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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Jacarandás

 

Jacarandás

 

Foto2163. Foto de DAPL 2015 jpg

 

 

Florir em Junho ou Maio, conforme o mar

Ricamente adornados de azul – lilás

São beleza estonteante, d’encantar

Nas alamedas exultam jacarandás!

 

Ser vivo, planta duma outra latitude

Raiz e berço no hemisfério sul

Traz à cidade uma nova amplitude

Poema declamado a verde e azul!

 

No Outono é mais verde, verde ainda

Nova juventude recobre o seu manto

D’ estações trocadas, mesmo assim linda

Esta árvore, nas praças, é um espanto!

 

Em Março cai a folha, nasce por Abril

Cumpre-se, enfim, destino primaveril!

 

Foto2165. Foto de DAPL 2015 jpg

 

Publicado em “Mensageiro da Poesia” (Boletim Cultural) Nº 118, Maio/Junho 2013.

Boletim Cultural do CNAP - Nº 125 - Ano XXVII - Nov. 2016.

 

Cidades e Jacarandás!

Tu, Cidade, que corres…

Introdução:

Volto a publicar Poesia.

Nos próximos "posts" irei concluindo a divulgação das poesias publicadas nas Antologias em que participei, apresentadas a 4 de Março. (ver aqui)

Março é o mês da Poesia!

 

 

 

Tu, Cidade, que corres…

 

A Cidade corre

    Corre apressada

        Na pressa de chegar

            A algum lugar.

 

Que nunca chega a lugar algum

    Apressada correndo, se corre

      Escorrendo, fluindo pelas ruas

        Líquido viscoso, sangue de vida, ou água

          Em direção ao rio…

 

Todo o rio é direção, sentido

    Seta dirigida ao mar

      Sempre eterno, sempre final, sempre meta

        Longe ou perto, sempre ao Longe.

 

Cada chegada é sempre fim

     E princípio

 De nova partida, recomeço

     Ida e vinda

Eternamente perseguida, repetida

     Repartida dia a dia

Na repetição de cada dia

     De cada noite e noite…

 

  Fluir incessante de rotina.

 

Sempre chegar, chegando

Sem chegar

Partir eterno, partindo

Sem partir

Cada homem, no Homem

Sempre homem.

 

Perseguindo, prosseguindo na senda

    No trilho dessa Humanidade

        Ideal, projeto de Existir

            Simplesmente existindo.

 

 

 

 

 

 

Escrito em 1999.

Publicado em:

- Boletim Cultural Nº55 de CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia – Out. 1999.

 - “Antologia Poética – Vol. III – Mensageiro da Poesia – Associação Cultural Poética – 2004.

 

 

 

 

CAMINHADAS

 CAMINHADAS

 

Pouco a pouco, os Sonhos são quimeras

Arredados nos Caminhos percorridos em Outrora.

 

No tecido da urbe que habitamos

Os passos do presente registamos

Deixando sempre outros caminhos

Passos, ruas, por correr…

 

Entramos em casas, nunca em todas

Qu’impossível se torna estar em todas.

Saímos, fechando algumas portas

Que abertas, ficar deviam. Todas!

Mas nem sempre podem.

Vai havendo sempre novas portas

Para abrir.

Enquanto conseguimos.

E portas há que nunca abrimos

Fechadas “ab aeterno” pelos Deuses.

 

Mas cada vez mais quedados em nossas casas

Quando não no nosso quarto, já sem asas

Cada vez mais em si mesmo dados.

 

Por vezes nos achamos em becos sem saída

Ou em quartos sem janela

Nesta cidade cada vez menos construída

Para nós, Homens, vivermos nela.

 

Resta-nos rasgar paredes e, nelas

Inscrever o Sol, a Luz, o Mar de barcas – belas

O Tempo das calmarias sem procelas.

Sabendo que mais fácil é dizê-lo

Do que, todavia, será fazê-lo.

 

Marca-nos sempre ao Longe termos

O Campo Santo que a Natureza 

Povoou d’esguias árvores apontando

O Céu, o Astro, o Sol, a Vida!

 

E, enfim, os olhos descansaremos

Nessa imensidão Sem Fim, do Mundo!

