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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Águas de Março”: Uma crónica salteada de ocorrências

Crónica sobre acontecimentos relativos a Março

 

Luz... Original DAPL 2016.jpg

 

Não, não vou falar sobre a célebre canção de Elis e Tom Jobim, não.

 

Também não vou comentar sobre tanta coisa importante ou nem por isso, que por aí pulula nos media. Muitos assuntos, até preocupantes, que nos surpreendem ou talvez não, como foi possível chegar-se a tal. Não estou virado para as “políticas e politiquices”, apesar de haver assuntos que mereceriam alguns comentários.

Nem também sobre o Portugal – Hungria irei perorar. Por enquanto, o futebol não me merece destaque. Acompanhemos o campeonato e aguardemos o próximo sábado.

 

Falo-vos, e para começar, precisamente de águas… de chuva.

Que finalmente resolveu brindar-nos, já na Primavera, quando se esquecera de nós, todo o Outono e Inverno. Mas, mais vale tarde… Que, “Março, marçagão…”

E, com ela, o frio. Não sei como serão as águas de Março, lá para o Rio, que anunciam o final do Verão. Aqui, “deveriam” (?) vir no Inverno e/ou no Outono, mas só agora chegaram. Precisamente com a Primavera! Que supostamente se deveria anunciar radiosa, alegre, iluminada. Mas não! Chuva e frio!

Ainda bem que nós não mandamos nisso, diz o povo!

 

E é precisamente e também da Primavera e das ocorrências humanas a ela associadas, que vos quero falar.

Ainda no dia 20, pela tarde, quando o sol, no seu movimento aparente, atingiu a posição de equinócio, passando a linha do equador, para o hemisfério Norte, oficialmente, iniciou-se a dita Primavera!

 

Habitualmente, essa ocorrência situa-se no dia 21 e é nesse dia que se celebram duas datas festivas importantes: “Dia da Árvore” e “Dia da Poesia”!

 

Em Almada, associada às boas-vindas à Primavera, organizam-se os “Dias da Floresta”.

Nessas atividades, entre outras igualmente interessantes, promovem a distribuição de árvores, plantas, arbustos, ervas aromáticas, a troco de lixo para reciclagem, conforme pode verificar na ligação anteriormente assinalada.

Já, por diversas vezes, temos participado nessa ação, neste ano novamente.

Cada pessoa tem direito a duas plantas, em função dos respetivos objetos levados para serem incorporados nos bidons específicos de reciclagem.

Cinco árvores: um pinheiro manso, dois carvalhos, uma alfarrobeira, uma azinheira e uma planta aromática, cujo nome não fixei, mas que, supostamente, é dissuasora dos mosquitos, quando colocada à janela! Haverei de saber-lhe o nome.

Ainda no âmbito das atividades integradas nos “Dias da Floresta”, ocorreram no dia 23, 5ª feira, as ações “Vamos Plantar!” e “Observação de Aves”.

Já tenho participado nesta última ação noutras ocasiões. Desta vez, envolvi-me mais na primeira: “Vamos Plantar”!

E plantei?!

Plantar, plantar mesmo, como já fiz imensas, tantas vezes, no Alentejo; em Almada e no Parque da Paz, não.

Apenas ajudei a plantar. De pá, com enxada, apenas atirei a terra para as covas onde os técnicos da Câmara haviam depositado uns choupos de folha branca e uns carvalhos portugueses. Que as covas estavam feitas, as árvores já colocadas.

Nesta ação, dei a minha ajuda e colaborei com as crianças da Escola “Primária” do Pragal, que aí estavam, entusiasmadíssimas, num trabalho prático, que lhes perdurará, certamente, nas suas vidas futuras, essa lembrança.

“- Sabes?! Recordas-te?!, quando viemos plantar estas árvores, aqui, quando andávamos na Escola?!” Dirão elas, daqui a alguns anos, quando, já crescidas, vierem correr ou passear para o Parque.

Também havia alguns adultos, mas poucos, que eu contasse, apenas quatro e um, o que pretendia era o kit das ervas aromáticas, que supostamente deveriam dar-lhe, em troca da participação. Ironicamente, não haviam sido levados os kits para o evento, com medo da chuva!

 

E voltando à plantação. Após pedir a pá a uma criança, questiona-me esta, numa voz cheia de alegria, contentamento e admiração.

“ – Você é Alentejano?!”

Dada a resposta, após saber o como e o porquê de tal pergunta, trivialíssima; chegou a minha vez de saber também a localidade de origem da menina. Que ela era daqui, de Almada, só que os familiares são da Esperança, já se viu nome mais bonito para uma aldeia?! Esperança: concelho de Arronches, duas localidades tão bonitas!

 

E voltando ou continuando na Poesia!

 

No dia 21, também o C. N.A.P. – Círculo Nacional D’Arte e Poesia promoveu uma bonita sessão dedicada a esta Arte Poética, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.

Disseram-se poemas, poesias, recitaram-se, leram-se, declamaram-se versos e rimas ou não, sobre temas poéticos; pelos presentes, que rimaram o ambiente do Centro. Parabéns a todos.

Também circularam boas amêndoas da Cidade de Régio.

 

E, nessa bela Cidade, e à mesma hora, a Poesia saiu à rua, homenageando os seus Poetas e suas Poetisas, em “Momentos de Poesia”!

 

E também e ainda em Março, se comemora o “Dia do Pai. Que todos os dias são dias de pai. E que Saudades e que falta me fazes, PAI!

 

E, igualmente em Março, e como de costume, o Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó, comemorou o seu trigésimo primeiro aniversário, no Clube Recreativo do Feijó. Aniversário a vinte e um, festejado ontem, sábado, vinte e cinco.

