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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Descortiçamento: Árvores com História

 Ervedal - Aldeia da Mata

15/06/22

Sobreiros na carreteira. Foto original. 2022.06.15.jpg

Estes sobreiros, recentemente descortiçados, também podem fazer parte da série “Árvores com História”. Ou com histórias!

Como já referi anteriormente, foram semeados pelo meu Pai e por mim. Os que o meu Pai semeou são os melhores. A data da respetiva semeadura, pelo menos os que semeei, terá sido aí por meados ou segunda década de setenta. Ou inícios de oitenta, não tenho certezas. Terão cerca de cinquenta anos. Alguns já foram descortiçados pela segunda vez.

Os que semeei, que me lembre, cerca de oitocentos, fi-lo junto à carreteira, que atravessava a propriedade no sentido longitudinal, Sul /Norte ou vice-versa.

É essa a orientação das várias parcelas das várias propriedades do Ervedal, dos vários donos. Terá sido uma área relativamente extensa, dividida por diferentes proprietários, alguns familiares entre si.

A que nos pertence atualmente, já referi, foi herda, após as partilhas da minha Avó paterna, mas que a herdara do meu Avô Manuel. Não conheci este meu ascendente. Morreu tinha o meu Pai 16 anos. Certamente em 1942, em plena 2ª guerra mundial! Mas adiante… que andamos noutra guerra

A propriedade a Leste da nossa era de um Tio do meu Pai, de que me lembro muito bem dele, ainda nos idos de sessenta e setenta. Era conhecido por “Ti Cruzado”! Os herdeiros venderam-na. Já passou por mais que um proprietário.

(No respeitante às propriedades que circundam a Aldeia e outras localidades do concelho do Crato, intrigam-me os impactos da célebre extinção das Ordens Religiosas, em 1834, na alienação dos territórios que eram pertença dessas Ordens.

Como terá ocorrido? Quem os terá adquirido?)

Mas estou-me a perder do cerne da narrativa.

Dessas cerca de oito centenas de sobros, muitos não nasceram, outros foram medrando lentamente, o gado foi comendo vários. Muitos foram morrendo, entretanto. Algo que acontece a muitas árvores da família de “quercus”, sejam sobreiros, azinheiras ou carvalhos.

Alguns permitiram a retirada da cortiça. A foto inicial exemplifica alguns.

A terra onde os semeei, sempre no lado Oeste da carreteira, não era a melhor da propriedade, por isso o respetivo desenvolvimento foi sempre problemático.

Sobreiro do Pai. Foto original. 2022.06.15.jpg

Os que o meu Pai semeou, em melhores terras, também medraram melhor.

(A 2ª foto mostra um exemplar, com retirada de cortiça já secundina ou mesmo já na terceira tirada.)

Mas relativamente a esta tirada da cortiça, o/a Caro/a Leitor/a, há de pensar: “Mas que pipa de massa este gajo terá ganho!”

É legítimo esse pensamento, pois, habitualmente, no “nosso” Alentejo, faz-se ou fazia-se essa associação entre tirada de cortiça e umas brasas de notas.

Mas Caro/a Leitor/a vai desculpar-me, mas ainda não divulgo.

Fica para próximo postal.

Obrigado pela sua atenção. E paciência.

Saúde, Paz e bom Verão!

*******

P.S. – A propósito de Verão, hoje o dia amanheceu com um ar mais primaveril, que de veraneio. Chuviscou, inclusive, aqui pelo Norte Alentejano!

Também, hoje, sábado, 25/06/22, ouvi o “Gentes da Gente”, dedicado ao Colega e Amigo, Professor João Banheiro.

Parabéns ao entrevistado, ao entrevistador, Sr. César Azeitona, à Rádio Portalegre. Obrigado, também.

 

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