José Régio: Cinquentenário do seu falecimento
Comemorações em Portalegre
"Casa José Régio"
Através da Casa José Régio – Portalegre, tenho tomado conhecimento das diversas atividades organizadas para comemorar a efeméride na Cidade. E essas ações têm sido diversificadas, de acordo com a multifacetada ação cívica de Régio, que se desdobrou ativamente em múltiplos aspetos culturais.
O cartaz divulgador – anunciador é só por si e por demais elucidativo. Nele, escritas, surgem essas componentes variadas da sua intervenção cultural:
- Dramaturgo, professor, diarista, crítico, editor, novelista, contista, romancista, poeta, desenhista, ensaísta, colecionador. Umas mais realçadas que outras, supostamente segundo a importância relativa das mesmas, certamente face ao próprio e também ao público em geral.
A de Poeta é a que melhor conheço e mais aprecio. Régio é um dos meus Poetas preferidos!
Também foi Romancista: “O Príncipe com orelhas de burro”… Esta é uma das facetas em que ele se achava relativamente desvalorizado pela crítica da especialidade, face aos seus contemporâneos.
Dramaturgo, indiretamente conheço, através dos filmes baseados na sua obra: “Benilde ou a virgem mãe”, “O meu caso”…
Novelista: “O vestido cor de fogo”, foi o primeiro livro que li do autor, um dos célebres “livros RTP”.
Colecionador, faceta bem patente na Casa. É só visitar. Há bem pouco tempo, 21 de Setembro, houve essa oportunidade, mas já tinha outros compromissos. Visitei já há alguns anos…
No dia 8/10 haverá um debate com antigos alunos seus no Liceu. Será certamente interessante. (Frequentei o Liceu já depois da sua morte, não o conheci pessoalmente.)
(Na semana passada houve o lançamento de um livro, abordando a história do antigo Liceu Nacional de Portalegre, desde a sua fundação, nos finais do século XIX, até 1974. Parabéns à Autora.)
Em diferentes contextos, tenho tido oportunidade de apreciar “Dizedores” de Régio, para além dos que a “net” nos proporciona. O próprio, inclusive.
Peculiar, no mínimo.
Por vezes tenho questionado diversas pessoas que “Dizem” Régio sobre a forma do próprio dizer…
E lanço-lhe a questão:
- Caro/a Leitor/a: O que acha da forma de Régio “dizer” a sua própria poesia, nomeadamente o “Cântico Negro”? (…)
Outra questão, que poderá parecer herética:
- O que seria da Poesia de Régio, se João Villaret não a tivesse feito transcender?!
Ou reformulando a pergunta:
- Qual a importância e o papel de João Villaret na valorização da Poesia de Régio?!
E, para finalizar, uma ideia – sugestão que já coloquei neste blogue:
- Seria importante que a Cidade criasse a “Marca Régio”, direcionada aos mais diversos contextos, associando duas “entidades” intrinsecamente ligadas: Portalegre – Régio.
E, já agora, Vila do Conde!
Parabéns e Obrigado à "Casa José Régio".
Parabéns à Cidade!
E outra sugestão…
Porque não lançar um desafio aos vários “Dizedores de Poesia” de José Régio, espalhados pelo País, que comparecessem a um evento final que “celebrasse” a Poesia de Régio?! ….