E que belos momentos se vivenciaram, através daquelas vozes telúricas, que em coro, no ponto ou no alto, nos evocam o nosso querido Alentejo, no âmago mais profundo do seu Ser!

 

E esta “crónica salteada” ainda tem mais condimentos?

 

Ontem, também planeara ir à sede da SCALA, aonde haveria também uma Sessão de Poesia.

Julgava que funcionava na Incrível. Também aportei à Academia. Aí indicaram-me a localização, no esquema: “direita, esquerda, frente…” e é facto assente, não dei com o local. Acabei por desembocar, voluntariamente, na Casa da Cerca. Local lindíssimo da Cidade de Almada, que é imprescindível visitar-se.

De volta, acabei por saber, no Centro de Interpretação de Almada Velha, que a sede da SCALA é na antiga Delegação Escolar, junto à antiga Escola Conde Ferreira.

Já sei, in loco, onde fica. Futuramente já não me irei “perder”!

 

E, nestas deambulações, antes passara pela Oficina da Cultura e pela Biblioteca, constatei o óbvio, em Almada: Cidade e Concelho.

Há sempre imensas atividades culturais, dos mais diversos tipos e âmbitos e pelos mais variados locais públicos e em espaços relativamente perto uns dos outros.

Por vezes, o difícil é escolher. Dada a simultaneidade dos eventos!

 

E, por aqui me fico, nesta crónica salteada, de eventos e “condimentos”, por locais e acontecimentos!

 

E a POESIA e a NATUREZA são sempre uma LUZ...

 

(Fotografia original DAPL - 2016)

Crónica sobre Serão de Cante e Poesia

"6º Serão de Cante e Poesia Alentejana"

 

E mais algumas considerações e apartes, a propósito ou nem por isso.

(1 de Outubro de 2016)

 

Não, não me esqueci de cronicar sobre este relevante evento. Outras escritas, afazeres da vida real e só hoje me é possível.

 

Antes de mais, e ainda, não quero deixar de assinalar a data de hoje, sete de Outubro. E a de amanhã.

 

A de hoje, sete, porque era nesta data que, quando estudava, se iniciavam as aulas, nomeadamente as da Primária, as do Colégio e as do Liceu.

Dir-me-á: - Isso é pré- história.

Nem mais!

A de amanhã, oito, também é especial, no contexto em que escrevo.

Fará dois anos que iniciámos este blogue!

Peculiar que tenha sido também com uma crónica sobre Cante e Poesia!

 

E vamos então ao 6º Serão de Cante e Poesia Alentejana.

Ocorrido no passado sábado, um de Outubro, “Dia Internacional da Música”, no Fórum Romeu Correia, Auditório Fernando Lopes Graça, em Almada.

Divulguei previamente e, mais uma vez se confirma, que “Almada é a Capital do Cante”! Pelo menos aqui, nesta “Grande Lisboa”!

 

E sobre o dito espetáculo e antes de entrar propriamente na sala, quando o divulguei, mencionei a dificuldade de arranjar bilhetes no Fórum Romeu Correia.

Exatamente.

 

No próprio dia, apenas quando eram disponibilizados, o que acho bem, cheguei antecipadamente meia hora e já havia fila de cerca de trinta pessoas.

De modo que me questionava se conseguiria obter ou não os bilhetes.

 

Fui ficando e, nestes contextos, mais tarde ou mais cedo, vai-se falando. Naturalíssimo.

Ocorrem também sempre aqueles casos habituais, de alguém que se chega à frente, perto de pessoa amiga e segreda “encomenda” de mais alguns bilhetes.

Mas estas cenas não passam despercebidas e alguém comenta sobre as célebres “cunhas e pedidos”. Famigerados, eles e mal-afamadas, elas!

Por ironia, quem comentou haveria de ser contemplado com um bilhete doado por amigo que, estando à frente na fila, resolvera requisitar mais um ingresso, para oferecer a quem estava mais atrás.

Logo oportunidade para outro alguém retorquir, que havendo comentado da “cunha”, não deveria ter aceitado o presente do amigo.

Sim ou não, o que acha?!

 

Aproveitei para lembrar o aforismo de que “a cavalo dado não se olha o dente”! Que até poderia parecer mal agradecido.

E friso que em boa hora o aceitante aceitou, porque, quando chegou a sua vez, apenas um conseguiu.

Não aceitasse e só um bilhete obteria, o que o impossibilitaria de ter levado a esposa, conforme confirmei no espetáculo, à noite.

 

E vamos então falar do espetáculo, propriamente dito?!

Sala repleta, como se depreende.

Espetáculo extraordinário.

 

Mas ainda vai outro aparte.

O Auditório continua sem refrigeração. Já no Verão, a propósito do Ciclo de Cinema Brasileiro, disso faláramos.

Com a sala cheia…

Registe-se.

 

E, antes de tudo o mais… E porque é imprescindível.

Dar os parabéns a todos os participantes no evento, a todos os que contribuem para a respetiva organização e logística, que não apenas os que presenciamos no espetáculo propriamente dito. São muitas as pessoas envolvidas, em diferentes contextos.

Também realçar o papel das entidades e organismos oficiais que apoiam estes Grupos, nos mais diversos enquadramentos.

Não podemos esquecer que estes Artistas, sejam cantadores, cantadeiras, poetas e poetisas, exercem estas funções, desempenham estes papéis, como Amadores, no melhor sentido da palavra. Para todos os efeitos, trabalham num sistema de Voluntariado.

Daí o nosso realce especial, inteiramente merecido!

E agradecer.

Obrigado, a todos pelo excelente Serão que nos proporcionaram.

 

Sobre os participantes segue-se o cartaz com as respetivas designações.

 

6º Serão de Cante e Poesia Alentejana 2016 - Cartaz.

 

 

Parabéns, sempre muito especiais, ao Grupo do Feijó que, neste contexto, é o Grupo Organizador.

