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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Fortitude” - Série Britânica - Episódio VIII

Fortitude” - Episódio VIII

4ª Feira – 30/09/2015

RTP2

 

Sinais ténues de Esperança no meio da Tragédia!

 

Pontos prévios!

 

Ontem, a RTP2, antes da emissão do 8º episódio da série, resolveu dar-nos música. E que Música! O Festival Jovens Músicos da Gulbenkian. Ainda ouvi um pouco, só que não estava para aí virado.

Adiando a transmissão em quase duas horas.

Só que apesar desta série não ser tão apelativa como a galega, mesmo assim aguardei. Não que ouvir as execuções musicais não valesse a pena, não, muito pelo contrário, mas não me apetecia. Mas acho meritória a transmissão de programas do género e daquele especificamente, só que desvincula os espetadores dos programas predeterminados, afastando-os. Ficam os indefectíveis!

 

E, mais uma vez, zapping!

Futebol: Magazine – Liga dos Campeões!

Um resumo do Atlético de Madrid – Benfica: Vicente Caldéron. Que Benfica venceu por dois a um!

Parabéns, Benfica!

Os comentários da praxe. Nada contra os comentadores, são certamente especialistas do ramo. Mas tanto, tanto tempo se gasta a comentar o que espremido, não dá nada…

 

Porque não termos analistas que, resumidamente, nos referissem o que cada partido defende, por ex.

Para a Educação

Para a Saúde

Para a Segurança Social

Para a Indústria…

E, mais especificamente: horário de trabalho, condições para a reforma…

Setores estratégicos onde investir…

(..)

Sem demagogias, sem sectarismos, porque comentadores encartados e enfeudados é o que mais temos.

 

Se calhar, ninguém ligaria, não sei!

Se calhar até há, eu é que tenho estado distraído!

 

Sinais de esperança in teleprograma.fotogramas.es

 

Continuação…

 

Mas vamos aos finalmentes, deixemos os entretantos…

 

Dan, que está a acontecer-nos?! Shirley foi uma vítima. Há algo mais! Disse Elena.

 

Elena é aqui uma peça chave no enredo. Sente-se o aproximar de Dan, o aproximar de ambos. Dan sorri-lhe, lhe fala com franqueza e abertura. Elena retribui.

Recebeu Carrie de braços abertos, como se uma filha recebesse. Irmã mais velha lhe chama Carrie. Hermanita preciosa, lhe diz Elena, na casa de Carrie, para onde a levou, aconchegando-a para dormir descansada. Perplexa e apreensiva Elena!

E assim este assunto que nos preocupava, pelo menos este e pelo lado da criança, parece estar resolvido. Não ficou a menina perdida naquela imensidão de fim de mundo gelado!

Por sua própria iniciativa arribou a bom porto, que com o pai não chegou a porto nenhum. Este ficara de borco na neve, mas também conseguiu chegar à cidade e à própria casa, só que deve estar escondido, já viu até uma projeção vídeo, em que a esposa ensinava, mas certamente estará nalgum recanto da casa, que nem Carrie nem Elena o viram. Mas Carrie, que já adormecera, acordou aos gritos, que o pai estava na casa.

Elena tranquilizou-a, isto estando também Dan presente, que as fora visitar para saber se estavam bem. E foi aí que houve palavras amigas e sorrisos doces e enlevados, entre ambos.

 

A Shirley era incapaz daquele tipo de violência, também já Elena dissera a Dan.

E chorara!

Realmente ninguém acredita em tal possibilidade. Mas foi isso o que aconteceu, que nós vimos, e foi algo semelhante ao que acontecera com Liam. Inverosímel, mas real!

E os analistas neste novo processo de assassinato, Dan & Morton também já isso concluíram.

A doutora esventrada, o seu sangue nas paredes da casa, o sangue nas mãos e roupas de Shirley, o sangue na rua, nas pisadas deixadas na neve gelada, que isso também vimos nós.

E para onde se dirigiu Shirley, que a vimos nesse caminhar?!

