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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Natal! Olhar o Mundo pelo olhar dos “Outros”!

Votos de Feliz Natal!

 

Desejo a todas as Pessoas que visitam este blogue, que têm a amabilidade de ler estes textos que aqui vou publicando, sobre os mais diversos temas, desejo a Todos, “Um Santo e Feliz Natal”!

 

Giotto Scrovegni 20 Flight into Egypt  In wikipédia

 

Para ilustrar esta temática natalícia, escolhi, propositadamente, esta reprodução de uma Pintura de GIOTTO, integrada no “Ciclo da Natividade”. A “Fuga para o Egipto”!

Lembrar a todos nós que a “Família Cristã” também viveu a condição de “refugiada” / ”refugee”. Também fugiram à tirania de um rei louco e cruel, atormentado pelo medo de perder a sua coroa, assassino de crianças inocentes, autor de massacre sobre meninos que supostamente poderiam vir a “usurpar-lhe” o trono!

Estranho, paradoxal, abominável que, passados mais de dois mil anos, ainda a mesma região onde nasceram as três religiões monoteístas, globalmente designada “Médio Oriente”, historicamente também apelidada como “Crescente Fértil”, que engloba as terras de onde partiu o Patriarca Abraão, e que as percorreu, ele também na condição de nómada, quiçá refugiado, continue a ser o palco onde tanto sangue se derrama de inocentes e fonte de onde partem tantos milhares e milhares de refugiados…

Um tema para refletirmos neste Natal. De mentes abertas e despertas para “Olhar o Mundo” pelo olhar dos “Outros”, dos que fogem aos horrores das guerras. De que não têm quaisquer culpas, que os verdadeiros culpados estarão muito bem resguardados dos horrores dessas mesmas guerras, festejando os seus “natáis” em maravilhosas consoadas, algures por aí, onde não ecoa o estrondo das bombas e bazucas, nem os cheiros de enxofres e corpos putrefactos…

 

Mas… deixemo-nos de cenas tristes! Que é Natal!

 

Os meus renovados Votos de um Santo Natal! E que haja Paz!

 

E Muito Obrigado por me acompanharem nestas leituras!

“Hospital Real” – 15º Episódio Television de Galicia - Parte II

Série da RTP2

6ª Feira 18/09/15

Parte II

Cristo en la cruz (Goya) in wikipedia.jpg

“E desde a hora sexta, houve trevas sobre a terra, até à hora nona.

E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? ”

S. Mateus, 27; 45 e 46.

 

E Dom Andrés, Administrador do Hospital Real de Santiago de Compostela, hospital pejado de doentes e feridos, aleijados e estropiados, moribundos e mortos; porque houvera uma explosão no armazém de pólvora seca da Cidade, que se ouvira no hospital e para onde foram encaminhados todos, na esperança de tratamento; todos os profissionais zelosos e atarefados, numa correria de um lado para o outro…    Pai extremoso de Clara, filha a quem escondera a situação da mãe, para a proteger; mas que não aceitara esse segredo, o ter-lhe escondido a verdade e, que para dele se vingar, triste vingança que contra ela própria se voltou; voltou grávida da casa da sogra, mas não do filho desta, seu marido, que nem sequer sabia, mas grávida do Alcaide, maior inimigo do pai e que à cara lhe atirara essa notícia, como se lhe desse um murro nela ou nela escarrasse, ao chamá-lo de sogro; Pai que, desesperado, confirmou com a filha, tamanha barbaridade, lhe gritou e lhe apeteceu esganá-la, mas depois de troca de palavras sobre verdades e mentiras, omissões e afirmações; diálogos como os que nesta série a tornam tão interessante, lhe disse, verdade absoluta, que consegue a todos reconciliar: “A criatura que tens dentro de ti é inocente!”… Amigo de Dona Irene, porque mais não pode ser, porque é fiel à mulher, Dona Laura, enclausurada, mas assistida e bem tratada; em permanente tensão, carregando nos ombros o peso do Hospital, qual Hércules, segurando o mundo; porque honesto, trabalhador, zeloso e preocupado com o bem-estar de funcionários e doentes, agora ainda mais por causa da explosão, para além da doença que grassava e ainda não haviam debelado…

Pois, Dom Andrés, sentindo-se impotente, desesperado, incapaz de segurar o mundo que trazia sobre os ombros, gritou… gritou… berrou, será melhor e mais forte o termo, com quantas forças tinha, nos corredores do Hospital… que se ouviu mais alto que o som da explosão que se ouvira, provinda do armazém de pólvora seca, dos arrabaldes da Cidade de Compostela, com nome de Santo.