 

Sobre o espetáculo, os Cantares, a Poesia, digo: Adorámos.

 

Se realçasse alguns aspetos ou momentos, fá-lo-ia pela novidade para mim, que não conhecia as respetivas atuações.

O Grupo Juvenil, nunca ouvira tal.

E alguém pode ficar indiferente àqueles rouxinóis, joselitos e marisóis, com os seus trinados e requebros, que nos tocam o coração e nos humedecem a visão?

Excelente o trabalho do Professor e Mestre!

Também assinalaria o Grupo Abelterium, que apesar de ser dos meus lados, também não conhecia.

Para além da alegria contagiante das cantigas, que dimana da sua atuação, eu realçaria o que mais me tocou: a interpretação de “Serpa de Guadalupe”!

 

E então esqueço os outros Grupos e Artistas?!

De modo algum.

 

Obrigado ao Grupo do Feijó, ao Grupo da Academia de Serpa, ao Grupo Recordar a Mocidade, à Poetisa Rosa Dias e ao Poeta Luís Maçarico.

Todos nos ficaram no coração e nos proporcionaram gratificantes momentos artísticos, que nos enriquecem espiritualmente e a eles enobrecem, pela sua atitude altruísta e a quem ficamos gratos.

 

Obrigado.

Que estes espetáculos, além de excelentes, são gratuitos!

 

“Canção de Coimbra – Muito Mais do que Fado” - Tertúlia Coimbrã de Miratejo

Auditório Fernando Lopes Graça

 

Fórum Romeu Correia – Almada

(9 de Abril 2016 - Sábado)

 

E, porque temos andado a falar de Cultura, não posso deixar de falar de um Acontecimento Cultural ocorrido ontem.

Foi um “Evento Excepcional”, em todos os sentidos. Primeiro, porque não circulam por aí espetáculos de “Fado e Canções Coimbrãs”, todos os dias e, segundo, pelo seu nível de excelência.

 

(E ocorreu este acontecimento num espaço de tempo em que ainda não tínhamos designado, como Senhor Ministro, o Novo da Cultura. Imagine-se se tivéssemos!

Constate-se o óbvio. De que, atualmente, já temos um Outro Senhor Ministro da Cultura.

E é caso para se dizer: E a falta que um Senhor Ministro nos faz!)

 

Mas para o caso vertente, nem fez nem deixou de fazer, nem isso vem ao caso.

 

Coimbra In wikipédia.jpg

 

Segundo o título em epígrafe, ouviram-se, no Auditório Fernando Lopes Graça, “Canções de Coimbra”: Fados, instrumentais, baladas, algumas com caráter de “canções de intervenção”, como de facto o foram, e como tal executadas e escutadas antes de “25 de Abril de 74” e nos anos imediatamente subsequentes.

Um evento memorável, a merecer uma sala completamente cheia, pelo menos eu supusera isso, que até comprei bilhete de véspera. Mas não. Estaria aí a oitenta por cento, digo eu. De qualquer modo, bem composta e com algumas lindas vozes que, ecoariam a meio do espetáculo, ao apelo e pedido dos Cantores intervenientes, por ex. na “Samaritana”.

 

Mas não nos adiantemos.

Já que falámos em Cantores, foram eles: Filipe Lopes, Francisco Naia, Joaquim Monteiro. Que Vozes! Mais ainda na segunda parte, as gargantas aquecidas pela execução anterior, notando-se um crescendo na qualidade performativa.

Acompanhados, também de forma excelente, pelos guitarristas e violistas. Em várias intervenções apenas os instrumentais, que aliás abriram a atuação, com “Verdes Anos”, de Carlos Paredes.

Dos instrumentistas, em guitarra portuguesa, estiveram António Serrano Baptista e Miguel Serrano Baptista e julgo que Álvaro Albino.

Em viola, só me pareceu estar um executante. Não sei se Nuno Correia, se João Costa.

(Desculpem-me se estou a ser pouco preciso.)

Mas, que Executantes!

 

Evocaram através das “Canções ”: Carlos Paredes, Luís Goes, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Alegre; estes fazem parte do “universo dos meus conhecidos”, todavia nem sempre identificando todas as canções e respetivas autorias, exceto as mais óbvias. Ainda de outros Autores mais antigos ecoaram as lembranças de: Augusto Hilário, Edmundo Bettencourt, Artur Paredes, António Portugal e mais, que não consegui registar todos os nomes.

 

(Apesar de, na execução de cada peça, projetarem no écran, as Autorias. E imagens sugestivas da Cidade do Mondego, mais ou menos antigas. Mas não consegui passar todos os registos ao papel, devido à fraca luminosidade.)

 

Também peças recentes!

 

“Verdes Anos”, de Carlos Paredes; “Balada do Tempo Breve”, de Luís Góis; “Fado Sugestão”,  “Falas de Amor”, “Meu Pensamento”, de Francisco Naia; “Estudo em Lá”, “Cantiga Para Quem Sonha”, “Cantiga de Amigo”, “Maio de 78”, “Sede e Morte”, de Carlos Paredes; “Fado dos Beijos”, “Canção Com Lágrimas”, “Balada do Mar”, “Traz Outro Amigo Também”, de Zeca Afonso; “Fado das Andorinhas”, “Quadras da Ilha”, “Rosas Brancas”. (...)

 

Estas foram as Cantigas cantadas, executadas, mais ou menos na sequência temporal do espetáculo, em que intervalavam fados mais tradicionais, baladas coimbrãs, e instrumentais, não necessariamente por esta ordem, mas com uma sequência estruturada, que o espetáculo está muitíssimo bem delineado e organizado. (Observa-se que não é a primeira vez que está a ser apresentado. Está muito bem “oleado”, perdoe-se-me a expressão.)

