ARRONCHES
Continuo com a divulgação das poesias publicadas em Antologias. Hoje, da IX Antologia do C.N.A.P., de 2006.
ARRONCHES
Arronches, és linda terra
Vila grata, de agradecer
Teu poder em ti encerra
A arte de bem receber.
Forte, bela e formosa
Prazenteira, donairosa
No primavera trajar
Luminosa, brincalhona
Divertida, foliona
No verão, a festa a reinar.
Monumentos, construções
Do tempo de paz e guerra
De tão nobres tradições
Arronches, és linda terra!
Tens um museu de a brincar
O passado ao futuro ensinar.
Dos gaivões numa lapa
Que ao vandalismo não escapa
Estilizadas, singelas pinturas
De homens de outras lonjuras.
Orvalhada, planta pinheira
Vista nesta vez primeira
Aprendemos a conhecer.
Vila grata, de agradecer!
Assunção, da vila é freguesia
Mosteiros, de Moitas também.
Esperança é ridente alegria
Freguesia mais além.
Hortas de Baixo e de Cima
Barulho e Marco à fronteira
Aldeias, lugares de rima
De encanto, beleza altaneira.
No povo, no campo e na terra
Teu poder em ti encerra.
Em Julho houve uma roda
No Centro, poetas a versejar
Cada um disse à sua moda
Sua forma de encantar.
Arte, humanismo e cultura
São herança que perdura.
Estar entre gente fraterna
Família e poetas reconhecer
Cortesia de quem ordena
A arte de bem receber!
Escrito em Julho de 2003.
Publicado em:
- Boletim Cultural Nº 65 do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – Set. 2003.
- IX Antologia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia – CNAP – 2006.
Notas Finais:
Esta narrativa poética, sob a forma de "décima", foi escrita na sequência do lançamento da VII Antologia do CNAP, em Arronches, 2003, em jeito de agradecimento à forma como fomos recebidos.
Ficava bem uma foto da Vila. Talvez um dia calhe... Fica a sugestão!