Qual Cristo no Gólgota, sentindo-se abandonado por Deus!

 

Basílica_de_Santiago in wikipedia.JPG

 

E, quase poderíamos ficar por aqui, e não escrevermos mais, mas julgo que seríamos injustos para com outras personagens até porque o 15º episódio, tendo deixado muitas questões em aberto, é certo, também respondeu a outras.

 

Não posso deixar de referir que:

Clara queixou-se do pai, culpabilizou-o e quis fazê-lo sofrer, talvez por sentir-se desamada pelo marido, mas foi ela que escolheu o seu próprio Caminho, que quis carregar a sua própria Cruz…

 

E, ainda haverá mais?...

 

 

 

“Hospital Real” – 14º Episódio Television de Galicia

Série da RTP2

5ª Feira 17/09/15

El Tres de Mayo, de Francisco Goya from Prado Muse

 

Ainda sobre o 13º Episódio,

 

Que um ponto ficou por esclarecer. Continuando a contar este conto, e aplicando o ditado, sempre acrescentando algum ponto!

 

E talvez seja bom começar, recomeçando sobre a personagem que designei de “noviça de freira”, que me foi esclarecido através de comentário, nomear-se esta categoria ou função, de “postulante” e agora me lembro de ouvir esta designação. E que o seu nome é Alicia.

Assim esclarecidos e feita a devida constatação, cabe-nos agradecer a quem tem a amabilidade de nos ler e ainda corrigir, quando é necessário. Obrigado!

Mas já que estamos na “postulante”, personagem sobre quem só falámos no texto anterior, referindo ser ela uma pessoa doce, também sofrida e humilhada, com um caso mal resolvido com o boticário, de que ela tinha uma péssima recordação. No episódio treze dispôs-se a confessar-se, não sei o que disse, que é segredo, mas pelos vistos parece-me que se confessou, mas com Duarte no confessionário! Este Duarte é melhor que a encomenda! Não sei até onde vai esta personagem…

Também se propôs falar a Rosália do mau caráter do boticário, pedindo a opinião da enfermeira mor, que anuiu. Mas não chegou a fazê-lo, pois que ao observar o derriço de Cristobal para com a enfermeira Rosália, tendo-se aquele revelado com uma postura e comportamento diferente do que lhe conhecia, não teve coragem de intervir e portanto não falou nada!

Personagem sofrida e sofredora, usada pela Enfermeira Mor, vítima constante de bullying (conceito desconhecido à época), mas por vezes revoltando-se pelas ações que ela lhe impõe, embora maioritariamente cedendo às chantagens e ameaças a que a “Dragão” a sujeita.

 

E, agora já no Episódio catorze, cheio de peripécias…

 

Alicia confessara-se mesmo a Duarte, ficando ele a saber o seu segredo.

E, conhecendo-o, tratou de o usar a seu favor.

Disfarçado e apresentando-se como Doutor Alvarez de Castro e expressando-se oral e corretamente, pediu a Padre Manuel, Pároco de Santa Susana, para consultar os registos do Hospital. E para quê?!

Ele próprio foi um enjeitado, recolhido pelo Hospital, quando Irmã Úrsula nele deu entrada, há trinta anos. Teria ele cerca de oito.

Isto soubemos porque Dom Cristobal por ele e pelas suas origens indagou à Enfermeira Mor. Que solícita e prestável, à sua maneira e para o que lhe convém, neste caso ter Duarte na mão, o avisou de que o Boticário andava querendo saber coisas dele.

Os entremeses entre o que escrevemos antes e o que escreveremos a seguir, desconhecemos, que nos filmes nunca mostram tudo, mas também temos a cabeça para pensar…

E o que se passou a seguir é que no quarto da menina enfermeira Rosália apareceu uma carta que era um registo de nascimento de uma criança, nascida em 1790, filho de Alicia Bermudez, solteira e de pai desconhecido… não sabemos como a carta lá foi parar, mas deduzimos, não acha?!