 

Nas buscas, as policiais Ingrid e Petra, não sei se terão seguido as pisadas, se a neve entretanto as apagara, entraram no mini mercado. Estava tudo desarrumado, alguém andara a fazer das suas… De pistolas em punho, não fosse aparecer o assassino, buscaram e encontraram esparramada no chão, Shirley, a linda flor, maja nutrida e anafada, agarrada a frascos de compota. O doce acrescento eu, que ela era um docinho, como lhe dizia o seu querido professor, Markus, que também a apelidava de flor.

Foi então que surgiu no cenário, em contraluz, a menina Carrie! Que, esfomeada, ter-se-á logo dirigido ao mercado, também deduzo eu.

 

E vamos aos analistas.

Os policiais verificam que a primeira pessoa no local do crime foi o professor Markus. Vai de investigar por aí.

Chamado este à pedra, é posto perante os factos, os locais onde estivera e até quando estivera, o que fizera e não fizera, as conjeturas, as hipóteses, as suposições, as metáforas, os sentimentos, as razões, as relações com filha e com a mãe, doutora, e com a sua própria mãe, de Markus, em análise e pretensa psicanálise, e após tanta pesquisa e pergunta, com ou sem resposta, chegaram os analistas à briosa e portentosa conclusão, que não havia nada a concluir, por lado nenhum, sobre a hipotética culpabilidade de Markus, apenas umas provas circunstanciais fracas e que o melhor era deixarem ir o professor para casa.

E nós vimos, Markus, carregado de livros, dirigir-se para a sua casa. No meio de grande alvoroço e alarido na cidade.

 

Que ninguém quer ou pode, ou se pode não quer, acreditar que os assassinatos ocorridos tenham sido cometidos por quem realmente foram. Porque tamanha suposição se afigura a todos como inconcebível ou imaterializável!

E, assim, questionam Dan, põem-no em causa, ameaçam fazer justiça pelas próprias mãos e, os mais exaltados ou inconscientes, nessa tarefa se ombreiam.

 

Um grupo de mineiros, liderados por Jason, se atira aos russos, estrangeiros naquela terra de estrangeiros e de ninguém, só fim de mundo. Incidem num deles, que ameaçam, lhe pedem explicações, que não sei sequer se ele os entende, naquela babel de tantas nações e línguas, lhe despem as roupas, não todas, que o gelo o queimaria de todo.

Valeu-lhe a chegada providencial de Carrie e Elena, que à criança perguntou o nome de cada um deles, como se lhes questionasse a consciência, chamando-os ao julgamento da razão, e providenciou que o russo se vestisse e daquele julgamento sumário, primitivo e grotesco, se ausentasse.

E elas, as duas irmãs, manas, hermanas, também se ausentaram, sem que antes Jason soltasse uma das suas atoardas e a Elena chamasse de cabra! Cabra, a tradução, que não ouvi o original e não sei se não seria vernáculo, ainda que cabra nalguns contextos, naquele precisamente, também já o seja.

E Carrie a tranquilizou, que o seu pai considerava Jason um louco. E foi então que Carrie, carente, pediu a Elena que fosse com ela para sua casa, aonde esperariam o seu pai. Não sabendo ela que ele já lá estava.

 

E também louco por fazer justiça pelas próprias mãos se apresentou Frank. Que até averiguações por sua própria conta ele fez. Da casa do professor, aonde foi por sua conta e risco, trouxe documentos vários, principalmente fotos que, assim retiradas do contexto, poderiam induzir a situações supostamente incriminatórias. Que entregou aos investigadores, Dan e Morton, que, apesar da ilegalidade do ato, as usaram e utilizaram para confrontarem Markus sobre elas.

Mas que, como já vimos, não aduziram nada ao processo, nem à hipotética culpabilidade de Markus, que não tinha nada a ver com o crime em si, e por isso fora libertado.

 

O único crime de que ele poderia ser acusado, se isso for crime, é o de pretender matar Shirley com tanta comida, como Morton referiu. Cenas de ganso, ingerindo gorduras, que já abordámos em narrações anteriores!

 

Mas voltando a Frank, este, após a libertação do professor e não estando, não querendo, ou não podendo admitir a culpabilidade do próprio filho e menos ainda a sua culpabilização por tê-lo deixado só, mal pode, tratou de ir exigir contas ao professor! Fardado de jogador de hóquei no gelo ou de outro desporto similar, munido de taco, na casa de Markus surgiu de rompante. O agrediu nas pernas, e acorrentou a uma cadeira, não sei para que futuras agressões, que provavelmente ficarão para próximos episódios.

