Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Na sequência de desafio lançado na sessão de “Poesia à Solta”, ocorrida a 27/10/18, na sede da SCALA - Almada, a quem quisesse participar, de organizarmos uma “ANTOLOGIA VIRTUAL”, subordinada ao tema “MAR”… E após ter divulgado igualmente esse convite no blogue… Vamos finalmente (!) dar a conhecer os participantes e correspondentes textos, poéticos ou não.
Esta “Antologia Virtual” é uma iniciativa pessoal. Friso!
Obrigado pela Vossa participação, que nos enriquece sempre podermos ler e divulgar a Arte da Escrita, poética ou em prosa. E ouvi-la dizer por cada um, como cada qual sabe, e que com o seu saber e labor nos revela um dos lados mais gratificantes da Humanidade: a Arte de Poetar e Dizer Poesia!
Ah! Eu também vou participar, claro.
E será que esta “Antologia Virtual” terá algo a ver com a “Exposição de Poesia Visual” a inaugurar a 21 de Setembro na sede da SCALA?!?
Na última sessão de “Poesia à Solta”, ocorrida a 27/10/18, na sede da SCALA - Almada, lancei um desafio a todos os presentes e a quem quisesse participar, de organizarmos uma “ANTOLOGIA VIRTUAL”, subordinada ao tema “MAR”.
Antologia Virtual?!
Sim! Muito simples.
Cada um dos participantes escreve um poema, um texto em prosa, um pensamento, ou até um desenho ou apresenta uma foto, em que aborde a sua perspetiva sobre o tema.
O MAR não é indiferente a ninguém. Ademais numa região em que a sua presença e influência são tão marcantes.
Para esse efeito, entreguei uma folha, para que cada pessoa escrevesse o seu texto, quando tivesse oportunidade.
Deixei igualmente um envelope, para guardar os trabalhos obtidos, aí colocando aquele com que irei participar. Uma simples quadra! Que não tem que ser necessariamente o modelo a seguir. Bem pelo contrário. O que importa é que haja criatividade!
Posteriormente, em princípio na próxima tertúlia, recolherei os trabalhos elaborados e face à aderência conseguida, estruturarei e organizarei o que foi obtido.
Numa fase subsequente, em princípio, a partir do próximo ano, começarei a divulgação no blogue: aquem-tejo.blogs.sapo.pt/.
Uma “Antologia”, agrupando diferentes obras, de diversos autores, e “Virtual”, dado que será difundida através da internet.
Esta ação divulgadora é uma metodologia, talvez “Missão”, seguida no blogue “Aquem-Tejo”, desde o início. Dar a conhecer, a Poesia, a Arte, as Atividades Literárias, Culturais, os Acontecimentos, que passam despercebidos aos nossos meios de comunicação, mas que são bem mais importantes que as ocorrências com que diariamente somos bombardeados, a torto-e-direito, às vezes numa repetição exaustiva até ao cansaço.
A divulgação da Poesia, dos vários “colegas” deste ofício de Poetar tem sido uma constante no blogue.
Tanto a nível individual, quando vou a lançamentos de livros, como coletivamente, a partir da participação em Antologias:
Esta “Antologia Virtual” vem precisamente nesse seguimento. Publicar no blogue trabalhos de Pessoas, de algum modo ligadas à SCALA, independentemente de serem sócias ou não.
(Friso que é uma iniciativa minha, pessoal.)
Vamos, então, participar!
*******
Como mencionei, este repto foi lançada na sessão de “Poesia à Solta” de Outubro.
Quando posso, costumo elaborar uma despretensiosa crónica sobre as Tertúlias que frequento. Desta vez não me foi possível.
Mas não quero de deixar de mencionar quem disse: “Presente”! Dizendo Poesia!
- Maria Gertrudes Novais, Maria Manuela Silva, Arminda Vieira, Maria Amélia Cortes, Manuel dos Anjos Delgado; Carlos Gaspar, a Esposa e a Filha, Margarida; José Rodrigues e Esposa, Maria Emília. Além deste cronista.
Disseram Poesia de sua autoria, ou de familiares e amigos e de Poetas consagrados.
O Srº José Rodrigues teve a amabilidade de dizer o meu poema "Empresta-me um Sonho". Tenho que referir especialmente o facto, pois é sempre gratificante ouvirmos poemas nossos ditos por outras Pessoas. Obrigado!