E está tudo dito e explicada a tristeza de Alicia e porque tanto se agarra às crianças e chora com o seu infortúnio e as suas desavenças com Cristobal e porque o considera tão mau caráter e porque queria avisar Rosália.

Rosália que ao tomar conhecimento deste assunto logo tratou de se ir embora do Hospital, abandonar a profissão, agora até com salário, para não mais ver esse mau caráter.

Só que não pôde, porque os portões do Hospital estavam fechados por ordem do Administrador, por razões de que falaremos, quando terminar este excerto, respeitante à enfermeira, monja postulante, de nome Alicia, de quem agora até já sabemos o sobrenome, personagem doce, meiga, sofrida e sofredora, de que pouco falara em capítulos anteriores.

 

 

E vamos ainda aos entretantos…

 

Quando nos dispomos a visualizar uma série, apelativa como esta e com personagens tão cativantes, agindo num contexto como o daquela época tão exacerbada de paixões, com contrastes tão marcantes sob variados aspetos, é difícil não nos enredarmos, não tomarmos posição, gostarmos de uns e detestarmos outros. Tomarmos partido, em suma.

E, neste posicionamento, pretendermos que a história siga este ou aquele rumo, castigarmos esta ou aquele personagem e premiar esse outro ou estoutra.

Só que não somos guionistas da série e estes é que determinam o Caminho da história, o percurso das personagens. Que nem sempre é do nosso agrado, nem corresponde às nossas previsões, motivações e simpatias.

 

E vamos lá saber porque os portões do Hospital estão fechados…

 

Seria devido à doença misteriosa que nele grassa, que tanto apoquenta médicos e enfermeiras, que tanto trabalho lhes dá, tanto desassossega o Administrador e tanto aflige, inquieta e perturba Alicia? Que só deixa indiferente a Enfermeira Mor, alma de gelo, coração de pedra?

 

Não, embora por vezes pudesse funcionar a quarentena!

 

À série chegou, por pouco tempo é certo, um novo interveniente, Breixo Tabuada, irmão da nossa estimada Olalla, podemos manifestar-lhe a nossa simpatia, pois quase unanimemente goza desse privilégio no Hospital, com exceção de quem nós sabemos!

Com ele chegaram também, declaradamente, os Ideais da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade! Já havia simpatias por essa Causa, é certo, mais acentuadas em Dona Irene, com uma práxis toda para aí virada; menos acentuadamente em Dom Daniel, que até estudou em França!

Mas manifestar simpatias por esses princípios, para mais ainda atuar em conformidade, distribuindo panfletos nessa onda e contra a Guerra, quando a Espanha estava em guerra com a França, era pedir o direito à forca!

E era precisamente disso que Breixo fugia e que foi para Santiago, também para ver a irmã querida, mas ainda e prioritariamente para não sentir o nó apertar-se na corda ao pescoço. Pediu guarida à irmã, que não teve melhor ideia que levá-lo à mercearia de Dona Irene que, em consideração por Olalla, lhe deu asilo por uma noite.

Cedência de asilo que lhe irá custar muito caro, a si própria e aos que lhe são mais queridos.

Isto porque o Alcaide, que está ufano na mó de cima, à sua loja enviou, na manhã seguinte, uma patrulha para revistar a casa e apanhar o fugitivo. Na confusão e refrega que se seguiu, Dona Irene, num gesto espontâneo, embora irrefletido, puxou de uma tesoura e espetou-a no ajudante do oficial de justiça.

Ainda o levaram para o Hospital, Dona Irene, Breixo, também o Oficial. Não chamaram o INEM, que ainda não havia, nem sistema ambulatório. Os nossos médicos, nossos pela simpatia que lhes temos, os cirurgiões, de tudo fizeram para o salvar, tentaram estancar a hemorragia, o sangue escorria como em açougue, impressionando quem fosse de impressionar. Mas apesar de todos os esforços dos médicos, que também são cientistas dedicados à investigação, e embora todas as suas tentativas, o ajudante de oficial de justiça morreu.

Morrendo de morte assim, Dona Irene era uma assassina. Para além de também ter dado asilo a um desterrado e fugido à Justiça. Nesses tempos de guerra ou em quaisquer outros dessa época já se sabe qual seria o veredicto.

Estando no Hospital Real, com jurisdição própria, autonomia nesse e noutros campos, daí tão cobiçada a respetiva Administração, podia aí ficar com autorização do Administrador, com capacidade e poder de justiça civil, dentro do espaço territorial do Hospital.

