“Agência Clandestina” - Temporada 1 – Episódio 3
(2ª feira – 24/10/2016)
E Nadia mostrou-se bem diferente do que parecia: afirmativa, enquanto mulher e cidadã.
Não é simplesmente a namorada e amante que Guillaume julgava, esperava e desejava que fosse.
Tem a sua própria autonomia e está em Paris integrada numa equipa de homens sírios, supostamente em negócios, mas com uma outra agenda de negociações secretas.
Perante o “namorado” que a interrogou até onde pôde, respondeu-lhe e interpelou-o com questões de igual natureza e, perante a impossibilidade de manutenção do diálogo / interrogatório, num plano de razoabilidade, abandonou-o à porta do quarto do hotel, a caminho daquele onde estava hospedada com os outros membros da comitiva síria.
Para ser sujeita a novo interrogatório, este realizado pelo chefe da missão pela qual se deslocara a Paris.
No hall do hotel, no elevador, nos corredores, com altivez, foi-se recusando a responder, acabando, todavia, por dizer que se encontrara com o amigo, amante ou namorado, de nome Paul Lefevre, igualmente professor como ela.
E, neste caminho, muito haverá a percorrer e deslindar em futuros episódios.
Outra vertente do guião processa-se no desaparecimento de um agente, “Cyclone”, de que se depreende ser agente duplo.
Dessa suposição se infere que outros agentes recrutados por ele, também o serão.
Daí, um desses homens que recentemente regressara a Paris, a pretexto da visita a um irmão doente, é sujeito a apertado interrogatório e tortura, para testar a sua consistência e veracidade. Que afinal é comprovada.
Paralelamente, uma nova agente, Marina Loiseau, se prepara para seguir em missão ultra secreta, esta para o Irão, a pretexto de estudar as placas tectónicas, mas efetivamente para sondar sobre o programa nuclear.
E, estas são algumas das vertentes por onde perpassa a narrativa, em desenvolvimento.
Que ainda têm muita tinta para correr e o mais que surgirá.
Para finalizar este meu conto, abordo o que poderia ter ser sido referido logo de início.
O título atribuído à série.
O original: “Le Bureau des Légendes”. A atribuição em português: “Agência Clandestina”!
Mas, então essa Agência, na série, não faz, supostamente, parte de um organismo oficial francês?!
Então, como designá-la de clandestina?!
Bem sei que o título original não é facilmente traduzível.
Bureau é fácil: Agência.
“Légendes” é mais difícil verter de forma coerente. Que literalmente não faz grande sentido.
Lendas?! Na expressão francesa quererá significar que os agentes em ação são “lendas”, “lendários”, no sentido do respetivo desempenho, fora do comum dos mortais. Digo eu.
Só que transferir essa mensagem, ideia, para português não é realmente fácil.
Deixo este subtema em aberto.
Será que conseguiremos batizar melhor o seriado?
Peço-lhe ajuda, caro/a leitor/a.