 

 

Escrito em1986.

Publicado: Revista “Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos”, Fev. 1987.

"A Nossa Antologia" - APP - XIII Vol. 2006 

 

Caminhadas. Foto de D.A.P.L. 2014

 

 

 

Numa Cidade sem Tempo...

 

Numa Cidade sem Tempo

                         Com(Templo)!

 

Contemplo o branco!

Sempre a brancura das paredes a povoar-nos a Memória.

Ressequida a paisagem: tons castanho, creme, ocres, amarelos

De quando em vez, uns verdes (lapsos de pintor)

Vermelhos (lembranças de lutas, de conquistas, violências).

Transversais barras riscam o branco da monocromia:

- Margens dum espaço de rodapé colorido.

 

E o horizonte… a perder de vista!

Sem limite, a terra nos marca o Destino

Nos espraia sem (ha)ver praia.

É ponto de partida e de chegada.

 

Por aqui ficaram muitos Povos

Perderam-se nas searas, na terra fértil.

E sendo perecíveis as sementes, morrendo e nascendo cada ano…

Quiseram intemporizar-se nas paredes, nas pedras que ergueram.

Cantaram hinos em mármores e granitos!

Que o Pão nos sustenta, mas todos-os-dias

Se come, se dorme e… se morre um pouco.

Levantaram-se colunas, menhires erguidos proclamaram

Louvores à Fertilidade, à Deusa – Terra (Mãe – Fecunda)!

E ao Homem, agente transformador (Fecundante!)

E Templos e Igrejas, aos Deuses

Sublimação dos homens, cristalização dos Ideais. Apenas!

Que os Deuses nunca existiram, Além da Imaginação

                                                                            Dos Homens.

 

Nem sem ela, o Céu e o Olimpo.

 

Ficaram as folhas de acanto, petrificadas, nos capitéis coríntios.

 

Em linguagem marmorificada, dizem-nos: 

“ – Antes de os homens existirem à face da Terra

Mesmo antes de a terra o ser

Já nós éramos.

Éramos muito antes do Antes.

Somos muito antes mesmo de serem o que são, as folhas que somos.

Muito antes das Plantas.

Existimos muito antes de nos chamarem o que nos chamam.

 

Só muito Depois vieram os homens.

E vieram muitos e depois muitos mais por nós passaram, até que nos chamassem.

Pedras nos chamaram, calhaus, pedregulhos, pedra rija e outros nomes…

Que esquecemos.

Até que nos dignificaram, chamando-nos mármores.

E Sempre por nós passaram, por muitos e muitos Tempos, os Elementos em nós

Permanecendo imutáveis. Intemporais.

Até que há pouquíssimo tempo passaram uns Homens, de certeza dados à Poesia

Que em nós viram plantas, flores ou somente eles próprios, ou partes suas

Ou as suas partes sublimadas.

E, sendo eles mortais, temporais como as plantas

Quiseram simplesmente eternizar-se, eternizando-se, transformando-se-nos.

 

E, eis-nos contemplando a Cidade dos Homens, deste alto, infinitamente intemporais

Marcando num curto espaço das nossas vidas, como Pedras, a precaridade da vida dos homens

De número tão infinitos, mas tão finitos de Tempo.

 

E os homens, mesmo os que Homens foram, continuaram passando.

 

Chegados e partidos!

 

E nós aqui estamos em capitéis coríntios, sobre colunas graníticas

Formando o Templo.

Sustentando o Céu, que sobre nós se ergue!”

 

E, nesta cidade crescida das lavouras

Do rasgar do ventre criador pelos arados

Dos campos ondulantes de trigais

(Ilusão de mares balouçados pelos ventos)

Lembra-me outra cidade… minguada de terras

Sem arados nem trigais, mas com excesso de águas

Navegando na laguna, transbordando por ciclos.

Afundando-se no berço em que nasceu e prosperou.

 

(Nos Lóios, em painéis de azulejos

Essa arte sublime de portugueses

Corre a vida de Lourenço

Patriarca – santo de Veneza.)

 

Contraste com esta cidade que contemplo

Sempre minguada de águas e terras a perder de vista.

 

Em ambas, a marca do tempo nos lembra

A precaridade da Existência.

