Futebol é arrebol!
Futebol é arrebol!
Bye - Bye, Uruguai / Que você vai / Seguir avante
E eu vou ficar chorando / Aqui cantando / O meu descante.
Bye - Bye, Uruguai / Que já não vai / Seguir avante
Ficamos os dois, chorando / Aqui cantando / Nosso descante.
Quando a bola rola e rebola / No relvado
Você se sente herói / Quase um cow – boy
Cavalgando corcel alado!
Mas que tristeza… / Até vileza / Um mau resultado
Fica de certeza / De ego amarfanhado.
Mas, vale a pena / Tal cena / Tal desconforto
Se, quem joga no Benfica
Amanhã, se bem lhe fica
Já joga no Porto?!
Amigo, futebol é carcanhol! É milhões.
É arrebol, p’ra quem, de sol a sol / Se governa com tostões…
Mas que quer, amigo?!
Será sina? Talvez castigo
É ilusão… Também paixão
E, p´ra mim digo e desdigo / P´rós meus botões
Que´ ainda vou ganhar o Euromilhões!
E, agora vejo na televisão…
A bola rola e rebola
E vai ser mais um golão!
Este texto poético foi iniciado, em termos de inspiração, a trinta de Junho, quando Portugal jogou com Uruguai, e perdeu, no Mundial da Rússia – 2018. Deu origem ao 1º mote, em sentido lato. Uruguai que perdeu em seguida com a França. Surgiu o 2º mote, não seguindo estritamente o conceito formal da palavra.
O desenvolvimento do tema poético, contextualizado no seguimento de outros, que enquadro como “narrativas em verso” foi surgindo nos meses subsequentes. São poemas para serem ditos, para serem ouvidos, buscando o conceito de Poesia primordial, em que a palavra, versejando, contava e recontava narrativas, pensamentos, ensinamentos, de geração em geração…
Pretensão minha?!
(…)
Agora que o futebol voltou a estar na berra, que as futeboladas, as futebolices inundam os media… Chegou a altura de publicar no blogue… Continuando com a Poesia, que tem sido o tema dominante nestes últimos meses.
(As Fotos - originais DAPL, bonitas, reportam-nos para a noção de arrebol: ao nascer e pôr-do-sol, que o futebol inunda-nos toda noite e santo dia!)