“DIA da MÃE” – Quadras Tradicionais II
Neste "Post" evocativo do “Dia da Mãe”, que importa se ainda publicado em Abril, se os “Dias da Mãe” são todos os dias?!
É ele constituído por “Quadras Tradicionais”, e Fotos Originais, e dedicado a todas as Mães, sendo ou não biológicas. A todas as Mães de Afeto.
À nossa Mãe, à Mãe dos nossos filhos e filhas, à Mãe da nossa Mãe, à Mãe da Mãe dos nossos filhos e filhas, às Mães de todos e de cada um de nós. Às Mães ainda presentes e às Mães a que nos lembra o travo doce e amargo da Saudade!
Conjunto de Quinze Quadras
“A flor da amendoeira
É a primeira do ano
Também eu fui a primeira
Que te dei o desengano.”
“Os teus olhos não são olhos
São duas bolinhas pretas
Foram criadas ao sol
À sombra das violetas.”
“Não me atires com pedrinhas
Que eu estou a lavar a louça
Atira-me com beijinhos
Com que a minha mãe não ouça.”
“Logo pela manhã começo
A trazer-te no sentido
Ao meio dia não t’esqueço
À noite sonho contigo.”
“Oh, candeeiro da esquina
Alumia cá para baixo
Que o meu amor é baixinho
Às escuras não o acho.”
“És alto, metes figura
Meu amor pareces bem
Como a tua criatura
Para mim não há ninguém.”
“Não olhes para mim, não olhes
Que eu não sou o teu amor
Eu não sou como a figueira
Que dá frutos sem ter flor.”
“O cravo tem vinte folhas
A rosa tem vinte e uma
Anda o cravo em demanda
Pela rosa ter mais uma.”
“Até parece impossível
A salsa no mar secar
Mais impossível parece
O nosso amor acabar.”
“Tu é que és o lírio, lírio
Tu é que és a lealdade
À porta do cemitério
Acaba a nossa amizade.”
“Tenho um amor em Alter
Outro em Vila Boim
Outro em Aldeia da Mata
Esse não me esquece a mim.”
“Em Flor da Rosa não há
No Crato não pode haver
Rapazes como os de Aldeia
Hão-de tornar a nascer.”
“Tenho dentro do meu peito
Ao lado do coração
Uma letra que diz
Amar-te sim, deixar-te não.”
“Já lá vai, já se acabou
O tempo que eu te amava
Tinha olhos e não via
Na cegueira que eu andava.”
“Todos me mandam cantar
Mas ninguém me dá dinheiro
Pensam que a minha garganta
É o fole de algum ferreiro.”
Quadras coligidas por D. Maria Belo Caldeira, Aldeia da Mata, 2016.
Fotos originais de D.A.P.L., 2015.