Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Hoje, desde cerca do meio dia, está a nevar na Cidade de Régio. Uns farrapitos, quase nada, vieram engrossando, uma dança de alvéolos flutuando. Vistos do quarto andar, ganham outra dimensão, pequenas plumas silenciosas e acrobáticas, logo se desfazem, mal tocando o chão. A continuarem, esperemos que sim, talvez, amanhã, pela manhã, tenhamos as encostas da Serra matizadas de branco. Que saudades! Há muito que não vejo os campos alentejanos cobertos de neve.
Mesmo assim, já nevando e ainda antes da hora de confinamento, fiz parte do percurso do “Boi D’Água”. Não continuei na direção do Bonfim. Entre outras razões, havia gente a cortar lenha e a apanhar pinhas numa das propriedades. Provavelmente alguns dos proprietários. O caminho vicinal é público, apesar de estar vedado por portão. Mas, seguindo-o e desbravando-o, é possível chegar ao Bonfim, sempre por trajetos vicinais, alguns bem característicos de tempos antigos. É ver e olhar e observar.
É um trajeto ótimo para um percurso pedonal. É as pessoas caminheiras quererem aventurar-se. Só não gostei da parte entre o Areeiro e o Bonfim, que se processa na estrada, que é muito movimentada e as bermas são muito, muito estreitas. De resto, proporciona excelentes vistas, algumas já apresentadas noutros postais, outras neste.
E ficou muito por explorar. Que existem algumas casas em ruínas e o que parece ser um fontanário antigo. Que a Serra é riquíssima em água e as quintas nas encostas todas têm e tinham bons mananciais para consumo dos proprietários e regas das hortas e pomares. E é por aí que correm os primórdios da Ribeira da Lixosa. (Que raio de nome!)
Mas, paradoxalmente, sempre se encontra algum lixo. Um improvável fogão velho, atirado borda fora do caminho, numa ribanceira. Ele há gente que faz da Natureza balde do lixo de casa!
E algo que me impressiona e atemoriza. As encostas têm uma floresta vasta de pinheiros, prontos a cortar, a desbastar, com imenso mato autóctone, caruma por todo o lado, troncos velhos e podres, pinhas, giestas secas. Um rastilho de pólvora em verões quentes, que nos atormentam todos os anos.
Os terrenos não têm proprietários que mandem cortar os pinheiros? Desbastá-los? Uma limpeza a sério. Até renderá bom dinheiro, pois as árvores já são de grande porte. Muitos proprietários? Desconhecidos?
As entidades públicas, os serviços competentes nacionais ou municipais não têm capacidade ou poder de intervenção?!
Uma pena e um perigo. Para as dezenas de moradores que têm quintas ou vivendas nas redondezas. Para as centenas de habitantes dos bairros nas proximidades. Para todos os habitantes da Cidade. Porque a ocorrer uma catástrofe, todos perdemos!
Um pedido, um alerta, uma sugestão, a quem de direito.
Há muito sem comentar algumas das ocorrências dos últimos tempos.
Sobre que discorrer?!
As eleições presidenciais? Os respetivos debates? Os orçamentos dos candidatos? Que acho um desperdício a colocação de cartazes para irem apodrecendo nos “fora de portas / outdoors”, passados meses? Que o Vitorino até se revela bem sensato no meio dos outros todos? Que não seriam precisos tantos candidatos, mas que até ganham uma certa graça estes duelos de personalidades?
O aumento dos casos de Covid nos últimos dias? A possível correlação entre estes aumentos e o desregramento nas festas natalícias e subsequentes festejos de ano novo? As medidas quase sempre reativas das nossas governanças? As agora anunciadas, que não acrescentam nada de novo, mas mantêm as escolas em funcionamento? Percebemos o porquê, pois como seria fechar escolas e os reflexos nas vidas dos progenitores e encarregados de educação dos alunos? E irão conseguir manter o respetivo funcionamento?! E o frio e janelas abertas?!
