Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (IV)
“A Nossa Antologia”
XX Volume - 2016
(57 Autores)
Editor: Euedito
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Continuando na divulgação de Poesias da XX Antologia da APP.
Agora, o 4º grupo.
Seguem-se Poemas de: Carlos Fernandes, Catarina Malanho, Clara Mestre, Conceição Oliveira e Cynthia Porto.
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CARLOS FERNANDES
“A GAIVOTA QUE AMAVA LISBOA”
“Gaivota perdida e encontrada por esta maresia,
De cheiros a águas esverdeadas do Tejo,
Levantas-te como o tempo quando a aragem se arriba,
Mas logo num brado da asa vens e mergulhas nas margens,
Da tua Terra amada que é Lisboa.
E vais esvoaçando numa dança divinal,
E bailando por entre raios de luz,
No grande palco que é o teu Tejo,
Tendo como cenário Lisboa,
Por entre as suas águas murmurando,
E dançando do Nascente ao Poente
Vais bailando docemente numa exaltação,
Para quem te vê deixasses um libido amor,
A esta terra esta cidade chamada Lisboa.
E no final da tarde quando regressas da viagem
Para descansar, num cais que se chama das colunas
Que o entendeu como seu, no cimo do mastro Real,
Poisas sempre a ver os cacilheiros chegar,
E agradeces a esta tua linda Lisboa,
Que é a rainha de Portugal.”
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CATARINA MALANHO
“PASSOU-ME O OUTONO À PORTA”
“Sentada a olhar a rua
Pela janela envidraçada,
Vi passar esvoaçando
Muitas folhas descoradas…
Eram amarelas, castanhas
Algumas amarfanhadas,
Observei melhor…
Prestando mais atenção;
Era o vento que soprava
Pois já não havia Verão
E o Outono chegava…”
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CLARA MESTRE
“RECORDAÇÕES (Gradil)”
“No meu tempo de menina
A aldeia cheirava
A pão quente
Agora
Os passos cansados
Da minha imaginação
Ainda atravessam
O forno
Lembrando o cozer do pão
Passa o destino a correr
No sangue fraco das veias
Há emaranhado de teias
Que ainda tento defender
Mas…
Na minha imaginação
Não há tempo
Não às guerras
Há sempre satisfação
Porque o cheiro
Da minha aldeia
Trago no meu
Coração…”
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CONCEIÇÃO OLIVEIRA
“GENTE FELIZ”
“Ali não há rios
há mar, muito mar.
E cheiro a peixe fresco.
e cães a descansar sobre redes
até que os pescadores voltem ao mar.
E gente, muita gente.
Jovens
Velhos
Crianças.
Tudo junto. Tudo feliz”
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CYNTHIA PORTO
“A QUEM VAI CHEGAR”
“(Soneto Futurista)”
“Espero-te em um clima de ternura,
Em prece, abrindo aos Céus, meu coração,
Pois, sei que chegarás, de alma tão pura,
Neste teu novo lar, com afeição…
A música será uma recepção,
Acolhedor banquete de candura,
A tua vinda a nós, como canção,
Porque é festiva, vem, e assim, perdura…
Terás uma morada aconchegante,
Em meio a muito amor e poesia,
Com fluido angelical, que segue adiante…
Como um presépio, é pleno de harmonia,
Serás a doce Vida radiante,
Também perene fonte de alegria!...”
Notas Finais:
Este post é acompanhado por sugestivas fotografias originais de D.A.P.L., de 2015 e 2016.
Suponho que, enquanto publico este documento ilustrativo do trabalho da APP, da respetiva Direção e dos Antologiados, estará a decorrer o lançamento de livro do Associado, António José da Silva. Desejo-lhe as maiores felicidades e êxitos.
Irei continuando na divulgação da Poesia constante na XX Antologia.