E ele, também irrefletidamente (?), a essa atitude se prestou, nem que fosse para poder ficar um pouco mais com a Mulher que admira, mas também ama e que, finalmente, talvez sentindo o tempo escapar-lhe, a beijou. Em fundo, a música que, julgo eu, seriam variações sobre o tema “Concerto de Aranjuez”… Seria?

E, para proteger Dona Irene e impedir a entrada dos soldados do Alcaide, mandou fechar os portões do Hospital, não entrando nem saindo ninguém.

E assim se explica porque a menina Rosália não se pôde ir embora para a sua santa terrinha.

 

E, com este gesto, também o Administrador, Dom Andrés, aperta mais a corda que vai tendo ao pescoço, como já o Alcaide lhe fizera lembrar antes destes acontecimentos. Agora, e depois de tudo o que aconteceu, o que ocorrerá?! Esperemos o 15º Episódio. O último?!

 

E, voltando aos entretantos, e ao que vai acontecendo aos personagens. Vemos os que são execráveis, surfarem as ondas na maior e os que gozam das nossas simpatias serem maltratados. Será que os guionistas vão manter as coisas neste pé?! Ou vão ceder às pressões das audiências e das redes sociais, como nas novelas brasileiras? Aguardemos!

 

Vermos o Padre Bernardo nos calaboiços da Inquisição… Valeu-lhe, todavia, a intervenção do Arcebispo, Malvar de nome, que condicionou o Inquisidor a requisitar um médico, para o atender. Pronta e solicitamente, Doutor Devesa o foi auscultar e medicar, aconselhando-o a comer e a dizer a tudo que sim, ao que Somoza lhe pedisse, para ser libertado. Que, se não o fizesse, seria ele próprio, Sebastian Devesa, que divulgaria que a carta na posse do Inquisidor, a ele, Doutor Devesa, era dirigida.

E nós que gostaríamos de conhecer o conteúdo exato da célebre carta.

 

Vermos Clara num exercício de auto flagelação psicológica, a embebedar-se, toda desgrenhada e a ouvir a sogra, aparentemente contrita e com remorsos (?) dizer-lhe que para perpetuar a linhagem o apelido é mais importante que o sangue.

“Como é possível que consinta e apoie que eu engane o seu próprio filho e na sua própria casa?!”

 

E o marido, Doutor Daniel, substituído enquanto marido e como médico, sem ter conhecimento de nada.

Contudo, e enquanto Médico, o Doutor Alvarez de Castro, juntamente com Doutor Devesa, está a desempenhar o seu papel. Juntos, e sempre utilizando a metodologia científica, por deduções, a partir de hipóteses, foram construindo uma tese de que aguardam confirmação experimental no próprio ser humano.

Deduziram que é no sangue da ama-de-leite que está a explicação para o facto de o próprio filho não ser portador da doença misteriosa. Que esse facto não será apenas uma casualidade, mas antes a respetiva causalidade.

E, daí, inocularam sangue dessa paciente na outra doente também infetada e posteriormente nos bebés, para supostamente os defenderem da doença, imunizando-os. Ignoro se esta palavra já seria utilizada, ou se foram eles, enquanto cientistas, que descobriram o conceito e criaram a palavra, após saberem os resultados da experiência, que espero sejam positivos.

E esta experimentação, que não foi assim tão linear e simplista conforme a descrevo, foi decorrendo enquanto ocorriam muitas das peripécias já relatadas, até anteriormente a algumas delas, ou simultaneamente a outras.

Que esta narração ao que se desenrola nos episódios nem sempre é, nem pretende ser, exata e rigorosamente fidedigna. Me desculpem por tal!

 

Microscópio de Cuff in www.prof2000.pt.jpg

 

E ficamos por aqui, pela Ciência, que deu um salto qualitativo muito grande nesse final de século, conforme nos é mostrado no Hospital, que seria muito avançado para a época.

Até já têm microscópio, imagine-se! Para além de toda a experimentação e investigação que desenvolvem. E têm um corpo excelente de profissionais empenhados, os médicos, as enfermeiras, o boticário e o administrador, que tendo que dar aval a tudo quanto se passa, se revela moderno e esclarecido. Imagine-se que seria alguma das outras trempes a comandar o Hospital!

