O Barão… de Dunquerque para Bruxelas!
Série Francesa – T2 – Ep3 – 2ª feira – 28/01/19
Afinal, o que Philippe Rickwaert, Barão Negro, quer, não é o lugar de deputado na Assembleia Nacional, em Paris, mas um lugar de candidato elegível ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.
E porquê?!
Para se livrar da pulseira eletrónica teve que contrair empréstimo e que garantias pode dar?!
O Parlamento Europeu dá pipa de massa. E Dunquerque é até mais perto de Bruxelas que de Paris.
(A propósito, este ano há eleições… Quem serão os novos chicos espertos que vão aparecer como salvadores, para as mordomias das europeias?!
Já alguns se perfilam como outsiders.
Aguardemos!)
Rickwaert, para atingir o seu fim, está manipulando todos e todas… Mente, quase compulsivamente.
Que é feito da filha, Salomé?! Sabemo-la em Paris, que Véro a encontrou, mas não quer que o pai, dela saiba!
Porquê?!
Farta das suas trafulhices?!...
Mas em abono da verdade. Na série, para além da excelente interpretação do personagem principal, há que realçar também a sua honestidade, à sua maneira.
Como ele frisou, mente, mente muito, mas não roubou, não é ladrão.
Fartou-se de ajudar o partido, subiu de baixo, de operário, sabe do funcionamento da política, tática e estratégia, história e ideologia, mais que a maioria de todos os outros. Lida com as pessoas como ninguém, manipulador, é certo, consegue chegar ao coração e à mente dos Outros. Lida com cada um, com cada qual, especificamente, para conseguir o que pretende.
Tem verdadeira afeição pelos seus “protegidos”, a Presidente é uma das pessoas que assim considera; a filha por demais, sempre a telefonar-lhe, sem resposta, e a escusar-se penhorar a conta de poupança que tem em nome dela.
Obcecado pelo partido, pelas lutas partidárias, pelo poder, com todo o reconhecimento que lhe traz, mas não se pode dizer que seja propriamente mais corrupto que os que o rodeiam.
Ou será mais corruptor, pela forma como vai jogando com todos e cada um, nesses jogos do partido e dos partidos?
Teve, apesar de tudo, a honestidade de confessar o seu envolvimento no tal célebre desvio… Cumpriu pena, ainda que parcial…
E que dizer daquela “central de compras”, em que todo o aparelho central do partido e do governo, inclusive a Presidente, se envolvem para arranjar quórum para aprovação de uma Lei sobre a Saúde!?
Uma rotunda para a circunscrição do deputado X, um centro cultural para a do Y, um pavilhão gimnodesportivo para a do Z…
(É assim que os nossos concelhos e distritos estão cheios de cada uma ou várias destas valências, estando pavilhões e centros culturais e rotundas, nem se falam, por todo o lado?!)
E será que o Barão Negro vai chegar a Bruxelas?!