Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Este postal era para ter sido designado “A Estratégia da Aranha”, mas como o título não seria original, reportando-se ao célebre filme de B. Bertolluci, resolvi mudar para “Teia de Aranha”.
Volto ao tema do célebre triunvirato, agora tão falado, a propósito de uma comissão de honra, de uma candidatura à presidência de um celebérrimo e glorioso clube de futebol.
Discordo em absoluto das promiscuidades de futebol e política, que designo habitualmente por futebolices e politiquices. Andam demasiado interligados e precisam de ser separados.
Voltando aos triúnviros. Se eu tivesse jeito para elaborar um cartoon, gostaria de criar um sobre o assunto. Uma teia de aranha, em que no centro colocaria uma aranha e, presas na teia, duas moscas.
Mas sou sincero. Não sei bem quem colocaria como aranha e quem colocaria como moscas.
Agora sobre séries, que subintitula o postal.
Se houve série que gostei de ver na RTP2, foi “Borgen”. Já passou várias vezes neste canal e também noutros. Foi este seriado que, de certo modo, me “enfeitiçou” no acompanhar das Séries RTP2 e também me agarrou na escrita sobre as mesmas. Que tenho continuado praticamente desde que iniciei o blogue, mas que não fora um tema previsto à partida. (A preferência dos/as leitores/as foi a motivação primeira. Obrigado!)
Em “Borgen” figurava um personagem designado por “spin doctor”. Um assessor da Primeira Ministra, que a ajudava, em múltiplas circunstâncias, para que não fossem cometidas gaffes, que a desprestigiariam.
Em Portugal não há assim uma figura personificada que ajude o Senhor Primeiro Ministro?!
Muito sinceramente, neste ano tão peculiar, e por isso mesmo, tenho acompanhado a atuação política com um pouco mais de atenção. Principalmente após a eclosão deCovid.
Inicialmente houve uma atuação muito assertiva. Mas principalmente com o designado “desconfinamento”, não sei se por Portugal ter sido tão gabado, muitas ações públicas caraterizaram-se pela desconexão, pela incongruência, por vezes desadequadas. Infelizes, em suma, se quiser ser simpático.
Esta última, total e completamente. Deveria ter havido discernimento para a separação das águas, principal e fundamentalmente pelo cargo desempenhado. Costuma-se dizer: Trabalho é trabalho, paisagem é paisagem.
Não haverá, por aí, algum Spin Doctor que ajude o Srº Drº António Costa, Excelentíssimo Senhor Primeiro Ministro?!
(…)
(As fotos?! Como nenhuma aranha me disponibilizou a respetiva teia, arranjei estas duas flores, terrivelmente enganadoras, porque venenosas. Cicuta, a primeira, embora não tenha a certeza. Rosa Loureira, a segunda, até no nome engana. Nem é rosa, nem loureiro. Alandro, aloendro, loendro, adelfa, tem mais nomes que eu sei lá!
Quem irá provar o veneno destas simbioses politiquices - futebolices?!)
Política - Anda tudo ao molho… Jogatana de amigalhaços!
Quando os casos de Covid aumentam… No futebol jogos são suspensos, por haver contagiados nos plantéis, mas “o futebol não pode parar”… anunciam uma verdadeira futebolice ou futebolada: uma jogatana de amigalhaços.
A. Costa e F. Medina fazem parte da lista de honra de L. F. Vieira.
Isto só visto! Mas esta gente não se enxerga?! Não têm a noção dos cargos e funções que ocupam?! Que lá diz o aforismo: “À mulher de César…”
Há pouco tempo havia sido lá para o lado dos azuis. Agora dos encarnados. Até me custa acreditar!
Ainda há quem rejeite as Aulas de Cidadania. O que mais falta faz, a muito boa gente, é frequentar Aulas de Cidadania obrigatórias! Encarnados, azuis… Se calhar, de futuro, também verdes, todas as cores.