 

Em todos os domínios houve um nível de excelência. Que, friso, o que venho defendendo, que estes eventos deveriam ser de passagem obrigatória nas “nossas” televisões.

 

(E digo “nossas”, porque, “nós”, os consumidores de eletricidade, pagamos taxa de audiovisual. Para além do que pagamos, de muitas maneiras e feitios, e que reverte para as televisões, mesmo as privadas. Porque, por ex., quem paga a publicidade que nos impingem a toda a hora, seja em suporte papel, em áudio ou visual?!)

 

Ainda houve encores finais, que, estrategicamente, nos brindaram ainda com mais algumas “Cantigas” em coro. A que a assistência, quem sabia e podia, tentava acompanhar.

Na “Samaritana”, fado tradicional conhecidíssimo, foi onde mais se empolgaram as vozes da assistência, como já mencionei.

 

Houve ainda um outro fado tradicional, precisamente designado “Fado Corrido de Coimbra”, de que retiro de memória, sujeita a erro, os seguintes versos:

“...De Coimbra chega mesmo a ter Saudade / quem não conhece a Cidade.”

(O que é completamente Verdade!)

 

E que é quase um “aforismo”, que ainda estamos neste registo, pois qualquer ser sensível e pensante, se emociona com a audição dos belíssimos “Fados de Coimbra”, audíveis no passado sábado, no Fórum Romeu Correia. Mesmo que não conheça a Cidade, ou nela não tenha vivido ou estudado, caso meu. Que apenas conheço a “Cidade Mondeguina”, como visitante, em modo de turismo ou trabalho.

 

Pois, e para terminar, Senhora Leitora e Senhor Leitor, caso tenha oportunidade e conhecimento da ocorrência deste espetáculo, Não Perca!

 

Ficará enriquecido enquanto Ser Humano sensível e inteligente. Para além do respetivo engrandecimento cultural, independentemente de haver ou não Ministro da Cultura!

 

E qual é a Cidade, qual é, que é “Cidade de Arte e Cultura”?!

 

(E, realço, ainda, que os preços são extraordinariamente convidativos.)

E, ainda!

XIII Antologia de Poesia do CNAP - 2015

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Dia de Lançamento da Antologia

biblioteca feijó in. www.cmalmada.pt.jpg

 

Episódio “Caricato”…

 

Dos exemplares das Antologias em que tenho participado, ao longo destes anos, costumo distribui-los, oferecendo-os a pessoas amigas ou familiares, que, à partida, julgo que os irão apreciar. Até ao momento, nunca tive a preocupação de “vender” um exemplar sequer. Guardo um ou dois exemplares para mim, alguns parcialmente autografados, de modo que das Antologias em que participei poucos livros ainda tenho.

Também tenho costumado oferecer às Associações de Poesia a que pertenço, bem como um exemplar em algumas Bibliotecas mais significativas para mim, isto é, aquelas que eu, de algum modo, tenha frequentado ou visitado. Assim tenho distribuído antologias por várias Bibliotecas do Alentejo, de Lisboa e Margem Sul.

Conhecedora desse facto, a Presidente do Círculo entregou-me três exemplares para eu “depositar” em Bibliotecas. O que, neste momento, está feito, em nome da Direção do Círculo Nacional D’arte e Poesia, que foi assim que registei nos livros.

bibjosesaramago feijó. in. www.cmalmada.pt. jpg

 

Entreguei um exemplar na Biblioteca José Saramago, no Feijó; outro na Biblioteca do Fórum Romeu Correia, em Almada; e o terceiro exemplar, na Biblioteca Municipal de Portalegre. Quero frisar que as pessoas que receberam, funcionários das Bibliotecas, foram simpatiquíssimas, agradecendo, como é natural. Frisei que os livros seriam para acervo das respetivas Bibliotecas, o que me foi garantido.

Biblioteca Almada. in. www.cmalmada.pt. jpg

 

E chegando a este ponto, questionar-me-ão: “Mas o que tem tudo isso de caricato?!”

 

Bem… Embora neste blog, “aquém-tejo.blogs.sapo.pt”, esteja ainda a decorrer a divulgação das poesias apresentadas na Antologia, não quero deixar de narrar o acontecimento, mais ou menos “caricato”, ocorrido no dia do lançamento, 15 de Dezembro, 3ª feira, numa Biblioteca relativamente distante do local onde a Antologia foi lançada, São Sebastião da Pedreira. Mais concretamente acontecido numa Biblioteca dum Concelho limítrofe da Capital.

Tendo na minha posse os exemplares que me foram destinados para distribuir por bibliotecas, três, como já referi, e passando perto de uma, resolvi entrar para entregar um dos mencionados livros.

Expliquei o que pretendia à funcionária, que foi igualmente muito simpática, mas, com algum constrangimento, me explicitou que ficava com o exemplar, mas não tinha a certeza se ele ficaria no acervo da Biblioteca. Que teria que encaminhar para os serviços centrais, que depois decidiriam e que não garantia que o livro pudesse vir a pertencer ao espólio da Biblioteca, que até poderia nem sequer ficar, que até poderia vir a ser dado e, em última instância, até ir para reciclagem… E, mais ou menos enquanto me elucidava sobre esta situação, procurava na escrivaninha qualquer coisa, que posteriormente pude saber o que era. Um documento para eu assinar, conforme entregava o livro, que a Biblioteca recebia, mas precisamente como a funcionária me explicara, não era garantido ficar na Biblioteca e, entre as várias hipóteses de destino, lá estava, no final, a possibilidade de ir para a reciclagem!!!