 

Bem, então até logo, no décimo quinto episódio!

 

 

 

 

 

 

Episódio 4 – “Hospital Real”

E a “criatura” voltou-se contra o “criador”!

 

pt.wikipedia.org.jpg 

Duarte, o moço de fretes, penso que é esta a respetiva função institucional, “pau-para-toda-a-obra” (aparentemente!), matou o seu mandante, o fidalgo falido, Dom Leopoldo Castro, senhor de Bastavales! Assassinou-o, com requintes de malvadez e crueldade, fazendo-o  conforme este pedira que fizesse a Dona Irene e o “serial-killer” executara nos outros dois assassinatos.

Agora, diretamente às ordens do verdadeiro mandante, o Alcaide da Cidade.

E, agora, vamos para o Hospital Real!”, frisou este último.

Todo este desenrolar do enredo, sabemos nós. Que a equipa de investigação está muito parada neste aspeto. Pouco mais deduziu. Esperemos que avancem no episódio de hoje.

Também esteve muito ocupada com outras ocorrências no Hospital. O envenenamento do despenseiro, da sua mulher, a cozinheira e do respetivo cão.

Animal que permitiu, ao cirurgião-mor, descobrir a causa das mortes, através da autópsia, visto que nos humanos ela não era autorizada!

E permitiu salvar os doentes que iriam comer da mesma comida. Envenenada ou simples desajuste na conservação do peixe, o causador das mortes?!

Então este último assassinato, o de Dom Leopoldo, assoberbou completamente a equipa de investigação!

Ah, afinal, o “pau mandado” da enfermeira-chefe, Duarte, não é mudo!

Que mais surpresas nos estarão para ser reveladas por esta personagem de “serial-killer”, “homem de mão” às ordens de outros, mas que é muito mais autónomo do que o julgam?!

Ficam-nos ainda muitas deixas sobre outras personagens…

A mulher do nobre falido, com um papel cada vez mais interveniente, na estrutura narrativa e na sua própria vida.

O amante da filha, militar e sobrinho do Intendente…

O boticário e a respetiva amada por quem agora ele se começa a interessar.

O administrador do Hospital e o seu relacionamento com a fornecedora dos víveres. Relacionamento comercial, por enquanto, apenas…

E o par romântico: o novel médico e a aprendiz de enfermeira…

Mas se eu fosse a narrar todos os pormenores, perder-se-ia o interesse em formular uma opinião pessoal. Que isto de contos, como diz o ditado: “Quem conta um conto, acrescenta um ponto.” E cada um de nós tem a sua visão pessoal e personalizada. E um enfoque mais ou menos direcionado para aspetos peculiares da narrativa. E ainda bem!

Pois, então, vejamos o quinto episódio, que vai começar em breve!

 Nota Final: Pintura - "Pórtico da Glória", da Catedral de Santiago. De Jenero Pérez Villaamil, 1849. In wikipedia.

USALMA - Oficina de Cultura - Almada

"Exposição Coletiva dos Estudantes de Artes", da USALMA - Universidade Sénior de Almada,

Exposição da USALMA (2). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 

Ontem, quando publiquei o post sobre a "Exposição Coletiva dos Estudantes de Artes", da USALMA - Universidade Sénior de Almada, ficou, desde logo, a probabilidade de o acompanhar com fotos documentais das Obras de Arte expostas.

Essa hipótese torna-se hoje possivel, graças à disponibilidade do Srº João Flávios, que teve a amabilidade de documentar fotograficamente os trabalhos expostos e de me enviar as respetivas fotografias, para que eu estruturasse um post precisamente sobre o evento, com o material fotográfico.

O mérito é totalmente do fotógrafo que escolheu os elementos a fotografar, dando-nos perspetivas globais da Sala e Obras em exposição, proporcionando-nos visões de conjunto e parcelares sobre as diferentes modalidades artísticas dos trabalhos dos Alunos da Universidade Sénior de Almada.

Exposição da USALMA (8) 2015 Foto de João Flávios.PNG

Fica o convite para visitarem a Exposição.

As fotos são um aperitivo para quem ainda não viu e, para quem já visitou, serão uma forma de rever os belos trabalhos que as fotos muito bem documentam.