E desculpem-me e perdoem-me os outros participantes por não referir especificamente os poemas ditos por cada um, mas desta vez não me é possível.
Obrigado também pela Vossa participação, que nos enriquece sempre escutarmos a Poesia dita por todos e cada um, que com o seu saber e labor nos revelam um dos lados mais gratificantes da Humanidade: a Arte de Poetar e Dizer Poesia!
Uma das temáticas que percorre este blogue é a divulgação de acontecimentos culturais, relevando os de caráter regional, que passam muitas vezes injustamente despercebidos.
Ocorreu na passada 3ª feira, dia 26 de Julho, em Altura – Alagoa, Algarve a “inauguração” do Mercado da localidade, melhor, inauguração da respetiva "requalificação". Espaço muito agradável e acolhedor, cheio de luz, aonde já fora fazer compras: pão, fruta, artesanato. Também se pode aí adquirir bom peixe, como é habitual apanágio dos mercados tradicionais.
A ocorrência da apresentação da mencionada exposição “O que o Mar cria e o Homem recria”, de Ana Paula Frade, estruturada a partir de conchas e carcaças de crustáceos e outros “frutos” do Mar, levou-nos propositadamente a nova visita.
Emoldurados, estes elementos marinhos, abundantes nas belas praias do concelho de Castro Marim, constituem imaginativos quadros artísticos, que muito embelezam e valorizam o espaço comercial. Será de todo conveniente que outras exposições possam aí acontecer, bem como algumas das obras expostas possam constituir um futuro acervo expositivo permanente.
(Permito-me dois comentários – questões.
Não seria mais correto o título “… e a Mulher recria”?
E uma pequena “etiqueta” / subtítulo, para cada um dos quadros, não valorizaria cada um dos trabalhos apresentados?)
Também exposto, um barco tradicional muito bem decorado por trabalhos em crochet - “Barco Lendas e Rendas”, sonhos e poemas, resultantes do trabalho de um grupo de intervenção social “ACASO – Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão”.
Embelezando e valorizando este texto, várias fotos originais de D. A. P. L. documentam os trabalhos expostos.
No final da inauguração e abertura da exposição, uma apetitosa caldeirada foi oferecida aos visitantes. E, entre várias outras bebidas, uma fresquíssima e agradabilíssima sangria.
Relativamente à caldeirada, algo que me surpreendeu agradavelmente na sua composição, pois nunca tal ainda constatara. Além do habitual peixe, também havia nacos de carne de porco: chouriço e presunto.
Não esqueçamos que Castro Marim é um concelho simultaneamente com costa marítima, litoral de excelentes praias, frente de rio e uma parte fundamental de terra interior, de tradições campesinas.
Daí talvez esta composição híbrida de Mar e Terra, que resulta muito bem!
Constatei que, entre o público assistente/participante, pouca gente figuraria dessa massa enorme de população que, nestes escassos meses de verão, “invade” as praias algarvias. Atrever-me-ia a dizer que nós seríamos os poucos ou mesmo os únicos “representantes”, que acedemos ao convite expresso e divulgado em variados locais públicos da povoação.
Para além do agradecimento e dos parabéns às entidades organizativas, reforço que as exposições e o mercado, devidamente requalificado, aguardam e merecem uma visita!
Deixo também uma sugestão / questão sobre que já tenho falado com outras pessoas que trabalham em mercados de outras localidades.
Relativamente ao horário, mantendo o habitual e tradicional da manhã, comum a todos os mercados que conheço, não seria de se pensar também noutros horários flexíveis?
Por ex., neste caso e na época de veraneio, experimentar uma abertura também ao final da tarde, para direcionar aos “consumidores” provenientes da praia. Isto digo eu!
Noutras localidades, suburbanas, abrir também ao final da tarde, na hora de regresso dos trabalhos diários, julgo que também seria de experimentar.
E noutras, em que o mercado apenas abre alguns dias, penso que a abertura diária ajudaria a fidelizar clientes.
Isto sobre os horários… Porque haverão outras situações que podem ajudar a dar vida aos mercados tradicionais.
Bem sei que há imensas e enormes superfícies comercias, concorrendo e disputando os consumidores com outras condições muito mais vantajosas!
E onde esta conversa chegou!