Contra argumentei que não era isso que pretendia, o objetivo era que ficasse na Biblioteca, para futura consulta e nenhuma das outras hipóteses se coadunava com o propósito de oferecer um exemplar de uma Antologia de Poesia, acabada de ser lançada, de vários Autores que, com tanta estima, divulgam o que escrevem…

A senhora mostrava-se, de facto, muito constrangida, mas frisava que essa era a norma da Biblioteca…

Referi que têm no acervo várias antologias para consulta, que já li algumas, numa das quais até participo.

Esclareceu-me serem obras de pessoas do concelho… Ao que respondi que, nesta provavelmente também haveria pessoas de algum modo ligadas ao Concelho.

E o diálogo centrava-se neste plano, sem saída airosa para o que eu pretendia. Argumentei que não deixava numa Biblioteca um exemplar de um livro a que todos os envolvidos dedicaram tanto carinho, que era oferecido precisamente nesse espírito, para ser lido, estar à disposição de quem por ele se interessasse e que ao deixá-lo, não tinha a garantia de que essa fosse a sua função e cujo destino final, poderia ser a reciclagem! Que é como quem diz, o lixo!

Dá para imaginar?!

 

Enquanto decorria este diálogo, um jovem aguardava, pois que requisitara uns filmes e precisava que a senhora fizesse o respetivo registo de empréstimo. Simultaneamente assistia à conversa, cada vez mais interessado e quase pronto a participar e, ao mesmo tempo, não tirava os olhos do livro, com uma avidez, um interesse manifesto, como se quisesse, sem exagero, “comer o exemplar” com o olhar. Por vezes, também, olhando para mim, com um ar estupefacto, como se me quisesse mostrar a sua perplexidade, e dizer: “ Já viu o disparate?! Querer você ofertar, com toda a estima e consideração, um livro, a uma biblioteca e, praticamente, não o quererem aceitar?! E até, em última instância, poder até ir para a reciclagem, um livro, novo, recentemente editado?!”

Perante a conversa da funcionária, dá para calcular que, de modo algum, eu me sentia motivado a deixar-lhe o exemplar da Antologia.    

E, observando as reações do rapaz, interpelei-o, se ele gostava do livro, se gostava de ler, se iria lê-lo, se gostava de poesia…ao que ele, imediata e espontaneamente, me respondeu que sim, verbalmente; mas também na expressão, facial, fazendo o gesto afirmativo com a cabeça, como corporalmente, através do gesto de receber essa dádiva, esse presente, explicitamente, para o próprio, de grande valor.

 

E então, caro/a leitor/a, qual acha que foi o meu procedimento?

Terei deixado o livro na Biblioteca onde era suposto ele ficar ou tê-lo-ei oferecido ao moço?

Como procederia o caro/a leitor/a?

(…   …)

Ainda, num breve diálogo subsequente, fiquei a saber que o rapaz também gosta de escrever… poesia. Ficou de deixar alguns textos seus na referida Biblioteca, para eu ler e apreciar.

Não mais conseguir voltar ao local. O que farei, logo que puder, e confirmarei com a senhora bibliotecária se ficou algum “rasto” desta conversa e desta situação “caricata”.

E tenho dito sobre esta ocorrência, mais ou menos “sui generis”, um tanto ou quanto burlesca, até com alguma graça.

Quando e se tiver mais alguma informação tentarei dar conhecimento.

 

Fórum-Muncipal-Romeu-Correia. in www.cmalmada.com jpg

Na ilustração desta “crónica” apresento fotos das três Bibliotecas onde deixei exemplares das antologias: Biblioteca José Saramago, Biblioteca do Forum Romeu Correia e Biblioteca Municipal de Portalegre.

biblioteca portalegre. facebook. jpg

 

Quando puder, visite qualquer uma destas Bibliotecas, que são interessantíssimas, sob todos os aspetos, e organizam, regularmente, eventos variados e igualmente muitíssimo interessantes! Sobre alguns já aqui tenho feito algumas referências e publicado posts.

 

RTP2 - “Maravilha das Maravilhas” e “Revolução”?

“Croniqueta” Televisiva!

 

Torno a debruçar-me sobre programas da RTP2.

 

No domingo passado… (e, de repente, vêm-me à memória versos e a melodia da célebre canção…), …bem, no pretérito domingo, a RTP2 exibiu mais um dos seus excelentes documentários, antes da reposição do 1º episódio da série “A Família Krupp”, sobre que já falei no blogue.

Designa-se “Maravilha das Maravilhas”.

 Aqui!

E o vertente episódio debruçou-se sobre as “Plantas” – “As verdadeiras soberanas do Planeta!”.

“Obrigatório” De(ver)!

 

Faltou, em tão rico documento formativo e informativo, lembrar, ou dar a conhecer(?) a interdependência entre Seres Humanos e Plantas, na mais elementar condição da nossa sobrevivência enquanto Seres vivos. A Função Respiratória!

Que a maioria das pessoas desconhecerá, ou melhor, não atribuirá o devido valor e significado.

 

(Bem, não sei se, noutros episódios, terão abordado o assunto… pois não os tenho visto todos.)

 

Vou tentar seguir estes Documentários!

 

*******

 

Quanto a série(s)…

 

Revolução In. RTP Extra .jpg

 

Estão a transmitir uma americana… designada, mesmo no original, “Revolução”!

Aqui!

 

Face à forma e conteúdo eu chamar-lhe-ia “Involução”.

(“Lá está este com a mania de batizar as séries”, comentarão, os eventuais leitores.)

Reconheço que o título a que me aventurei como padrinho não é lá muito sugestivo, é certo. “Revolução” é muito mais apelativo. Mas o enredo reporta-nos mais para o Passado, trata-se de um “movimento regressivo”, enquanto o título atribuído, pelo menos no sentido que dele vislumbro, reporta mais para o Futuro.

Talvez engano meu..

