Meu Amor do Facebook!
Meu Amor do Facebook!
Meu amor do facebook
Olha o meu look
Não julgues que é truque
Ou photoshop
Não sou ‘strela pop!
De lado ou de frente
A imagem não mente
Que nela há gente
Alma carente
Coração ardente
Quase a saltar
Prontinho p’ra’mar.
Mira o meu perfil
Escolhe-me entre mil.
Meu livro de rosto
Lança-me um gosto
Não me dês desgosto.
Põe-me um like
Dá-me um bitaite
Faz-me acreditar
Que vais me amar
P’ra sempre, eternamente.
Se quiseres, mente!
Mas diz que me amas
Que ardes em chamas
Por mim, de amor.
Aplaca-me esta dor
Gosta-me, por favor!
******* ******* *******
(A foto ilustrativa remete-nos para a fonte inspiradora para este poema!
A fotografia é um original DAPL - 2016.)
******* *******
O poema anterior e os seguintes deste post, foram apresentados ontem, dia 23 de Janeiro, 2018, terça-feira, pelas 16h., na Tertúlia de Poesia e Canto, organizada pelo CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia, que decorreu no Centro De Dia de São Sebastião da Pedreira – Lisboa.
A penúltima tertúlia decorrera em Dezembro e a próxima prevê-se acontecer em Março.
Apresentei os meus últimos poemas, nomeadamente o que titula este post: “Meu Amor do Facebook”.
Além deste, também dei a conhecer “Cenas Raras, Raríssimas / Umas Gambas! Uns Vestidos!” e “Uma Lei Retroativa?!”
A ter oportunidade, também penso apresentar um destes poemas na próxima Tertúlia da APP – Associação Portuguesa de Poetas, prevista para próximo domingo, dia 28, na Sede da Associação: Rua Américo de Jesus Fernandes, aos Olivais, em Lisboa.
*******
Na sessão do CNAP, para além do Presidente do Centro de Dia, Drº Santos Silva, também estiveram presentes, dizendo poesia: Carlos Augusto Ribeiro, dizendo poesia do seu irmão; Fernanda Carvalho, Josefina Silva, Luís Ferreira, Maria Olívia Diniz Sampaio, Mercedes Vaz, dizendo poesia de sua autoria e a pintora Teresa Filipe, que disse poesia de Josefina Silva.
Rolando Amado cantou e José Branquinho cantou e também disse poesia, de sua autoria.
Os “Jograis do Marquês”, através de António Silva, apresentaram um das suas rábulas, comédia “Ninguém gosta do Inverno”. Têm vídeos disponíveis no youtube.
Relativamente a um dos poetas presentes, João Coutinho, que também colaborou com os Jograis, coincidiu ser o seu aniversário natalício.
Parabéns a todos, especial relevância natalícia, e Obrigado pelos momentos interessantes que nos proporcionaram.
******* ******* *******
Cenas Raras, Raríssimas!
Umas Gambas! Uns Vestidos!
(Estórias & Morais I)
Não acredito nisto
Que quase caia um Ministro
por causa de umas gambas
Que isto não é: Caramba! Isto são: Carambas!
Como se umas gambas e uns vestidos
Roubassem pão a desvalidos!
Ou acabassem no Corte Inglês
Todas as roupas e trapos.
Sem esquecer o Chinês
Cheio de calças aos farrapos.
Não, não há gratidão neste País!
Que uma excelente senhora,
Por um triz quase doutora,
Tu cá, tu lá com a realeza,
Não sendo baroa ou baronesa,
Não se veste como pindérica
Nem se arma em histérica
Perante tostões e trocados.
Trocando isto por miúdos
P’ra pequenos e graúdos:
É preciso paciência,
Sabedoria, ciência
P’ra que filhos e maridos
Tenham tachos bem nutridos.
Que até reis tinham validos!
E por causa de umas gambas
Lembraram uns quantos galambas
Que achassem o tesoureiro
Cheirando o rasto ao dinheiro.
Será que o dinheiro se achou?!
Não Sei! Isto mal começou…
Não sei. E o que nos vale…
Tão só, e tão simplesmente
É que isto é cena rara
Mais que rara, é raríssima
Mas que nos sai cara, caríssima!
Isso é que é realmente.
E p’ra quê tanto alarido
Por uma gamba, um vestido
Ou um tacho p’ró marido?!
Fossem chouriços ou cacholeiras
Quiçá umas farinheiras,
Ou de bacalhau, uns pastéis
Não havia tantos decibéis
Mas por causa duma gamba…
Caramba!!!
O que importa, e isto agora mesmo a sério…
É que para além deste despautério
Não se feche a porta a quem precisar
Que hajam Casas, Instituições
Gente séria e bons corações
À frente, a comandar!
Sem nunca esquecer:
Que a César e a Deus
O que a cada um pertencer
P’ra ganhar Reino dos Céus.
E que à mulher dele, César
Não basta séria ser
Há também que parecer!
E apesar daquilo e disto
Não caiu o Senhor Ministro!!!
******* ******* *******
Uma Lei Retroativa?!
(Estórias & Morais II)
Não. Não posso crer.
Não. Não posso acreditar!
Ainda estou p’ra ver
Ainda quero constatar.
Uma lei retroativa…?!
É caso para se abismar….
Há por aí algum IVA
Que alguém falte pagar?!
Mal parado, ao desbarato
Por trato ou por destrato
Que não convenha cobrar?!
(…)
Não! Não posso crer.
Não! Nem quero acreditar!
(Que isto é pra se dizer…
Ou há Moralidade…
Não que eu concorde com esta alarvidade.)
…
E mais tarde…
E por Bem
Quem Poder tem, vetou
E o Povo concordou!
…
Agora há que pensar!