 

Se uma se afunda lentamente

O mar fazendo ondas no chão da Catedral

A corrosão do ar salgado leprosando os calcários…

Nesta, não falarei de monumentos construídos, destruídos, reconstruídos…

Lembrarei somente esse macabro achado:

Revestida de ossos, a Capela assim chamada

Nos situa no presente – futuro que recalcamos.

 

E que dizer das praças?!

Nas mais belas praças, lugar de Homens

O sol num céu azul

A luz ferindo a vista

Reflete-se do branco das paredes…

No centro, gotejando, a água das fontes

Corre pura e cristalina.

 

Se na do Geraldo a fonte, de perfeita

“Bien merece ser coronada”.

Na de Moura, um globo, o Mundo

Distribui com parcimónia a água

Pelos quatro pontos cardeais.

 

E por que corrermos mais

Se nesta cidade se resume

A nossa condição maior de Portugueses

O nosso orgulho de Humanidade?

 

Nesta cidade com Templo

De colunas e capitéis coríntios

Não sustentando teto ou abóboda

Erguido apenas ao Sol e à Lua

Coberto de manto azul durante o dia

Ou céu estrelado pela noite…

 

(Exceto quando chove ou está Encoberto

Que nestas pequenas cousas reside

A nossa condição de humanos.

E, nas pequenas coisas do dia-a-dia

Também há muita Poesia!)

 

… Nesta Cidade, dizia…

Ficamos contemplando o Templo

Desenhado sobre fundo branco

E Céu azul.

Esquecido o tempo.

Nesta Cidade sem Tempo!

 

 

 

Escrito em 1987.

Publicado em “Poiesis” – Volume VIII, Editorial Minerva, Dez. 2002.

 

Domingo de Futebol

 

“Domingo de Futebol”

 

“Hoje, dia 14 de Dezembro de 2014, vamos divulgar um poema que já anda para ser publicado há algumas semanas.

Teria que ser publicado em domingo, de preferência em Novembro e com sol, porque futebol há sempre!

Conviria ser também em dia de “Clássico”, preferencialmente o Benfica a jogar em casa.

Com tantas premissas e restrições, nunca mais calhava o dia!

Chegou hoje.

É Domingo, não me parece que haja sol, há futebol e os dois grandes a jogarem. Só que o Benfica não joga na condição de visitado, pois vai ao Porto. Não há, hoje, um Benfica Porto, mas sim um Porto Benfica!

No “Clássico” que o poema indiretamente evoca, o Benfica ganhou por 3 -1. E também venceu o campeonato, ficando o Porto em 2º lugar.

Pois o que desejamos é que a história se repita hoje, 14/12/14. Que o Benfica vença no Dragão e que ganhe o campeonato!

Segue o poema…”

 

 

O texto anterior foi escrito no sábado, 13/12/14, à noite, para ser publicado no domingo de manhã. Só que a Vida, por vezes, “prega-nos partidas” inesperadas e, por isso, só hoje, 3ª feira, volto a ter possibilidade de “pegar” no computador.

De modo que o poema mantem-se. O enquadramento explicativo é que é diferente.

O que era prognóstico e desejo passou a ser uma certeza.

O Benfica ganhou, no estádio do Dragão e também com um diferencial de dois golos. Continua a liderar, agora com seis pontos de avanço relativamente aos segundos classificados.

Que assim continue e no final do campeonato se repita o facto de 1982/83: O Benfica a vencer o campeonato!

Divulga-se então o poema:

 benfica 2.jpg

“BARRETES”

“Domingo de Futebol”

 

 

Hoje é domingo…

E cheio de sol.

Lisboa é linda

Pois que ainda

Tem futebol.

 

Muitos barretes

E cachecóis.

Peúgas soquetes

Dos apanhados

Apaixonados

Dos futebóis.

 

Que barretes enfia

Somente quem quer.

Azuis ou vermelhos

Ou outro qualquer

Novos ou velhos…

Dão ilusão

Espontânea alegria

A quem os enfia.

Homem ou mulher

Criança ou adulto

Integram num culto

Na mesma irmandade

Da fraternidade.

