“A Fraude” - “BEDRAG” - Série Dinamarquesa
Série da RTP2
Dez. 2016
Temporada 2 – Episódio 6
(4ª Feira – 28/12/2016)
A Sìntese possível e o Enquadramento do Enredo e de Personagens
Mais uma Série Europeia!
A RTP2 tem-se especializado e esmerado nas séries dos países europeus e faz muito bem. Dizem-nos mais. Pelas suas temáticas, mesmo quando provindas dos Países Nórdicos, caso da Dinamarca, de que nos apresentaram, até agora, a inultrapassável “Borgen”, das que abordam temas atuais, e também a muito interessante “A Herança”.
A que atualmente projetam, “BEDRAG”, no original, certamente da palavra dinamarquesa “bedrageri”, fraude, e é esse o título em português: “A Fraude”.
Só peguei na série já na 2ª temporada.
Ocorreu ontem, 28/12/16, o 6º episódio da temporada em curso. Provavelmente estará quase a terminar.
Mundo atual, com todas as suas idiossincrasias. Alta finança, corrupção, canibalismo bancário, políticas e polícias anti fraude, os cordelinhos da lei, que permitem apanhar o peixe miúdo, mas o graúdo, passa pelas respetivas malhas. Aspetos da vida pessoal dos personagens mais marcantes…
Um banco poderoso, “Nova Bank”! (Onde já ouvi este nome tão original (?), e onde já se viu atribuir nome de novo ao que é tão velho?!)
Neste banco, um diretor /presidente / chefe / dono / acionista maioritário, que ainda não fui informado das respetivas funções no organigrama bancário, de nome Knud Carl Christensen - KCC, está fartinho de fazer das suas, (dele!), no banco e na sua relação com clientes e outras instituições, inclusive tendo levado à morte de inocentes, mas que continua cá fora, numa boa, a comandar ações, de actos e ações, de finanças, usando outros como fautores do que é ilegal e/ou criminoso.
“Atualmente”, através do seu Nova Bank, prepara-se para engolir outro banco, com reputação de honestidade e valores diferentes (?!), o Absalon Bank, gerido até aqui, por dois irmãos gémeos, não verdadeiros, Amanda, o cérebro criativo e Simon, mais executivo.
A trabalhar com os dois irmãos, “mano & mana”, está Cláudia Moreno, advogada talentosa que fora tramada por KCC na primeira temporada, no contexto de fraudes ligadas a uma empresa de energia “Energreen”, trama que a levara à prisão com todas as sequelas subsequentes.
Agora, liberta, ainda sob liberdade condicional, procura retomar a sua vida profissional e também pessoal, em que se destaca a tentativa de conquista do afeto do filho, de quem se viu separada e, porque não?, também de um novo amor!
Convém frisar que a sigla KCC também define uma firma de uma holding, sediada nas Antilhas Holandesas. O esquema de que estamos pelos cabelos, de tanto o constatar nas nossas tristes realidades!
Cláudia está a fazer tudo por tudo, para que o dito cujo KCC seja apanhado, como merece. A sua associação aos manos vem nesse contexto e objetivo.
No combate à fraude, uma Unidade Anti Fraude, nela pontificando dois polícias Alf e Mads, que tudo fazem, com profissionalismo e algum sentido de missão e ideal, para conseguirem apanhar os criminosos, que estão muito bem blindados, com todos os suportes habituais nestes esquemas, infelizmente demasiado verdadeiros.
As investigações e perspetivas dos vários intervenientes, focalizadas em KCC, (uma espécie de DDT?) hão-de cruzar-se e, certamente, engavetar o manda chuva.
Assim esperamos a não ser que os guionistas queiram prolongar a temporada ou, para nossa desgraça e frustração, imitar a realidade.
Voltando a KCC, que manipula a narrativa da estória, ele dispõe de personagens que executam ou mandam executar as tarefas violentas e ilegais.
Um, marcante, intermediário primordial, é designado como Sueco, certamente devido à sua naturalidade: “Svenskeren”. Significa sueco em dinamarquês?
Este é o mandante das ações violentas, agindo às ordens de KCC.
Por sua vez, delega estes atos, pois tem às suas ordens um mecânico de automóveis, seu homem de mão nos atos de violência ou fora da lei: roubos, colocação de escutas, vigilância e entrada abusiva em domicílios, … E, por vezes, mortes. Que me parecem ter acontecido mais por acidente, descuido e inépcia do autor, rapaz meio destrambelhado, de nome Nicky, marcado por uma infância violenta, passivo de agressões paternas.
Este executa tudo quanto é ilegal, já tem à sua conta algumas mortes, ocorridas nem sempre de forma direta e intencional, e agressões, inclusive ao agente Mads.
Já se cruzaram várias vezes, esteve quase a ser descoberto, neste 16º episódio, na casa onde sequestrara a jovem que viria a morrer.
A narrativa encaminha-se para esse cruzamento acontecer, e quando tal ocorrer e simultaneamente a investigação dos agentes anti fraude se encontrar com os conhecimentos da advogada talentosa, Cláudia Moreno, e concernentes investigações, teremos o clímax do enredo.
Teremos?!
Depende do guião ou guiões previstos e do eventual, hipotético e sempre possível prosseguimento da narrativa em futuras temporadas.
Que os guionistas, quando tal lhes convém, esticam o conteúdo narrativo até ao limite, por vezes, enredando, por demais, o enredo!
Por agora, aguardemos o resultado da OPA do Nova Bank sobre o Absalon Bank.
E, como sempre, fica muito por contar. E personagens de que falar!
E como isto tudo soa a tão tristemente real!