Confinamento de Janeiro de 2021?
2º Ramalhete de Questões de 2021: Algumas com Resposta.
Covid? Escolas abertas? Campanha Eleitoral? Vacinas?
Neste início de ano 2021, os números de novos casos de covid e de mortes associadas vêm atingindo números record.
Entrámos na 6ª feira, 15 de Janeiro, em novo confinamento.
Contrariamente ao anterior, este é bastante suave. Saindo à rua, de tarde, na Cidade de Régio, pouco se notou de diferente dos dias anteriores. Havia gente por todo o lado. Escolas abertas, não faltava rapaziada nos locais habituais. São mais as exceções que a regra de confinar. Talvez por isso tanta gente tenha andado à vontade.
No sábado não passeámos por aí. Apenas visitas à família. E ida ao quintal. Mas, nos noticiários da noite, relataram esse deambular das gentes por tudo quanto era sítio, se especialmente agradável para os “passeios higiénicos”.
Hoje, domingo, o confinamento notou-se bastante bem no tráfego automóvel. Muitíssimo menos trânsito. Muito menos! Tanto no IP2, quanto nas autoestradas!
Escolas abertas: Percebo que o ensino à distância não se compara com o presencial. Mas não serão as escolas fontes de contágio? E as condições em que se trabalha?
Campanha eleitoral: faz algum sentido?
Confina-se, mas no dia das eleições, 24 de Janeiro, pode andar tudo à vontade. E há candidatos que fazem campanha presencial, de rua em rua, de terra em terra.
Neste aspeto, o candidato Vitorino é o que apresenta mais Tino!
Seria necessário haver tantos candidatos? Percebo que vários funcionam como correias de transmissão dos respetivos partidos e são um meio de fazer publicidade e obtenção de financiamentos. Acaba por se desvirtuar o conceito de candidato a Presidente da República. A campanha também adquiriu o ar de atração de feira, pela mercê de um candidato que tudo tem feito para achincalhar. E os outros e outras têm-se deixado levar. Perdem todos. Perdemos nós também. Seria conveniente devolver dignidade a estas eleições, mas já a perderam em definitivo.
A atuação das nossas governanças na gestão da pandemia, a partir do fim do primeiro confinamento, deixou muito a desejar, é certo. Mas nós, cada um de nós tem de consciencializar que nos cabe um papel fundamental na contenção do vírus. Natal foi o que foi e Ano Novo não ficou atrás. Agora todos reclamam do descalabro.
Muito boa e santa gente, até com muita responsabilidade, antes do Natal, fartou-se de mandar vir porque o Governo queria impedir os santos convívios natalinos.
Agora, aproveitam para malhar, porque a pandemia parece descontrolar-se.
O Governo e o Presidente bem podem apelar ao civismo das pessoas, que quase ninguém faz caso. Então com a campanha eleitoral em que Professor Marcelo é simultaneamente “Presidente de todos os Portugueses” e candidato a futuro presidente e, neste papel, é saco de pancada de todos, bem pode invocar a respetiva condição de Supremo Magistrado da Nação, que o pessoal não liga.
Neste contexto, nem Governo nem Presidente se atrevem a impor medidas mais duras. E, assim, o confinamento nem é nem deixa de ser.
(É neste aspeto que entendo os monárquicos, o Rei não precisando de se sujeitar a plebiscitos. Se a realeza é bem aceite no país, mesmo sendo folclore demasiado caro.)
E as vacinas?! Vão começar com a segunda dose. É importante essa aplicação, mas não podem deixar de ter cuidado, mesmo vacinados.
E, por hoje, aqui fico. Que há dias que não escrevia.
(Foto? Imagem de líquenes em propagação numa talha no quintal. Uma(s) metáfora(s)!)