Exposição da USALMA (1). Trabalhos em fotos. 2015 Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalhos de Fotografia)

 

Exposição da USALMA (3). 2015. foto de João Flávios. PNG

 ((Trabalhos de Pintura)

 

 

Exposição da USALMA (4).  2015. Foto de João Flávios PNG

 (Trabalho de Moda)

 

Exposição da USALMA (5). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalho de Escultura)

 

 

Exposição da USALMA (6). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalho em Azulejo, comemorativo dos 10 anos da USAlma)

 

 

Exposição da USALMA (7). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 

(Trabalhos de Pintura) 

 

Exposição da USALMA (10). 2015. Foto de João Flávios. PNG

 (Trabalhos em Vídeo e Fotografia) 

 

E termino com uma outra imagem de conjunto da Exposição, 

Com o renovado convite a visitarem a Mostra dos excelentes trabalhos dos Alunos séniores.

E também o meu especial agradecimento ao Srº João Flávios, que tão bem documentou o acervo das Obras expostas!

Exposição da USALMA (9). 2015. foto de João Flávios. PNG

 OBRIGADO a todos os Artistas!

 

Visitem também: Almada Usalma Exposicão de Artes

Almada - USALMA - Exposição de Artes

ALMADA - CULTURA  - USALMA

ALmada é uma Cidade em que ocorrem permanentemente os mais variados eventos culturais.

No Desporto, nas suas diversificadas modalidades, nos mais diversos locais, ao ar livre ou em espaços fechados, nos vários pavilhões espalhados pelas diferentes freguesias, em recintos públicos ou particulares, desenrolam-se acontecimentos para todos os gostos.

Ontem e hoje, ainda está a decorrer, a Festa do Desporto, no emblemático Parque da Paz.

Festa do Desporto. digitalzação jpg

 

O Teatro é outro dos campos artísticos em que Almada campeia.

Está a terminar o Festival Sementes, mas em breve começa o Festival Internacional de Teatro.

Festival Sementes. digitalização jpg

Música, Poesia, Literatura, Artes Plásticas, Cinema, Concertos, Ciência, Educação, ... colóquios, conferências, periódica e regularmente, decorrem múltiplas e variadas atividades, nestes e outros campos culturais.

Conferência: a Poesia de Jorge de Sena

Sessão de Poesia sobre ARY

Lançamento de cd/dvd

Almada Capital do Cante?

Crónica do Feijó

 

Sem esquecer os Prémios que são atribuídos, nos diferentes domínios.

 

Mas, hoje, pretendo abordar muito especialmente, a inauguração da "Exposição Coletiva dos Estudantes de Artes", da USALMA - Universidade Sénior de Almada, que ocorreu ontem, pelas 16h, na Oficina de Cultura.

A Exposição estará patente até dia 14 de Junho, domingo, de hoje a oito dias.

 

Exposição USALMA. digitalização jpg

 

 

A inauguração, bastante frequentada, certamente muitos alunos da Universidade, muitos dos Artistas presentes na mostra, iniciou-se com intervenções de Professores responsáveis por Departamentos específicos, da Câmara e da USALMA.

 

O TrioMinda  encantou-nos com mais uma trilogia de canções:"Companheiros da Noite", "Fernão Mendes Pinto" e "Alentejo".

Contudo, o público nem todo esteve à altura da prestação musical. Ao fundo da sala, no lado oposto de onde decorria o concerto, várias pessoas falavam, comentavam, completamente distraídas... Mas que incomodavam artistas e ouvintes. Bem, "estudantes", já se sabe como são os "estudantes" em contexto de grupo...

 

Após o breve desempenho musical do Grupo, com a qualidade que o carateriza, pude  visitar a Exposição.

Vale inteiramente a pena!

Só gostaria de ter algumas fotos a documentar.

 

Para além dos Obras expostas, pintura, desenho, vitral, fotografia, vídeo, moda, não sei se me escapa alguma modalidade, ainda mais alguns espetáculos musicais, conforme Programa anexo.

 

Exposição USALMA Programa. digitalização.jpg

 

INTERSEÇÕES

INTERSECÇÕES

 

Decepados os sexos, cortadas as mãos

Desfigurados os rostos

Mutiladas…

Imóveis!

Erguiam-se as estátuas

À beira das estradas.

 

Intersetando a imagem

Cruzando o recorte das estátuas,

Velozes…

Corriam os automóveis

Imagens fugidias, impressivas,

De movimento feito tela

Sobre que arremessadas foram

                                            tintas.