Que isto de mercados tem muito que se lhe diga…
E sobre os ditos, uma sugestiva imagem de uma balança tradicional, no referido "Mercado Requalificado", e também foto original de D.A.P.L.!
O Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, dia 9 de Março, após as 10 horas, tomou posse, como vigésimo Presidente da República, na respetiva Assembleia (Parlamento).
Estas cerimónias são sempre carregadas de simbolismos vários, faz parte da respetiva operacionalização, quer se goste ou não. Desde logo, o local: Assembleia da República. As Bandeiras. O Hino. (...) As precedências, os locais que cada convidado ocupa, etc. etc.
Os aplausos, os não – aplausos, tudo está carregado de significados e significações, tudo é significante de algo...
Para além desses atos, gestos, atitudes simbólicas, existem ainda as que o próprio Presidente quis acentuar.
Uma delas foi o juramento sobre o livro da Constituição original, que ele também ajudou a criar, enquanto deputado. Realço que é este modelo que também tenho. O livro da Constituição de 1976. (...) Não, não, eu não a ajudei a criar... O meu “engenho” não chega a tanto. Muito menos a “arte”.
Os convidados: antigos Presidentes e Esposas, estranhei a ausência de Drº Mário Soares...
Representantes estrangeiros: O Rei de Espanha, destacava-se aquela figura... o Presidente de Moçambique, o Presidente da Comissão Europeia. Simbólicas estas três Personalidades estrangeiras convidadas.
Os discursos. Sou sincero. Estava curioso com o discurso de MRS, enquanto Presidente. Ouvira o de vitória, tinha expectativas sobre este. E, esse foi o principal motivo que me fez estar atento à RTP1, logo de manhã. Dir-me-ão: “Palavras... são só palavras!”
Ferro Rodrigues, enquanto Presidente da Assembleia da República, também proferiu o seu discurso. Entre outros aspetos, e relativamente a MRS... “... Vossa Excelência tem a responsabilidade histórica de ser o homem certo no momento certo...”
Algumas ideias que destaco:
“... o País precisa de voltar a encontrar-se... Que a U.E. não se transforme num fator de instabilidade... Que Europa é esta?! ...”
“... precisamos de uma economia mais rica e partilhada, mais justa e inclusiva...”
“Temos que aprender a remar todos para o mesmo lado...”
E, terminou, formulando votos de “as maiores felicidades”, “A Bem da República, A Bem da Democracia, A Bem de Portugal!”
(Não opino, nem faço qualquer comentário...)
Quanto ao Discurso do Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República Portuguesa, de "todas as Portuguesas e de todos os Portugueses".
O discurso está muito bem estruturado e sequencialmente planeado. Ou não fosse o seu autor, o Professor Marcelo. (Apetece-me interrogar, deformação das Séries, nomeadamente “Borgen”, se os nossos políticos também terão algum “spin doctor”?!).
Também está carregado de Símbolos.
Um enquadramento introdutório, reportando para a Família, para os Sentimentos a unir-nos à Terra que nos viu nascer: Amor à Terra, a Saudade, a Generosidade... (Desculpem-me os Sentimentos, que não os fixei todos!)... As Crenças em Milagres de Ourique... (E com este introdutório falou-nos ao Coração, se fossem projetadas imagens, enquanto as palavras iam fluindo, veríamos um grande, grande, da Joana Vasconcelos. Reporta-nos também para a nossa ancestralidade, em última instância, o nosso Afonso, Primeiro, só que da Monarquia e nós estamos na Casa da República. Mas o Senhor Professor Marcelo não perde o jeito! Outro anterior Personagem, de que estranhei a ausência, nesse mesmo local, terá falado em Afonso Costa, digo eu! Afonso, sim, que Portugal é assim mesmo: Afonsino. E um País de Costas, até havia o do Castelo!)
Depois, ainda num contexto introdutório, mas já mais institucional, reportou-nos para a Solidariedade, (aqui já entramos no domínio dos Valores), entre os dois únicos Orgãos de Soberania eleitos: Assembleia e Presidente. E depois ainda agradeceu ao Presidente cessante, aos antigos Presidentes presentes, aos três ilustres Convidados Estrangeiros, às Forças Armadas, sempre fiéis a Portugal, ao 25 de Abril de 1974 / República Democrática, sublinhou a CONSTITUIÇÃO, aprovada e promulgada em 1976, sobre a qual atestara o seu Juramento de Posse, conforme já referido. Reforçou o seu caráter de Lei Fundamental, nosso Denominador Comum. E que irá ser o Guardião da Constituição, dos seus Valores e Valores da Nação.