E como pode esta gente querer que se cumpram ordens de restrição das liberdades e garantias individuais, como as que sistematicamente impõem, quando dão exemplos destes?! (Para além dos que já deram.)
Misturam tudo. Confundem-se nos diversos papéis que representam, julgam-se acima de quaisquer críticas, não mostram coerência nas atitudes e comportamentos. Eu sei lá!
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A Foto?! - Original. Agora está no tempo de colher figos da Índia. Era o castigo que dava ao pessoal das politiquices e futebolices. Irem apanhar figos da Índia que, agora, já estão maduros.
(Sim! Alterei este postal. Quero organizar outro, com a temática de "Os Durrell". Obrigado pela atenção e o meu pedido de desculpas.)
“Era uma uma vez... uma folha de couve. Veio uma ovelha e comeu-a.”
J. J. no Benfica! C. Ferreira na TVI!
Há dias que ando para escrever sobre as transferências mediáticas deste início de verão quente. Quentíssimo! Não gosto muito de escrever na berra do calor. Que é o que mais afronta. E porquê a relutância na escrita?!
Primeiro, porque considero que as pessoas são livres de escolher e aproveitar as melhores oportunidades que se lhes oferecem. Têm livre arbítrio para decidir, conforme os casos. É um direito que assiste a qualquer cidadão.
Segundo, porque não sendo nenhuma destas personalidades das minhas preferências, porque perorar sobre os ditos cujos?! Ademais tenho alguma antipatia, primária, reconheço, sobre os mesmos.
Relativamente a J. J., não gosto daquele ar enjoado, cumulativamente a mascar pastilha. Após a célebre ida para a concorrência leonina, fiquei a detestar. Pela atitude do próprio, não pelo clube, que aceito como qualquer outro, nada me move contra. Já as atitudes de dirigentes, de treinadores, de jogadores, dos balúrdios que os movem, das atitudes de muitos adeptos fanáticos, das claques, é outra coisa. De qualquer clube!
Quanto a C. Ferreira, detesto aquelas risadas sem jeito, antipatia também primária, aceito. Vejo pouca televisão, raramente a TVI ou a SIC, acho-as muito iguais, concorrem uma contra a outra, muitas vezes na estupidez. Mas são as preferidas da maioria dos telespetadores!
Ambos inundam as redes sociais, a comunicação social adora estas picardias.
(E os provérbios?! Alentejanos, talvez nacionais, não sei. “Era uma vez... uma folha de couve, veio uma ovelha e comeu-a.” “… Todo o mundo é seu.” Isto é, de quem não tem a dita folha de couve.)
Mas cá está a escrita. E porquê?
Pelo dinheiro que movimentam. Choca, quando falta tanto, em tantos locais. Poderia frisar na Saúde, mas já é um tema batido. Na casa de muito boa gente. Mas também poderá ser dito que será muito boa dessa gente que alimenta os egos destas vedetas, a concorrência destas televisões, a euforia dos futebóis. Das Futebolices!
E de onde provem toda essa dinheirama?! E como é que clubes, cheios de dívidas, ainda conseguem entrar nestas jogadas de contratações fabulosas?!
Mas… Não posso deixar de frisar que acho deplorável que, em Portugal, ao mais Alto Nível dos Representantes Institucionais da Pátria Portuguesa, tenham andado, de gosto, a bajular estas personalidades. Lamentável!
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E para acabar, dois versos do Poeta dos Poetas, do livro que ando a reler, o exemplar velhinho do antigo 5º ano do Liceu!!! (Após “Tieta”)
«Ó glória de mandar, ó vã cobiça / Desta vaidade, a quem chamamos Fama! …»
In. Canto IV – 95 – Os Lusíadas – Luís de Camões – Porto Editora, Lda – 7ª Edição
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Ah! A foto…
Como O/A Caro/a Leitor/a pode ver, até na foto, a folha de couve mal se vê. Como se tivesse vergonha de se mostrar. Cumulativamente, ratada. Comida, picada, não sei se pelos pássaros, se pelos caracóis, ou outros animais, ou todos eles.
