Les Engrenages
Ah! Não me posso esquecer do Juiz, François Roban…
Incorruptível, mas também obstinado, quando “fareja” criminoso não larga, que nem piranha.
Mal visto pelos da sua classe, em parte da temporada anterior, na sua sede de uma Justiça pura e isenta, cega a todas as influências, conforme representada na sua simbologia imagética, persistiu na sua tese, defendeu-se com unhas e dentes, para o que teve a ajuda preciosíssima da sua assistente. Terá tido a ajuda desinteressada de uma organização secreta, que se espalha pelos cargos fundamentais da Justiça, mas que não quis reconhecer nem à mesma aderir, apesar de convidado…
Recomeçou esta temporada, reabilitado e engrandecido, porque venceu a causa em que se empenhara, apesar das dificuldades por que passou.
Mas encontra-se cada vez mais só… Não quis perceber nem ver o interesse pessoal da sua assistente, as suas subtis modificações, até no trajar, manteve a sua postura rígida, hierática, seca que nem a sua figura física e agora até por ela foi abandonado profissionalmente…
Sangra do nariz, algum sinal de algo menos bom no horizonte?!
Sinceramente, preocupa-me o destino desta personagem.
Teve a sensatez de sugerir a ajuda de outro juiz, neste caso a juíza a quem inicialmente fora atribuído o processo, mas que ele obrigara a ceder-lho, mas a quem agora volta, com humildade, pedindo-lhe ajuda.
Foi lindo vê-la chegar à homenagem dos advogados a Clément, na sede da respetiva Ordem, e ficar junto de Roban, que já estava na sala.
É simbolicamente significativo ser este juiz.
É mulher, juíza, é jovem, inexperiente, é negra e é bonita!
Vejamos como vai ser concluída a temporada!