(E nesta parte discursiva, diríamos que nos falava mais à Razão...)
E dirigiu-nos para a importância da Pessoa Humana, (lembrar-me-ia Carl Rogers), para um ideal de Sociedade em que não haja dois milhões de pobres... (!!!), nem diferenças tão cruciais...
E ainda no domínio dos Valores: Liberdade de Pensamento, de Crença, de Opinião, Pluralismo, Justiça Social, Identidade Nacional, para as nossas Raízes no Mar... (A nossa ancestralidade primordial: “Somos Vida do Mar Vinda ”, digo eu.)
Os nossos três vértices geográficos: Continente, Açores e Madeira. (A propósito, onde ficam as Desertas?)
Assumir o Mar como nossa prioridade, e, aqui piscou novamente o olho ao Presidente cessante... (!!!). E citou Lobo Antunes “... Se a minha Terra é pequena, eu quero morrer no Mar!...” (Este Lobo também é Poeta?! Se não é, aqui, escreveu dois lindos versos.)
E continuando ainda no domínio dos Valores, realçou a Identidade Nacional, em que História e Geografia se entrelaçam, na Língua, na Cultura, na Ciência. Sem medo de enfrentar o Presente. Na Soberania Popular, na Autonomia Regional e Autárquica. Na importância do Estado Social de Direito e da Iniciativa Privada.
E ainda em Geografia, mas numa noção mais alargada, migrou de Portugal, também para a Europa: Lembrou o desafio dos Refugiados. E pelo Mar, acentuou o papel da C. P. L. P. – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. E regressou novamente à Europa: a questão das Fronteiras Europeias!
E voltou a Portugal!
E assinalo, sem pretensão de exatidão matemática, nem de citação precisa, pois, como é evidente, não tive acesso a uma cópia do Discurso. (Não sou Jornalista, muito menos credenciado, nem fui convidado a estar presente na cerimónia. Também, seiscentos convidados...)
Realçou a importância de sairmos do clima de crise, o fator Europa, as questões económicas, as cicatrizes destes tão longos anos de sacrifícios, que urge recriar novas convergências, ....
Reforçou o sentimento de pertença a uma Pátria que é igual para todos...
Que irão ser cinco anos de busca da Unidade, da Pacificação, de Consensos...
Nunca descrendo na Democracia. Nunca perdendo a Esperança. Que o que nos une é muito mais do que nos divide.
A importância dos pequenos gestos...
(Peço desculpa às minhas Leitoras e Leitores, mas, volto a sublinhar, que não tive qualquer acesso direto ao discurso escrito, apenas o ouvi, pelo que este texto tem muitas lacunas. Sublinhados, reticências, negritos, letras maiúsculas é tudo da minha lavra. Perdoar-me-ão, bem como o Senhor Professor Doutor.)
E continuou...Lembrando o papel dos Jovens, da Mulher, dos Pensionistas/Reformados, que sonharam com o 25 de Abril e que agora estão na situação em que estão... (A referência a este grupo social e à célebre data tocaram-me muito especialmente...); dos Cientistas, dos Agricultores, dos Comerciantes, dos Industriais, dos Trabalhadores por conta de Outrem ou Independentes; voltou a reforçar o Estado Social; mencionou as I.P.S.S., as Misericórdias, eu sei lá! (Não sei se foram referidos todos os grupos socio económicos, também não tenho aqui a Classificação Nacional de Profissões. Mas não me pareceu ter havido menção de empresários, de bancários, de banqueiros, nem de operários. Digamos que, caso tenha havido essa omissão, que não afianço pelos meus ouvidos, foi uma omissão interclassista.)
E voltou, novamente a realçar a CONSTITUIÇÃO!
(Há alguns anos a esta parte esse realce costumava ser mais de outros setores.)
E, finalmente, reportou-se a si mesmo, assumindo-se como “Servidor da Causa Pública e da Pátria.”
E citou Miguel Torga: “Difícil para cada Português não é sê-lo, é compreender-se...”