Destacável, em 1º plano, a açucena: pureza virginal. Também repetida em fundo. Entrelaçada com as folhas de uma amendoeira doce, muito nova. Ao lado direito, esporas de jardim, azuis. À esquerda e em terceiro plano, alecrins. Em último plano, acompanhando a parede cinzenta, murtas.
Que viva o futebol! Isto é uma assombração! Futebol é arrebol: Areia para os olhos!
Que maravilha, princesa ervilha. A “Champions”, a final, em Portugal. Que bestial! É a salvação nacional. Não ligas a futebol?! É arrebol?! Não és bom português! Só tu não vês.
A Liga dos Campeões, a Taça dos Campeões Europeus, cá prós plebeus. Dá direito ao regozijo institucional, dos Altos Representantes da Nação. É quase uma assombração.
Em Lisboa! Que importa a Covid aumentar?! A Champions nos vai safar. A Grande Lisboa, o Corona a exportar?! Para locais improváveis?! São, da ciência, imponderáveis!
É, também, a irresponsabilidade das pessoas. É! A falta das zaragatoas. É! Culpa do Povinho, do Zé. Também é. Cada ação individual tem reflexos no geral. Porque tem! Mas não convém.
Festas e festarolas?! Manifs e manifs?! Venham os “bifes”. Turista está a vir. Fronteiras, abrir.
E os Bancos, aos solavancos?!
E o Algarve vai fechar?! E onde me vou banhar? Que o Verão vai chegar.
Que outros países nos ponham no vermelho?! Isso é dor de escaravelho. “Nós somos o melhor destino do mundo”. O resto é poço sem fundo.
E os das festas promotores vão ser indiciados? Isso é justo. São mais que culpados. E quem lá vai não é?! Quem paga é o Zé!
A situação está mais que controlada. Dizem os DDTs, para a manada!
Sugestões para colmatar o vazio sonoro dos estádios sem adeptos.
Face ao alastramento da epidemia, vários espetáculos e eventos desportivos têm sido suspensos uns, adiados outros. Jogos de futebol sem público. Acho muito bem! Acho muito bem que se evitem grandes ajuntamentos de pessoas, isso inclui, obviamente, aquela enchente de Carcavelos. (Esta gente não tem tino!)
Todavia percebo que deve ser altamente frustrante para os craques jogarem sem o apoio do público, sem aquela gritaria em uníssono de “Goooollloooo!”.
Já os impropérios, os archotes, as garrafas, são, de todo, dispensáveis. (E, a propósito, esses energúmenos que atiram objetos não aconselháveis para os recintos desportivos são ou não suscetíveis de identificação e subsequente erradicação dos estádios, para além de criminalizados?!)
Reconheço que esse empolgamento indispensável dos adeptos gritando, cantando, acompanhando as jogadas, será realmente contagiante e apelativo nos jogos.
Daí, lanço uma ideia, que poderão pôr em prática, sem me pagarem nada pela mesma, que não a vou registar.
Criem umas trilhas sonoras adequadas aos momentos empolgantes, de golo, penalti, livre, fora de jogo, canto, falta, impropério ao árbitro, cartões amarelo e vermelho, eu sei lá…
Essas bandas sonoras seriam por ex. com a reprodução dessas sonoridades de jogos anteriores, há imensas gravações, imensos peritos nessas atividades e, vai daí, soariam nesses momentos marcantes.
Para alegrar e animar as hostes poderiam igualmente criar músicas adequadas a esses momentos específicos, como nas touradas, uns pasodobles, outros ritmos adequados e condizentes com os respetivos momentos futebolísticos.
É em situações críticas que surgem criações originais.
Mãos à obra!
Não devem é os artistas da bola ficar sem o incentivo sonoro que tanto empolga os estádios!
