“El Príncipe” – Temporada 2 - Episódio 13
(4ª feira – 28 de Setembro 2016)
“A Gaiola de Ouro”
“Gaiola de Ouro” ou gaiola dourada, mas eu preferia chamar-lhe pelo que de facto é: Prisão Dourada, que é esta a situação da nossa heroína.
Fátima desde que regressou de Madrid, aonde foi a uma escapadela com o seu Xavier, vive numa prisão, quase incomunicável, leva chapadas, é rebaixada pela criada Malika, vigiada por guardas pretorianos, que até no “doblioci” tem uma mulher fardada à perna, que nem xixi pode fazer à vontade!
Está cativa, às ordens do seu dragão, qual princesa moura encantada, à espera do seu príncipe libertador, que sabemos ser Javier, que, como prometido, subiu à varanda, às nove horas da noite ceutiana, que a abraçou e beijou, mas que ainda a não libertou do monstro usurpador.
E este foi sem dúvida o tema dominante deste décimo terceiro episódio.
A série tem assim picos de adrenalina, estimula-nos a atenção, em altos e baixos e, ontem, foi, sem dúvida, um episódio marcante.
Outro dos temas estruturantes situou-se no âmbito dos protagonistas da Akrab.
Ressurgiu, em cena, o célebre clérigo Fouad, de mau calibre e memória, que estando preso, foi temporariamente solto, às ordens do CNI e com a colaboração dos elementos fundamentais da esquadra, para engendrarem um esquema de manipulação contra Khaled. Golpe que deu completamente para o torto, e, depois de uma série de voltas e reviravoltas, o religioso, terrorista fanático, sanguinário, misógino, acabou assassinado às mãos de um apaniguado, nem mais nem menos que o próprio Salman, para salvar precisamente o sobrinho.
E como nesta série mortes e assassinatos já lhes perdi a conta, quem também acabou abatido, à queima-roupa, e igualmente às ordens de alguém do grupo de pertença, foi quem também já servira de mandante de várias mortes de companheiros de trabalho.
Pois quem acha que terá sido?!
Exatamente quem está a pensar: o executivo Serra, super inteligente, o melhor quadro do CNI, vendido aos franceses, e pau mandado de Robledo.
E, precisamente, às ordens deste.
Não vou contar os comos nem os porquês, estes são fáceis de intuir, dado que ele se tornara numa bomba para o chefão Robledo, que só teve que acionar a ordem de matança.
Nesta série encontraram uma forma peculiar de ir “despedindo” os atores e protagonistas: matando-os. É uma forma singular e prática de os despachar. Não há, nem deixa de haver justa causa no despedimento, não sei se eles vão queixar-se ou não da entidade patronal, e, tratando-se de morte, não sei se as respetivas viúvas têm direito a pensão de sobrevivência ou à meia reforma.
Seria caso para interrogar Elena, a mulher de Serra, quando Morey lhe deu os pêsames à saída do velório, após ter saído do necrotério, (ou igreja?), batendo a porta com estrondo, face ao elogio fúnebre proferido precisamente… Por quem?!
Nem mais nem menos que pelo chacal, Robledo!!!
Que é este o cinismo desta gente!
E, como já viu caro leitor e leitora, estou a encurtar a narrativa, a saltar muitos, talvez demasiados pormenores, assuntos relevantes, mas hoje ainda quero produzir pelo menos outro post, sobre um assunto que me toca sempre bastante, digamos que é um tema que me desperta, atrever-me-ia a dizer algum “ódio” de estimação!
Quanto à Série… voltou a ganhar pica.
E só lhe posso recomendar que visualize os próximos episódios.
Como se poderá ir apercebendo, com os personagens a irem desaparecendo do enredo, é como se, parafraseando um jogo de xadrez, fossem sendo “comidos”.
Vão ficando os reis para o final, herói e vilão, Javier e Khaled, rei branco e rei preto; estruturados nas suas torres guardiãs, respetivamente Fran e Salman.
Ambos disputando a sua rainha, heroína e simultaneamente mocinha, a bela e, agora, recatada e presa no lar: Fati, Fatucha, Fátima Ben Barek, não sei se Ashour, que ignoro se é essa a tradição nos seus padrões culturais.
Dir-me-á, que forço um pouco na analogia.
E vou-me quedando por aqui.
Até breve! Obrigado por me ir acompanhando e volte sempre!
P.S.
Já com os despedimentos feitos, dou uma vista de olhos aos meus apontamentos e ainda conto mais alguns aspetos relevantes.
Quanto ao conto que habitualmente Serra contava aos filhos, através da leitura de um livro e que já não contará, convém mencionar que, o que ele comprara para lhes ofertar na próxima visita, se designava “ O submarino que não sabia nadar”. Talvez se reportasse a si mesmo!
Também emendar a data prevista por Khaled para realizarem o temível atentado. Eu falara em 27, vinte e sete, mas é 17, dezassete! Desculpem-me o engano, relevantíssimo!
Data que corresponde ao dia em que Khaled irá a Granada receber o “Prémio de Convivência”, imagine-se(!), e em que planeia levar Fátima e de onde partirão para nunca mais voltarem.
Com essa informação preciosíssima, que Fátima transmitiu a Javier, na célebre varanda de Romeu e Julieta, no meio de beijos e abraços; o super agente, Morey, decifrou o enigma que os atormentava: quando e onde seria o aguardado atentado explosivo!
Rei branco e torre branca, Morey e Fran, munidos dessas dicas, consultaram o mapa da célebre cidade, belíssima e última capital de um reino integrado no “Al Andalus”, de outros tempos; recordaram um mapa que os vinha intrigando há vários episódios atrás, julgo que desde a primeira temporada, que haviam sacado de um computador, conferiram e descobriram ser o dos esgotos da cidade granadina.
E estava esclarecido onde e quando, segredo que não haviam arrancado de Fouad, que rezava, quando o apertavam. O como também já sabiam: por meio dos explosivos comprados ao traficante russo.
E ainda no final, convém referir que Faruq, sobre quem não faláramos ainda nesta narração tortuosa, já encomendou a Hazam o trabalho de roubar esses ditos cujos explosivos, ao cunhado Khaled!
Aguardemos, que promete!
(Neste post, não apresento uma imagem da série, mas de Granada, do celebérrimo "Pátio dos Leões", no lindíssimo Allambra! In. wikipédia.)
Merece ser visitado.