Abordar o caso do magistrado indicado para um cargo europeu e as incongruências associadas a essa nomeação? Manifestar a minha surpresa de como é possível que os nossos governantes e dirigentes achem que este país é um quintal da respetiva casa, onde podem colher laranjas a seu bel prazer? (Falo em laranjas, porque agora é o que mais abunda. Mas podiam ser nêsperas!)
Congratular-me com o início da vacinação? Desejar que continue sendo progressivamente alargada a todas as pessoas? Almejar o respetivo alcance aos recantos mais pobres de todos os países? Realçar o facto de que, com ajuda mútua, os povos conseguem encontrar soluções construtivas para a Humanidade, em tempo recorde? Admirar-me que tivesse pegado a moda de que, para serem vacinados num braço, seja necessário despirem-se da cintura para cima?! Imaginem se fosse numa nádega!
Escrever sobre o que se passou recentemente nos EUA? Que provaram do veneno de terem colocado um louco a dirigir os destinos da nação?! Que deveriam erradicá-lo da cadeira do poder, ainda antes do final do mandato? Antes que faça mais algum disparate? Que, aplicando a Lei, o deveriam submeter a julgamento?
Que me congratulo com o acordo entre EU e Reino Unido sobre a saída dos britânicos da União Europeia?? Que, todavia, considero o Brexit um ato de puro egoísmo dos ditos cujos?
E sobre que mais discorrer?! Haverá mais, mas, por agora, fico por aqui.
E por aqui, referir que hoje, apesar do frio, demos uma valente caminhada, percorrendo desde o “Boi D’Água” até ao Bonfim. O meu Pai dizia que fizemos uma “tapada”, pois concretizámos uma volta, a modos que circular, contornando todo um espaço territorial. “Matámos Saudades”, pois passámos junto às nossas Escolas!
Até próximo postal! E Excelente Ano de 2021 com muita Saúde!
Oportunidade para não sair de casa. E observar. E escrever!
Na rua abaixo, nos estendais, as roupas esticadas ensaiam bailados com o vento.
O peculiar pássaro preto, agora com identidade, Rabirruivo Preto, saltita da olaia para a parede do quintal, daí para o chão, dos carros para os marcos anti estacionamento. Debica alguns grãos, ou insetos, ou outros bichitos, que desconheço os seus hábitos alimentares. Debuta tremeliques nervosos com a cauda, elegantes, frise-se. Parece querer interagir connosco. Rivaliza em rapidez com o melro, mas ganha-lhe em graciosidade. Perde nos cânticos, que nunca consegui ainda ouvi-los.
Livros, sim! Gostam de ler. Um deles deveria ser alguma biografia ou autobiografia, de alguma personalidade, mulher famosa. À partida excluída a da “Dita Cuja - Acima de Não Sei o Quê”. Certo!
Anteontem dirigi-me à Cova da Piedade, aonde não ia há meses, antes destas cenas de Covid.
(Ainda andava em obras, toda a envolvente do Chalet, ali ao pé, o jardim. Agora tudo arranjado. A rua em frente já não tem estacionamentos, mais espaçosa, aparentemente. O Chalet renovado. Já estava. Agora falta o edifício da SFUAP. Não menos merecedor. Esperemos que um dia seja melhorado. As casas, a leste, de inspiração pombalina, também renovadas. O Largo fica bonito, parece mais espaçoso… Não gostei do chão e parece pouco durável.)
Mas eu ia comprar uns livros… À Livraria Escriba, uma pequena livraria, num pequeno centro comercial, dos de antigamente, mas com um portfólio de obras por demais interessantes. Arranjam-se sempre bons livros. Iremos lá, talvez há vinte anos. Ultimamente menos.
Referi o que pretendia, como habitualmente faço em qualquer compra. Quero isto, assim, deste modo, com estas características. Excluo aquilo, aqueloutro…
A proprietária apresentou-me o que estava mais a jeito… um livro de “… Castel Branco”, que rejeitei à partida.
