Concerto de buzinas!
Um buzinão de camionistas em Estremoz.
Sábado, 11/09, já depois das vinte horas, já sol-posto, ocorrido aos vinte para as oito.
Estacionados no célebre Largo Central de Estremoz, esse enorme e abrangente espaço, cujo nome desconheço, mas que é dominante e marcante na Cidade.
Começámos a ouvir buzinas e mais buzinas, e o aparecimento de camiões de mercadorias, sem as ditas cujas, sem os contentores, sem os atrelados, apenas com a estrutura fundamental dos veículos, provenientes do lado Leste, em marcha lenta. Entrando para a rua que bordeja precisamente o lado Nascente do Largo, continuando pelo lado Sul, infletindo para a banda Oeste e prosseguindo para o Largo do Gadanha. Tão ou ainda mais célebre que o Largo anterior. (No Gadanha, pontifica um tanque enorme, centenário e uma imagem de um Homem ou um Anjo (?), com a célebre Gadanha, simbologia da Morte!)
Pois, os camionistas, sempre apertando as buzinas, uma barulheira infernal, quase apocalíptica, as trombetas da Morte em modo atual, aqueles camiões enormes, os condutores, lá no alto, nas cabinas, quais Cavaleiros do Apocalipse, às dezenas, quiçá, na escala centenária, levaram mais de meia hora a contornarem o Largo, que nunca mais acabavam de vir de Nascente, dar a volta ao Largo e prosseguirem como que a homenagear o "Gadanha"!
Que fariam? Qual a origem ou significado do protesto? (Que de tal se trataria?!) Que manifestação seria aquela? Que reivindicariam? O que pretendiam contestar? Verbas da bazuca tão apregoada? Tão, ou ainda mais barulhenta que a chinfrineira que faziam?! Não consegui saber, não pude perguntar-lhes que tão lá no alto cavalgavam o Destino. Sou péssimo repórter, nem pretendo ser tal. Não questionei ninguém sobre o assunto. Não consegui encontrar nada na net sobre o tema.
Eu, na minha mania de supor coisas, supus que eles pretenderiam alertar para a necessidade imperiosa de se construir uma variante alternativa à estrada que têm de atravessar todos os dias, eles e todos os automobilistas que provenientes de Espanha, especialmente de Lisboa pretendam seguir para Norte, para o Distrito de Portalegre e vice-versa. Que se veem na contingência de atravessar a Cidade e contarem as rotundas, cada uma mais “maluca” que as outras, algumas totalmente desnecessárias, perigosas até. Uma obra tão ou mais imperiosa para a Cidade e respetivos habitantes, que bem dispensariam esse tráfego diário, que há mais de trinta anos já deveria ter sido desviado para uma alternativa – variante, a Oeste da Cidade. Que quanto mais se atrasar, mais serão os custos inerentes.
Construir essa variante e resolver todos os constrangimentos que afetam o IP2. Aí estaria uma excelente aplicação dessa “bazuca” sobre que tanto se apregoa.
E Estremoz merece mais e melhor! E Portugal também!
E será que era essa a motivação e objetivo daquela manifestação tão ruidosa e aparatosa? A lembrar uma invasão por tropas estrangeiras?!
Não sei! Mas se tiver sido, têm o meu total e completo apoio. É imperioso e urgente construir tal variante.
(Paralelamente estava previsto um concerto, presumo de uma Banda Filarmónica, a decorrer num palco instalado precisamente a Leste do Lago do “Gadanha”. Se há música que me empolga, me emociona, é a de uma Banda Filarmónica.
Nos largos e ruas envolventes do Lago, há variados restaurantes, diversas esplanadas, que, com a Covid, “invadiram” tudo quanto é lugar disponível. Cheias de gente. Gente por todo o lado. Atraídos pelo concerto? Pelo buzinão dos camionistas? Um mar de gente! Num modo, de como se não houvesse o Corona à solta!)
Haja Saúde! Muita!
E porque seria o buzinão?!