Árvores para Crescer! Aves para Voar!
Educação para a Cidadania (III): Volto ainda a este Tema.
Para quem não se tenha apercebido, os diplomas legais sobre a “criação” desta Disciplina reportam-se a 2012! Lembre-se quem exercia funções de Estado, tanto no Governo, como na Presidência!
(É caso para citar o aforismo: “Uns comem os figos, a outros rebenta-lhes a boca!”)
Frisar que concordo com a existência da mesma.
Repetir que, caso tivesse filhos em idade de a frequentar, mesmo não concordando, não os proibiria da respetiva frequência.
Precisamente porque, ao proibi-los, estava a privá-los do exercício da Cidadania. Não lhes permitindo opinar, discutir ideias com os seus pares, serem confrontados com ideias contrárias ou simplesmente diferentes; dialogar, perspetivar ideias e ideais, compartilhar com iguais, ou contrapor; defender valores, princípios, atitudes; crescer, desenvolver-se com os Outros; saber aceitar, compreender as diferenças ou emparelhar-se com os seus iguais. Contrapor, opor-se construtivamente, de forma democrática.
Proibindo-os da frequência, não lhes proporcionava o direito e o dever de aceitar ou impor o contraditório, com base no diálogo, perspetivando a sua construção pessoal e social.
Mas reconheço que, ao agir desse modo, estava a exercer um Direito meu, enquanto Pai. Mas será / seria, que estava / estaria a ser justo com o meu filho?!
Agora, supondo que eu exercia essa prerrogativa.
Proibir o meu Filho de frequentar uma disciplina obrigatória.
(Não esquecer e acentuar que fora eu que o matriculara, com conhecimento da respetiva estrutura curricular, pelo que fora eu que sujeitara o meu filho a essa situação.)
Será que, não cumprindo, esperaria não haver nenhuma sanção?!
E havendo, ela iria recair sobre quem?! Sobre mim, quem, de facto, decidiu?
Como seria de esperar, o ónus não era sobre mim que recairia. Seria sobre o meu filho, sujeito a reprovação.
Será que consideraria justo?!
Obviamente que não!
Também por tudo isto, eu, que estou escrevendo este postal, não o proibiria da frequência. Porque, se alguém devesse ser castigado era eu e não ele. Ele que é menor! O castigo recairia sobre a parte mais fraca!
A culpa iria recair sobre o elo mais fraco, sobre quem, de facto, não tem autonomia jurídica para decidir!
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E a Foto Original?! Os Ramos das Árvores são para Crescer. As Aves para Voar!