A Srª observou mais alguns escaparates, pegou no escadote, retirou uns livros do alto das estantes.
O primeiro que me mostrou era sobre a Simone.
Não é preciso mais, também gosto da Simone, calha mesmo bem o livro e antes de oferecer, primeiro vou eu lê-lo.
“SIMONE, Força de Viver” – Simone de Oliveira com Patrícia Reis – 3ª Edição: Novembro de 2013, Matéria-Prima Edições. (14 E.)
Pode parecer estranho que o anterior postal tenha sido dedicado ao Natal e este, em seguimento, aborde a questão supracitada.
Sendo o Natal, evocativo do Nascimento de Cristo, mas associado simbolicamente ao nascimento de todos e de cada um de nós. E cremação associada a Morte!
Mas haverá correlação mais crucial e pungente que Nascimento e Morte?!
Quando nascemos, não temos certeza maior que essa. A de que morreremos. Mais tarde ou mais cedo. Por mais que tentemos afastar essa ideia.
Todavia, a Morte é sempre dolorosa. Ver “abalar” os nossos Entes Queridos, dói. Dói sempre!
A sugestão de publicar este postal sobreveio anteontem, 4ª feira, na leitura de um postal da plataforma SAPO, que, aliás, ontem, 5ª feira, surgiu destacado. Em que esta problemática da cremação era, de certo modo, abordada.
Por outro lado, na semana passada, ocorreu o falecimento de uma jovem na “flor da idade” e recordou-me de situação semelhante ocorrida na Família, em que uma jovem também nos abandonou repentinamente.
Há pouco tempo também nos abandonou Eduardo Lourenço. Penso escrever um postal sobre “Tempo e Poesia”.
A Morte é uma constante da Vida! Todavia custa sempre. Muito!
Tomo a liberdade de manifestar os meus pêsames a todos os Familiares das Pessoas, cujos falecimentos são sugeridos por este postal. E pedir desculpa por, de algum modo, esta minha atitude poder parecer intrometida.
Voltando à cremação!
A imagem documentando o postal referido, lembra-me o único local de cremação que conheço e em que estive por duas vezes em velórios de familiares. O crematório do Cemitério dos Olivais - Lisboa.
De facto, o cemitério não dispõe de um local devidamente respeitador da situação. Um cemitério é, deverá ser, sempre, um local de “Chão Sagrado”. E os espaços destinados à deposição das cinzas precisam ser mais valorizados. Não sei porque é que acontece assim, mas não está bem.
Foi precisamente, na sequência da segunda vez que estive no crematório e nesse cemitério, que resolvi escrever e publicar o texto sobre “Cremação: Que destino dar às cinzas?!”, em 19 de Abril de 2017.
(As ideias já se congeminavam anteriormente, conforme explico, mas foi nessa data que as verti em texto escrito.)
Se quiser ter a amabilidade de ler, e opinar. SFF!
Entrámos ontem, 23h., novamente em confinamento. Esperemos que o nº de casos novos diminua. Que os dados de hoje apontam para mais de seis mil!
(Ontem, ao final da tarde, princípio da noite, o trânsito provindo de Lisboa, na direção sul, era imenso. Quererá dizer que muito boa gente saiu para aproveitar o fim de semana alargado? Quando regressarão? Esperemos que não aumentem os casos!)
Pondo um pouco de lado estas questões de Covid e, para descontrair, publico um postal dedicado a jardins e rosas.
Já tenho abordado que nos nossos jardins e parques faltam roseirais.
(Rosas de Santa Teresinha)
Temos um clima magnífico, pelo menos no Sul, no Centro e mesmo na maior parte das regiões do Norte. Em Portugal, as roseiras dão-se muito bem e florescem durante quase todo o ano, embora os meses de exuberância sejam Abril e Maio, auge da Primavera.