E quem na cidade

De qualquer idade

Solitário entre gente

Que não conhece…

Se os vê de repente

Logo lhe apetece

Travar amizade

Com outro alguém

Também zé-ninguém

Da mesma irmandade.

 

031031_120.jpg

 

Notas:

- Poema escrito em 14/11/1982, em Lisboa, num domingo de sol, em dia de Benfica - Porto.

Publicado em: Boletim Cultural nº42, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Junho 1996.

As imagens foram retiradas da net.:

loja.slbenfica.pt

loja.fcporto.pt

.

 

 

 

Estórias que parecem mentiras…

Introdução

 

Vamos iniciar un conjunto de seis "estórias", que serão publicadas diariamente em pequenos capítulos.

Hoje apresentamos uma pequena introdução.

 

Estas estórias, como todas as “estórias do arco-da-velha”, foram escritas num tempo já passado, embora não muito distante, mais concretamente nos anos oitenta do século XX, que agora já parece tão longínquo, tal a voracidade e velocidade com que cronos nos devora os dias e as noites, no suceder do nosso dia-a-dia.

 

Já foram publicadas, em pequenos capítulos, em Boletins Culturais do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, em 2002, 2004, 2005, 2006, 2007, já século XXI e agora, tempos modernos, vamos dá-las a conhecer neste blog.

 

Quando publicadas no Boletim já aí lhes déramos algum tempero deste século XXI. Uma pitadinha de sal aqui, um grãozinho de pimenta acolá…

Agora nesta republicação, embora mantendo a estrutura e narrativa originais, tentaremos dar-lhes algum novo e pequeno aconchego, para que fiquem ainda mais saborosas. Usaremos a ortografia atual, pese embora o desacordo relativamente ao Acordo, mas como já o vimos utilizando há algum tempo, não nos parece já tão obtuso, apesar das reticências que ainda possamos ter no referente ao mesmo.

 

Vieram estas historietas dum tempo em que ainda havia escudos e notas de quinhentos e de mil e assim por diante e para trás, sendo que cada nota de mil escudos era designada por “um conto de réis”. Corresponde ao valor atual de cinco euros.

Será que ainda nos lembramos das notas de escudos e de contos com a efígie de Homens Ilustres do nosso passado histórico?! Ou já as esquecemos na voragem do nosso quotidiano de euros e cêntimos, o porta-moedas sempre cheio de unidades centesimais: um, dois, cinco… cinquenta cêntimos, uns quantos euros. Pretendendo lembrar-nos o nosso Primeiro Afonso, mas de uma forma tão abstrata, que não sei se alguém lá chega. Em contrapartida, presenteiam-nos com a imagem de reis de outros países seja da Espanha, da Bélgica, da Holanda…

E notas de pontes e arcos e arcos e pontes e arcos e… em verdade se diga que, hoje em dia e cada vez mais, as pessoas o que mais usam é o cartão de crédito!

Moedas e notas de Euros . Foto de F.M.C.L. 2014 

Pois estas histórias passaram-se ainda no tempo dos nossos velhinhos (!) escudos e contos, que provavelmente nós, os mais velhos, ainda não conseguimos esquecer completamente. Pelo menos quando calculamos mentalmente o preço de qualquer mercadoria, de valor mais avultado, e pretendemos comparar com outras compras que já tenhamos feito.

 

A personagem central destas estórias chama-se Odete, que já conhecemos de “Estória inverosímil”, historieta escrita já neste milénio e já publicada no blog.

 

Odete, nessa altura ainda não adquirira a condição de Dona, corria a Grande Cidade um pouco ao acaso, mas sempre com algum fim em vista. Finalidade nem a si mesma confessada, a maioria das vezes disfarçada por algum outro motivo plausível, razoável, que lhe permitia deambular pela urbe.

Um Jardim na Cidade!

O Jardim de Dona Vanda!

 

Muitas vezes havia passado na Rua Almada Negreiros, no Feijó.  

 

Entre dois prédios, de um conjunto habitacional de uma conhecida construtora do concelho de Almada, num espaço vago, terreno saibroso e pobre, alguém construiu um bonito jardim, bem delineado, harmónico, simples mas sugestivo, contrastando pela positiva com o espaço em que se enquadra, preenchendo um vazio, uma ausência tão caraterística nestas zonas suburbanas em que a megalomania construtiva das últimas décadas foi subitamente interrompida pela “Crise”, deixando múltiplos espaços projetados, mas não concluídos ou nem sequer iniciados.