 

Bem, seja qual for o melhor nome de batismo, não aprecio a série. Vi o primeiro episódio, tenho visto pequenos excertos de outros, mas não me fixei. Não fui “agarrado”. A temática, tanto na forma como no conteúdo, não se me tornou apelativa.

 

Depois das excelentes séries europeias, estas americanas tornaram-se-me demasiado superficiais, quiçá desinteressantes, melhor, menos interessantes. Esta, de todo, desinteressou-me completamente.

 

Mesmo "Mad Men", na última temporada, transmitida em finais de 2015, ficou aquém das minhas expectativas. Que vira temporadas anteriores, muito antes de ter blogue ou de ter mais tempo livre, como tenho agora, mas sempre procurava seguir os episódios, que via sempre com bastante agrado.

Nesta derradeira temporada, vi, gostei, segui os episódios, escrevi sobre eles, mas pairava sempre o espectro do que vira nas europeias, apesar de aparentemente possuírem menores recursos. Embora tenha gostado de ver!

 

Nenhuma daquelas excelentes séries terá tido continuidade em sequentes temporadas?!

 

“Borgen”… “A Herança”… “El Príncipe”… “Hospital Real”… “Crime e Castigo”… (Que saudades dos “nossos três mosqueteiros”)…, “Os Influentes”…, recentemente reposta… “Gomorra”…

 

Nenhuma destas séries de alta qualidade teve continuidade?!

?! (…)

 

Se o objetivo era “agarrar” os jovens… Não sei!

 

Os jovens visualizam séries, sim, mas recorrem mais a outros meios que não a RTP2. Computadores, internet, “tabletes”, e outros quejandos que tais, nessa instrumentália, de que desconheço a maioria dos nomes de batismo… Outros canais. Acho que este Canal, RTP2, talvez preconceito meu, é mais utilizado assim pelos “cotas”, em que me incluo!

 

Bem, não falo das interpretações. Que, nesse aspeto, em todas há excelentes. Atores e Atrizes! 

 

Bem, e assim, bem ou mal (?), termino esta “croniqueta”!

 

 

 

Reflexões sobre Template... before "Mad Men"

Vou voltar a escrever sobre a série “Mad Men”.

 

in g1.globo.com

 

Ah, mas antes de tudo o mais, constatar o óbvio. Mudei a imagem do blogue, há pouquíssimo tempo. Um pouco na brincadeira experimentei este template, após ter visualizado vários. Mas, sinceramente, nem me apercebi logo que essa marca ficava estabelecida. De qualquer modo o blogue já fez um ano e achava que deveria fazer alguma reestruturação, que pensei ser bem mais complicada.

O que acham deste novo visual?!

 

Não sei se será definitivo, porque pretendo estruturá-lo de acordo com os subtemas que vou abordando. E que nessa estrutura esses subtemas fiquem realçados num espaço lateral, como, neste template, estão consignados os vários posts colocados cronologicamente. Só que ainda não tive oportunidade de escolher um modelo em que essa informação possa ficar consignada e acessível. Nem sei muito bem como executá-la.

Quem tenha dado uma vista de olhos ao blogue ou me tenha acompanhado desde o início, notará que embora havendo um fio condutor nas temáticas elas vão variando nalguns campos fundamentais, numas fases dando realce a alguns temas específicos, para posteriormente me dedicar mais a outros.

 

Por ex., iniciei com uma crónica sobre um ato cultural e, nesse âmbito, periodicamente tenho voltado a essa temática e modelo de escrita:Crónicas

 

Um dos objetivos da criação deste blogue fora a divulgação da Poesia que tenho escrito e publicado em suporte de papel, que numa fase desenvolvi bastante, mas que ultimamente tem estado um pouco parada. De qualquer maneira este é um dos temas deste espaço comunicacional: Poesia.

A divulgação de eventos ou associações/organizações ligadas à Poesia e à Cultura é também um dos eixos deste veículo de comunicação. Mas aqui surgem algumas dificuldades de enquadramento: na Poesia ou nas Crónicas?! Colóquio!

 

Outra temática são as estórias. As prosas… Umas serão contos, outras fábulas, algumas efabulações, quiçá delírios imaginativos. Integrá-las-ei como?! Como as designarei?

Estórias, sem dúvida. “Estórias do Arco-da-Velha”?! Não! Preferirei nomeá-las de “Estórias do Arco da Dona Augusta”, por analogia com o conceito tradicional de “arco-da-velha”, mas reportando também para o “Arco da Rua Augusta”, por toda a simbologia inerente e porque nalgumas estórias há referência a esses espaços. Fica a “Dona” que se reporta à “Velha”.

 

Depois estão os posts comemorativos ou evocativos de alguma situação, acontecimento ou ocorrência significativa e significante para mim ou para quem para mim tem significado! E como nomear este tema? Alguns enquadrar-se-ão noutros espaços. Na Poesia vários. Mas nem sempre conseguirei inclui-los facilmente.

 

Também existem os temas respeitantes a Localidades, ou Espaços Geográficos… Aqui!

 

Também haverá artigos de opinião?

 

E sobre o Futebol?

 

Terei que encontrar títulos sugestivos.

 

Por ex., escrever sobre séries foi tema que nunca me passou pela cabeça vir a realizar, quando projetei e iniciei “Aquém – Tejo”.

Nem eu me dedicava muito especialmente à visualização de séries, até porque não tinha tempo.

Embora tivesse visto “Mad Men”, segui algumas temporadas e alguns episódios, quando pude. Mas, quando era mais jovem, via muito mais, mas eram séries semanais. Algumas bem antigas, da infância e início da adolescência.

Lembram-se do “Rim Tim Tim”? Da “Lassie”? Do “Bonanza”? Do “Chaparral”? Do “Zorro”? De “Dallas”, de que até nem gostava muito. E de “Star Trek”? (…)   (…) ? ?