(Em Portugal, há algumas dezenas de anos, virou moda arrelvar quase tudo quanto é espaço de parques e jardins. É importante, mas a relva exige muita manutenção, imenso gasto de água. Faz sentido haver esses espaços livres, mas podiam deixar crescer a vegetação herbácea natural, cortando-a periodicamente e deixar seguir o curso habitual das estações. Poupava-se imensa água!
E, vendo bem, como estão atualmente a ser usados os espaços relvados, verdejantes?! Observe com atenção, SFF, e veja bem onde coloca os pés, caso entre nesses espaços, há alguns anos tão convidativos para se correr e brincar com as nossas crianças…)
Deixemos estas considerações e voltemos às rosas.
São, na quase totalidade, do quintal, plantadas por mim, a grande maioria, a partir de bacelos que vou obtendo nos mais diversos lugares por onde passeio. Algumas roseiras deram-mas, caso da que se segue, de rosas brancas. (As roseiras das duas rosas anteriores, comprei-as.)
A seguinte, designo-a por Rosa de Cheiro, exatamente pelo perfume. É de roseira que colhi no campo, é de uma matriz bem antiga. Não sei se até não se desenvolveria mais ou menos espontaneamente nos campos. Desfolha-se com imensa facilidade, mas é extremamente olorosa e propaga-se com imensa facilidade.
Todas as rosas anteriores são compostas. A que apresento a seguir é singela. E não é do meu quintal. Estava no Jardim da Gulbenkian, junto ao Centro de Arte Moderna. (Que saudades!) Também existem exemplares desta roseira no setor norte do jardim, perto da entrada do Museu e da Sede da Fundação. (Destas roseiras, colhi alguns frutos que semeei.Tenho um exemplar no quintal. Também já floriu.)
Na Gulbenkian também há um roseiral, plantado na ala sudoeste do Jardim. Tem exemplares bem bonitos. Está bem direcionado ao sul e exposto ao sol, protegido a norte, pelo edifício da sede. As árvores que delimitam o espaço a sul, tendo crescido imenso, cerceiam-lhe bastante a exposição solar.
E por rosas, termino com a foto de uma rosa, cor de rosa-claro. A roseira mãe foi obtida por enxertia que fiz de uma roseira cor de rosa, numa roseira brava, de cor branca, que serviu de porta enxerto.
Quem diz Almada, diz Rio: Tejo, a Ponte, Cacilhas…O Ginjal…
E quem diz Mar, diz: Costa
A Costa é uma imensidão de praia, oportunidade de lazer, mas também é trabalho... tradicional: Arte Xávega.
Novo fim de semana de confinamento. Não sou especialmente contra a situação, penso que é necessário haver alguma contenção nos contactos sociais, esperemos que, deste modo, também exista diminuição dos contágios.
É assunto que já abordei várias vezes, isto da Covid, não me apetece falar mais no tema, pelo menos hoje, já basta o estar confinado…
Retidos em casa, todavia sempre é possível realizar os habituais “Passeios Virtuais”.
Anteriormente destacara a “Cidade de Régio”, que também é uma das minhas Cidades.)
O de hoje, vai ser dedicado à “Cidade de Rio e de Mar”, que também é uma das minhas Cidades. “Alma Subtil…”
Documentar sobre Almada, é inevitável abordar o Rio: Tejo e o Mar. E sobre este, imprescindível, a Costa. (Eu escrevi a Costa, a, friso…)
E hoje até esteve um dia convidativo para um passeio até às praias. As fotos aí foram tiradas, mas não hoje.
A paisagem envolvente da Costa é também património construído, testemunho de épocas transatas com outros hábitos de veraneio, documentadas por estas casinhas que mais parecem de brincar! As inevitáveis gaivotas!
A Natureza, sempre. Com as suas peculiaridades. Uma Estrela do Mar!