E quando estava nesta parte do meu texto, quis precisar o que nos meus apontamentos seria do texto de Torga ou palavras de Marcelo e coloquei a frase anterior, colocada entre aspas, no motor de busca.
E já adivinha o que encontrei.
O Discurso do Senhor Presidente, na íntegra, no site do “Expresso”.
E a parte final é daí extraída. Mas não vou ler o princípio do Discurso, que já estou muito cansado, e perdia completamente a graça...
E remato com a parte final...
“O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.
Ela nos fez como somos. Grandes no passado. Grandes no futuro. Por isso aqui estamos. Por isso aqui estou. Pelo Portugal de sempre!”
E com um Discurso que nos abarca e abraça a Todos, tão querido, tão cheio de Afetos, tão simpático, não esquecendo sequer Pensionistas nem Reformados, que mais posso dizer?!
Pois, aguardemos para ver!
E, para ilustrar este post tão afetuoso, tão carinhoso, resolvi “aproveitar da net” a sugestiva e apelativa imagem, cortesia de “Jorge Amaral / Global Imagens”, a partir deste link, agora que tem andado na moda esta questão dos beijos!
Poderíamos intitular: Portugal e Europa, finalmente a Reconciliação! E viva o Amor!
*******
P. S. - E já no dia dez, vantagens da net, resolvo acrescentar um link para um blogue que sigo e que ontem me esqueci de incluir. Uma célebre e icónica imagem de um afamado beijo, que nunca cheguei a perceber se foi real se encenado. Entre Brejnev (U.R.S.S.) e Honnecker (R.D.A.). E, se encenado, nunca percebi se foram os do "Outro Lado" do Muro, para mostrarem que "estavam de pedra e cal". Se os "Deste Lado", para revelarem como as coisas iam por "Aqueles Lados".
No dia 8 de Outubro de 2104 iniciámos este Blogue. Com a ajuda preciosíssima de D.A.P.L.
Por isso mesmo e porque a colaboração tem sido muito preciosa, elaboro este POST comemorativo do 1º Aniversário, com fotos originais de D.A.P.L., dos dias iniciais deste Mês de Outubro!
E ainda e outra vez, o Mar. E a Costa da Caparica!
Mas também tem algumas zonas que precisam de recuperação, que tarda há já muitos anos!
Mas onde também nasce Arte! Grafitti
E há Património inestimável que assim se vai perdendo ou em risco de se perder!
Mas também tem zonas em que essa recuperação já foi feita. Pelo menos, parcialmente!
ALMADA, tem mais encanto!
E terminando, quero agradecer a todas as Pessoas que têm colaborado comigo, nomeadamente com fotografias. E com quem espero continuar a colaborar brevemente!
E às Pessoas que não colaborando diretamente têm a Paciência para me aturar nesta minha "ocupação", que me rouba tempo à respetiva companhia. Que isto de "alimentar" um blogue, dá trabalho e ocupação de várias horas!
E, este blogue precisa de ser reestruturado!
E, por último, mas sem ser em último, um especial agradecimento a todas as Pessoas que têm a amabilidade de visualizar os posts que tenho vindo a publicar. Pois as visitas são um incentivo ao prosseguimento e continuação.
E redobrado agradecimento às Pessoas que fazem comentários e sugestões, que são um incentivo reforçado.
E às Pessoas que têm a paciência de nos seguir, neste trajeto mais ou menos sinuoso, mas diversificado!
E a força do Mar, nestas Fotos originais de D.A.P.L.
Sobre esta Obra da Literatura, um clássico de meados do séc. XIX…
Ainda quero debruçar-me sobre o mesmo, a partir de dois posts que pretendo elaborar.
As Obras Clássicas têm esse condão. Sendo de épocas passadas, mas quando têm qualidade inexcedível ou foram produzidas por Artistas de competência inigualável, conseguem, apesar da passagem do tempo, manter atualidade, relativa é certo; no caso supra citado, ainda e apesar de terem passado quase cento e setenta anos.
As leituras entretanto realizadas.
Em Agosto ainda, e de uma assentada, li o emocionante livro de Jorge Amado, “Mar Morto”, que, como acontece com as Obras deste Autor, não deixo de ler enquanto não termino a Obra. Isto é, não faço pausas de dias ou semanas. Este li-o em dois dias, tal a força com que o enredo nos prende, sendo que não é, em termos de densidade de texto, propriamente uma “Tieta…”. Também é um livro praticamente da juventude do autor, dos seus 24 anos.