 

Mais lhe valia ter ido procurar Ronnie, como Dan lhe dissera, e este seria o seu dever!

 

E em Dever estamos. Dever e Direito, cara e coroa de Cidadania!

 

E no exercício do seu Dever, ausente nesta narração até ao momento, embora sempre presente na narrativa do guionista, esteve a governadora, Hildur.

Ao Continente fora tratar de assuntos da sua comunidade, mais concretamente o que mais a preocupava, a instalação do abrigo – hotel, no glaciar. Falara com investidores, tentara convencê-los que os recentes acontecimentos, os dois primeiros assassinatos, não influíam em nada, não sei se obtivera bons resultados.

Ainda no decurso dessa reunião, recebera um SMS de Dan, a dar-lhe conhecimento do ocorrido com a doutora e que Shirley estava desaparecida, isto no início do acontecido na narrativa, que nesta narração já aconteceram cenas posteriores. Que Dan se mantivesse de cabeça fria, o que ele fez e se esforçou por manter a calma, mesmo quando foi interpelado pelos mineiros exaltados!

Face a esta nova ocorrência, Hildur alterou a sua agenda e pediu, solicitou, não sei se mendigou, audiência, com um responsável do governo central. O que, após muita espera, aconteceu. Não sei se ela foi atendida ou desatendida, tal o deficiente atendimento que recebeu desse membro do governo central, que a tratou sempre com sobranceria, apesar de ela não dar parte de fraca, nem propriamente se ter rebaixado. Sempre as mesmas desculpas, falta de recursos, de meios, a crise, os cortes… as prioridades…

Acho que dali partiu, que o seu carro, um táxi, havia chegado, com uma mão cheia de nada. Nem sequer promessa de recursos extra para investigar as macabras situações ocorridas, para mais agora sem a médica Margaret.

“Não são os lugares que nos isolam”, dissera ela na conversa com o tal elemento do governo central.

E, ao partir, não se esqueceu de agradecer!

Obrigada pelo café!”

 

E chegou a Fortitude, que não vimos a chegada, num avião de um amigo, Kent, um aeroplano frágil, para ela que tinha medo de voar, mas que, agora, como dissera ao marido, Eric, deixara de ter qualquer medo!

E chegou em boa altura, que uma reunião, assembleia de cidadãos exaltados, se desenrolava, não sei em que local, mas certamente nalguma sala da sede do governo local. Que Dan tentava liderar, mas lhe faltava pulso, carisma e poder, afinal era só e apenas o xerife da governadora…

E ela, a poderosa, a chefona, chegou!

E, chegando, os ânimos serenaram, como se um Cristo no feminino acalmasse as águas do mar da Galileia.

E, ao chegar, enfrentou-os a todos com o olhar!

Calmos eles, ela lhes disse que acabara de vir do hospital, aonde fora ver a médica e lhes lembrou tudo o que ela fizera por todos em todas as situações perigosas que já haviam vivido. E lhes pediu que fizessem um minuto de silêncio e se recordassem o que ela tinha feito por todos.

E eles assim fizeram e se calaram, meditando na médica ou em si mesmos e nas suas vidas.

Que até Morton, que ali estivera apenas observando, em atitude clínica, ele que não pertence àquela comunidade, apenas ali está para investigar, e por isso há que manter a cabeça fria, ficou surpreendido, pela forma sábia como ela lidara com a situação.

Que comentando com Dan, este lhe respondeu, que por isso é que ela é a governadora!

E nestas falas também Dan e Morton se mostraram afáveis e colaborantes, sorrindo, enfatizando empatia como bons profissionais, já quebrada a desconfiança e hostilidade iniciais.

 

E, após o minuto de silêncio meditabundo, Hildur, a governadora, a chefona,  lhes agradeceu e lhes pediu que se esforçassem por conseguirem manter a calma, para trabalharem todos juntos, como sempre haviam feito.

Não me lembro é se ela lhes referiu se iriam ou não ter ajuda do Continente, mas julgo que mencionou que essa ajuda iria ser positiva, que ela para isso se irá esforçar!

 

E com esta deixa termino.

 

E onde estão os sinais de Esperança?

 

 

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