Propositadamente só falo das mais antigas. E todas norte-americanas. Mas também vi britânicas.

Desde 2014, tendo mais tempo disponível, comecei a ver séries da RTP2 e digamos que me agarrei com “Borgen”. Que é mesmo o tipo de seriado que mais aprecio.

Escrevi um post global e vi que agradou, ao ponto de ter sido plagiado.

Depois continuei a ver as novas séries europeias e embora não tenha escrito nada específico, episódio a episódio, os assuntos nelas abordados eram totalmente do meu agrado.

Com “Crime e Castigo” foi um campo temático que adorei, escrevi regularmente, diverti-me escrevendo e também constatei um agrado crescente nas visualizações.

Com “Hospital Real” foi o máximo, até agora. Deve ter sido uma série de que os espetadores gostaram muito, e eu também, o que se refletia nas visualizações. E sobre que adorei escrever.

Portanto o subtema “Séries”, também terá que existir, embora não tivesse sido planeado de início…

 

E ainda ficam assuntos para abordar…Aqui!

 

E é esta tarefa que pretendo executar.

Enquadrar os vários posts nestes subtemas e noutros que me venham a surgir. Sabendo antecipadamente que alguns posts poderão ser enquadráveis simultaneamente em vários destes espaços e outros não saberei de todo onde colocá-los.

 

Bem, deixo estas reflexões estruturais sobre o blogue, na sequência da alteração do template.

 

Que espero apreciem! E Obrigado pelas leituras.

 

Que ainda quero escrever sobre os “Homens Loucos”!  Mad Men

 

 

P. S. - Depois de todo este texto escrito e já em pré publicação, chamam-me a atenção que falta a foto sugestiva do Rio Tejo, visto da Ponte 25 de Abril e visualizando as duas margens e a foz do Rio. Uma perda irreparável! Que eu nem reparara...

De modo que não sei até quando irá ficar este modelo de template!

 

 

As Árvores também têm História?!

Foto1915. Amendoeira do quintal. Foto D.A.P.L.jpg

 

As Árvores também têm História?! (I)

 

A pergunta poderá surpreender. Terão as Árvores também História ou terão pelo menos a sua história?

Já apresentei imagens de árvores impregnadas de História ou uma oliveira várias vezes centenária, quiçá milenar, é ou não um ser vivo carregado de História?! Um verdadeiro monumento vivo!

Foto1399. Oliveira milenar. Foto de D.A.P.L.jpg

E esta “auracária-de-norfolk”, estando embora em propriedade particular é quase um ex-libris da Aldeia, pois faz sempre recorte na paisagem, nos mais diversos ângulos sobre a localidade.

Foto1917. Auracária de Norfolk. Foto de DAPL jpg

Esta que apresentamos quantos anos tem? Diz-se que cada anel de ramos representa um ano de crescimento. Quem a semeou? Quem a plantou? Quando?

 

As árvores têm a sua História, a sua origem enquanto espécies, muito antes da Humanidade. E como seres vivos são complementares e interdependentes de e com os outros seres vivos, nomeada e especificamente com o Homem.

Todas as árvores têm a sua idade marcada nos respetivos anéis de crescimento. Ao cortar-se uma vêem-se perfeitamente no tronco esses círculos concêntricos que delimitam o quanto a árvore se desenvolveu anualmente, segundo as estações.

Foto1926. ramo florido . Foto de DAPL jpg

A Amendoeira, como espécie, é originária da Ásia Menor, outras fontes referem o Norte de África. É uma árvore tipicamente adaptada ao clima mediterrânico.

Foto1929. ramo em floração. Foto de DAPL jpg

Esta, cujas fotos apresentamos, tem cerca de quarenta anos. Foi semeada no início da segunda metade da década de setenta do século XX, num caqueiro, resto de um asado ou infusa de barro que se partira, ficando apenas o fundo e parte do vaso.

Neste caqueiro coloquei terra estrumada e a semente, uma amêndoa de casca. E aí nasceu a planta.

Quando atingiu uma certa altura, passados dois, três anos, talvez, transplantei-a para o local onde se encontra. Plantada, protegia-a com uma rede para que o gado, as ovelhas, não a comesse. Devidamente regada no verão aí está ela, entrando nos quarenta…

Não é muito produtora, alguns anos em que muito apressada, ou enganada pelo tempo, logo floresce em dezembro e começa a frutificar, vêm geadas e tudo se perde.

Mas permanece e resiste ao clima destemperado do Alentejo interior e às vicissitudes da vida isolada, com poucas irmãs, por vezes com dificuldade na própria fecundação.

É proveniente de semente que trouxe de amendoeiras que bordejavam a estrada Crato – Aldeia, na zona das “Covas de Mau Vinho” até à “Meia Légua”, junto à “Lage do Meio Dia”. Havia várias, mas só já resta uma que ainda há pouca permanecia florida frente à Tapada da “Meia Légua”, onde muitos anos guardei ovelhas, nas férias. Provavelmente terá sido dessa ou de outra que havia perto que trouxe a amêndoa de casca para semear no vaso improvisado, mas usual na época, para plantar “flores”.

Todos os anos, ultrapassando todas as contrariedades, alegra o espaço e o caminho que bordeja com o seu manto alvar e virginal.

Foto1930. ramos floridos. Foto de DAPL jpg

E algo que nunca vemos, mas que é um dos papéis imprescindíveis das árvores e de qualquer planta, até da mais rasteira ervinha. Dá-nos todos os dias, durante cada dia, através da fotossíntese, a sua dose de oxigénio, que nos é tão indispensável à nossa vivência diária.

A nossa vida é complementar e interdependente da das plantas.

Nunca lhes somos suficientemente gratos.