Falar de Almada é também lembrar a Casa da Cerca, documentada várias vezes no blogue. Também o Solar dos Zagallos.
Imagem da Casa da Cerca, com Lisboa em fundo.
Também Arte, Música, Poesia, Cinema, Leituras, Bibliotecas... Teatro... Desporto... CULTURA.
E ficam ainda vários elementos patrimoniais dignos de visitas campestres: as Azenhas ou Moinhos: o do Ti Luís Belo, (foto supra, autoria de Marco Rego), o das Caldeiras, o do Salgueirinho, o da Ribeira da Midre.
E o(s) Lagar(es)?
E Caro/a Leitor/a, já reparou na variedade de nomes que já referi, respeitantes sempre à mesma Ribeira?!
De Cujancas, é o nome oficial.
Mas localmente, só tem essa designação, a montante da Aldeia, quando si inicia, junto à ponte da estrada, Crato - Monte da Pedra e, a jusante, junto à ponte da Linha de Leste. No intervalo entre estes dois locais, para além dos nomes que já designei, ainda o de Ribeira das Vargens e o de Ribeira da Lameira. (…)
Se souber mais algum, comunique-o neste postal, SFF.
E só estes itens para visitar?
E a Anta do Tapadão?! Esse monumento grandioso, com mais de cinco mil anos?!
E a Igreja e o Adro à volta? E as vistas da Torre?! E a Araucária?
E as Oliveiras milenares?
E a Casa Museu? E as Ermidas, as da localidade, São Pedro e Santo António e a da Senhora dos Remédios?!
Aproveito para lembrar e para algo que me impressionou imenso. Envolveu centenas de pessoas de diferentes países, de vários continentes. Calcorrearam vários dos locais que mencionei nestes postais.
Pois, digo-lhe. NÃO deixaram lixo nos campos.
É também esse pedido que lhe faço. Quando visitar os nossos monumentos e / ou percorrer os nossos campos, NÃO deixe lixo: sacos, garrafas de plástico ou latas, restos de roupas ou calçado, maços de cigarros, eu sei lá!
Por favor!
Para além do mais... Passeie... E proteja-se, a si e os outros! SFF!
Este postal já anda para ser publicado há algum tempo… Este passeio virtual, hoje, vai ser dedicado à minha Aldeia: ALDEIA da MATA!
Começo por dizer que as fotos ilustrativas dos caminhos vicinais para asFontes das Pulhas e do Salto foram extraídas do site da Junta de Freguesia, a quem agradeço. Duplo agradecimento, pelo trabalho efetuado na limpeza e arranjo dos caminhos para estas fontes, a que habitualmente nos dirigimos.
Parabéns, também!
Ainda em Outubro, fomos buscar água a ambas e o trajeto estava excelente, nomeadamente nos locais onde mais se faz sentir a erosão. No caso das Pulhas, na rampa descendente junto à “Tapada do Rescão” e na do Salto, entre a Horta do Primo Valério e a “Tapada das Freiras”.
Entretanto, vieram as desejadas chuvas, por vezes fortes, de modo que não sei como estará o terreno, pois em Novembro não chegámos a ir buscar água.
Desejamos que continue transitável.
Este introdutório insere-se na sugestão dimanada do subtítulo.
Já referi aqui, em anterior postal, como seria interessante que fossem organizados percursos pedestres, estruturando eventos periódicos, enquadrados neste conceito de “palmilhar territórios a pé”.
Desfrutar das paisagens naturais que temos, no apreciar dos monumentos singelos ou mesmo grandiosos de que dispomos.
A ideia fica lançada para quem, de direito e com recursos, a possa organizar.
(Quando vivermos tempos melhores...)
Todavia, nada impede que, individualmente ou em pequenos grupos de núcleos familiares, as pessoas usufruam desses passeios.
Neste postal, sugestiono alguns dos aspetos a enquadrar nesse contexto de visitas, documentando fotograficamente com o que disponho.
