Gestão da Pandemia e Lideranças
Um pouco pelo Mundo e também Portugal!
Quero escrever sobre alguns aspetos da gestão da pandemia Covid 19, mas antes não posso deixar de referir um facto recentemente noticiado e que não é de menosprezar.
Três personagens fundamentais da política internacional concordaram na redução da extração petrolífera, para que os respetivos preços do petróleo não baixem. É caso para se dizer: “Olha que três”! – Trump, Putin e o rei da Arábia! (?!)
A forma como esta pandemia tem sido gerida nos vários países tem dependido muito das respetivas lideranças. Alguns aspetos já mencionei anteriormente.
A China não teve obviamente uma atuação correta desde o início, muito pelo contrário. Sonegou a situação, reprimiu quem deveria ter apoiado, deu conhecimento do surto, quando de facto já não o podia esconder, nos tempos que correm isso é quase impossível, mesmo assim não sabemos se revela toda a informação. E não estará demasiado cedo a levantar as várias restrições e a desfazer a contenção necessária? Pressa em produzir, até porque os mercados consumidores, Europa e EUA estão quase paralisados?
O líder dos EUA foi igual a ele mesmo e agiu erraticamente. Foi lançando umas bocas, já ouvi chamar outra coisa aos respetivos tweets. Valeu – lhe os EUA serem um Estado Federal e os respetivos governadores de Estado tomarem a pulso o combate à pandemia, sem ligar às tweetadas do presidente.
Algo semelhante ou pior ocorreu mais a sul, no Brasil. Inqualificável como um suposto estadista lida com uma realidade assim.
Em ambos os casos estão bem a nu as fragilidades dos respetivos países e não apenas nos sistemas de saúde. Do Brasil já eram por demais conhecidas, no Estado da América do Norte estariam mais disfarçadas, mas revelam-se as respetivas fraquezas. Que a China irá aproveitar?
A Índia, a dita “maior democracia do mundo”, o respetivo presidente e governo tiveram uma atuação desastradíssima, na definição da quarentena, de uma hora para a outra, sem ter preparado a nação para tal situação e respetivas consequências.
O Japão tem tido uma atuação peculiar na forma de gestão da pandemia pela monitorização dos diversos focos e consequente atuação, mas não sei se irão conseguir manter essa conduta, face ao aumento de casos e sucessivas vagas que surgirão.
Países como Taiwan e Singapura são elogiados pela forma como têm atuado, tendo passado muito pela prevenção logo que se foram apercebendo da situação na China. (Também já tinham a experiência de outras epidemias recentes. O mesmo se passou com a Coreia do Sul.) E a do Norte?! E a Rússia?
A União Europeia agiu muito reactivamente. Não fechou logo as fronteiras em Fevereiro, antes do Carnaval, face ao que se passava já na Itália. Foi um caso em que o respeito pelo primado da Liberdade (de circulação), acabou por nos levar à “prisão”.
Ironia das ironias foi a situação da Inglaterra! Ademais do respetivo 1º ministro! Agora dá-se ao luxo de agradecer à enfermeira neozelandesa e ao enfermeiro português, do Porto! (Depois do Brexit, das bocas que foi lançando face ao corona… Irónico!)
Portugal seguiu as diretrizes da União, também foi adiando as medidas a tomar, mas quando decidiu agir, fê-lo o melhor que pode. Sempre um certo avanço e também algumas cautelas, também pesando as nossas imensas fragilidades na Saúde, principalmente a nível de meios materiais e equipamentos, pois não havia nenhuma preparação para uma ocorrência destas, completamente inesperada. Tem havido relativa clareza na explicação das medidas aos cidadãos, pois sem a colaboração da população não há nada a fazer. As pessoas têm correspondido bem, ainda que inicialmente tivesse havido algumas incompreensões gerais. Mas temo-nos compenetrado da gravidade da situação, da necessidade de reclusão e, globalmente, correspondido. Pontualmente, há uma ou outra “parvoeira”.
Há que ir pensando em reativar a economia?! Mas em segurança e com as devidas cautelas! E não esquecer as Pessoas! As Pessoas, sempre em 1º lugar! Que não se generalize a falta de condições básicas e elementares de Vida e Sobrevivência.
E sobre a Educação?!
(Nota Final: O meu agradecimento e pedido de desculpas ao "Jornal Destak".)