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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Hospitalidade Alentejana!

Encerramento da Exposição do CNAP, na Casa do Alentejo

 

(Círculo Nacional D’Arte e Poesia - 7 a 19 de Julho 2018.)

 

Poema Psicadélico. Foto DAPl. 2018.jpg

 

Terminou ontem, 19/07/18, a Exposição promovida pelo CNAP, na Casa do Alentejo. Fui lá buscar o quadro que aí expusera e que apresento em foto, exposto na Casa. (Poderá parecer exibicionismo, já ter apresentado a imagem do quadro por diversas vezes no blogue, mas não é. Simplesmente é uma reparação pelo facto de ele ter estado, desde os anos oitenta, em cima da mesa da sala da Casa, no Alentejo, devidamente resguardado. Agora, precisa de respirar! Arejou na Rua das Portas de Santo Antão e andou passeando pelas ruas e transportes de Lisboa… Reconhecimento merecido e justo!

E ainda, acreditamos, será exposto noutros locais!)

 

Antes de tudo o mais, quero agradecer à Casa do Alentejo, em meu nome pessoal e também do Círculo, certamente, pela disponibilização de espaço tão emblemático para a divulgação da Arte, num verdadeiro Templo artístico. Obrigado!

 

Estive algum tempo, durante a tarde, na expetativa de aparecer mais alguém a recolher os quadros que ainda não haviam sido levantados ou eventualmente nos juntarmos para dizer Poesia, mas não apareceu ninguém, enquanto lá estive.

Foi oportunidade de observação do movimento da Casa. Sendo um ex-líbris da Cidade de Lisboa, é imensamente visitada. Nem imaginava que tanto. Verdadeiras excursões. Tantas que até acho que deviam ser devidamente enquadradas e com visitas guiadas. Sim! E com pagamento de entrada! É inteiramente justificável.

Só que a proverbial hospitalidade alentejana permite que andem por ali verdadeiras romarias, calcorreiem os espaços, a bel-prazer, de umas salas para outras e, invariavelmente, irem “mudar a água das azeitonas”!

 

De espanhóis então nem se fala. De tal modo é o à vontade, que até pensei ser algum episódio da “Guerra das Laranjas”. Ou então que viessem para alguma azeitonada. Ou algum rancho para as ceifas ou para apanharem os fenos, a tratarem com algum patrão, que por ali estivesse. Sei lá! O movimento era tanto!

 

Um casal de jovens, indianos, infiro eu, aproveitaram para realizar uma sessão fotográfica. Talvez para alguma das plataformas sociais, em que as fotos são indispensáveis. Suponho!

A rapariga, de traje de gala, aproveitou tudo quanto é espaço da Casa, para se enquadrar em imagens: de frente, de perfil, de costas… Escadarias, pátio, salas, janelas, portas, varandas… não ficou lugar que não fosse registado. Só não sei se também aproveitou o local de “muda da água das azeitonas”. Sei que para lá se dirigiu galante, de salto alto e trajo à Bollywood, adejando mala de viagem rosa barbie, e retornou de sapato rasteiro e fato ligeiro, mas oriental. Noutros países e contextos, paga-se para usar fotos promocionais, enquadradas em monumentos. Mas em Portugal e no Alentejo!

Não importa.

 

Não tendo surgido ninguém do Círculo, nem da Poesia ou da Exposição, não houve “Dizer Poesia”!

Não houve?!

 

Bem, estando eu na antecâmara das salas principais, eis que vejo chegar um Casal Amigo, por quem temos grande estima e consideração. Surpresa e extraordinária coincidência que, ao ir levantar o quadro, logo acontecesse encontrar pessoas tão estimáveis.

(Este quadro de “poesia visual” tem, não duvide, um certo sortilégio…)

Explicada e documentada ali a minha presença, não muito usual é certo, tive a oportunidade e o privilégio de, perante o Cavalheiro, distinto Alentejano, também Poeta e ademais, Professor Doutor, “Dizer Poesia”!

E, deste modo, posso dizer que, ainda que não enquadrado diretamente na dinâmica do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, eu também já “Disse Poesia”, na Casa do Alentejo.

Que, aliás, era também um dos meus propósitos ao participar na Exposição do CNAP na Casa Matriz dos Alentejanos na Diáspora.

Li o poema “Fuga… à Solidão”, base da “poesia visual” intitulada “Poema Psicadélico”. E tive o grato prazer de explicar, o melhor que pude e soube, o esquema visual desse “poema ilustrado”.

Dizer Poesia para, e perante, tão distinta Personalidade, Emérito Professor na Área das Ciências da Comunicação foi, não só um grande privilégio, mas uma grande honra.

Obrigado também! (E aos seus familiares, cumulativamente com sotaque brasileiro.)

 

E Obrigado também ao Círculo – CNAP, pela sua promoção da Cultura!

E à Casa do Alentejo!

 

(P. S. – Entre outros aspetos e, no referente ao sortilégio do quadro,…

Como já mencionei, foi elaborado na 2ª metade da década de oitenta.

No ano passado, a APP – Associação Portuguesa de Poetas promoveu a 1ª edição de “Nau dos Sonhos”. Não participei. Neste ano promoveu a 2ª edição. Também não pensava concorrer. Mas decidiram prolongar o prazo do concurso mais quinze dias. Tive um clique. Não sou supersticioso por natureza, mas achei que devia aproveitar…

Fui pesquisar trabalhos antigos… Pessoa que muito estimo, quando viu este trabalho, logo me disse. “Concorre, que vais ganhar!” …

E aqui estamos.

Obrigado também à APP – Associação Portuguesa de Poetas!)

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