Jardim de Dona Vanda 4. Foto de F.M.C.L.

Quando por ali passava, quase sempre me quedava admirando a obra executada, e me inquiria sobre quem seria o artista daquela peça de artesanato campestre no meio da “selva urbana”! Refletindo, agora, de algum modo lembrava-me a Rua onde nasci na minha Aldeia no tempo em que era criança e as vizinhas tinham às portas uns vasos de flores, quando não um alegrete, onde pontificavam roseiras, malmequeres, begónias, malvas sardinhas, craveiros…

Mas nunca aconteceu ver alguém que me pudesse esclarecer sobre o autor da peça artística ali exposta à contemplação dos passantes.

Jardim de Dona Vanda 1. Foto de F.M.C.L.

Tive essa grata oportunidade no passado domingo, quase sol-posto, lusco-fusco, como é o entardecer e anoitecer repentinos em meados de Novembro.

 

Ao passar a alguma distância apercebi-me que havia uma pessoa debruçada sobre o terreno, num enquadramento típico de quem estava a mondar as ervas daninhas.

 Dirigi-me ao local, constatei ser uma senhora, a quem cumprimentei e com quem tive o prazer de ter uns nacos de prosa sobre o Jardim.

 

Além das plantas já mencionadas tem ainda uns pés de alecrim, que pegam por estaca, como referiu, e eu bem sei; umas flores semelhantes às “alegrias da casa” e que me autorizou a tirar alguns pés, quando forem maiores, sem estragar; um pé de boldo, planta terapêutica e muito boa para chás, que também me prometeu dar um pedaço; umas flores amarelas a que chamam malmequeres, mas que não são e de que tenho também muitos exemplares no quintal, mas de que também não sei o nome; duas macieiras, uma bananeira, gladíolos, jarros, goivos, boas noites e mais “flores”  e outras plantas que  não sei identificar…

Jardim de Dona Vanda 3. Foto de F.M.C.L.

Elogiei o jardim, que inclusive, segundo lhe contou um filho, “está no facebook”. Também ali esteve um senhor da Câmara, que ficou encantado e a quem pediu um fontanário, que daria muito jeito, mas que não pode ser, pois o terreno é particular…

 

Levando eu umas landes, o fruto do sobreiro, para semear no Vale, logo lhe propus semear ali uns exemplares. Não se fazem árvores grandes?! Sim, farão se nascerem e se as deixarem crescer, mas levam ainda trinta anos, tempo em que, se Deus quiser, já cá não estaremos. E muito provavelmente este espaço, que é particular, será urbanizado entretanto, mas que demore ainda muito tempo para que o jardim se conserve e nós não vejamos a sua destruição… E lá foram semeadas as landes.

 

Foi uma conversa muito construtiva sobre as plantas, que a senhora também consulta e estuda sobre as mesmas, falámos também sobre as suas origens, os desaires e vicissitudes da vida, as dificuldades, as mudanças abruptas, mas também os recomeços sempre com novas forças e esperanças, sem se deixar abater pelas contrariedades do destino.

 

Finalmente e após tantas vezes por ali ter passado, soube de quem era a autoria da Obra de Arte: Dona Vanda - um exemplo, um modelo a seguir, simultaneamente arquiteta paisagista e jardineira do lugar.

 

Se nas nossas Cidades todos tivéssemos a iniciativa de embelezar os tantos espaços desaproveitados que por aí abundam e com tanto vagar desleixado que por aí anda à solta, como as nossas ruas, aldeias, vilas e cidades ficariam bem mais bonitas e agradáveis. Porque esta função não pode ser apenas das autarquias. Que no caso de Almada, até é uma câmara muito preocupada com estas questões! Mas o papel de cada um também é imprescindível!

Jardim de Dona Vanda 2. Foto de F.M.CL.

 

Obrigado, Dona Vanda, por construir um Jardim tão bonito para deleite e usufruto de vizinhos e passeantes!

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