Temporada 2 Episódios 9 e 10

Temporada 2 Episódio 11

Temporada 2 Episódio 12

Temporada 2 Episódio 13

Temporada 2 Episódio 14

Temporada 2 Episódio 17 

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