Jorge Amado produziu uma Obra notável, desde relativamente jovem. Paradoxalmente, e apesar dos muitos prémios que recebeu, nunca foi premiado com um Nobel.
As personagens dos seus livros são geralmente pessoas com quem se simpatiza facilmente. Normalmente são heróis da vida do dia-a-dia. Muitas de vidas muito atribuladas, mas sempre com uma grande carga de humanismo. As personagens nunca se revelam intrinsecamente más, pelo menos que me lembre. Algumas agem de forma errada, é certo, mas foi geralmente a vida, as agruras dum viver desesperançado que os levou à vida que levam, aos trilhos que pisam.
Jorge Amado revela uma especial predileção pelos deserdados de fortuna, sem eira nem beira, mas cheios de humanidade, que lutam e labutam no seu sustento diário.
Neste livro “… a história de Guma e de Lívia, que é a história da vida e do amor no mar.”
Homens e mulheres valentes que, cheios de coragem, mas também com o medo de todos os humanos, fazem e encaram a vida como uma luta pela Sobrevivência e Dignidade.
As mulheres são normalmente vistas com grande carinho e as mulheres de vida fácil, mulheres da vida, mulheres dama, têm um lugar sempre especial na narrativa, algumas até na categoria de heroínas e personagens principais, caso de Tieta, por ex.
A Baía, Ihéus, Itabuna, o Nordeste e o Mar, simultaneamente pai, mãe e carrasco dos homens e mulheres que nele labutam, as praias de areias sem fim de mundo, a densidade sincrética da cultura baiana, triângulo de miscigenação cultural de África – Europa – América, o erotismo, as mulatas e cabrochas que amam nas dunas embaladas pelo vento, são alguns dos ingredientes gostosos dos enredos literários que o escritor confeciona como nenhum outro.
Muito fica por dizer sobre o Autor, de que conheço apenas algumas obras, algumas simultaneamente da literatura e da televisão, caso de Gabriela, que segui as duas novelas e reli o livro, e de Tieta, de que também vi a versão da TV (novela).
No caso de Gabriela é interessante mencionar que o Livro é um Obra ímpar. A primeira novela, com Sónia Braga e Armando Bógus, é outra Obra e a 2ª novela, remake da primeira, é uma terceira Obra. Têm pontos comuns entre si, mas também são relativamente diferentes, apesar de baseadas nas mesmas temáticas, em espiral sobre o texto primevo do Autor.
Também vi o filme “Dona Flor…”, assente no triângulo romanesco…
E li “Os Subterrâneos da Liberdade” e “Capitães da Areia”, há bastante tempo. Este último, reli-o recentemente.
Ah e também já li e reli “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”! E adoro este conto.
E agora…
Iniciei, há pouco tempo… Imagine-se! O livro que “Ninguém deveria ser autorizado a chegar à idade adulta sem ter previamente lido…” Eu que estou já a entrar na terceira idade…
Este livro já é do tipo que interrompo a leitura. Há dias que não lhe pego.
Também, agora, tenho-me dedicado muito ao blogue…
E qual é o Livro?!
…
Algumas dicas: é de um escritor de raiz anglo-saxónica, foi nobelizado e nasceu no século XIX.
Almada é uma Cidade com uma vida cultural excecional e dotada de variados equipamentos para diversificados fins ou para esse fim adaptados.
Com diversos eventos, distribuídos ao longo do ano, por diferentes locais da cidade, desde o desporto, de variadas modalidades, ao cinema e teatro, à música, literatura, poesia, ciência, festivais, empreendedorismo, recreação, lazer, artes plásticas, dança…
É uma verdadeira Cidade, no sentido global do termo, com vida própria. Com eventos que se expandem nomeadamente à cidade de Lisboa, de que era subsidiária até há alguns anos, mas que, agora, vem à Cidade de Almada, ao teatro, aos concertos de música, aos acontecimentos desportivos, para além da catedral do consumo, o Fórum Almada, que até fica no Feijó!
E ainda a insubstituível Costa da Caparica… que, agora, também já não é só e apenas praia. E que praia!
