“A Agência Clandestina” - T2 - Ep.6
RTP2
“Le Bureau des Légendes”
Episódio 16
(5ª feira – 10/11/2016)
No final do episódio quinze, víramos Raymond sob ameaça de morte.
Naquele jogo para captar o jhiadista ele foi o cordeiro sacrificado.
Sabrina sabia muito mais do que aparentava e ele fora levado ao engano.
Valeu-lhe o facto, dessa situação ter sido descoberta a tempo, digamos que pelas apreensões de Céline e perspicácia de Guillaume.
Constatada a manha de Sabrina e as suas verdadeiras intenções, foi ela também ameaçada de morte pelos guardas que supostamente a deveriam proteger, às ordens da DGSE.
Que na DGSE seguia-se todo o enredo da história. (Atualmente, com telemóveis, computadores, satélites e redes sociais e mais que não sei, a guerra está em direto nos respetivos centros de decisão.)
E perante a ameaça a Raymond, transmitida para a DGSE, respondeu esta Instituição igualmente com a imagem de Sabrina com uma pistola apontada à cabeça. Imagem essa, prontamente enviada para o telemóvel do irmão: “Le Chevalier” / “Deep Bleu” / “Azraq Dakin”.
Perante este facto logo ele tratou de negociar a troca.
Mas, cobardemente, já que não o podia executar, num gesto de crueldade vingativa, cortou-lhe o pé!
Mais tarde, no hospital, ao visitá-lo, Duflot lhe dirá que se está ali, foi por culpa dele, mas se está vivo, a Guillaume o deve.
(Não vou explicar o porquê desta máxima, apenas acrescentar que também teve a visita de Céline, a cujos sentires e preocupações também se deve estar vivo, situação que ele, aliás, frisou, após ela o ter beijado. Que só perdera o pé, o resto estava tudo operacional!)
Guillaume acabou por ser reintegrado, como se previa. Mas não vai trabalhar diretamente com Duflot, que não quer lidar com ele.
Vai ser transferido e encarregam-no de sentenciar o carrasco de Raymond.
Vê-lo-emos, juntamente com Céline, e outros agentes, analisando todas as mensagens entre Sabrina e o irmão, de como eles conversavam em código e o que pretendiam transmitir em linguagem cifrada.
Concluíram de como é sofisticada a respetiva organização, que estão ao mesmo nível e de como não será fácil capturar “Deep Bleu”, exímio jogador de xadrez.
Veremos como se irão desenvencilhar.
Apesar da sua integração, Duflot não perde de vista Guillaume. Até se assusta quando Marie-Jeanne também para esse lado direciona as suas suspeitas. Não quer nem ouvir falar nessa possibilidade, será um verdadeiro descalabro na Instituição, uma quebra de confiança, logo da parte de agente tão reputado e com tantos conhecimentos, a todos os níveis. É algo que o atemoriza pensar sequer nessa eventualidade.
Mas não a descarta, de modo algum, é nela que trabalha, ainda que não queira que disso alvitrem o mínimo que seja.
Que, a dar para o torto, será ele próprio a pagar.
E como não é de se deixar abater, apesar da sua bonomia, mais uma vez, se dirige ao consultório de Doutora Balmes, aparentemente para desabafar, se analisar, para falar de si mesmo, como se de uma verdadeira consulta se tratasse, que até lhe pergunta sobre honorários.
Mas, primordialmente, para acoplar um aparelhómetro sob o tampo da mesa.
Veremos no que vai dar.
Marina Loiseau sempre se dirigiu para Teerão, como era de prever.
Voltou a entrar no meio em que se movimenta Shapur Zamani, estudou devidamente a situação e o contexto em que ele se move, a sua personalidade, pontos fortes e fracos, aspirações, motivos, desejos e ambições e enviou relatório detalhado para a Agência, equacionando uma estratégia para o captar para a rede da “BDL – Bureau des Légendes”.
Não tardou muito que, uma cópia do mesmo relatório desse entrada no escritório de Cassidy, como sabemos, dirigente da CIA, em Paris.
Por obra e graça do reputado super agente, Guillaume Debailly.
Quem também já está em Paris, (“Paris c’est toujours Paris!”) é Nadia El Mansour.
Participa em conferências para apoiar opositores ao regime sírio, mas por escolha desse mesmo regime, através dos serviços secretos, em que pontifica Nadim, que face à sua recusa em futuras participações, a manda agredir e obriga a participar.
É entrevistada no Ministério do Interior, que pretendem ajudá-la, desconfiando que ela está a ser pressionada e ameaçada, aliás, a cara dela, o semblante, a expressão facial não enganam.
Mas ela afirma-se sempre bem, que está tudo bem, diz não conhecer nenhum dos torcionários que a chantageiam, mas não engana a entrevistadora, que, no rascunho das notas que tomou, escreveu que ela mente.
Céline, por ordem da DGSE, também compareceu e ficou com Nadia, no final.
“- Nós podemos ajudá-la.” “- Ninguém me pode ajudar. Nasci no país errado. Conheci as pessoas erradas.”
Em jeito conclusivo, mas deixando portas abertas, Céline deu-lhe o seu número particular, frisando que, caso precisasse, lhe falasse no seu “vestido preto”.
E foi precisamente sobre o vestido preto que comprara e a forma de o ir buscar, que Nadia telefonou para Céline, mais tarde, quando obrigada por Nadim, e após ter sido agredida no hotel, se deslocava de táxi, nas ruas de Paris, para mais uma conferência com a “oposição escolhida a dedo”.
Não sabemos se lá terá chegado ou não.
O que sabemos é que Guillaume ainda na Agência, recebeu uma chamada de Céline, que queria falar consigo, não na Agência, mas num outro local, julgo que junto do Palais Royal.
À memória do super agente ocorreram as recomendações cautelares: “Há encontros que devem evitar-se. Convites a ignorar. … São armadilhas.”
Mas ele foi.
E nós vimos que alguém o esperava.
Ter-nos-á parecido Nadia, não Céline. Mas vestida de preto!
Dentro de pouco tempo saberemos.