Foto1931. ramos floridos em contraluz. Foto de DAPL jpg

Realidade que não visualizamos, que a maioria de nós desconhece, que poucos de nós valorizam. Mas é um bem inestimável e incomensurável, esse contributo da mais humilde violeta, para além do inebriante perfume das suas flores ou mesmo de qualquer erva daninha! O oxigénio, O2, que todos os dias nos ofertam, sem nada nos pedirem em troca!

 

P.S.

Estou a escrever este post scriptum a 1 de Setembro de 2015, 3ª feira, pela tarde. Vantagens de escrever online. Pode-se sempre reescrever!

E é só para frisar que, este ano, a Amendoeira foi extraordinariamente produtiva!

É de inteira justiça frisar este facto!

*******

E volto a escrever diretamente no post.

Para informar que, em 2017, a árvore floriu apenas em Fevereiro. No dia um de fevereiro de 2017, apenas estavam em flor os ramos do lado leste e sul. Os do lado norte e oeste, ainda estavam em botão.

Este Inverno tem sido muito problemático. Apenas arrefeceu e começou a chover, ainda que pouco, no final de Janeiro. Até aí, houve sol, temperaturas moderadas e nada, absolutamente nada, de chuva. Que só caiu mesmo nos últimos dias desse primeiro mês. Terá esse facto influenciado a floração da árvore?

Como será a produção neste Verão de 2017?!

*******

Ainda outra questão, esta técnica. Se, hoje, oito de Fevereiro - 2017, refizesse facilmente este post, colocaria as fotografias mais realçadas, nomeadamente noutra dimensão. Merecem! Só que não é fácil refazer o post.

*******

Hoje, dia 9/Março/2018, volto a escrever no post.

No ano de 2017, todos sabemos como foi o Verão. Incêndios desde 17 de Junho, até 15 de Outubro.

Verão sequíssimo. Contudo a árvore deu quase 1000 amêndoas.

E a árvore também secou, apesar de ter um rebento nascido, que já protegi do gado.

Neste Inverno de 2018, o quintal e o caminho ficaram mais pobres. A árvore já não floriu!

E, finalmente, e só em Março, choveu de jeito. Hoje, até demais. Chuva e vento!

Balanço de Natal e Final de Ano

 

Balanço de Natal e Final de Ano

 

Aproxima-se o Natal e com ele o final do Ano de 2014.

 

Fará sentido fazer algum balanço deste Blog, que nem três meses ainda tem?!

 

É algo sobre que me questiono…

 

Contudo através dele têm vindo a ser concretizados alguns dos Projetos que me propusera.

  1. Divulgar trabalhos em Poesia, dando prevalência, por enquanto, a textos já publicados noutros enquadramentos.
  2. Dar a conhecer, neste contexto online, trabalhos em Prosa de ficção, obedecendo, em princípio, ao mesmo critério.
  3. Divulgar algumas das Crónicas que vou escrevendo sobre assuntos ou entidades culturais da atualidade, relevando temáticas de caráter regional, sem deixar também de me debruçar sobre eventos de âmbito mais vasto.
  4. Publicar alguns dos trabalhos de pesquisa sobre a História da minha Aldeia, ou sobre a minha Aldeia na História, como se quiser.

Estes Projetos serão para ir continuando, caso a Vida e Quem rege as nossas Vidas me permita. Há muitos trabalhos para divulgar e a capacidade criativa para criar de novo, continuará, se Deus quiser! Aproveitando este conceito moderno de divulgação do que se escreve e e do que se faz de positivo. “Não se acende uma Luz para fechar numa gaveta!” É isso que a “net” nos permite. Divulgar a Luz!

 

Entretanto no decurso da execução/construção deste blog novos assuntos foram surgindo, que se podem enquadrar genérica ou especificamente nas premissas anteriores. Novembro e Dezembro são meses muito especiais, tanto no contexto pessoal como social.

 

Todos os textos aqui publicados são originais da minha autoria. Excertos que não o sejam seguem-se os critérios estabelecidos por norma, citação e fontes discriminadas. Mas não invalido a publicação de textos originais de outros autores. Bem pelo contrário!

Foto de D.A.P.L. Concepção de design: F.M.C.L. "PROSPERIDADE"

 

A Fotografia que, à priori, não fora propriamente pensada ou delineada, surgiu e concretizou-se natural e maravilhosamente! Sem exagero, há fotografias belas, algumas belíssimas, posso dizê-lo, porque não sou o autor da maioria delas. Aliás, as mais procuradas não são as minhas, o que muito me apraz. Muitas das fotos são originais. Mas neste campo já é mais difícil manter o critério da originalidade. Contudo tenho resistido ao “saque da net”, tão fácil e tão acessível e onde há “material” muitíssimo melhor que qualquer um que eu alguma vez possa vir a produzir! Quando o faço procuro também situar as fontes. Penso que é o mínimo que se deve fazer!

 

Tenho-me socorrido de digitalizações, entre outros casos, na crónica sobre o musical “Cats” e no recurso aos Postais da “APBP – Artistas Pintores com a Boca e o Pé”, a partir de material que adquiri em suporte de papel. Neste último caso, penso que é também uma forma de Solidariedade.

 

Neste sintético e modesto balanço quero e muito especialmente agradecer a quem me ajuda e me possibilita concretizar o trabalho neste blog.

 

Também quero muito encarecidamente expressar os meus agradecimentos aos Leitores que têm a amabilidade e a paciência para irem lendo os textos que vou colocando no blog.

 

E aos Visualizadores das fotos em que algumas, para além de tudo o que poderíamos imaginar, têm sido muitíssimo visitadas!

Presépio de Branco, APBP, Artistas Pintores com a Boca e o Pé

 

 

Obrigadíssimo a todos e Votos de um Natal Feliz!

 

 

 

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