Para esta dotação de equipamentos, funcionalidades, acontecimentos, teve um papel decisivo a ação dos Executivos Camarários, nestes últimos quarenta anos. Registe-se, de inteira justiça!
Num outro plano, o da riqueza paisagística, Almada também é inultrapassável.
Limitada a oeste pelo mar, tem na frente atlântica, da Cova do Vapor à Fonte da Telha, praias ideais, um mar que é um forte atrativo ao banho, ao desporto, ao usufruto da água, fria, mas sempre apetecível.
E a arriba fóssil, monumento natural, impagável, um legado de milhões de anos, muito antes de qualquer sinal de humanidade.
A norte e leste delimita-a o Estuário do Tejo. Per si, também um monumento! Natural!
E quem nunca visitou o Cristo-Rei ou, pelo menos, atravessou a Ponte sobre o Tejo? Ou fez a travessia de barco num cacilheiro, Cais do Sodré – Cacilhas ou no sentido contrário?!
Quem já o fez sabe do que falo, da beleza inigualável destes espaços de paisagens naturais, mas também amplamente urbanizadas pela intervenção humana. Mas que no seu todo constituem um quadro artístico, num enquadramento e simbiose natureza – humanidade / urbanidade esteticamente inimitável!
Vários outros espaços culturais, para além dos mencionados, permitem usufruir desta beleza estética, além de acontecimentos de cultura diversificada. Mencionaria, por ex., o Convento dos Capuchos, a Casa da Cerca, o Convento de S. Paulo / Seminário, …
E muitos outros equipamentos, pelas várias freguesias, as Bibliotecas, os Pavilhões Gimno Desportivos, as Sociedades de Cultura e Recreio, os Grupos Recreativos e Desportivos por todo o concelho, as próprias sedes das Juntas de Freguesia, Cafés, em todos eles se promovem e realizam atividades culturais, ao longo de todo o ano.
Para além da Arte enquadrada em vários locais, materializada em esculturas, em espaços emblemáticos.
E… E não posso esquecer, neste breve apontamento, o Parque da Paz!
E até existe divulgação padronizada, estruturada na A – Agenda – Almada, editada mensalmente pela Câmara, no modelo atual, Nº 153, Jul./Ago. 2015, de distribuição gratuita.
Bem, mas o texto já vai longo, muito ainda fica por referir, de bem, mas também algumas coisas de menos bem, que ficam para outra ocasião.
De entre os espaços que referi e os que não mencionei, hoje, quero falar brevemente de um local emblemático da Cidade, localizado na Sobreda: o Solar dos Zagallos.
Enquadra-se nas premissas referidas.
Foi adquirido pela Câmara Municipal de Almada, em 1982, recuperado, remodelado e restaurado.
Está aberto ao público e periodicamente nele são organizados eventos culturais. Que me lembre, pelo menos, no Natal e no Verão, nas Festas da Cidade, no final de Junho.
Foi precisamente no dia 27 de Junho, sábado, que o visitámos, já no final de um dia quentíssimo.
Visita que foi documentada pelas fotos apresentadas, da autoria de D.A.P.L.
Deambulámos pelos jardins, lindíssimos e frescos, ainda assistimos a um concerto de piano e voz.
Visitámos várias salas e salões do edifício, uma casa apalaçada do século XVIII, com elementos artísticos barrocos, rococó, neoclássicos de influência pombalina e modernistas.
Merece uma visita mais demorada e com mais detalhe que ficará para outra oportunidade. De preferência e também, num dia de festa.
Nele, entre outros aspetos de interesse, figura uma exposição de olaria tradicional portuguesa, com peças artísticas e utilitárias, desde o Norte, Barcelos; até Alentejo, Nisa, Estremoz, entre outras regiões do País.
Azulejos das épocas referidas.
Esta linda capela toda forrada nessa nobre e sublime arte centenária, tão grata aos portugueses.
E sinais da “Festa do Solar”, este ano subordinada à temática dos célebres “Anos Vinte”, do século XX!
E os jardins convidativos ao passeio calmo e sossegado e uma alternativa mesmo à praia, para quem quiser relaxar, evitar a demasiado exposição solar, em tardes de maior calor e bulício da época estival.
Fotos originais de D.A.P.L.
Para quem pretenda aprofundar mais a história do Solar ou preparar uma Visita, anexo sites consultados.