 

A Memória do Tempo: as estátuas

E um tempo construindo sua memória:

- os automóveis. Auto Móveis.

Movimento opondo-se à Imobilidade.

Dois objetos se contrapondo num terceiro: o televisor.

No qual a memória foge

Como no real, em écran desfocado, redutor.

Algum dia sendo, num futuro…

Três objetos carregados de Memória

                                       entretanto perdida

Significantes do Tempo que, passado,

Unirá uma vez mais três objetos.

Destituídos da sua condição de uso

Desprovidos de utilidade.

Expostos Algures… ou abandonados

À Indiferença dos passantes

Nesta via, vida, sem finito.

 

 

 

Escrito em 1988.

Publicado no Boletim Cultural Nº 59, Ano XII, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Maio 2001.

 

 

 

 

CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA

Ponto Prévio:

Uma das temáticas deste blog é a divulgação de Poesia. Até ao momento, apenas ainda divulguei poemas meus e quase todos já publicados noutros suportes.

Outro tema é a divulgação de eventos e/ou instituições culturais que, devido aos condicionalismos da nossa Cultura, são injustamente pouco conhecidos, mas que cumprem um papel muito importante na realização de atividades culturais e contribuem de uma forma muito eficaz para o exercício de uma cidadania ativa para muitos Homens e Mulheres deste País.

Dentro destas duas premissas, cabe-nos hoje dar a conhecer o:

 

CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA

CNAP.jpg

O CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA é uma Associação de caráter cultural fundada em 1989, por escritura lavrada a 7 de Julho. É, portanto, uma instituição que já fez vinte e cinco anos.

 

Esta associação, cuja fundação se deve à iniciativa de Maria Olívia Diniz Sampaio, que ao longo destes anos tem sido sempre a sua Presidente e, sem exagero, a sua verdadeira Alma, surgiu da necessidade sentida de dar voz aos poetas que guardavam os seus poemas nas gavetas, não os publicando e aos pintores e outos artistas que nunca expunham os seus trabalhos.

Razões mais do que suficientes para a concretização deste Projeto que viu luz há um quarto de século e que teve na sua génese mais nove sócios fundadores: Vitor Castelinho, António Inverno, Rosa Soledade Couto, Ermelinda Naia, Maria de Lurdes Agapito, Francisco Lopes, António José Diniz Sampaio, Luís Filipe Soares e Paulo Armindo.

 

Os objetivos por que foi criado têm sido cumpridos, sendo que regularmente o Círculo edita um Boletim Cultural, o Nº 118, neste final de 2014, como habitualmente dedicado à temática do Natal. Na concretização deste documento ilustrativo dos trabalhos desenvolvidos pelos sócios, conta a Direcção com a coordenação de dois dos sócios fundadores: António J. D. Sampaio e Luís F. Soares.

Através destes Boletins têm sido divulgados trabalhos poéticos dos mais de trezentos sócios que se foram associando ao longo destes anos, sendo que entretanto alguns foram morrendo e outros desistindo, por variadas razões, como é comum em instituições deste cariz voluntário e amador, no bom sentido da palavra. Contudo e provavelmente devido à persistência da sua fundadora sempre novos elementos se têm incorporado a este grupo de artistas.

Nestes Boletins, para além da Poesia, tema dominante, há habitualmente um texto biográfico, com um breve questionário sobre um dos sócios: poetas, pintores ou outros artistas. Também surgem prosas, sejam contos, crónicas, lendas, biografias ou entrevistas ficcionadas a poetas e artistas célebres e algumas breves informações de interesse da comunidade associada. Por vezes também um memorial de alguém recentemente desaparecido, cuja figura artística algum sócio ache por bem realçar. Em suma, estas algumas das temáticas que surgem neste veículo de divulgação cultural, cumprindo inteiramente um dos objetivos por que foi criado, pois, de forma despretensiosa, simples, mas eficaz, muitos poetas, escritores e artistas divulgam os seus trabalhos.

Muitos destes Boletins têm sido ilustrados por bonitos desenhos.

