Episódio 4 – “Hospital Real”
E a “criatura” voltou-se contra o “criador”!
Duarte, o moço de fretes, penso que é esta a respetiva função institucional, “pau-para-toda-a-obra” (aparentemente!), matou o seu mandante, o fidalgo falido, Dom Leopoldo Castro, senhor de Bastavales! Assassinou-o, com requintes de malvadez e crueldade, fazendo-o conforme este pedira que fizesse a Dona Irene e o “serial-killer” executara nos outros dois assassinatos.
Agora, diretamente às ordens do verdadeiro mandante, o Alcaide da Cidade.
“E, agora, vamos para o Hospital Real!”, frisou este último.
Todo este desenrolar do enredo, sabemos nós. Que a equipa de investigação está muito parada neste aspeto. Pouco mais deduziu. Esperemos que avancem no episódio de hoje.
Também esteve muito ocupada com outras ocorrências no Hospital. O envenenamento do despenseiro, da sua mulher, a cozinheira e do respetivo cão.
Animal que permitiu, ao cirurgião-mor, descobrir a causa das mortes, através da autópsia, visto que nos humanos ela não era autorizada!
E permitiu salvar os doentes que iriam comer da mesma comida. Envenenada ou simples desajuste na conservação do peixe, o causador das mortes?!
Então este último assassinato, o de Dom Leopoldo, assoberbou completamente a equipa de investigação!
Ah, afinal, o “pau mandado” da enfermeira-chefe, Duarte, não é mudo!
Que mais surpresas nos estarão para ser reveladas por esta personagem de “serial-killer”, “homem de mão” às ordens de outros, mas que é muito mais autónomo do que o julgam?!
Ficam-nos ainda muitas deixas sobre outras personagens…
A mulher do nobre falido, com um papel cada vez mais interveniente, na estrutura narrativa e na sua própria vida.
O amante da filha, militar e sobrinho do Intendente…
O boticário e a respetiva amada por quem agora ele se começa a interessar.
O administrador do Hospital e o seu relacionamento com a fornecedora dos víveres. Relacionamento comercial, por enquanto, apenas…
E o par romântico: o novel médico e a aprendiz de enfermeira…
Mas se eu fosse a narrar todos os pormenores, perder-se-ia o interesse em formular uma opinião pessoal. Que isto de contos, como diz o ditado: “Quem conta um conto, acrescenta um ponto.” E cada um de nós tem a sua visão pessoal e personalizada. E um enfoque mais ou menos direcionado para aspetos peculiares da narrativa. E ainda bem!
Pois, então, vejamos o quinto episódio, que vai começar em breve!
Nota Final: Pintura - "Pórtico da Glória", da Catedral de Santiago. De Jenero Pérez Villaamil, 1849. In wikipedia.