Que breve, breve, vão fechar todos! E que vai ser de nós sem o futebol?! (…)
E já agora, frisando:
Sempre tantos, tantos milhões para futebóis! De onde vem tanto milhão?! Chocante!
Quando tanto falta noutros setores, como agora bem se constata na SAÚDE!
Notícias Cá do Burgo: “Raposas no Galinheiro”! Excesso de Velocidade – Prevenção Incêndios – Medicina! Centrais Biomassa – Politiquices! Futebolices!
Comecei a crónica sem saber como a batizar. Vários temas, de algum modo relacionados com a última crónica e a situação de Portugal. Vai daí, ficaram todos os supracitados sobrenomes!
As raposas no galinheiro! Surpreso/a?! Será o tema de um futuro e próximo post, em poesia, que já era para ter acontecido. (Uma fábula interativa!). Cáfilas de raposas têm assaltado sistematicamente os galinheiros, nomeadamente o principal. Quando postas perante a verdade, negam, olvidam-se, gozam com o pagode, riem-se na cara dos inquiridores, não têm nada a ver com o assunto. Não comeram, nem deram a comer quaisquer galinhas… Fazem de nós papalvos, trouxas! Nós, que pagamos as galinhas que eles, raposões, comeram!
Noticiaram recentemente um maior controle na velocidade excessiva nas autoestradas. Certo! E nas ruas das nossas localidades?! É muito mais imperioso e urgente. O pessoal circula a velocidades e com tanta falta de cuidado, que se não acontecem mais acidentes, só por sorte do Destino. Atravessar as passadeiras é um verdadeiro exercício de fuga ao atropelamento. Todos os dias algum condutor ultrapassa a passadeira em alta velocidade, enquanto o peão segue na outra faixa! É urgente, controle e penalização do excesso de velocidade nas ruas. Nas nossas ruas!
Prevenção de incêndios. Estão as limpezas todas feitas. Dizem-nos e propagandeiam. Será?! É só olhar com olhos de ver! Dentro das nossas próprias cidades existem espaços em locais bem movimentados, bem emblemáticos, à vista de todos, em que as limpezas foram esquecidas. Nas próprias autoestradas, nas bermas, frise-se, pinheirais…! Eucaliptais não respeitando as distâncias mínimas de segurança, pelas estradas desse país. É só olhar e ver! Até nos locais dos grandes incêndios de 2017! Prevenção!
Noticiam a falta de médicos, nos mais diversos hospitais. Dos mais diversos profissionais de saúde, mesmo técnicos auxiliares. Os turnos de 24 horas dos médicos nas urgências (vinte e quatro horas!!!). E sobrecargas de trabalho nos centros de saúde, especialmente nas grandes cidades. O que é verdade. Basta observar!
Simultaneamente noticiam que mil alunos de Medicina não conseguirão acesso à especialidade?! Será?! Porque será assim?! Não haverá aí uma grande contradição?! Saúde!
Noticiou, o Senhor Ministro da tutela, a implementação de centrais produção de energia, a partir da biomassa. Localizadas em zonas do Interior. São fundamentais! Para recolha e valorização de todos os inertes das limpezas. Para quando?! (Equacionar as poluições, acentue-se.)
Andam sempre a investir em Lisboa e Porto…
(Novo Hospital Central localizado em Lisboa para quê?! Por ex. Palmela, em zona de acesso à autoestrada e ao comboio. E porque não?!)
E a compra do SIRESP?! (...?!)
E as habituais bombas desta época: os milhões das vendas, vendas (!!!) dos futebolistas. Este ano é um João Félix. Há poucas anos foi um Renato Sanches. Lembra-se?! Isto é só para entreter o pagode, quando o futebol está no defeso. Vendem-se! Compram-se! Tudo mercadorias de alto preço. O futebol, atualmente, é um verdadeiro engodo, ilusão, “ópio” do povo! Que é o povo que o sustenta, que o compra, diga-se! Até enjoa tanto futebol!
Chocam os factos em si, e os valores das transações. Compras… Vendas!