Apresentamos a capa do nº 72 que se debruça sobre vários Poetas. Para além de José Régio, traz poemas sobre Camões, António Sardinha, Conde de Monsaraz, Fernando Pessoa, Cesário Verde, António Boto, Bocage, Alexandre Herculano, Miguel Torga, João Villaret, Teixeira de Pascoais, Ary dos Santos, Antero de Quental, Florbela Espanca, Sofia de Mello Breyner, António Aleixo, Manuel da Fonseca, para além de vários Poetas do CNAP.
boletim 72 CNAP.jpg

Ainda nesta temática das “Letras” há uma outra vertente também muito importante que o Círculo tem cumprido. Com uma regularidade mais ou menos bianual são editadas Antologias, sendo que neste ano já está em preparação a XIII, com previsão de saída em 2015, o vigésimo sexto ano de vida da instituição.

Nestas Antologias, auto financiadas pelos participantes e com a coordenação de Maria Olívia Diniz Sampaio, são publicados poemas dos sócios que o pretendam. Para além das belas e variadíssimas poesias, com frequência várias delas são ilustradas com bonitos desenhos. O mesmo sucede nas capas e contracapas em que diversos Artistas têm demonstrado o seu estro, enriquecendo cada uma delas e melhorando-as ao longo destes anos.

Interessante realçar que, até ao momento, as doze antologias já publicadas foram quase todas produzidas na “Gráfica Guedelha, Lda.” - Portalegre.

No decurso destes vinte e cinco anos, são dezenas os poetas e poetisas que viram as suas obras publicadas e divulgadas entre centenas, quiçá, milhares de leitores.

Estas Antologias são sempre apresentadas em recitais públicos, que habitualmente decorrem em Lisboa e em Arronches. Esta é também uma das facetas do Círculo, a promoção de recitais de Poesia de que têm sido realizados muitos ao longo destes anos, bem como outros saraus culturais e lançamentos de livros, em diversas Instituições de Lisboa e também no Alentejo.

Capa de X Antologia (Imagem retirada da net)

Uma outra vertente do trabalho cultural desenvolvido incide sobre as Artes Plásticas. Por esse motivo são promovidas regularmente exposições de pintura, escultura, artesanato, fotografia, de artistas associados, nas mais diversas Instituições, muito principalmente ligadas às Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais, mas também outras: Casa do Alentejo, Padrão dos Descobrimentos, onde também se realizaram espetáculos, que é outro campo de divulgação artística que o Círculo também já implementou.

Terminou recentemente uma Exposição no Centro Cultural Multiusos da Junta de Freguesia da Penha de França e está a decorrer, desde 24 de Novembro e até 23 de Dezembro outra Exposição, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.

Ao todo e se fosse possível fazer uma retrospetiva seriam dezenas os eventos já realizados, bem como as Instituições que possibilitaram a sua concretização e muitos os artistas que nelas participaram.

Inclusive, também já se realizaram visitas guiadas a localidades e monumentos.

Martinho Arcada 2 - 11 dez.14. Foto de F.M.C.L.

Há ainda uma outra atividade regular, promovida semanalmente pelo C.N.A.P., que são os “Convívios Poéticos” às quintas – feiras que, de 2002 a 2012, se realizaram no “Café Martinho da Arcada”, das 16 às 18 horas e que, desde 2012, são organizados na Pastelaria “Central da Baixa”, na Rua do Ouro 94/98, também no mesmo horário. Nestes convívios comparecem os sócios, seus familiares e amigos ou outras pessoas que o pretendam e são uma forma de conhecimento e interação entre os participantes, oportunidades de leitura, de recitação, de “dizer” Poesia, de divulgação de trabalhos realizados.

 

Para terminar, reportando-me à Presidente do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Maria Olívia Diniz Sampaio, ao fazer um balanço das atividades da Associação, valeu a pena todo o esforço, o empenho, o trabalho desenvolvido, os sacrifícios realizados ao longo deste quarto de século. Como foi referido, a divulgação da Poesia e das Artes, dos Poetas e Artistas, através dos boletins, das exposições, das antologias, dos recitais, dos espetáculos, a colaboração de tantas entidades e tão diversas, todos estes são aspetos positivos da ação do Círculo neste quarto de século. Como aspeto negativo apenas o facto de, ultimamente, algumas Juntas de Freguesia já não cederem os espaços para eventos.

 

E, como parar é morrer, o Círculo tem já em preparação um “Encontro de Poesia”, a realizar-se, em princípio, a 20 de Março de 2015, na Biblioteca Camões, em Lisboa.

 

 

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