A si, Caro/a Leitor/a, sugiro a recolha documental de outros elementos não expressos neste espaço comunicacional.
As Fontes referidas são das que têm água que considero mais apetecível.
Fonte do Salto, Fonte da Bica, Fonte das Pulhas são as que mais frequentamos.
Mas também há quem goste de ir à Fonte da Baganha, à Fonte de Alter, à Fonte do Boneco.
Independentemente da preferência pela respetiva água, uma visita é sempre merecida. Acrescento ainda a Fonte da Ordem, nesta, a água está há muito interdita, mas, como singelo monumento, é muito peculiar.
Existem ainda outras fontes, ainda mais modestas, rústicas, mas que talvez mereçam visitas.
Digo: A do Sabugueiro, a do Salgueirinho… a da Fonte Silveira, coberta com tampa, perdeu parte da peculiaridade.
Haverá outras fontes, e mesmo as duas primeiras não sei como estarão.
E, enquadrando o tema sugerido, as Pontes: a da Ribeira do Salto
(Também há a da Ribeira das Pedras. Mas não tenho foto.)
E as Passadeiras?!
A foto supra é das Passadeiras da Ribeira da Lavandeira.
(Também existem as da Ribeira do Porcozunho e as da Ribeira das Pedras.)
“Pássaros, Passarinhos, Passarões, Aves de Capoeira e Cucos”!
Bem, não vou escrever sobre os passarões que por aí andam, a tramar as nossas Vidas!
Neste fim de semana de confinamentos, se há algo que impressiona nas ruas, é a falta de movimento, principalmente de carros. De que resulta um silêncio, se por um lado agradável, por outro, um pouco incomodativo. A ausência de barulho de fundo, que deveria ser totalmente aprazível, torna-se também no mínimo estranha, para não dizer de algum modo opressiva.
Quase nenhumas pessoas, para além dos habituais passeantes de cães, alguns vistos pela primeira vez. Não sei onde terão os bichos guardados aos dias de semana, nem sei como conseguem tê-los, nestes apartamentos espaçosos que habitamos! Enfim, bicho sofre!
Mas por animais, se os há que dá gosto apreciar das janelas ou das varandas, são as Aves. Passarinhos, uns mais passarões que outros, não deixam de tratar das respetivas lides domésticas. Nesta época, especialmente a alimentação e limpeza corporal. Não há confinamentos que os detenham.
Os inevitáveis pombos, essencialmente oportunistas, esperando que lhes deitem os alimentos, nos locais habituais. As gaivotas cada vez mais presentes, aproveitando todas as oportunidades, dominando os céus, velozes e poderosas.
Os melros, sempre presentes. Dos pássaros mais tratadores de vida. Logo pela manhã, ainda o sol não nasceu, já eles lançam cânticos estridentes pelos quintais e, ao final da tarde, aproveitando o crepúsculo, ainda esgaravatam os últimos talhões, na mira de algum verme, minhoca ou inseto. No poste ou árvore mais alta, despedem-se do dia, cantando.
Os inefáveis e saltitantes pardais. As milheirinhas, as toutinegras (?) e um pássaro preto que não faz parte de nenhuma das listas dos que conheço, mas que é presença assídua, embora recente, nas aldeias vilas e cidades que frequento. Nem falo das rolas de colar.
E já que o confinamento deu para falar de aves, ilustro com foto de ninho no quintal. Foto tirada já em Agosto, muito tempo após a criação dos passarinhos, que nomeio de milheirinhas. Quando o ninho está funcional, procuro nem me aproximar do arbusto onde ele está, embora conhecendo a respetiva localização genérica.
Se tiver oportunidade de observar o comportamento da ave, na altura da postura ou da criação dos filhotes, é pertinente ver todos os cuidados que os progenitores têm para nos iludirem sobre o local onde está o respetivo lar.
E, por gaivotas, foto das ditas, confinadas na Costa da Caparica. Abrindo o postal.